A falha da transferência da imunidade
passiva tem sido um grande obstáculo na ovinocultura e uma importante
causa de enfermidades e mortalidades neonatais. Em busca de uma medida
de manejo eficiente para sanar este problema, avaliou-se o efeito da
idade e do monitoramento da administração do colostro na dinâmica do
proteinograma sérico, utilizando-se 44 cordeiros divididos em dois
grupos: ingestão de colostro monitorada (MO), contendo oito animais, e
não monitorada (NM), com 36 animais, acompanhados com avaliação
clínica, hemograma, determinação de proteínas séricas totais e seu
fracionamento eletroforético 24-72h após o nascimento, aos sete,
quinze, trinta, sessenta e noventa dias de idade. O grupo MO foi
acompanhado em dois momentos adicionais: antes da ingestão do colostro
e seis horas após. A proteína total e a gamaglobulina (g/dL) no grupo
MO apresentaram valores mínimos após o nascimento (3,62±0,70 e
0,32±0,12) e máximos às 24-72h (7,98±1,95 e 3,39±1,13). Estas
concentrações também apresentaram mesmo comportamento em NM, com
valores menores (5,57±1,45 e 1,80±0,95), com diferença significativa
(p≤0,05) entre grupos. Entre quinze a trinta dias os valores destas
variáveis apresentaram diminuição em ambos os grupos, e elevaram-se até
noventa dias. Em todos os momentos experimentais, o grupo MO demonstrou
valores de gamaglobulinas superiores aos de NM. Conclui-se que a
maioria das frações proteicas sofre variação com o desenvolvimento
etário, principalmente a proteína total e a gamaglobulina, e o
monitoramento da mamada do colostro elevou significativamente os teores
de gamaglobulinas.
PALAVRAS-CHAVES: Anticorpos endógenos, falha da transferência da
imunidade passiva, gamaglobulinas, período neonatal, proteínas séricas.
ABSTRACT
SERUM PROTEINOGRAM CONCENTRATION IN CROSSBRED LAMBS (SANTA INÊS X
DORPER) FROM BIRTH UNTIL 90 DAYS OLD: EFFECT OF THE AGE AND MONITORING
OF COLOSTRUM INGESTION
The failure of passive immunity transfer, which has been a major
obstacle in the sheep industry, is an important cause of neonatal
diseases and mortality. In search of an effective management measure to
solve this problem, the effects of the age and the monitoring of
colostrum administration on the dynamics of the serum proteins were
evaluated. Forty-four lambs were used and divided into two groups:
monitored colostrums intake (MO), with 8 animals, and non-monitored
colostrums intake (NM), with 36 animals, along with clinical
evaluation, hemogram and total serum protein assessment and its
electrophoretic fractioning, 24-72h after birth, at 7, 15, 30, 60 and
90 days of age. The MO group was followed in two additional times:
before and six hours after colostrum intake. Total protein and
gammaglobulin (g/dL) in the MO group presented the minimum values right
after birth (3.62 ± 0.70 and 0.32 ± 0.12) and the maximum 24-72 hours
after birth (7.98 ± 1.95 and 3.39 ± 1.13). Such concentrations also
showed the same behavior in the NM group, with lower values (5.57 ±
1.45 and 1.80 ± 0.95), and with significant difference (p ≤ 0.05)
between groups. Between 15 to 30 days, the values of these variables
decreased in both groups, and increased up to 90 days. In all
experimental moments, the MO group showed higher values of
gammaglobulin than NM group. The conclusions of this paper are that
most of protein fractions, mainly total protein and gammaglobulin,
undergo changes with the age development, and that the monitoring of
colostrum intake increased significantly the levels of gammaglobulin.
KEYWORDS: Endogenous antibodies, failure of passive immunity transfer, immunoglobulins, neonatal period, serum proteins
INTRODUÇÃO
As proteínas são compostos indispensáveis à vida, representando a base
da estrutura de células, tecidos e órgãos. Pelo significado biológico e
múltiplas funções exercidas no sistema orgânico, a avaliação dos teores
séricos das proteínas totais e de suas frações (albumina,
alfaglobulinas, betaglobulinas e gamaglobulinas) obtidas por
eletroforese representa um importante auxílio ao diagnóstico clínico
(RIZZOLI
et al., 2006).
O metabolismo e as concentrações de proteínas presentes no soro de
animais neonatos podem sofrer influência de diversos fatores, entre os
quais é relevante destacar a mamada do colostro e a idade.
