DOI: 10.1590/1809-6891v21e-61346


Evolução da precocidade de abate de bovinos de corte machos no programa Carne pampa


Evolution of slaughter precocity in male beef cattle in the Carne Pampa programme


Caroline de Avila Fernandes1 , Fabiano Nunes Vaz1 , Leonir Luiz Pascoal1 , Paulo Santana Pacheco1 , Matheus Lehnhart de Moraes1* , Ariel Schreiber1 , Marcelo Machado Severo2 , Ricardo Zambarda Vaz1 , Greicy Sofia Maysonnave1



1Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.
2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Dois Vizinhos, PR, Brasil.
*Correspondente - matheussps@hotmail.com


Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento da precocidade ao longo de nove anos de novilhos da raça Hereford e suas cruzas abatidas com dentição de leite até seis dentes. Foram analisadas aproximadamente 144 mil carcaças certificadas no programa Carne Pampa, entre os anos 2010 e 2018. Avaliou-se o incremento no peso de carcaça fria por ano em três épocas do ano: a estação quente foi definida de 26 de dezembro a 25 de maio, o vazio de outono foi definido entre 26 de maio a 25 de julho e a estação fria de 26 de julho a 25 de dezembro. Para avaliar o comportamento dos pesos de carcaça fria ao longo dos anos por estação, os dados foram submetidos à análise de regressão linear simples. Os pesos médios por estação foram comparados por teste de comparação de médias. A época que apresentou maior peso médio de carcaça foi a estação fria, com 239,1 kg, que mostrou um incremento anual de 6,45 kg. Analisando o comportamento do peso médio de carcaça por dentição na estação fria, animais com dentição de leite apresentaram maior incremento de peso ao longo dos anos, na estação quente, animais abatidos com dois dentes apresentaram maior incremento de peso, assim como na estação vazio de outono. A categoria que apresentou menor incremento de peso nas três estações foram os animais abatidos com seis dentes. Concluiu-se que, ao longo dos nove anos, houve aumento na precocidade de abate em bovinos machos certificados no programa Carne Pampa.
Palavras-chave: Carne de qualidade. Certificação. Maturidade. Novilho jovem.

Abstract
The aim of this study was to analyse precocity behaviour over nine years in Hereford steers and their crosses, slaughtered with from zero to six teeth. Approximately 144,000 certified carcases in the Carne Pampa programme were analysed between 2010 and 2018. The increase in cold carcase weight per year was evaluated for three periods of the year: the hot season was defined as 26 December to 25 May, the autumn void was defined as 26 May to 25 July, and the cold season from 26 July to 25 December. To assess the behaviour of cold carcase weight over the years per season, the data were submitted to simple linear regression analysis. The average weights per season were compared by the mean value comparison test. The cold season had the highest mean carcase weight, with 239.1 kg, showing an annual increase of 6.45 kg. Analysing the behaviour of mean carcase weight by dentition, animals with zero teeth showed a greater weight increase over the years during the cold season as well as during the autumn void; during the hot season, animals slaughtered with two teeth showed the greater increase in weight. The category that showed the least increase in weight for all three seasons were animals slaughtered with six teeth. It was concluded that over the nine years, there was an increase in slaughter precocity in male cattle certified in the Carne Pampa programme.
Keywords: Quality meat. Certification. Maturity. Young steer.


Seção: Zootecnia

Recebido
22 de novembro de 2019.
Aceito
15 de abril de 2020.
Publicado
6 de agosto de 2020.

www.revistas.ufg.br/vet
Como citar - disponível no site, na página do artigo.


Introdução


O aumento constante na demanda mundial por carnes nas últimas décadas desafia os sistemas de produção em aumentar seus indicadores econômicos, mantendo a sustentabilidade dos meios produtivos e a qualidade do produto final. Dentre as exigências desse mercado em expansão, a qualidade do produto ganha ainda mais evidência, demonstrando ser também um nicho de mercado para agregação de valor e melhoria dos resultados econômicos em toda a cadeia de produção.

