Com o objetivo de avaliar a técnica
de biopsia renal (BR) percutânea monitorizada por ultrassonografia
estudaram-se a qualidade das amostras obtidas e as complicações
decorrentes do procedimento, em 43 cães adultos hígidos. Os animais
foram divididos em dois grupos: Grupo I (n=20) e II (n=23), submetidos
à biopsia do rim esquerdo e direito, respectivamente. Utilizou-se
agulha do tipo “Tru-Cut”, semiautomatizada e de 16 gauge. A amostra foi
considerada de qualidade somente com a presença de pelo menos cinco
glomérulos. Realizaram-se três tentativas de coleta de cada rim. Os
resultados demonstraram que após a BR houve queda dos valores de
hematócrito (37,2±5,75 para o Grupo 1 e 38,1±5,24 para o Grupo 2, duas
horas após a BR), sem consequências clínicas e ocorrência de hematúria
e hematoma perirrenal transitórios, não mais observados em 72 horas. Do
total de amostras de biopsia obtidas (81 fragmentos), 94% continham
tecido renal e 32% (25 das 81 biopsias) e 44% das amostras (36 das 81
biopsias) dos Grupos 1 e 2, respectivamente, apresentaram cinco ou mais
glomérulos, perfazendo um total de 76% de material adequado para
diagnóstico. Não foi observada a ocorrência de complicações maiores ou
óbito, demonstrando a segurança da técnica. Concluiu-se que a técnica
avaliada mostrou-se segura e de valor diagnóstico.
PALAVRAS-CHAVES: Biopsia renal, cães, percutânea, ultrassonografia.
In order to evaluate the
ultrasound-guided percutaneous renal biopsy technique in dogs, the
complications of the procedure and the quality of the samples were
studied in 43 health adult dogs, allocated into two groups: Group 1
(n=20) and 2 (n=23), that had three attempts of collection for
the biopsy taken from the left end right kidney, respectively. The
biopsies were obtained with “Tru-cut” semi-automatic, 16 gauge needles.
The dogs were evaluated before and after the procedure and the quality
of the sample was evaluated. The presence of at least five glomeruli
was used as a criteria for sample quality. Following the renal biopsy,
there was a decrease in the hematocrit, without clinical consequences,
presence of blood in urine and transitory perirenal hematomas that
resolved in 72 hours. There were no major complications or death, what
demonstrates the safety of the technique. Ninety-four percent of the
biopsy samples had renal tissue and 76% presented five or more
glomeruli (32% and 44% in Groups 1 and 2, respectively). In conclusion,
the technique was safe and showed diagnostic value.
KEYWORDS: Dogs, percutaneous, renal biopsy, ultrasound.
INTRODUÇÃO
As doenças renais são comuns em cães, sendo geralmente diagnosticadas por histórico, exame físico e testes laboratoriais (VADEN
et al.,
2005). Porém, muitas vezes os testes de rotina não são suficientes para
o diagnóstico, fazendo-se necessária a avaliação morfológica dos rins
por biopsia renal (BR) (GRAUER, 2001).
A BR é indicada quando os resultados possam alterar o tratamento ou
facilitar o prognóstico, incluindo assim pacientes com glomerulopatias
ou insuficiência renal aguda (IRA) (VADEN, 2004). A BR também avalia a
resposta ao tratamento e verifica progressão (DiBARTOLA, 2004) e
reversibilidade da doença renal (BARTGES & OSBORNE, 1995).
A técnica de BR percutânea pode ser auxiliada pela ultrassonografia, o
que resulta em menor índice de complicações hemorrágicas e melhor
qualidade das amostras de BR, tanto no homem (MAYA
et al., 2007) quanto nos animais, bem como detecta hemorragias após a coleta (OSBORNE
et al., 1996).
Com ultrassom, a agulha de BR pode ser introduzida no órgão livremente
(free-hand) ou com guia acoplado ao transdutor (BARR, 1995), que
assegura o plano de incidência da agulha, mas atrapalha a manipulação.
Os guias são específicos a determinadas probes e necessitam de software
computadorizado para operação, o que aumenta os custos do procedimento
(VADEN, 2004).
O uso de agulhas de 16 ou 18 gauge é preferido para a realização da
técnica em animais. Com o uso de agulhas de 14 gauge há uma penetração
mais profunda no parênquima renal, com maior probabilidade de
penetração da agulha na medula renal, aumentando as chances de
hemorragia (VADEN, 2004; VADEN
et al., 2005).
