Este trabalho foi desenvolvido com o
objetivo de comparar as características estruturais de perfilhos
vegetativos e reprodutivos em pastos de Brachiaria decumbens
cv. Basilisk diferidos por 73, 95 e 116 dias. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com três repetições, no
esquema de parcelas subdivididas. O período de diferimento não
influenciou (P>0,10) o número de perfilhos vegetativos (PV) e
incrementou (P<0,10) o número de perfilhos reprodutivos (PR) (de 16
para 117 perfilhos/m2). Em pastos diferidos por até 95 dias, PR foi
mais pesado (P<0,05) do que PV. Contrariamente ao PV, a relação
entre número e peso de PR foi positiva (P<0,10). Verificou-se
incremento linear (P<0,01 e P<0,10) do comprimento do pseudocolmo
dos perfilhos em função do período de diferimento da pastagem. O número
de folhas vivas (NFV) por perfilho não foi incrementado (P>0,10)
pelo período de diferimento. Os PR possuíram (P<0,05) maior
comprimento do pseudocolmo, maior NFM e menor NFV do que o PV. Os PR
possuíram maiores (P<0,05) percentuais de colmo e folha morta, bem
como menor percentual de folha viva (P<0,05) do que os PV. O PV
possui melhor composição morfológica do que o PR. O período de
diferimento altera as características estruturais e piora a composição
morfológica dos perfilhos em pastos diferidos de Brachiaria decumbens cv. Basilisk.
PALAVRAS-CHAVES: Brachiaria decumbens, composição morfológica, número de folhas, número de perfilho, peso de perfilho.
STRUCTURAL CHARACTERISTICS OF VEGETATIVE AND REPRODUCTIVE TILLERS ON DIFERRED SIGNALGRASS PASTURES
The aim of this work was to compare the structural characteristics of vegetative and reproductive tillers on Brachiaria decumbens
cv. Basilisk pastures diferred for 73, 95 and 116 days. Randomized
block design in a split plot scheme with three replications was used.
The stockpiling period did not influence (P>0.10) the number of
vegetative tillers (VT) but increased (P<0.10) the number of
reproductive tillers (RT) (from 16 to 117 tillers/m2). On pastures
diferred for up to 95 days, RT were heavier (P<0.05) than VT.
Contrarily to VT, the relation between the number and weight of
reproductive tillers was positive (P<0.10). A linear increase
(P<0.01 and P<0.10) for tiller pseudostem length in relation to
the diferring periods of the pasture was found. The number of living
leaves (NLL) per tiller was not increased (P>0.10) by the deferring
period. The RT revealed (P<0.05) a higher pseudostem length, higher
number of dead leaves (NDL) and lower NLL when compared to VT. RT
showed (P<0.05) higher percentages of stem and dead leaf as well as
a lower percentage of living leaf (P<0.05) than VT. VT showed a
better morphological composition than RT. The deferring period alters
the structural characteristics and worsens the morphological
composition of tillers on deferred Brachiaria decumbens cv. Basilisk pastures.
KEYWORDS: Brachiaria decumbens, leaf number, morphological composition, tiller number, tiller weight.
INTRODUÇÃO
O diferimento do uso da pastagem é estratégia de manejo eficaz e de
fácil adoção, capaz de minimizar os problemas decorrentes da
estacionalidade de produção das forrageiras tropicais. Espécies
forrageiras de colmo delgado, com crescimento satisfatório durante o
outono e perda de valor nutritivo menos intensa durante seu
crescimento, são adequadas para o manejo sob pastejo diferido e, nesse
sentido, o capim-braquiária (
Brachiaria decumbens cv. Basilisk) destaca-se como opção adequada (EUCLIDES
et al., 1990).
Os resultados de produção vegetal e animal, obtidos em condições de
pastagens diferidas, dependem das ações de manejo empregadas, tal como
a duração do período de diferimento da pastagem, que é um dos
determinantes da quantidade e qualidade da forragem diferida, das
possíveis perdas de forragem durante o pastejo e da estrutura do pasto
diferido.