Segundo o Censo Agropecuário de 2016, o rebanho bovino brasileiro possui 172,7 milhões de animais, sendo que 35,4% está na região Centro-Oeste do país. Com efetivo menos representativo, a Região Sul possui aproximadamente 23,5 milhões de cabeças, sendo 48,6% desse rebanho no Rio Grande do Sul (RS)(1).

Embora menos expressivo em termos quantitativos, o RS ocupa importante papel na oferta de carne de qualidade. Em 2017, o estado possuía cerca de 7,8 milhões de bovinos criados para corte(2), predominando raças de origem europeia, as quais são preferidas nos mercados gourmet. Pesquisas mostram que, no rebanho gaúcho, 64,8% são compostos por animais definidos de raça europeia ou cruzados. Entre as raças utilizadas predominam a Aberdeen Angus e a Hereford, as quais compõem a maior parcela (30%) dos cruzamentos entre as raças europeias(3).

Reconhecido por produzir carne de qualidade, nos últimos anos, os principais destinos da carne do RS foram Santa Catarina (14.392 toneladas) e São Paulo (9.196 toneladas). Nesses mercados, principalmente nas capitais, restaurantes e casas de carne diferenciadas buscam os produtos oriundos de raças e cruzamentos com animais europeus e de programas de carnes das principais raças britânicas(2), principalmente a Hereford e a Aberdeen Angus, marcas existentes também em outros países.

Sendo a raça mais antiga ligada a marca de carnes no mercado brasileiro, atualmente, a raça Hereford tem grande importância na utilização em cruzamentos, principalmente em sistemas de produção que visam ao abate de machos precoces e ao acasalamento de novilhas próximo aos quatorze meses de idade(4). De acordo com o relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no ano de 2018, no Brasil, foram registrados 152.936 bovinos de ambos os sexos no rebanho Hereford, sendo que no RS foram registrados 145.644 animais, equivalente a 95% do rebanho Hereford brasileiro(5).

A precocidade está inversamente correlacionada com uma das características mais apreciada pelos consumidores, a maciez da carne. Esse fato influencia as indústrias frigoríficas e associações de raças bovinas a incentivar produtores na terminação de animais jovens, através de premiações e bonificações aos criadores que produzirem animais precoces(6). Desse modo, precocidade no abate aliado a outros fatores produtivos e o aumento das exigências dos consumidores sobre a qualidade dos alimentos fazem com que as indústrias invistam em programas de certificação e rastreabilidade(7). Esse fato assegura ao produtor remuneração mais adequada pela qualidade das carcaças, garantindo também transparência e credibilidade entre os elos da cadeia produtiva da carne bovina(8). Portanto, o objetivo deste estudo foi conhecer e analisar o comportamento da precocidade de novilhos da raça Hereford e suas cruzas abatidos com dentição de leite até seis dentes, durante nove anos.


Material e métodos


O trabalho foi conduzido na Universidade Federal de Santa Maria, que utilizou como instrumento de análise o levantamento de dados do abate de um frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado na Região Central do Rio Grande do Sul, durante os anos de 2010 até 2018.

Foram coletadas as informações de 1,22 milhão de bovinos abatidos nesses nove anos, com dentição de leite a seis dentes, oriundos de diferentes municípios do estado do Rio Grande do Sul. Somente bovinos fêmeas ou machos castrados foram considerados, representando ambos os sexos. Machos não castrados ou com características de castração tardia são desclassificados do programa Carne Pampa e não foram utilizados para a análise.