Imediatamente após o nascimento, são observadas concentrações mínimas
de proteínas e, após a ingestão do colostro, em virtude da absorção
intestinal de macromoléculas (imunoglobulinas), nota-se uma elevação no
total de proteínas (RIZZOLI
et al.,
2006). Após esse período há o catabolismo das imunoglobulinas
adquiridas passivamente, o que reflete numa gradativa diminuição das
taxas séricas de proteínas, até verificar-se uma estabilização, ou
seja, o início da produção de suas próprias imunoglobulinas por parte
do neonato (LEAL
et al., 2003).
Além disso, vários outros fatores podem influenciar o perfil
eletroforético das proteínas séricas dos ruminantes. Estes variam desde
o sistema de criação, fatores ambientais e de manejo, até a técnica
utilizada (SANTAROSA
et al.,
2005). Logo, é necessária a padronização dos valores normais do
proteinograma, bem como das alterações fisiológicas e patológicas de
cada espécie animal (KEAY & DOXEY, 1982).
Os neonatos ruminantes são mais expostos às infecções no período do
nascimento até que seu sistema imunológico passe a responder
eficientemente aos desafios do meio ambiente. Essa susceptibilidade
deve-se também à placenta do tipo epiteliocorial, que não permite a
passagem transplacentária de anticorpos. Sendo assim, é necessária uma
imediata ingestão do colostro, de forma que os anticorpos sejam
transferidos passivemente. CONSTANT
et al.
(1994) verificaram relação entre diminutas concentrações de
imunoglobulinas e perdas de cabritos por causas infecciosas
relacionadas a uma condição de falha na transferência passiva da
imunidade (FTP). DOBBELAAR
et al.
(1987) observaram a interferência de vários fatores na concentração de
gamaglobulinas séricas em bezerros recém-nascidos. Três fatores – o
tempo da primeira ingestão do colostro, a quantidade de colostro
ingerida e a concentração da gamaglobulina no primeiro colostro –
explicam 19% da variação da concentração da gamaglobulina sérica.
Além da função na imunidade neonatal, o colostro é uma importante fonte
de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e sais minerais.
Trata-se de elementos que participam da nutrição e regulação térmica do
recém-nascido. Assim, assegurar a ingestão precoce, e em quantidades
adequadas de um colostro de boa qualidade, continua sendo a ferramenta
de manejo mais importante para a sobrevivência e saúde dos neonatos
ruminantes (FONTES
et al., 2007).
A amamentação natural é o método de ingestão do colostro mais eficaz,
porém é influenciado pela capacidade de mamar e pelo vigor do animal ao
nascer. A sucção natural é comumente associada a uma taxa elevada de
insuficiência na transferência passiva, em virtude da demora em mamar,
associada a pouca ingestão. O volume de colostro administrado na
primeira mamada exerce influência direta na massa das imunoglobulinas
ingeridas. Em situação de amamentação natural, os animais podem deixar
de ingerir volumes adequados de colostro, ocorrendo absorção deficiente
das imunoglobulinas (SIMÕES
et al.,
2005). Assistência precoce ao lactente pode evitar esta ocorrência.
Para minimizar a possibilidade de falha de transferência passiva das
imunoglobulinas pode-se realizar a administração artificial do colostro
por meio de mamadeira ou intubação esofágica. Pode-se também realizar o
monitoramento do parto e da ingestão do colostro. A necessidade de
colostro de um cordeiro recém-nascido corresponde a 10% a 20% do seu
peso corporal e deve ser fornecido três a doze horas após o nascimento,
uma vez que a absorção deste diminui rapidamente a partir do nascimento
até trinta e seis horas de idade. Para suprir qualquer deficiência de
colostro e evitar a ocorrência de falha da transferência de imunidade
passiva, é possível utilizar colostro congelado e até lançar mão de
colostro de outras espécies (ARGUELLO
et al., 2004).
MACHADO NETO
et al. (2004a)
verificaram que o modo como o colostro é fornecido (na própria mãe, com
o uso de mamadeira ou sonda esofágica) tem grande relevância na
sobrevivência de neonatos ruminantes. O fornecimento artificial de
colostro, praticado no tempo correto, em quantidades adequadas, com
boas práticas de assepsia assegura a higidez do recém-nascido e menores
taxas de mortalidade. DANIELE
et al.
(1994) observaram que, além da proteção no que se refere à imunidade
colostral, o fornecimento de colostro suplementar mostrou-se uma
prática eficiente que confere maior proteção local contínua no lúmen
intestinal de neonatos ruminantes e maximiza o desempenho dos animais.