A principal complicação da BR é a hemorragia (DiBARTOLA, 2004),
devendo-se evitar o procedimento em animais com tendências
hemorrágicas, anemia grave, coagulopatias (OSBORNE
et al.,
1996). VADEN (2004) contraindica a BR em pacientes com insuficiência
renal crônica (IRC), nos quais há aumento dos riscos de complicações.
A amostra de BR é considerada de boa qualidade quando o número de
glomérulos for suficiente para representar todo o parênquima renal
(LAUFER-AMORIM
et al., 2002).
Não existe um padrão estabelecido em medicina veterinária, sendo
indicado em várias literaturas que o número mínimo de glomérulos por
amostra deve ser de cinco (LAUFER-AMORIM
et al., 2002; VADEN, 2004).
A literatura revela-se conflitante quanto ao calibre da agulha de BR e a qualidade das amostras. ZATELLI
et al.
(2005) relatam que, ao realizarem a BR com auxílio da ultrassonografia
em cães, o uso de agulha do tipo Tru-Cut, semiautomatizada, de 18
gauge, proporcionou espécimes de biopsia adequados para diagnóstico.
Entretanto, RAWLINGS
et al.
(2003), ao biopsiarem cães por laparoscopia ou com auxílio de
ultrassonografia, relatam que os espécimes obtidos com agulha de mesmo
calibre (18 gauge) apresentaram-se com poucos glomérulos e
fragmentados, dificultando o diagnóstico.
O presente estudo teve como objetivos avaliar a técnica de BR
percutânea monitorizada por ultrassom, as complicações decorrentes de
sua aplicação e a qualidade das amostras obtidas, em cães hígidos.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 43 cães sem raça definida, hígidos, machos, adultos,
peso corporal entre 8 e 20 kg, provenientes do Canil do Biotério da
Instituição de origem, divididos aleatoriamente em dois grupos – Grupo
I (n=20) e Grupo II (n=23) –, nos quais foi realizada biopsia do rim
esquerdo ou direito, respectivamente.
Depois de jejum, os animais foram anestesiados com cloridrato de
xilazina, 1mg/kg, associado ao cloridrato de quetamina, 10mg/kg, por
via intramuscular. Para a realização da BR, utilizou-se agulha de
biopsia do tipo Tru-Cut (Baxter®), semiautomatizada, 16 gauge e 4,5
polegadas (
Figura 1), com recolhimento semiautomático da cânula interna da agulha.
Os animais foram mantidos em decúbito dorsal, posicionando-se o
transdutor ultrassonográfico na região mesogástrica, no sentido
ventrodorsal (
Figura 2A),
isolando o rim de outros órgãos e facilitando a visualização da agulha
de biopsia. A agulha foi inserida paralelamente à superfície do corpo
do animal, no polo caudal do rim, mantendo trajeto paralelo ou
perpendicular à pelve (
Figura 2B), evitando-a. Realizaram-se duas a três punções por animal.
Os animais foram avaliados antes da BR (M0 – controle) e 2, 24, 72 e
144 horas após a realização da BR (M1, M2, M3 e M4, respectivamente).
Avaliaram-se o exame físico (frequência cardíaca; frequência
respiratória; temperatura corporal; coloração das membranas mucosas), o
hematócrito, a contagem global de leucócitos, a ureia e a creatinina
séricas e urinálise. Procedeu-se à avaliação com o ultrassom da
cavidade abdominal e dos rins por quinze minutos após a BR, para
verificação de possíveis hemorragias.
As complicações observadas no estudo foram classificadas: em menores –
hematomas perirrenais e hematúria macroscópica, que se resolveram
espontaneamente, sem a necessidade de transfusão sanguínea; e maiores –
hemorragias que requerem transfusão sanguínea (MOSTBECK
et al., 1989; NYMAN
et al., 1997).
O material obtido nas biopsias foi processado, submetido à coloração
com hematoxilina-eosina e avaliados em microscopia de luz. Avaliou-se a
qualidade das amostras pela presença ou ausência de tecido renal e pelo
número de glomérulos presentes nas amostras positivas para rim.
Consideraram-se, como de qualidade adequada para diagnóstico, cortes
histológicos com pelo menos cinco glomérulos (LAUFER-AMORIM
et al., 2002; VADEN, 2004).
