AVALIAÇÃO
DOS EFEITOS DA FLUNIXINA MEGLUMINA, POR VIA SUBCONJUNTIVAL, SOBRE A
CONCENTRAÇÃO E PADRÃO PROTEICO DO HUMOR AQUOSO DE
CÃES SUBMETIDOS À PARACENTESE DA CÂMARA ANTERIOR
Paula Diniz Galera,1 José Luiz Laus,2 Ana Maria Barros Soares,3 Cassio Ricardo Ribeiro4 e Francislete Rodrigues Melo5
1. MV, MSc, PhD. Professor adjunto III, Cirurgia de Pequenos Animais, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da
Universidade de Brasília. E-mail: paulaeye@unb.br
2. MV, MSc, PhD. Professor titular, Departamento de Clínica e
Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, UNES
3. MV, MSc, PhD. Professora adjunta, Departamento de Clínica
Médica de Pequenos Animais, Faculdade de Veterinária, UFF
4. MV, MSc, PhD. Pós-doutorando do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília
5. União Pioneira de Integração Social
6. Bióloga. MSc. PhD em Bioquímica. Professor do Curso de Agronomia e Medicina Veterinária da UPIS.
RESUMO
Avaliaram-se os efeitos da
flunixina meglumina, pela via subconjuntival, sobre as proteínas
do humor aquoso de olhos de cães submetidos à paracentese
da câmara anterior. Dez animais adultos, clinicamente sadios,
receberam, por aplicação subconjuntival, flunixina
meglumina (1,1mg/kg) no olho direito e solução salina
estéril a 0,9% no olho esquerdo, em igual volume. Mediante
anestesia geral, foram submetidos a duas paracenteses de ambos os olhos
para coleta de 0,2mL de aquoso primário e secundário,
respectivamente. As amostras foram submetidas ao Teste de Bradford,
cujas concentrações proteicas (média e
desvio-padrão) obtidas foram de 15,98mg/dL ± 4,48 e
11,46mg/dL ± 2,72 para os olhos direito e esquerdo,
respectivamente, na primeira paracentese, e de 119,8mg/dL ± 6,74
e 120,63mg/dL ± 22,4, para olhos direito e esquerdo, na segunda
paracentese. Não houve diferença estatisticamente
significativa entre os valores proteicos dos olhos tratados
comparativamente aos seus controles. Quando comparadas as
concentrações proteicas entre a primeira e segunda
paracentese de olhos direito e esquerdo, observou-se diferença
estatisticamente significativa entre esses dois momentos (p<0,001).
A eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) mostrou
diferenças no padrão proteico do humor aquoso decorrente
da primeira e da segunda paracentese.
PALAVRAS-CHAVES: Flunixina meglumina, humor aquoso, olho, paracentese, proteínas.
ABSTRACT
EFFECTS OF FLUNIXIN MEGLUMINE CONJUNCTIVAL SHOT OVER THE HUMOR AQUEOUS
PROTEIN OF DOGS SUBMITTED TO THE PARACENTESIS OF THE ANTERIOR CHAMBER
Flunixin meglumine effects,
over aqueous humor proteins of eyes on dogs who were submitted to
paracentesis of the anterior chamber, were evaluated. To ten adult dogs
clinically healthy were given a subconjunctival shot with flunixin
meglumine (1.1mg/Kg) on the right eye and sterilized saline solution
0.9% on the left eye, with the same volume. After general anesthesia,
were submitted to two paracentesis of the both eyes to collect 0.2mL of
first and second aqueous. The samples were submitted to Bradford test,
wich proteins concentrations were 15.98mg/dL ± 4.48 e
11.46mg/dL ± 2.72 for the right and the left eyes, respectively,
on the first paracentesis and 119.8mg/dL ± 6.74 e 120.63mg/dL
± 22.4 for the right and the left eyes, on the second
paracentesis. There was no significant statistically differences
between the protein values of the treated eyes in comparison with the
control one. When compared, the proteins concentrations between the
first and second paracentesis of the right and left eyes, statistic
differences were found between these two moments (p<0.001). SDS-PAGE
showed differences in the protein patterns of aqueous humor in result
of the paracentesis.