Segundo SIMÕES
et al. (2005),
a avaliação da aquisição da imunidade passiva pode ser realizada
através da dosagem da proteína sérica total e de suas frações antes e
após a ingestão do colostro. Este procedimento permite quantificar a
fração gama das globulinas absorvida, que incluem as imunoglobulinas.
No entanto, a adequada concentração de gamaglobulinas no soro de
cordeiros não tem sido suficientemente estudada, especialmente em
cordeiros submetidos a diferentes manejos na fase de colostro.
Por ser de grande importância o conhecimento de valores séricos do
proteinograma, sua utilização na medicina veterinária e a escassez de
trabalhos brasileiros relacionados à espécie ovina e também
reconhecendo-se a necessidade de se avaliar novas estratégias de manejo
de colostro para garantir adequada aquisição de imunidade passiva, o
objetivo deste estudo foi avaliar a influência do desenvolvimento
etário e do monitoramento da administração do colostro sobre a dinâmica
do proteinograma sérico de cordeiros mestiços (Santa Inês x Dorper) de
um rebanho comercial desde o nascimento até o desmame (noventa dias de
idade).
MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada em uma propriedade localizada no município de
Santo Amaro da Purificação, BA, cuja atividade principal é a
ovinocultura comercial. Utilizaram-se 44 cordeiros, machos e fêmeas,
mestiços Santa Inês x Dorper, nascidos de mães pluríparas. As ovelhas
que fizeram parte do experimento tiveram sua condição de saúde
assegurada pelo exame clínico, hemograma e parasitológico de fezes. Os
cordeiros foram acompanhados do nascimento até os noventa dias de idade.
As matrizes eram mantidas sob manejo de pastejo rotacionado em
pastagens de Brachiaria decumbens, B. brizanta e B. humidicula durante
o dia, sendo recolhidas para o curral no fim da tarde, onde recebiam
sal mineral comercial ad libitum. A propriedade adota manejo
reprodutivo de monta controlada. Aproximadamente um mês antes do parto
as ovelhas eram separadas do rebanho e alocadas em piquete e curral
maternidade, durante o dia e à noite, respectivamente. Após o parto era
realizada a cura do umbigo do cordeiro com solução de iodo a 10%, daí
então a ovelha e seu cordeiro eram mantidos no aprisco durante as
primeiras 24 horas. Nos dois dias subsequentes, tanto a ovelha quanto o
cordeiro eram liberados juntos no piquete maternidade durante o dia e
eram presos também juntos no final da tarde. Após esse período, os
cordeiros eram liberados juntamente com suas mães durante o dia, porém
eram recolhidos em currais separados durante a noite. O curral
destinado a alocar os cordeiros era equipado com campânulas de
aquecimento. Neste, os cordeiros começavam a receber uma ração
complementar (composta por milho, farelo de soja e farelo de trigo),
que era fornecida todos os dias, no final da tarde até o desmame. Após
completarem trinta dias, os cordeiros eram transferidos para um curral
maior e continuavam recebendo ração até os noventa dias, quando era
realizado o desmame dos borregos. O experimento foi desenvolvido de
abril de 2006 a fevereiro de 2007.
Os primeiros 36 cordeiros nascidos foram submetidos ao sistema de
manejo já estabelecido na propriedade, nascendo no piquete ou no curral
maternidade, de parto natural sem observação, permanecendo com suas
mães e mamando o colostro
ad libitum.
Estes compuseram o grupo de mamada de colostro não monitorada (NM). O
grupo de animais de mamada do colostro monitorada (MO) foi composto por
oito cordeiros nascidos de partos assistidos, nos quais as ovelhas eram
observadas desde o início dos sinais de parto, durante o evento do
parto propriamente dito e no pós-parto imediato. Os cordeiros eram
limpos pelas ovelhas e assim que ficavam de pé eram recolhidos para
realização da cura do umbigo com solução de iodo a 10%, avaliação
clínica e colheita das amostras. Após isto, os cordeiros eram colocados
juntamente com suas mães, sendo auxiliados para a realização da
primeira mamada do colostro. Este auxílio era cessado somente quando o
cordeiro já não apresentava mais apetite e era percebida distensão
abdominal referente à boa quantidade de colostro ingerida. Após este
procedimento, o cordeiro era mantido junto com a ovelha (colostro
ad libitum) e, decorridas seis horas do nascimento, eram realizadas outra avaliação clínica e outra colheita de material.