Para as variáveis nas quais foram observadas as condições de
normalidade utilizou-se a análise estatística multivariada de perfil
(MORRISON, 1990), que permite comparação entre grupos e de cada grupo
independente, nos diversos momentos de avaliação. Para as variáveis nas
quais não se verificaram as condições de normalidade e/ou igualdade de
variâncias, foi utilizada a análise estatística não paramétrica com
aplicação do teste de Friedman, para comparação dos momentos de
avaliação, e do teste de Mann-Withney, para comparação dos grupos em
cada momento (ZAR, 1996). Considerou-se o nível de 5% de
significância.
RESULTADOS
Não foi observada a ocorrência de complicações maiores ou óbitos nos
animais deste estudo. Dentre as complicações menores, observou-se a
ocorrência de hematúria macroscópica transitória em oito (18,6%) e
hematoma perirrenal em um (2,33%) dos 43 animais, perfazendo um total
de 20,93%.
Os cães estudados não apresentaram alterações do exame físico ou dos
níveis de ureia e creatinina séricas. Na avaliação do leucograma,
observou-se que os valores médios da contagem total de leucócitos
permaneceram dentro dos limites da normalidade para cães em todos os
momentos avaliados, não se verificando alterações que indicassem
ocorrência de infecção após a BR.
Observou-se diminuição significativa do hematócrito nos animais do
Grupo II (p<0,05) após a BR, em M1, e no Grupo I observou-se a mesma
queda a partir de M1, porém sem diferença significativa. Nos demais
momentos (M2, M3 e M4), registraram-se valores de hematócrito
inferiores à média do momento controle, porém sem diferença
significativa nos dois grupos.
Observaram-se um aumento significante no número de hemáceas na urina em
M1, nos dois grupos, e diminuição gradativa nos momentos subsequentes,
atingindo em M4 valores basais próximos ao normal. Todos os animais do
estudo revelaram hematúria, sendo que a frequência de hematúria
macroscópica foi de 18,6%.
Na avaliação ultrassonográfica após a BR, nenhum dos animais mostrou
hemoperitôneo e apenas um animal apresentou formação de hematoma
subcapsular. Esse animal foi monitorado 24 horas após a biopsia,
observando-se regressão significativa do hematoma e ausência de
coágulos sanguíneos na bexiga urinária, não havendo a necessidade de
transfusão sanguínea.
Não foram observadas diferenças na incidência de complicações ou na
qualidade das amostras quando se compararam os dois grupos. De um total
de 81 punções realizadas, obtiveram-se fragmentos renais em 76
espécimes (94%). Dentre as 81 amostras, material adequado para
diagnóstico (pelo menos cinco glomérulos por corte histológico) foi
obtido em 32% (25 das 81 biopsias) e 44% das amostras (36 das 81
biopsias) dos Grupos 1 e 2, respectivamente, perfazendo um total de
76%, sendo que 6% apresentaram-se sem glomérulos, 12% apresentaram de
um a quatro glomérulos e 6% das amostras apresentaram outros tecidos
que não o renal (fígado, baço, gordura). A média de glomérulos para o
grupo I foi de 11,88 ± 9,64 e para o grupo II, 15,74 ± 9,29.
DISCUSSÃO
A BR apresenta valor diagnóstico e prognóstico, além de fornecer
orientações de auxílio à terapêutica. Entretanto, acredita-se que a BR
não é frequentemente realizada em cães e gatos em virtude das
complicações associadas ao procedimento e das dúvidas em relação ao
diagnóstico (VADEN
et al.,
2005). Observou-se que, se utilizados materiais e técnica adequados, a
BR não traz complicações graves e fornece material suficiente para
diagnóstico.
A baixa incidência de complicações pode estar associada ao calibre das agulhas utilizadas (16 gauge), de acordo com HERGESELL
et al.
(1998), ou ainda ao uso de um sistema de agulha semiautomatizada, que
torna a execução da biopsia mais rápida (BRADLEY & O’HARA, 1996) e
diminui a probabilidade de penetração da agulha na medula renal
(WISEMAN
et al., 1990),
minimizando o traumatismo ao órgão e diminuindo a incidência das
complicações. Também o uso da ultrassonografia nos procedimentos de BR
percutânea proporciona menor incidência de complicações hemorrágicas
(MAYA
et al., 2007).
A hemorragia é a principal complicação após a realização da BR (SRINIVASAN
et al., 1992; BARTGES & OSBORNE, 1995). A hematúria foi a principal alteração observada. OSBORNE
et al.