KEY WORDS: Aqueous humor, eye, flunixin meglumine, paracentesis, proteíns.
INTRODUÇÃO
Diferenças na
composição entre o sangue e o humor aquoso devem-se
à barreira mecânica entre estes líquidos
corpóreos, conferida pelo epitélio e endotélio da
barreira hematoaquosa e ao transporte ativo de substâncias
orgânicas e inorgânicas pelo epitélio ciliar.
Mediante essa proteção, compreende-se a razão da
baixa concentração de proteínas no humor aquoso,
comparativamente ao plasma (KAUFMAN, 1993; GUM et al.,
2007). Foram estabelecidas como normais as concentrações
proteicas de 39,33mg/dL no humor aquoso de cão. Posteriormente,
técnicas em microeletroforese do humor aquoso mostraram
concentrações proteicas médias de 36,4 a 37,4
mg/dL (BLOGG & COLES,1971; HAZEL et al.,1985).
A cirurgia intraocular e a paracentese da câmara anterior elevam
a quantidade de proteína do humor aquoso em muitas
espécies, atribuída à dilatação dos
vasos da íris e do corpo ciliar, bem como ao aumento da
permeabilidade da barreira hematoaquosa (KREMER et al., 1982) e extravasamento de proteína sérica para o humor aquoso secundário (GUM et al., 2007).
Muitos estudos sobre o
humor aquoso de olhos cursando com inflamação foram
desenvolvidos (GIULIANO, 2004). Não obstante a não
coincidência de resultados, em todos se verifica que as
concentrações proteicas do humor aquoso aumentam
proporcionalmente à magnitude da inflamação,
tornando mais próximas as frações proteicas desse
líquido com as do plasma (BLOGG & COLES, 1971).
Demonstrou-se a relação de causa e efeito entre a
liberação de prostaglandinas e o subsequente aumento de
proteínas do humor aquoso (KROHNE & VESTRE, 1987) e que
ambas podem ter reduzidas a sua liberação para a
câmara anterior diante da ação deProtocolado em: 20
fev. 2009. Aceito em: 1º jun. 2009.
anti-inflamatórios não esteroidais (WARD et al., 1992), tais como o ácido acetilsalicílico (ZIMMERMAN et al., 1975; AL-GHADYAN et al., 1979), a indometacina, a fenilbutazona, a flunixina meglumina, o acetilsalicilato de lisina (REGNIER et al.,
1984), o diclofenaco, o flurbiprofen, o cetoprofeno (KULKARNI &
SRINIVASAN, 1985) e a flunixina meglumina por via intravenosa (REGNIER,
2002). Todavia, mediante os reconhecidos efeitos colaterais dos
anti-inflamatórios não esteroidais (GIULIANO, 2004),
estudos quanto às dosagens, vias de aplicação e
espécies animais têm sido desenvolvidos visando minimizar
tais intercorrências (LEES & HIGGINS, 1984).
O pré-tratamento com
agentes não esteroidais aplicados por via tópica ocular
reduz as concentrações proteicas do humor aquoso, bem
como a pressão intraocular (REGNIER et al,
1984). A flunixina meglumina foi testada experimentalmente quanto
à manutenção da integridade da barreira
hematoaquosa por via subconjuntival em equinos (COOLEY et al., 1984) e, em cães, somente por via intravenosa (KROHNE & VESTRE, 1987).
Diante das propriedades
farmacológicas da flunixina meglumina pela via intravenosa no
controle da inflamação ocular (WILKIE & COLLINS,
2007) e da redução nas concentrações de
proteínas do humor aquoso, concebeu-se testá-lo pela via
subconjuntival, por se admitir que concentrações oculares
mais elevadas do fármaco seriam atingidas (mathis, 1999;
slatter, 2001). Da hipótese de que a otimização de
níveis terapêuticos oculares seria obtida, concebeu-se
este estudo, visando sua confirmação mediante
mensuração das proteínas do humor aquoso, antes e
após paracentese. Ainda, objetivou-se determinar o peso
molecular das proteínas encontradas neste fluido.