Os cordeiros foram acompanhados até os noventa dias. O grupo NM foi
submetido a seis momentos experimentais e o grupo MO foi submetido a
oito momentos, como descrito no
Quadro 1.
Em todos os momentos experimentais realizavam-se avaliação clínica e colheita de sangue dos cordeiros.
As colheitas de sangue destes animais deram-se através da punção da
veia jugular após tricotomia e assepsia do local. Para as colheitas,
utilizaram-se agulhas descartáveis (25x8), acopladas a canhão
adaptador, e tubos estéreis a vácuo (Becton – Dixen, Vacutainer System,
NJ) com e sem anticoagulante EDTA. Foram colhidas amostras de sangue
com anticoagulante (EDTA), para determinação laboratorial do hemograma,
e sem anticoagulante para obtenção de soro sanguíneo, mantido sob
abrigo da luz e congelado a -20ºC, para determinação das proteínas
séricas totais e seu fracionamento eletroforético.
Determinou-se a proteína sérica total pelo método colorimétrico por
reação com o biureto, utilizando-se reagentes comerciais (Doles,
Goiânia, GO). A leitura foi realizada em espectrofotômetro (CELM,
modelo E-225D, Lauro de Freitas, BA), utilizando-se comprimento de onda
de 550 nm.
A separação das frações proteicas foi realizada por eletroforese em gel
de agarose, utilizando-se tampão Tris pH 9,5 ± 0,2. As placas de gel de
agarose foram coradas em negro de amido a 0,2% e descoradas em ácido
acético a 5%, de acordo com metodologia descrita por FRIEDMAN (1961).
Procedeu-se à leitura e ao cálculo do fracionamento eletroforético em
densitômetro a 520 nm, segundo CANAVESSI
et al. (2000), com separação manual das várias frações proteicas (albumina, alfa, beta e gama globulinas -
Figura 1).
A análise estatística dos dados foi realizada com o auxílio do programa
Statistica versão 6.0 (STATISTICA, 2001). Para os dados quantitativos
efetuaram-se duas análises com a Prova de Wilcoxon, relacionaram-se os
dados, para identificação das diferenças significativas entre as médias
das variáveis analisadas no proteinograma, entre os momentos, tanto
para o grupo monitorado quanto para o grupo não monitorado. Com a Prova
de Mann-Whitney, para dados não relacionados, o objetivo foi
identificar diferenças significativas entre as médias do grupo
monitorado e não monitorado para todas as variáveis analisadas no
proteinograma. Todas as análises tiveram como referência 95% de
confiança (p<0,05), evidenciando um caráter significativo para as
comparações efetuadas.
RESULTADOS
Como pode ser observado na
Tabela 1,
o valor da proteína sérica total dos cordeiros que constituíam o grupo
MO sofreu alterações significativas durante o período experimental. O
menor valor em g/dL foi verificado ao nascimento (3,62 ± 0,70),
sofrendo um aumento significativo (p≤0,05) às seis horas (7,55 ± 3,33),
atingindo concentração máxima no período de 24-72 horas de vida (7,98 ±
1,95). Logo em seguida ocorre um decréscimo significativo (p < 0,05)
desta concentração até os sete dias de idade (5,93 ± 0,61) e também até
os quinze dias (4,78 ± 0,62), permanecendo estável até os trinta dias
(4,75 ± 0,56). Após este período, a concentração de proteínas séricas
totais volta a sofrer um acréscimo até os sessenta dias (5,13 ± 0,60),
chegando aos noventa dias com valor de 6,36 ± 0,55 após sofrer um
aumento significativo. Os valores médios da concentração de proteínas
séricas totais dos cordeiros do grupo NM se apresentaram de forma
semelhante com o desenvolvimento etário: o maior valor foi verificado
24-72 horas após o nascimento (5,57 ± 1,45), havendo decréscimo gradual
até os quinze e trinta dias (4,92 ± 0,39) e sofrendo acréscimo gradual
até os noventa dias (5,23 ± 0,44), como pode ser observado na
Tabela 2.
Os valores obtidos para as concentrações da albumina sérica (g/dL) dos
cordeiros cujo fornecimento de colostro foi monitorado demonstraram
variações significativas durante o desenvolvimento etário (
Tabela 1).
