TEMPERAMENTO,
ATIVIDADE SEXUAL E PRODUÇÃO LEITEIRA EM CABRAS SAANEN CONFINADAS
Tisa Echevarria
Leite1, Vivian Fischer2
1Professora adjunta da Universidade
Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Dom Pedrito, RS – tisael@gmail.com
2Professora adjunta da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre, RS.
A
realização deste trabalho teve como objetivo avaliar um novo critério de
temperamento de cabras leiteiras da raça Saanen, a partir do agrupamento de
classes de atitudes durante o isolamento e avaliar a interferência da
reatividade das cabras na produção e composição do leite durante a curva de
lactação e nas características reprodutivas. Foram utilizadas 23 cabras Saanen,
com idade variando de
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BEHAVIOR, SEXUAL ACTIVITY AND MILK PRODUCTION OF
CONFINED SAANEN GOATS
INTRODUÇÃO
O manejo cada vez mais intensivo das espécies animais, principalmente em caprinos leiteiros, tem revelado a importância do conhecimento do comportamento desses animais, mais especificamente o seu temperamento, ou seja, a forma com que eles reagem ao estresse provocado pelas práticas de manejo e ao contato humano diário. Especialmente nesse tipo de sistema, os animais podem não expressar todo o repertório de comportamento inato quando providos de suas necessidades básicas, como alimento, sombra e proteção contra predadores. Entretanto, quando a provisão dessas necessidades é inadequada, pode ocorrer uma grande variação de padrões comportamentais. Essas situações podem ter reflexo direto sobre a produtividade e o bem-estar desses animais criados em regime de confinamento.
A reação dos indivíduos aos eventos é determinada por seu temperamento, o qual, por sua vez, é definido como a reatividade do sistema nervoso e produzido por fatores genéticos e ambientais (GRANDIN, 1998). A reatividade refere-se às características da reação do individuo para as mudanças no ambiente, refletindo-se na regulação interna, através dos sistemas somático, endócrino e autonômico para a modulação das respostas, resultando em padrões comportamentais.
O principal componente do temperamento é o medo, que predispõe o individuo a perceber e reagir de maneira similar a uma grande variedade de eventos potencialmente ameaçadores (GRANDIN, 1998). A seleção de animais de temperamento mais apropriado a determinadas condições de manejo, em conjunto com modificação de técnicas de manejo aversivas, pode minimizar problemas e consequências negativas a tratadores e animais (LE NEINDRE et al., 1996).
Em rebanhos produtores de leite sob condições de confinamento, são criados grupos de animais de acordo com a idade, exigências nutricionais, condição corporal, período de lactação e nível de produção de leite, visando ao aumento da produtividade. Durante a constituição desses grupos, animais não familiares estabelecem uma hierarquia social, que resulta normalmente de comportamentos de agressão e submissão que podem perturbar temporariamente os animais e acarretar a diminuição da produção de leite (BOE & FAEVERIK, 2003) e também de aspectos reprodutivos. A espécie caprina é muito hierárquica, apresentando uma hierarquia social quase linear, e as relações sociais estabelecidas dentro do grupo são importantes na adaptação dos animais ao ambiente, influenciando as reações individuais a eventos externos (VAN et al., 2007).
Para a determinação do temperamento dos animais, a aplicação de testes é de extrema importância, uma vez que animais altamente reativos podem estar calmos num ambiente familiar e seu verdadeiro temperamento pode ser mascarado. O delineamento do teste, sua duração e os comportamentos avaliados variam entre diferentes abordagens experimentais. De forma geral, esses testes consistem em apresentar um estímulo ao individuo, coletar e analisar suas reações. O estímulo apresentado varia em grau de intensidade, complexidade e novidade (GRANDIN, 1998).
Embora presente há algumas décadas no país, pouco se conhece sobre o desempenho das principais raças caprinas, sendo especialmente escassas as estimativas de características comportamentais, produtivas e reprodutivas desses animais (GONÇALVES et al., 2001).
Este trabalho teve como objetivo avaliar um novo critério de
temperamento de cabras leiteiras Saanen, a partir do agrupamento de classes de
atitudes frente ao isolamento e avaliar a interferência da reatividade das
cabras, medida por esses critérios, na produção e composição do leite durante a
curva de lactação e nas características reprodutivas.
MATERIAL E MÉTODOS
Ao início do experimento as cabras foram examinadas por ultra-sonografia para diagnóstico de gestação, quando foram anotados os dados referentes ao período de gestação e ao número de partos.