MATERIAL E MÉTODOS
Animais
Empregaram-se dez
cães, sem raça definida, machos ou fêmeas, adultos,
clinicamente sadios, com peso médio de 10 kg. Para a sua
seleção, eles foram submetidos a exame físico, a
hemograma completo e bioquímica sérica
(alanina-amino-transferase, aspartato aminotransferase, ureia,
creatinina e gama glutamil transferase) para
caracterização de condição orgânica.
Com os mesmos objetivos, estes foram, ainda, submetidos ao teste da
lágrima de Schirmer-1 (TLS-1), coloração com
fluoresceína, biomicroscopia com lâmpada de fenda,
aferição da pressão intraocular pela tonometria de
aplanação. Selecionados, os animais hígidos foram
mantidos em canis individuais apropriados, com
alimentação adequada e água ad libitum.
Protocolo terapêutico
Administrou-se flunixina
meglumina, na dose de 1,1mg/kg de peso corpóreo, por via
subconjuntival, em conjuntiva bulbar temporal superior, no olho
direito, não excedendo 0,5 mL de volume final. O olho
contralateral constituiu-se em controle, recebendo volume
idêntico de solução salina estéril a 0,9%.
Para tanto, utilizou-se seringa de 1,0 mL acoplada à agulha
calibre 25 x 7.
Paracentese da câmara anterior
Os animais foram submetidos
à medicação pré–anestésica com
levomepromazina, na dose de 1,0mg/kg, por via intravenosa. Decorridos
dez minutos, procedeu-se à anestesia geral barbitúrica,
com tiopental sódico, na dose média de 12,5mg/kg, em
administração lenta. O plano anestésico
cirúrgico foi mantido durante todo o protocolo experimental com
reaplicação do anestésico, quando
necessário. Imediatamente após a aplicação
da flunixina meglumina, foi instilado colírio anestésico
e coletou-se humor aquoso primário, em volume de 0,2mL, por
paracentese da câmara anterior, de ambos os olhos. Decorridos
trinta minutos da administração do fármaco,
procedeu-se a uma nova paracentese da câmara anterior dos olhos
direito e esquerdo, para coleta de igual volume de humor aquoso
(secundário). A técnica utilizada propiciou acesso pela
região perilímbica temporal superior, utilizando-se
agulha de 25 x 7 e seringa de 1.0mL. Acondicionaram-se as amostras de
humor aquoso em tubos Vacutainer® sem anticoagulante e, ato
contínuo, foram centrifugadas a 3500rpm durante quinze minutos.
Após separação do precipitado, estocou-se o
sobrenadante em temperatura de 200C negativos, até o momento das
análises.
Análise proteica do humor aquoso
Após descongelamento
à temperatura ambiente, procedeu-se à
mensuração da concentração proteica do
humor aquoso mediante o Teste de Bradford (BRADFORD, 1976). Essa
técnica baseia-se na adição de um corante
(Coomassie Blue) em meio ácido à solução
com proteína. A ligação da proteína a este
corante produz uma variação no comprimento de onda, que
é medido na absorbância a 595nm em um
espectrofotômetro.
Trataram-se os valores
obtidos estatisticamente pela Análise de Variância e pelo
Teste de Tukey. Posteriormente, as amostras proteicas foram
precipitadas com ácido tricloroacético (TCA), para
obtenção de amostras concentradas, e submetidas à
eletroforese em sistema vertical em gel de poliacrilamida contendo
dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE), para
observação do padrão proteico (LAEMMLI, 1970).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As
concentrações proteicas (média e
desviopadrão) obtidas das amostras da primeira paracentese foram
de 15,98mg/dL ± 4,48 e 11,46mg/dL ± 2,72 para os olhos
direito e esquerdo, respectivamente (Tabela 1).