O menor valor foi verificado ao nascimento, mantendo-se inalterado aos
quinze dias (2,05 ± 0,46 e 2,05 ± 0,35 respectivamente). Logo após
nota-se um aumento significativo desta fração às seis horas de vida
(2,78 ± 1,0), que se mantém estável às 24-72 horas de vida (2,71 ±
0,38), sofrendo ainda um pequeno decréscimo aos sete dias (2,24 ± 0,34)
e diminuindo significativamente (p < 0,05) aos quinze dias. Após
este período os teores de albumina sérica voltam a sofrer acréscimo
gradual, atingindo seu valor máximo aos noventa dias (2,85 ± 0,33).
Similarmente se comportaram as concentrações de albumina sérica dos
animais do grupo NM em seus períodos estudados, atingindo valor máximo
aos noventa dias (2,70 ± 0,37).
Os valores obtidos para as concentrações da fração alfaglobulina (g/dL)
do soro sanguíneo dos cordeiros do grupo MO não sofreram muitas
diferenças no decorrer do período experimental (
Tabela 1).
Ao nascimento, apresentou valor de 0,26 ± 0,14, mantendo-se estável até
os trinta dias de idade, quando sofreu significativo aumento (0,38 ±
0,08). Após este período, mantém-se estável aos sessenta dias de idade,
sofrendo um aumento significativo (p < 0,05) aos noventa dias,
atingindo sua maior concentração (0,53 ± 0,14). No grupo NM, as
concentrações de alfaglobulinas médias não sofreram grandes variações
com o desenvolvimento etário (
Tabela 2).
Seu menor valor foi observado às 24-72 horas após o nascimento,
sofrendo acréscimo aos sete e aos quinze dias de idade, quando se
estabilizaram até os noventa dias.
O traçado eletroforético das proteínas séricas dos cordeiros permitiu
visualizar duas bandas da fração betaglobulina, a β1-globulina (mais
rápida) e a β2-globulina (mais lenta). Os valores séricos médios
obtidos para a concentração da β1-globulina (g/dL) sofreram variações
significativas com o desenvolvimento etário nos cordeiros do grupo MO (
Tabela 1).
Ao nascimento a sua concentração era de 0,76 ± 0,14 e sofreu um
acréscimo significativo às seis horas após o nascimento (1,09 ± 0,62).
Após isso, se manteve estável até os sete dias de idade. No entanto,
sofreu decréscimo significativo aos quinze dias (0,74 ± 0,10),
mantendo-se estável novamente até sessenta dias de idade. Após isto,
sofreu um acréscimo significativo aos noventa dias (0,94 ± 0,14). A
fração β1-globulina do soro dos cordeiros do grupo NM não sofreu
alterações significativas com o desenvolvimento etário (
Tabela 2). A evolução das suas concentrações foi bem similar ao comportamento desta mesma fração no soro dos animais do grupo MO.
Os valores séricos médios obtidos para a concentração da β2-globulina
(g/dL) em cordeiros do grupo MO sofreram poucas variações
significativas com o desenvolvimento etário (
Tabela 1).
Manteve-se estável do nascimento até os sete dias, sofrendo um
discreto, porém não significativo, aumento às seis horas de vida (0,23
± 0,12 e 0,41 ± 0,27 respectivamente). Aos quinze dias apresentou
aumento significativo (0,49 ± 0,20), mantendo-se estável até os
sessenta dias e sofrendo um novo aumento aos noventa dias de idade
(0,60 ± 0,14). A referida fração proteica no soro dos cordeiros do
grupo NM evoluiu de forma semelhante do nascimento aos noventa dias (
Tabela 2).
Os valores médios obtidos para a concentração da gamaglobulina sérica
(g/dL) nos cordeiros cujo fornecimento de colostro foi monitorado (MO)
sofreram modificações significativas durante o desenvolvimento etário (
Tabela 1).
Ao nascimento, foi obtido o valor mínimo de todo o período experimental
(0,32 ± 0,12). Seis horas após o nascimento, os valores sofreram um
significativo aumento para teores de 2,88 ± 1,55; atingindo valores
ainda maiores no período de 24-72h de vida (3,39 ± 1,13). Esta
concentração vai sofrendo decréscimo gradativo (p < 0,05) até trinta
dias de idade, quando atinge seus menores teores (1,02 ± 0,23). Estas
concentrações voltam a sofrer aumento gradual até os noventa dias,
atingindo teores de (1,44 ± 0,25). No grupo de cordeiros NM, as
concentrações médias da fração gamaglobulina se comportaram da mesma
forma (
Tabela 2),
apresentando valor máximo nas 24-72 horas de vida (1,80 ± 0,95),
sofrendo decréscimo até os trinta dias de idade, quando apresenta o
valor mínimo (0,80 ± 0,25) e após este período volta a sofrer acréscimo
até os noventa dias de idade (1,05 ± 0,30).