(1996) citam-na como uma complicação comum da BR em cães. Entretanto, a
hematúria foi transitória e autolimitada, o que está de acordo com o
descrito pela literatura (OSBORNE
et al., 1974; OSBORNE
et al., 1996; VADEN, 2004).
A hematúria microscópica ocorreu em todos os cães do estudo, após a BR.
Este é um achado frequente nas primeiras 48 horas após a coleta. Já a
hematúria macroscópica é menos comum e de pequena significância em cães
(OSBORNE
et al., 1996). A hematúria microscópica autolimitada frequentemente ocorre no período de doze horas a três dias após a BR (OSBORNE
et al., 1974; OSBORNE
et al., 1996), o que também foi verificado neste estudo.
Mesmo submetidos a duas ou três punções por rim, apenas 18,6% dos cães
deste estudo revelaram a ocorrência de hematúria macroscópica. NASH
et al. (1983) descreveram a ocorrência de hematúria macroscópica em 82,7% dos gatos submetidos a uma única punção renal. NASH
et al.
(1986), por sua vez, descreveram-na em 33,3% dos gatos submetidos a
várias punções. Isso demonstra que o número de punções não interfere
com a intensidade da hemorragia após a biopsia.
Segundo OSBORNE
et al. (1996),
a magnitude da hemorragia pode ser monitorizada pela avaliação seriada
do hematócrito de animais submetidos ao procedimento. A despeito da
diminuição dos valores médios dessa variável, nenhum dos animais do
estudo necessitou de transfusão sanguínea, o que classifica as
hemorragias deste estudo como complicações menores, como postulado por
MOSTBECK
et al. (1989) e NYMAN
et al. (1997).
Não foram observadas alterações nos valores do leucograma ou do exame
físico que indicassem infecções após a BR. De modo similar, a
literatura descreve baixa incidência de infecções após o procedimento
em gatos (NASH
et al., 1983; NASH
et al., 1986) e no homem (GONZÁLEZ-MICHACA
et al.,
2000). Também a BR afeta minimamente a função renal (VADEN, 2004), o
que foi observado neste estudo, uma vez que nenhum dos cães apresentou
alterações dos valores de ureia e creatinina séricas. DROST
et al.
(2000) concluíram que a BR unilateral guiada por ultrassonografia tem
efeito mínimo sobre a função renal de gatos hígidos, e GROMAN
et al. (2004) relataram que biopsias seriadas de rins de cães jovens oferecem risco mínimo à indução de alterações renais.
A avaliação ultrassonográfica dos rins após a biopsia pode mostrar evidências de hemorragia, bem como sua gravidade (OSBORNE
et al.,
1996). A ocorrência de hematoma perirrenal em apenas um dos animais
(2,33%) está de acordo com os resultados obtidos por LÉVEILLÉ
et al.
(1993), que observaram a formação de hematomas perirrenais,
imediatamente após o procedimento, em 5,6% de cães e gatos com rins
biopsiados. HOPPE
et al. (1986) não observaram formação de hematomas como consequência de BR em cães, imediatamente ou 24 horas após o procedimento.
Deve-se considerar que pacientes com doença renal
podem apresentar alterações como azotemia e hipertensão sistêmica, que
aumentam os riscos de hemorragias. Essas alterações não contraindicam a
realização do procedimento, porém exigem acirrada monitoração do
paciente (VADEN, 2004). Apesar da relativa segurança da BR, deve-se
postergar sua realização na presença de trombocitopenia (BIGGE
et al., 2001).
A técnica e os materiais utilizados para a biopsia renal neste estudo
ofereceram resultados satisfatórios quanto à qualidade das amostras
obtidas, revelando a presença de tecido renal em 94 % das amostras e
76% de material adequado para diagnóstico (pelo menos cinco glomérulos
por corte histológico). Trata-se de resultados semelhantes aos
observados em cães e gatos na literatura (HOPPE
et al., 1986; NASH
et al., 1986; YAMAMOTO
et al., 1991; MINKUS
et al.,1994).
CONCLUSÕES
A BR per cutânea monitorizada por ultrassonografia, associada ao uso de
agulhas semiautomatizadas, de 16 gauge, permitiu a obtenção de
espécimes de biopsia adequados para o diagnóstico e evitou a ocorrência
de complicações maiores ou óbitos, demonstrando a segurança da técnica
e seu valor para diagnóstico.
APOIO FINANCEIRO
Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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