Quando o primeiro lote de cabras apresentou média de 15 dias pós-parto foi iniciada a coleta quinzenal de leite para exame qualitativo e quantitativo da produção. O leite foi analisado quanto à quantidade produzida, com pesagens individuais do leite coletado nas ordenhas da manhã e da tarde, em 10 ocasiões. Para verificação da qualidade, foram retiradas amostras (n=226) que foram enviadas à Clínica do Leite (ESALQ-USP) em frascos contendo o conservante Azidiol, para avaliação quanto à composição percentual de gordura bruta, proteína total, lactose e sólidos totais pelo método de espectrofotometria por radiação infravermelha com o equipamento Bentley 2000® (Bentley Instruments, 1995a; FONSECA & SANTOS, 2000). O número de células somáticas (CCS) foi analisado pela contagem eletrônica por citometria de fluxo (Somacount 300®) (BENTLEY INSTRUMENTS, 1995b).
Aos 30 dias pós-parto de cada fêmea foram realizadas as medidas comportamentais: frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal. A temperatura foi aferida em três momentos distribuídos da seguinte forma: o primeiro 15 minutos antes da avaliação comportamental (FC1; FR1; T1); o segundo logo após essa avaliação (FC2; FR2; T2); e o terceiro 15 minutos após as cabras retornarem às baias (FC3; FR3; T3) (RUSHEN et al., 2001).
As frequências respiratória (FR) e cardíaca (FC) foram verificadas visualmente (FR) e com auxílio de um estetoscópio (FC) e a temperatura corporal (T) foi medida via transretal com termômetro clínico nos mesmos momentos em que foi realizada a mensuração das frequências cardíaca e respiratória.
Para avaliação das medidas
comportamentais, cada animal foi colocado em uma baia medindo
O tempo de aproximação (LYONS, 1989; BOIVIN et al., 2001) foi avaliado após a entrada de um observador no recinto, que se manteve à distância do animal. Durante dois minutos o observador permaneceu imóvel em frente ao animal, sendo anotado o tempo que o animal levou para se movimentar (aproximação ou fuga) em relação à pessoa (movimento de um dos membros torácicos).
Para verificar a distância de fuga (HEMSWORTH et al., 2002) o observador se aproximou do animal a uma velocidade constante. A distância de fuga foi considerada como a primeira distância entre pessoa-animal, quando o segundo se movimentou ao estímulo de aproximação. Se o animal não se moveu à aproximação, considerou-se a distância de fuga de 0 (zero) metro.
Após a avaliação do tempo de aproximação e distância de fuga, o animal permaneceu sozinho na baia, quando foi avaliada sua atitude frente ao isolamento.
A verificação da atitude frente o isolamento foi classificada em sete classes (Tabela 1) e, a partir dessas classes, foi construído o critério de identificação de animais reativos e não reativos. Esse critério constou do agrupamento das classes em duas categorias de reatividade e os animais foram divididos em dois grupos. No grupo I foram alocados os animais reativos e no grupo II os animais não reativos.
Foram considerados reativos os animais que apresentaram as atitudes excitável, tenso, apreensivo e medroso e como não reativos aqueles com atitude confiante, amigável e curioso.
A classificação dos animais quanto à sua reatividade a partir da sua atitude frente ao isolamento foi utilizada como variável classificatória nas análises de variância posteriores (Tabela 1). As outras variáveis comportamentais e fisiológicas ligadas ao temperamento foram consideradas como variáveis dependentes.
A análise estatística foi realizada segundo delineamento completamente casualizado. As variáveis dependentes relacionadas com o comportamento e reprodução foram estudadas segundo análise de variância, considerando o efeito de classes de reatividade (n=2) e paridade (primíparas e pluríparas). As variáveis relativas à produção e composição de leite foram analisadas conforme parcelas subdivididas no tempo, onde as classes de reatividade foram atribuídas às parcelas e os períodos de tempo às subparcelas. A frequência de animais reativos conforme a sua paridade foi analisada através de análise não paramétrica, teste de χ2. Foi adotado o nível de 0,10 como a probabilidade máxima do erro tipo I.
Em relação às variáveis
relacionadas ao temperamento, observou-se que o tempo de aproximação foi
diferente (P=0,07) conforme a atitude dos animais. O tempo de aproximação
apresentou média de 21,42 ± 32,70 segundos, coeficiente de variação de 70,37 e
r2 = 0,0086. O tempo de aproximação das cabras não reativas foi
superior em 26,13 segundos aos das cabras reativas. Essa grande diferença
indica que as cabras reativas apresentaram maior resistência à presença do
observador. O tempo de aproximação foi significativamente correlacionado com a
variável classificatória atitude, medida subjetiva que foi realizada através da
observação do comportamento do animal
As medidas fisiológicas
(frequências cardíaca e respiratória e temperatura corporal) não apresentaram
diferenças significativas entre animais reativos e não reativos, ou seja, não
sofreram efeito da reatividade dos animais, permanecendo dentro da variação
fisiológica (Tabela 2) nos três momentos de mensuração – 15 minutos antes, logo
após e 15 minutos após os testes comportamentais. Na espécie caprina, a
temperatura corporal fisiológica varia de
Essa ocorrência pode ser explicada pelo fato de os animais estarem acostumados a certo grau de manipulação e contato com seres humanos. Provavelmente, as situações às quais os animais foram submetidos não tenham sido suficientemente aversivas para alterar os parâmetros fisiológicos.