Os valores do proteinograma dos cordeiros dos grupos MO e NM estão apresentados na
Tabela 3.
Os teores séricos de proteína total dos cordeiros submetidos ao manejo
de monitoramento da primeira mamada do colostro (MO) foram
significativamente superiores (p<0,05) aos dos cordeiros cuja mamada
do colostro se deu de forma natural (NM) no M1 (7,98 ± 1,95g/dL e 5,57
± 1,45g/dL para MO e NM respectivamente) e no M6 (6,36 ± 0,55g/dL e
5,23 ± 0,44g/dL para MO e NM respectivamente). Estas concentrações
também diferiram entre si no momento de apresentação do valor mínimo
(4,75 ± 0,56g/dL no M4 e 4,91 ± 0,53g/dL no M3 para os grupos MO e NM,
respectivamente). Também apresentaram diferenças significativas entre
os grupos experimentais (MO e NM) no M1 os teores de gamaglobulinas. As
concentrações desta fração globulina apresentaram diferenças
significativas entre os grupos em todos os momentos do experimento até
o desmame (noventa dias). Os teores séricos de albumina foram maiores
no grupo MO nos M1 e M6. Nos M2, M3 e M4 estes teores foram
significativamente superiores no grupo NM em relação ao grupo MO.
As concentrações da fração alfaglobulina não apresentaram diferenças
significativas entre os diferentes manejos de fornecimento de colostro
durante os momentos experimentais, com exceção do M6, quando o grupo MO
apresentou valores maiores do que o grupo NM (0,53 ± 0,14g/dL e 0,37 ±
0,10g/dL respectivamente). As concentrações da fração β1-globulina
foram maiores no grupo MO em relação ao grupo NM nos momentos M2 e M6.
Já a fração β2-globulina se apresentou com concentrações maiores em MO
somente aos noventa dias de idade (
Tabela 3).
Aos noventa dias de idade, notou-se uma maior concentração sérica de
todos os componentes proteicos dos cordeiros de MO em relação aos
cordeiros de NM, com significância estatística (p<0,05),
excetuando-se a fração albumina, que também se apresentou superior em
MO, porém sem significância.
DISCUSSÃO
A ingestão e absorção de adequadas quantidades de colostro de boa
qualidade são essenciais para a sobrevivência dos ruminantes jovens. As
mamadas precoces naturais ou forçadas de colostro comprovadas durante
as primeiras seis horas de vida ajudam a assegurar uma transferência
adequada de anticorpos maternais (CHRISTLEY
et al.,
2003). Em rebanhos ovinos especialmente, em que há elevadas taxas de
mortalidade neonatal associadas a infecções, é preciso determinar e
monitorar a transferência passiva da imunidade. Em alguns casos deve-se
instituir a alimentação forçada do colostro, como foi proposto nesta
pesquisa.
Neste estudo, as modificações observadas nas concentrações de proteína
total durante desenvolvimento etário foram, basicamente, consequência
das frações de albumina e de gamaglobulina. Isto está de acordo com as
observações de WEAVER (2000) e FAGLIARI
et al.
(1986). Após o nascimento e antes da ingestão de colostro, as proteínas
se apresentam com valores baixos, em virtude dos teores mínimos de
globulinas e baixos teores de albumina. No entanto, após a ingestão de
colostro, há um rápido aumento da fração gamaglobulina, como resultado
da absorção das imunoglobulinas colostrais.
Dada a escassez de trabalhos realizados para aferir as concentrações de
proteína total do soro de cordeiros, foi necessário extrapolar as
comparações com valores obtidos para outros ruminantes jovens. Assim
sendo, os resultados para a concentração de proteínas totais também
foram semelhantes aos observados por FEITOSA
et al.
(2001a), em quarenta bezerros da raça holandesa, cuja concentração de
proteínas totais no grupo de animais foi de 7,02 ± 0,96g/dL às 24 horas
do nascimento.