A literatura mostra grande diversidade nos valores dos níveis
proteicos do humor aquoso de cães saudáveis (BRITO et al.,
2006; RIBEIRO, 2007). Blogg & Coles (1971) citaram
variações, segundo distintos autores, como 39,33mg/dL,
15mg/dL, enquanto, em seus estudos, descrevem valores médios de
37,4mg/dL. Hazel et al.
(1985) referiram-se a 36,4mg/dL como valores-padrão do humor
aquoso. Admite-se que as razões pelas quais as
concentrações de proteínas encontradas neste
estudo foram inferiores aos valores da maioria dos relatos decorram das
variações quanto ao método de
mensuração e ao processamento das amostras. Para que
estudos comparativos possam ser realizados, verifica-se a necessidade
da padronização de uma técnica de
mensuração proteica que permita repetibilidade e, dessa
forma, confiabilidade de resultados.
No humor aquoso
secundário obtiveram-se concentrações de
119,8mg/dL ± 6,74 e 120,63mg/dL ± 22,4, para olhos
direito e esquerdo) (Tabela 1).
Não houve diferença estatisticamente significativa entre
as concentrações proteicas obtidas dos olhos direitos,
comparativamente àqueles dos olhos esquerdos, seja no humor
aquoso primário, seja no secundário (p>0,1). No
entanto, quando comparadas as concentrações proteicas
entre a primeira e segunda paracentese de olhos direito e esquerdo,
observaram-se diferenças estatisticamente significativas entre
os dois momentos (p<0,001). Alguns autores relatam que as
proteínas do aquoso plasmoide podem se elevar em até
cinquenta vezes decorridos quinze minutos de uma paracentese da
câmara anterior no cão (REGNIER et al.,
1984), proporção superior à encontrada neste
estudo. Nas cirurgias intraoculares, valores entre 600 e 2.500mg/dL
podem ser alcançados (KROHNE & VESTRE, 1987).
Variações quanto ao intervalo de tempo entre duas
paracenteses e o volume de aquoso extraído, entretanto, parecem
exercer pouca ou nenhuma influência sobre as
concentrações proteicas atingidas no plasmoide
secundário (REGNIER et al., 1984).
Deve-se ressaltar que a
ação da flunixina meglumina dá-se por
inibição da liberação de prostaglandinas
(SHIELS et al., 1999; PAPICH, 2008), e que tais substâncias atuam parcialmente sobre a barreira hematoaquosa (BRIGHTMAN et al., 1981; REGNIER et al.,
1984); entretanto, não são as únicas envolvidas
neste processo. Considera-se que outros mediadores estejam envolvidos,
todavia não há, ainda, comprovação no
cão (MILLICHAMP & DZIEZYC, 1991).
A paracentese da
câmara anterior com a agulha de calibre 25x7 tem sido referida
como a indutora da desestabilização da barreira
hematoaquosa (REGNIER et al., 1984; HAZEL et al., 1985; KROHNE & VESTRE, 1987) e resultante alteração da permeabilidade vascular (ZIMMERMAN et al., 1975; ROZE et al., 1996; SHIELS et al.,
1999). Não obstante a recomendação da
utilização de anti-inflamatórios não
esteroidais no tratamento da uveíte em pequenos animais, muito
há por ser esclarecido (MATHIS, 1999). O emprego crescente de
substâncias, valendo-se da via tópica em oftalmologia, tem
sido verificado, sem estudos controlados (MEALEY, 2000). Alguns
fármacos, potentes inibidores das prostaglandinas, podem ser
considerados efetivos no tratamento da inflamação ocular
(PAPICH, 2008). Muito embora sejam relatados os efeitos da flunixina
meglumina sobre a prevenção ou o tratamento das
uveítes (GIULIANO, 2004; WILKIE & COLLINS, 2007), valores
obtidos na segunda paracentese não diferiram estatisticamente
entre os olhos tratados pela flunixina meglumina e os não
tratados.