Depois da filtragem dos dados, obtiveram-se aproximadamente 144 mil machos castrados e 52 mil fêmeas certificados no Programa Carne Pampa, totalizando aproximadamente 197 mil carcaças avaliadas. Para este trabalho, avaliaram-se somente os dados dos 144 mil machos. A classificação do padrão racial dos animais foi realizada por técnicos nos currais pré-abate, onde era identificado visualmente as características fenotípicas para incluir os animais no programa, como a pelagem que se caracteriza por ser vermelha com cara, ventre e extremidades da cauda e partes inferiores das patas totalmente brancas como descrito por Severo et al.(9)

Após o abate, o grau de acabamento das carcaças foi verificado mediante a observação da distribuição e da quantidade de gordura de cobertura, em locais diferentes da carcaça (região torácica, lombar e sobre o coxão), em que: magra (1) = gordura ausente; gordura escassa (2) = 1 a 3 mm de gordura subcutânea; gordura mediana (3) = entre 3 e 6 mm de gordura subcutânea; gordura uniforme (4) = acima de 6 e até 10 mm de espessura; e gordura excessiva (5) = acima de 10 mm de espessura.

Carcaças de animais com padrão racial, que fossem de animal macho castrado ou fêmea, com acabamento igual ou superior a 3,0 mm e com até seis dentes, eram certificadas como carcaças enquadradas no programa Carne Pampa.

Observando a variação de categoria animal ofertada no decorrer do ano, em função da disponibilidade de forragens e manejo das diferentes categorias bovinas, os pesquisadores entenderam a necessidade de dividir o ano em três épocas. As épocas foram agrupadas em três estações com datas definidas de acordo com o relatório do Frigorífico Silva, elaborado no ano de 2016, no qual foram coletadas as informações referentes a base nutricional de terminação dos animais abatidos naquele ano. Os dados mostraram que no ano de estudo, em aproximadamente 5 mil lotes, os 143 mil animais abatidos eram oriundos de diferentes sistemas de produção, nesse caso, pastagem natural, pastagens cultivadas de inverno ou de verão, e confinamento.

De acordo com o relatório, entre os dias 26 de dezembro e 25 de maio, os animais eram terminados predominantemente em pastos estivais, naturais ou cultivados. Diante disso, classificou-se essa época como estação quente. No intervalo entre 26 de maio a 25 de julho, os animais eram oriundos predominantemente de confinamento e menor parte de pastos hibernais em começo de ciclo, mas estes últimos, animais que já traziam alguma deposição de gordura acumulada durante a estação quente. Esse período foi classificado como vazio de outono. No período de 26 de julho a 25 de dezembro, os animais eram oriundos de sistemas de terminação em pastagem cultivada de inverno, e poucos lotes de confinamento, sendo esse período classificado como estação fria.

Para avaliar o comportamento dos pesos de carcaça fria dos novilhos ao longo dos anos, por estação e por dentição, submeteu-se os dados à análise de regressão linear simples, sendo o peso de carcaça fria a variável dependente, o ano e a dentição as variáveis regressoras.

O modelo matemático utilizado foi:

ŷ = b0 + b1xi

Para análise estatística de regressão linear, dos anos de 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018 foram substituídos, respectivamente, pelos números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, e 9.

As análises foram realizadas utilizando o software estatístico SAS University Edition.


Resultados e discussão


Observa-se na Figura 1 variação na representatividade percentual das dentições dos novilhos ao longo dos anos. O percentual de animais abatidos com quatro dentes diminuiu gradativamente de 2011 a 2016 e aumentou de 2017 a 2018.

O percentual de animais abatidos com dentição de leite foi maior que o de animais com seis dentes de 2014 a 2018, o que infere que houve aumento da precocidade de abate nesses últimos quatro anos, além disso, o percentual de animais abatidos com dois dentes é maior que animais com quatro e seis dentes, de 2010 a 2018, caracterizando o abate de animais mais jovens.

Na Figura 2, embora seja possível observar algumas oscilações durante o período analisado, fica evidente o aumento do peso de carcaça fria de 2010 a 2018 em todas as categorias.

O peso médio de carcaça fria dos animais abatidos com dentição de leite e dois dentes, apresentou crescimento gradativo de 2010 a 2012, período que a diferença de peso nessas categorias foi de 28 kg e 16 kg, respectivamente.