A concentração de proteínas totais e frações eletroforéticas no soro de
cordeiros obtidas neste estudo foram semelhantes aos determinados em
neonatos ruminantes por outros autores em bezerros (FEITOSA
et al., 1999, 2001b; COSTA, 2004), cabritos (CHENA
et al., 1999; SIMÕES
et al., 2005) e em bubalinos (SILVA
et al.,
1993). Porém existem algumas diferenças no momento de pico destas
concentrações bem como nos valores destas. Isso se deve principalmente
às diferenças entre espécies e metodologias. As concentrações de
proteína total às 24-72 horas após o nascimento também estão de acordo
com os achados de BEKELE
et al. (1992), que obtiveram teores médios de 8,39 ± 0,62g/dL às 48 horas de vida.
Um comportamento semelhante das concentrações de proteína total e da fração globulina foi descrito por SILVA
et al.
(1993), analisando proteinograma de bubalinos recém-nascidos. Estes
notaram uma diminuição da concentração de anticorpos após as 24 horas
do nascimento, o que pode ser devido ao bloqueio intestinal para a
absorção de macromoléculas do colostro, assim como ocorre em bezerros.
Os teores de proteína sérica total variaram de acordo com o
desenvolvimento etário tanto no grupo MO quanto no grupo NM. O
resultado está de acordo com o comportamento da proteína sérica total
observado por outros autores em pesquisas com ruminantes jovens, em que
após o pico (cerca de um a dois dias de idade), há o declínio, em
virtude do catabolismo dos anticorpos adquiridos passivamente,
aproximadamente aos trinta dias de idade, e a estabilização refletindo
o comportamento das imunoglobulinas (DANIELE
et al., 1994; FEITOSA
et al., 1999; FEITOSA
et al., 2001b; PAULETTI
et al., 2002; LEAL
et al., 2003; COSTA, 2004).
O ponto de concentração mínima das proteínas totais equivale à fase de
transição entre o catabolismo das imunoglobulinas exógenas e o início
da produção endógena da IgG e outras classes de imunoglobulinas. No
presente trabalho, este ponto foi observado aos quinze e trinta dias em
ambos os grupos experimentais, sendo similar às observações de PAULETTI
et al. (2002).
O aleitamento artificial tem como vantagens o controle da quantidade de
leite ingerido e menor ocorrência de diarreias. E, como desvantagens,
tem a necessidade de mão de obra e de melhores instalações, a higiene
dos vasilhames, o controle da temperatura e o adequado armazenamento do
leite (MACHADO NETO
et al.,
2004a). O fornecimento de colostro com monitoramento e suplementação às
doze horas após o nascimento teve efeitos positivos, elevando a
proteinemia e diminuindo a mortalidade de ruminantes jovens nos
trabalhos de MACHADO NETO (2004a,b). SIMÕES
et al.
(2005) também concluíram que o fornecimento de duas parcelas de 200 mL
de colostro (imediatamente após o nascimento e oito horas após o parto)
assegura uma maior proteinemia e gamaglobulinemia aos cabritos,
conferindo-lhes bons níveis de imunidade passiva. O contrário foi
verificado por FEITOSA
et al.
(1999 e 2003), que definiram que a mamada natural do colostro forneceu
maiores concentrações de proteínas totais e gamaglobulinas ou boa
transferência de imunidade passiva.
Neste trabalho, a proteinemia do grupo de ingestão de colostro
monitorada foi superior, às 24-72 horas, em relação ao grupo não
monitorado. BORGES
et al. (2001) constataram proteinemia menor em bezerros que mamaram em suas próprias mães. Já RIZZOLI
et al.
(2006) observaram proteinemia maior em bezerros que mamaram o colostro
nas próprias vacas, de forma natural, do que naqueles que o receberam
em mamadeira até os trinta dias de idade, verificando também o mesmo
comportamento na fração gamaglobulina neste período.
No presente trabalho, a fração albumina do soro dos cordeiros
apresentou poucas variações no decorrer do tempo. Sofreu um acréscimo
após a ingestão do colostro e pequenas oscilações até os noventa dias,
quando apresentou o seu maior valor. Estes resultados estão de acordo
com FEITOSA (2001b) e COSTA (2004), que obtiveram valores mínimos ao
nascimento e aumento gradual durante o desenvolvimento etário (150
dias). No entanto, os resultados estão discordantes dos observados por
DANIELE
et al. (1994), que
não verificaram variação da concentração de albumina sérica ao longo do
seu período experimental. O aumento da albumina se deve ao aumento da
ingestão de compostos nitrogenados na dieta. Isto está de acordo com as
observações deste trabalho, uma vez que os cordeiros já apresentavam
ruminação e aproveitamento de componentes nitrogenados a partir dos
trinta dias de idade.