A estrutura do pasto diferido pode ser avaliada, dentre outros fatores,
pela quantificação e caracterização das suas distintas categorias de
perfilhos. Isso é verdade porque os perfilhos são as unidades modulares
de crescimento da gramínea (HODGSON, 1990) e, dessa forma, o pasto pode
ser considerado como uma população de perfilhos em diferentes estádios
de desenvolvimento e, por conseguinte, com características estruturais
diferentes.
Um dos critérios para a classificação dos perfilhos consiste na identificação do seu estádio de desenvolvimento (SANTOS
et al.,
2009b), o que possibilita distingui-los em vegetativos e reprodutivos.
Em pastos diferidos essa classificação, quando aliada à quantificação
dos perfilhos, é interessante porque permite inferir sobre outras
características do pasto, tais como as massas de seus componentes
morfológicos (SANTOS
et al., 2010).
Salienta-se que uma mesma categoria de perfilho pode apresentar
características variáveis em função da ação de manejo adotada no
diferimento da pastagem, razão pela qual é necessária a determinação
das características de perfilhos individuais para caracterização mais
efetiva do pasto. Sendo o período de diferimento um dos principais
fatores determinantes da forragem produzida, torna-se importante
avaliar seu efeito sobre as características estruturais dos perfilhos,
como alterações no número de folhas, no tamanho do colmo e na
composição morfológica.
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de classificar,
quantificar e comparar as características estruturais de perfilhos em
pastos de
Brachiaria decumbens cv. Basilisk sob períodos de diferimento.
MATERIAL E MÉTODOS
No período de janeiro a julho de 2006, desenvolveu-se o experimento no
Setor de Forragicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade
Federal de Viçosa, localizada em Viçosa, MG (20º45’ S; 42º51’ W; 651
m), numa área de pastagem de
Brachiaria decumbens
cv. Basilisk (Stapt.), com 540 m². O solo da área experimental é
Latossolo Vermelho-Amarelo de textura argilosa. A análise química do
solo, realizada no início do período experimental, na camada 0-20 cm,
apresentou os seguintes resultados: pH em H2O: 5,4; P: 1,5 (Mehlich-1)
e K: 115 mg/dm³; Ca
2+: 1,8; Mg
2+: 0,7 e Al
3+:
0,2 cmolc/dm³ (KCl 1 mol/L). Durante o período de avaliação foram
registrados dados climáticos em estação meteorológica distante da área
experimental aproximadamente 500 m (
Tabela 1).
O experimento seguiu delineamento em blocos casualizados com três
repetições, em esquema de parcela subdividida. Foram avaliados três
períodos de diferimento (73, 95 e 116 dias) e duas categorias de
perfilhos (vegetativo e reprodutivo). Nas parcelas de 12,38 m²
considerou-se a área útil de 5,25 m². Para a implementação das
avaliações, as parcelas no pasto de capim-braquiária foram diferidas em
épocas distintas, quais sejam: 7/3/2006, 28/3/2006 e 19/4/2006; e o
período de diferimento encerrado em única data (1/7/2006).
A altura dos pastos foi monitorada semanalmente e mantida em
aproximadamente 20 cm até o início do diferimento. Para isso, adotou-se
a técnica de mob-grazing. Efetuou-se a adubação fosfatada no dia 6 de
janeiro de 2004, com a aplicação de 50 kg/ha de P
2O
5,
na forma de superfosfato simples, em toda área experimental. O início
do período de diferimento ocorreu no dia 7/3/2006, com a aplicação, em
todas as parcelas, de 40 kg/ha de N, em cobertura, no fim da tarde, e
na forma de ureia. Em seguida, as parcelas foram irrigadas apenas para
incorporação do adubo nitrogenado visando reduzir as possíveis perdas
de nitrogênio por volatilização. Não se realizaram as avaliações no
início do período de diferimento. Estas somente ocorreram no dia
1/7/2006, quando os perfilhos vegetativos e reprodutivos foram
caracterizados nos pastos diferidos.