A Tabela 1 mostra a média e o incremento de peso de carcaça fria dos novilhos separados pelas épocas de produção. Novilhos terminados no vazio de outono possuem incremento anual de 4,76 kg de carcaça fria (P<0,01). Na estação fria e na estação quente esses incrementos passam de 6,0 kg, com valores de 6,45 e 6,38 kg, respectivamente. Esses resultados mostram melhora da precocidade dos animais abatidos, fato que não se encontra na literatura nacional, pois poucos trabalhos estudam precocidade dos animais, visto que a maior parte das pesquisas estão relacionadas com dados reprodutivos(10, 11, 12).

A Figura 3 mostra que o maior número de animais dente de leite, foram abatidos na estação vazio de outono e o menor percentual, foi na estação quente, indicando o maior uso dessa categoria em sistemas mais intensivos de alimentação, como os confinamentos utilizados principalmente nas entressafras entre as pastagens de estação quente e de estação fria. A terminação de bovinos na estação quente é resultado de sistemas de terminação a pasto nativo, com ou sem o uso de suplementos.

Além disso, Figura 3 deixa evidente que, assim como na estação quente, no inverno o maior percentual de animais abatidos possuía quatro dentes, fato que pode indicar a sequência no uso de pastagem de estação fria para os bovinos que não atingiram o acabamento desejado nas pastagens nativas estivais.

Independente da época estudada, animais abatidos com seis dentes foram os que apresentaram menor participação percentual nas diferentes estações, indicando a busca dos produtores pela precocidade dos animais. Isso pode ser justificado pela utilização de pastagens cultivadas na estação fria e quente, visando a terminação de animais mais jovens que possam ser enquadrados nos programas de carne de qualidade. Alguns autores relatam que, além da importância da idade de abate, bovinos terminados imediatamente após o desmame são mais eficientes durante a terminação em relação a aqueles que não tiveram o crescimento pleno após o desmame(5).

Embora ocorreram aumentos nos custos, os produtores selecionam e terminam animais que apresentam padrão racial, peso e idade exigidos pelo regulamento do programa de certificação, fatos que ocorrem em função da bonificação de carcaça oferecidas pela indústria pela certificação das carcaças(5,8). Devido a aceitação acelerada dos consumidores através da carne certificada nos últimos anos, os frigoríficos aumentaram as bonificações para garantir o fornecimento do produto(13).

A importante evolução da participação dos animais dente de leite e dois dentes, pode indicar o provável avanço na utilização de tecnologias de alimentação as quais, aceleram e intensificam os processos produtivos e reduzem a idade de abate dos animais. Os animais com seis dentes, também são influenciados pelo uso dessas tecnologias, mas na data da redação deste trabalho a indústria frigorífica pesquisada não bonificava mais os animais com essa dentição, com certificação até a maturidade quatro dentes.

De acordo com Vaz et al.(14), a evolução do abate de bovinos jovens é consequência da utilização de sistemas de produção mais intensivos, com o crescimento dos índices de natalidade e taxas de desmame superiores a 80%, o que contribui para o aumento do número de bezerros produzidos.

Com base nos dados da Tabela 2, pode-se observar que animais mais jovens abatidos na estação fria apresentaram maior incremento anual de peso, novilhos abatidos com dentição de leite, dois e quatro dentes, apresentaram incremento acima de 2,0kg no peso de carcaça fria por ano, enquanto os novilhos abatidos com seis dentes apresentaram menor incremento de peso na estação fria, com apenas 1,2 kg/ano.

Maior incremento no peso da carcaça fria por ano, encontrado na estação fria, deve-se aos animais oriundos de sistemas de terminação em pastagens cultivadas de inverno. Nesse sentido, Azevedo Junior(15) concluiu que a utilização de pastagens de inverno, juntamente à suplementação é uma alternativa que contribui para aumentar a velocidade de crescimento dos animais e reduzir a idade de abate.