Os valores obtidos para as concentrações da fração alfaglobulina (g/dL)
do soro sanguíneo dos cordeiros do grupo MO e NM não sofreram muitas
diferenças no decorrer do período experimental. Este comportamento em
relação ao tempo está de acordo com as observações de FEITOSA
et al. (2001b), LEAL
et al.
(2003) e COSTA (2004). Este último pesquisador relata em seu trabalho
que, em bezerras sadias, existe uma estabilidade de alfaglobulinas
séricas, uma vez que seus teores são mantidos durante os primeiros
trinta dias de idade.
As variações observadas na fração alfaglobulina e betaglobulina ao
longo do experimento e suas diferenças entre os grupos são de difícil
interpretação, em virtude dos seus variados componentes e de sua
possibilidade de variação em condições fisiológicas e nas enfermidades
(SIMÕES
et al., 2005).
Ao confrontar os valores médios da concentração de betaglobulinas no
soro de cordeiros de ambos os grupos com outros pesquisadores que os
determinaram em ruminantes jovens em diferentes idades, verificou-se
concordância com o perfil de variação observado por FEITOSA
et al. (2001b), LEAL
et al. (2003) e RIZZOLI
et al.
(2006). A maioria dos pesquisadores constatou que as betaglobulinas
atingem um valor de concentração sérica elevado após a ingestão de
colostro, sofrendo discretas oscilações com o desenvolvimento etário,
fato observado neste trabalho. Isso prova a migração de algumas
imunoglobulinas também nesta fração betaglobulina. BORGES
et al.
(2001) verificaram também variação significativa da concentração de
betaglobulinas em decorrência da ingestão de colostro em bezerros.
Os valores médios obtidos para a concentração de gamaglobulina (g/dL)
nos cordeiros dos grupos experimentais deste trabalho sofreram
modificações significativas durante o desenvolvimento etário e também
sofreram influência da forma de fornecimento do colostro. É importante
ressaltar que a concentração desta fração era mínima ao nascimento no
grupo MO (0,32 ± 0,12) e apresentou valores máximos 24-72 horas após o
nascimento para ambos os grupos (3,39 ± 1,13 e 1,80 ± 0,95 para o grupo
MO e NM respectivamente). Após este período, em ambos os grupos, os
teores de gamaglobulinas sofreram decréscimo até os quinze a trinta
dias e a partir daí voltaram a crescer até os noventa dias. Estas
modificações com o desenvolvimento etário estão de acordo com as
observações de outros autores em neonatos ruminantes (MORAES
et al., 1997; BORGES
et al., 2001; FEITOSA
et al., 2001b; LEAL
et al., 2003; COSTA, 2004; SIMÕES
et al., 2005; RIZZOLI
et al., 2006; REIS, 2007).
A diminuição significativa dos teores de gamaglobulina observados aos
15-trinta dias de idade provavelmente ocorreu em virtude do consumo ou
da degradação das imunoglobulinas transferidas passivamente pela
ingestão do colostro. O aumento significativo dos teores de
gamaglobulina verificados a partir deste período decorreu provavelmente
de uma resposta aos estímulos causados pela exposição aos diversos
tipos de antígenos, aos quais estes animais estão constantemente
expostos, demonstrando a reatividade do sistema imunológico do neonato
ruminante (CORPA
et al., 2000).
Diante disso, pode-se observar que as frações proteicas, em sua
maioria, sofrem variações com o desenvolvimento etário, em especial as
proteínas séricas totais, albumina, betaglobulina e gamaglobulina. Os
fatores determinantes para estas variações são a ingestão do colostro
após o nascimento, o consumo e degradação das imunoglobulinas até os
trinta dias de idade, a produção endógena ativa das imunoglobulinas
diante dos desafios do ambiente e a ingestão de compostos nitrogenados.
CONCLUSÕES
Conclui-se que o monitoramento da mamada do colostro é uma medida
simples de ser adotada nos sistemas de manejo e pode elevar
significativamente os teores de proteínas séricas, betaglobulinas e
especialmente gamaglobulinas. Esta medida pode minimizar as falhas de
transferência passiva de anticorpos e refletir em redução de morbidade
e mortalidade e também em aumento de produtividade em rebanhos ovinos.
AGRADECIMENTOS
Ao Sr. André Teixeira, pela cessão da propriedade e dos animais, à CAPES, pela bolsa de estudos concedida.
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