Determinou-se a densidade populacional de perfilhos por meio da
colheita, com corte ao nível do solo de todos os perfilhos contidos no
interior de um quadrado de 0,25 m de lado, em duas amostras por
parcela. Esses perfilhos foram separados e quantificados em perfilhos
vegetativos e reprodutivos. Classificaram-se os perfilhos vivos que
tinham a inflorescência visível como reprodutivos e os vivos que não
tinham a inflorescência visível como vegetativos.
Posteriormente à amostragem para avaliação da densidade populacional de
perfilhos, colheram-se, em cada parcela, amostras constituídas de 50
perfilhos de cada categoria. Essas amostras foram separadas em lâmina
foliar viva, lâmina foliar morta e colmo vivo. Incorporou-se a região
da lâmina foliar que não apresentava sinais de senescência (órgão de
cor verde) à fração lâmina foliar verde. A região da lâmina foliar com
amarelecimento e/ou necrosamento do órgão foi incorporada à fração
lâmina foliar morta. Adicionou-se a bainha foliar viva, que se
encontrava firmemente aderida ao colmo, na fração colmo vivo. As
subamostras dos componentes morfológicos de cada categoria de perfilho
foram acondicionadas em sacos de papel identificados. Estes foram
levados à estufa de ventilação forçada, a 65°C, por 72 horas e, em
seguida, pesados. Com esses dados, calcularam-se o percentual dos
componentes morfológicos e o peso unitário de cada categoria de
perfilho.
As características estruturais foram avaliadas em dez perfilhos de cada
categoria por parcela. Nestes perfilhos, quantificaram-se o comprimento
do pseudocolmo e número de folhas vivas e mortas. O comprimento do
pseudocolmo foi mensurado desde o nível do solo até a lígula da folha
mais velha completamente expandida. As folhas vivas consistiram de
folhas em expansão e expandidas. Classificaram-se apenas as folhas que
possuíam mais de 50% da lâmina foliar senescente como mortas.
Em cada característica avaliada, procedeu-se à variância e,
posteriormente, à análise de regressão para expressar os efeitos das
parcelas (períodos de diferimento) dentro das subparcelas (categoria de
perfilhos), cujo maior modelo de superfície de resposta em função das
médias dos tratamentos foi o seguinte:
Y
i = β
0 + β
1X
i + e
i ,
em que:
Y
i = variável resposta;
X
i = variável independente;
β
0, β
1 = parâmetros a serem estimados;
e
i = erro experimental;
Os níveis dos fatores qualitativos (subparcelas) foram comparados
dentro de cada nível dos fatores quantitativos (parcelas) pelo teste F.
Realizaram-se todas as análises estatísticas por meio do Sistema para
Análises Estatísticas (SAEG), versão 8.1 (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
VIÇOSA, 2003), adotando-se o nível de significância de até 10 % de
probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O período de diferimento não influenciou (P>0,10) o número de
perfilhos vegetativos (PV) em pastos diferidos de capim-braquiária (
Tabela 2).
Esse resultado não era esperado, uma vez que o maior sombreamento na
base das plantas, comum em pastos sob maior período de diferimento,
inibe o surgimento de novos perfilhos. Além disso, em condições de
sombreamento, em geral, ocorre morte dos PV mais jovens e de menor
tamanho, em virtude da competição com os PV de maior tamanho. De fato,
em trabalho realizado por SANTOS
et al. (2009a), o número de PV reduziu com o aumento da duração do período de diferimento da pastagem.
No entanto, houve (P<0,10) incremento linear no número de perfilhos reprodutivos (PR) com o período de diferimento (
Tabela 2).
Isso ocorreu porque pastos sob maior período de diferimento
encontravam-se em estádio de maturidade mais avançado e, nessa
situação, é natural o desenvolvimento dos PV em PR, conforme o ciclo
fenológico normal da gramínea. TAMASSIA
et al.