Ao observara o número de animais abatidos por ano em cada dentição, pode-se ressaltar que na estação fria, predomina o abate de animais mais jovens, como novilhos com dois dentes, que representaram 36,5% do total abatido ao longo dos nove anos. Os animais com seis dentes apresentaram percentual de participação de 12,2% do total de animais Hereford abatidos.

A Tabela 3 mostra que os novilhos terminados com dentição de leite, na estação quente, apresentaram incremento anual de 1,87 kg de carcaça fria (P<0,01), e os animais abatidos com dois dentes incremento de 2,12 kg (P<0,01). O aumento anual no peso de carcaça fria dos animais abatidos com quatro e seis dentes foi menor, 1,79 kg e 0,60 kg, respectivamente. Observa-se elevação na precocidade de abate, em razão dos maiores incrementos no peso de carcaça fria encontrados foram nas categorias de animais abatidos com dentição de leite e dois dentes.

Dessa forma, com o aumento da precocidade, há oferta maior de carne de qualidade nas industrias frigoríficas, pois Kuss et al.(16) em pesquisa com abate de machos castrados e não-castrados abatidos com 16 e 26 meses, observaram que na categoria superjovem (16 meses) as características de maciez, suculência e palatabilidade foram similares entre os castrados e não-castrados, sendo que na categoria jovem (26 meses), a carne de animais não-castrados apresentou menor maciez em relação aos castrados. Esses resultados demonstram que reduzir a idade de abate proporciona carne de maior qualidade.

A Tabela 4 mostra que ao longo dos anos na época do vazio de outono existe maior participação de novilhos abatidos com dentição de leite e o menor número de animais seis dentes, com média de 223 cabeças por ano. Já a classificação dente de leite atingiu média de 562 animais por ano.

Em relação ao incremento de peso com o passar dos anos, animais com seis dentes apresentaram o menor incremento anual de peso, com 0,94 kg e a categoria que apresentou maior incremento de peso no vazio de outono foi a de animais com dois dentes, cujo peso de carcaça aumentou 2,63 kg por ano. Novilhos dois dentes apresentam maior desempenho em confinamento em relação aos animais mais jovens(17), o que justifica este incremento, pois é a categoria mais utilizada em sistemas intensivos de terminação característico nesta estação, o que faz com que os produtores busquem o aperfeiçoamento destes sistemas nutricionais, priorizando melhorar a cada ano sua eficiência e, consequentemente, os pesos de carcaça.

De forma geral, constata-se melhora da qualidade genética ou das tecnologias de recria e engorda, as quais tem propiciado o aumento do peso de carcaça fria dos animais Hereford e suas cruzas, independente do sistema de terminação utilizado na fase de engorda, caracterizados neste trabalho pelas épocas do ano. Em complemento, novos trabalhos que investiguem a evolução da precocidade ao abate de animais de diferentes raças são importantes para identificar os rumos da pecuária de diferentes regiões do país e as melhoras de tecnologias de recria e de terminação dos animais destinados aos programas de carne de qualidade. Dados de mercado mostram que, em outros países, a agregação de valor aos cortes cárneos certificados representa, muitas vezes, a viabilização de cadeias produtivas da carne bovina.


Conclusões


No período de 2010 a 2018, houve evolução na precocidade de abate e incremento de peso de carcaça fria de novilhos da raça Hereford.

Na estação fria ocorreu o maior incremento de peso de carcaça fria. Nessa estação, novilhos dente leite apresentaram maior incremento.

Novilhos dois dentes apresentaram maior incremento de peso de carcaça fria na estação quente e vazio de outono ao longo dos anos.


Agradecimentos


Os autores agradecem ao Frigorífico Silva indústria e Comércio Ltda. e à Associação Brasileira de Hereford e Braford pela cedência dos dados.

F.N.V. é membro do rede Marcarne, fundada por CYTED (ref. 116RT0503).


Referências


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