Como hipótese
adicional para os eventos, pode-se admitir que na ocasião das
coletas não se tenham atingido, ainda,
concentrações do fármaco no humor aquoso
suficientes para obstar ou reduzir a liberação de
proteínas. A farmacocinética da flunixina meglumina, por
essa via, não foi ainda estabelecida. O tempo entre a
aplicação da substância e a paracentese foi
estabelecido empiricamente, uma vez que a literatura não
estabelece regras. Estudo da farmacocinética de qualquer
substância no humor aquoso empreita complexidade, por implicar
coletas subsequentes o que, de per si, modifica o meio, resultando em
alteração qualitativa do humor aquoso (ROZE et al., 1996).
Relativamente à
eletroforese em gel, a existência de uma banda proteica na
primeira paracentese (humor aquoso primário) não
observada na segunda paracentese, bem como o aparecimento de uma banda
proteica de maior peso molecular nesta última (Figura 1)
podem sugerir a presença de proteínas de maior peso
molecular no humor aquoso secundário, decorrente da
desestabilização da barreira hematoaquosa. Ainda, deve-se
considerar a grande afinidade dos anti-inflamatórios não
esteroidais por proteínas plasmáticas (ROZE et al., 1996), mormente as albuminas (BOOTHE, 1989).
A flunixina meglumina, que
é um fenamato, é considerado um ácido fraco,
ionizável em pH fisiológico, próprio do plasma e
fluidos extracelulares (BOOTHE, 1989). Em conformidade com o que fora
descrito por ROZE et al.
(1996), estudando o ácido tolfenâmico, pode-se admitir que
a desestabilização da barreira hematoaquosa, com
posterior elevação das concentrações de
proteínas no humor aquoso secundário, tenha resultado na
ligação do fármaco às proteínas
presentes neste fluido. Indica-se, em estudos posteriores, o
sequenciamento de aminoácidos, para se estabelecer quais foram
as proteínas encontradas na eletroforese.
Avanços quanto ao
entendimento da ação das prostaglandinas têm
oferecido grande substrato ao empreendimento e emprego racional de
muitos fármacos, que anteriormente eram utilizados de forma
empírica. HALL & BONTA (1977) sugeriram que os conhecimentos
adquiridos devessem ser utilizados em modelos de
inflamação, favorecendo o desenvolvimento de
terapêutica mais seletiva. Quando se avalia a eficácia de
certas substâncias, fatores como seu poder de
penetração, capacidade de ligação às
proteínas e metabolismo devem ser considerados.
CONCLUSÃO
Diante das condições experimentais impostas, permite-se admitir que:
• a paracentese da câmara anterior elevou as concentrações proteicas do humor aquoso;
•
proteínas de maior peso molecular permeando o humor aquoso
secundário indicavam a ocorrência de
desestabilização da barreira hematoaquosa; a flunixina
meglumina não promoveu redução das
concentrações de proteína do humor aquoso nas
condições propostas neste trabalho;
• a técnica
descrita neste estudo é factível para a
padronização e mensuração de
proteínas do humor aquoso.
MATERIAL UTILIZADO
1. Dimensões 3,0 x2,0 m área coberta e solarium com 4,5 x 2,0 m (área total: 15 m2)
2. Special Croc, Royal Canin SA., Descalvado, SP
3. Banamine injetável , Schering-Plough-Coopers, São Paulo, SP
4. Solução Salina a 0,9% – JP Industria Farmacêutica, Ribeirão Preto, SP
5.Seringa de 1 mL – Becton & Dickinson Indústrias Cirúrgicas, Juiz de Fora, MG
6. Agulha 25x7 – Becton & Dickinson Indústrias Cirúrgicas, Juiz de Fora, MG
7. Neozine – Aventis Pharma, São Paulo, SP
8. Tiopental sódico, Cristália, Prod. Quim. Farm. Ltda. São Paulo, SP.
9. Colírio Anestésico – Allergan Produtos Farmacéuticos Ltda. Guarulhos, SP.
10. Centrífuga de3500rpm – QUIMIS – Aparelhos Científicos Ltda., Diadema, SP.
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Protocolado em: 20 fev. 2009. Aceito em: 1º jun. 2009.