(2001), avaliando o capim-de-rhodes em seis idades, também constataram
incremento do número de inflorescência com o aumento na idade dos
pastos. Adicionalmente, pastos de capim-braquiária submetidos aos
menores períodos de diferimento foram diferidos mais tardiamente no
ano, época em que já havia ocorrido o pico de florescimento mais
intenso do capim-braquiária na região de Viçosa, MG, o que explica o
menor número de PR nestes pastos. Esse pico de florescimento ocorreu
nos pastos diferidos por maior período, justificando também seu maior
número de PR.
O número médio de PV (1.307 perfilhos/m²) foi maior (P<0,05) do que
o de PR (57 perfilhos/m²) em pastos de capim-braquiária diferidos por
até 116 dias (
Tabela 2). Esse mesmo padrão de resposta foi verificado por OLIVEIRA
et al. (2007) em pastos diferidos de
Brachiaria decumbens cv. Basilisk.
Em pastos diferidos por até 95 dias, perfilhos reprodutivos (PR) foram
mais pesados (P<0,05) do que perfilhos vegetativos (PV), o que é
explicado pelo inerente alongamento do colmo quando o PV desenvolve-se
em PR. Contudo, nos pastos diferidos por 116 dias, não foi constatada
diferença (P>0,10) entre os pesos de PV e PR (
Tabela 2).
Esse resultado se deve ao alongamento do colmo do PV em pastos sob
maior período de diferimento, caracterizando uma resposta morfológica à
condição de sombreamento, em que o índice de área foliar crítico já foi
alcançado pelo dossel (KORTE
et al., 1982). De fato, o alongamento do colmo ocorre já no estádio vegetativo em gramíneas do grupo fotossintético C4 (GOMIDE
et al., 2003).
Os pesos dos perfilhos vegetativos (P<0,01) e reprodutivos (P<0,10) foram incrementados com o período de diferimento (
Tabela 2).
Isso ocorre, via de regra, em decorrência de perfilhos mais velhos
possuírem maior massa em função do seu maior número de fitômeros.
A relação entre o número e o peso de perfilhos vegetativos (PV) foi linear e negativa (P<0,10) (
Figura 1).
Pastos diferidos por maior período apresentaram menor densidade
populacional de PV maiores, ao contrário daqueles pastos diferidos por
menor período, em que se observou maior número de PV pequenos. Essa
resposta está de acordo com a lei de autocompensação entre tamanho e
densidade de perfilhos (YODA
et al., 1963).
De outra forma, a relação entre o número e o peso de perfilhos reprodutivos (PR) foi linear e positiva (P<0,10) (
Figura 1). Em pastagens diferidas, o maior período de diferimento resulta em maior número de PR (
Tabela 2),
conforme já explicado. Nessa condição, também se verifica maior peso
dos PR na medida em que estes foram originados de perfilhos vegetativos
de maior tamanho.
As características estruturais dos perfilhos foram alteradas pelo período de diferimento da pastagem (
Tabela 3).
Nas duas categorias de perfilhos verificou-se incremento linear
(P<0,01 e P<0,10) do comprimento do pseudocolmo em função do
período de diferimento da pastagem. Os pastos sob maior período de
diferimento possuem perfilhos mais pesados (
Tabela 2),
que requerem colmo mais desenvolvido para sustentar seu peso. Aliás, a
própria elevação no comprimento do pseudocolmo é um dos determinantes
do maior peso dos perfilhos. SBRISSIA & DA SILVA (2008) também
verificaram que pastos de
B. brizantha
cv. Marandu sob lotação contínua possuíram perfilhos maiores e com
menor relação folha/colmo quando a altura média dos pastos incrementou
de 10 para 40 cm. Esse maior comprimento do pseudocolmo dos perfilhos
ocorreu porque, provavelmente, houve competição por luz nos pastos
diferidos por maior período. Nessa condição, ocorre um rearranjo na
estrutura do pasto, cujas lâminas foliares se tornam mais espaçadas e
eretas e, por conseguinte, melhoram o ambiente luminoso no interior do
dossel (GOMIDE
et al., 2003).
O alongamento do pseudocolmo expõe as folhas mais novas na parte
superior do dossel, porém resulta no sombreamento daquelas localizadas
na parte inferior do pasto que, dessa maneira, senescem (LEMAIRE,
2001). Esse fato explica a elevação (P<0,01) do número de folhas
mortas (NFM) nos perfilhos reprodutivos em pastos sob maior período de
diferimento (
Tabela 3).
Nos perfilhos vegetativos, não foi observada (P>0,10) essa mesma
resposta, o que foi inesperado. No entanto, o número de folhas vivas
(NFV) por perfilho não foi incrementado (P>0,10) pelo período de
diferimento (
Tabela 3). Realmente, parece que o NFV por perfilho é uma característica genotípica bastante estável (FAGUNDES
et al., 2006).
Pela comparação entre perfilhos vegetativos e reprodutivos,
constatou-se que os perfilhos reprodutivos possuíram (P<0,05) maior
comprimento do pseudocolmo, maior NFM e menor NFV (
Tabela 3).
Geralmente, perfilhos reprodutivos são de idade mais avançada e possuem
maior número de fitômeros, cujas folhas encontram-se mortas em muitos
deles. Ademais, o maior comprimento do pseudocolmo é característica
inerente ao perfilho reprodutivo, conforme já explicitado.
As modificações nas características estruturais dos perfilhos
vegetativos (PV) resultaram em mudanças na sua composição morfológica (
Tabela 4).
O período de diferimento incrementou o percentual de colmo (P<0,05)
e diminuiu (P<0,10) o percentual de folha viva nos PV. Essas
alterações são decorrentes do aumento no comprimento do pseudocolmo e
manutenção do NFV nos perfilhos vegetativos (
Tabela 3).
Nestes, o percentual de folha morta não foi influenciado (P>0,10)
pelo período de diferimento. Com relação aos perfilhos reprodutivos,
não ocorreu resposta (P>0,10) com o período de diferimento na sua
composição morfológica.
Na comparação entre o perfilho reprodutivo (PR) e o perfilho vegetativo
(PV), a composição morfológica dos últimos foi mais influenciada pelo
período de diferimento, demonstrando maior plasticidade fenotípica do
PV. Como era esperado, PR possuíram maiores (P<0,05) percentuais de
colmo e folha morta, bem como menor percentual de folha viva
(P<0,05) do que os PV. Isso é devido ao maior comprimento do
pseudocolmo, ao seu maior número de folha morta e ao menor número de
folha verde observados no PR em relação ao PV (
Tabela 3).
As modificações na composição morfológica de perfilhos individuais
permitem explicar a estrutura menos favorável ao consumo do pasto
diferido por maior período. Nesse contexto, como forma de melhorar a
estrutura da forragem diferida, pode-se recomendar a redução no período
de diferimento da pastagem, uma vez que essa ação de manejo melhora a
composição morfológica dos perfilhos vegetativos, bem como reduz a
densidade populacional de perfilhos reprodutivos.
CONCLUSÕES
Em pastos de
Brachiaria decumbens
cv. Basilisk diferidos, perfilhos reprodutivos são mais pesados,
possuem colmo mais comprido, maior número de folha morta, menor número
de folha viva e pior composição morfológica que perfilhos vegetativos.
A relação entre número e peso de perfilhos reprodutivos em pastos de
Brachiaria decumbens
cv. Basilisk diferidos por até 116 dias é positiva, e negativa para
perfilhos vegetativos. O período de diferimento altera as
características estruturais e piora a composição morfológica dos
perfilhos em pastos diferidos de
Brachiaria decumbens cv. Basilisk.
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