O esperado seria a alteração dessas medidas, pois o isolamento social em um ambiente não familiar pode aumentar as concentrações de cortisol e os valores de frequência cardíaca (RUSHEN et al., 1999). A diferença pode estar em que os animais, neste experimento, sofreram apenas o isolamento social, mas o ambiente era familiar.
Animais em isolamento foram capazes de distinguir entre observadores que os tratavam de forma aversiva e não aversiva (MUNKSGAARD et al., 1997). Possivelmente o isolamento utilizado neste experimento, sem a prática de um tratamento aversivo, não tenha sido um estressor suficientemente forte para alterar os parâmetros fisiológicos. Além disso, segundo RUSHEN et al. (2001), a presença de pessoas pode reduzir a resposta animal ao estresse, o que ocorreu no momento das medidas comportamentais.
Percebeu-se uma leve diminuição na frequência cardíaca média na avaliação logo após e 15 minutos após as medidas comportamentais, embora não significativa (P>0,05). Fato que pode ser comparado àquele encontrado por RUSHEN et al. (2001), justificando a possibilidade de que o contato humano reduza a frequência cardíaca pelo menos durante os testes.
Causa estranheza o fato de a medida distância de fuga não ter sido afetada pela reatividade, pois é uma das medidas mais utilizadas na verificação da reatividade em diferentes espécies animais. É possível que o tipo de criação – manejo intensivo com contato diário e constante com pessoas – tenha feito com que as cabras se tornassem acostumadas à presença e aproximação de humanos. A capacidade de adaptação à presença de pessoas e ao contato frequente é determinada pelo aprendizado durante a vida do animal, tornando-se uma característica importante que facilita o manejo minimizando os efeitos negativos sobre seu bem-estar (PRICE, 2002)
BROOM & FRASER (2007) afirmam que os animais têm a capacidade de se preparar para eventos previsíveis, através de mecanismos de feedback que controlam previamente respostas fisiológicas e comportamentais. Se o evento aversivo é previsível, os animais podem se preparar comportamentalmente ou por alterações cerebrais, podendo também se preparar para eventos não aversivos.
A variável comportamental distância de fuga foi correlacionada significativamente com a temperatura corporal avaliada em seus três momentos (T1, T2 e T3). Os coeficientes de correlação linear entre a distância de fuga e os valores de temperatura medidos 15 minutos antes da avaliação comportamental (T1), logo após a avaliação (T2), e 15 minutos após as cabras retornarem às baias (T3) foram, respectivamente, r=0,41 e P=0,0491; r=0,39 e P=0,0641; e r=0,48 e P=0,0204. Essas correlações positivas indicam que quanto maior a distância de fuga mais elevada foi a temperatura corporal dos animais, evidenciando certa inabilidade em se preparar para eventos imprevisíveis, tornando mais difícil a regulação corporal. Entretanto, nenhuma dessas medidas, tanto a comportamental quanto as fisiológicas, foram afetadas pela reatividade dos animais (Tabela 2). Segundo BROOM & FRASER (2007), um determinado comportamento somente irá ser evidenciado se o estímulo for forte o suficiente para determiná-lo; entretanto, na ausência de um estímulo chave ou na presença de alguma barreira social ou física, o comportamento pode não ocorrer.
A produção de leite não diferiu estatisticamente entre as cabras reativas e não reativas (Tabela 3), apesar de a reatividade ter sido positivamente correlacionada com produção de leite (r = 0,15; P = 0,0221), embora o coeficiente de correlação tenha sido baixo. Foi observado que cabras reativas produziram numericamente mais leite do que cabras não reativas, contrariando outros trabalhos realizados com bovinos leiteiros, nos quais vacas não reativas produziram mais leite do que aquelas consideradas reativas (RUSHEN et al., 1999; HEMSWORTH et al., 2000), especialmente quando os animais foram manejados de maneira aversiva. Os caprinos são considerados como mais bem adaptados a situações adversas do que outros animais domésticos e isso pode se refletir em respostas atenuadas a condições estressantes (SILANIKOVE, 2000), sobretudo quando o manejo não é considerado aversivo. FÉRNANDEZ et al. (2007) relataram que cabras de ranking social intermediário produziram maior quantidade de leite do que aquelas de baixo e alto posicionamento no ranking social, indicando que as primeiras sofreram menor pressão social e as segundas gastaram menos energia para manutenção de posição de animais dominantes. Segundo KENNEDY et al. (1982), outros fatores podem influenciar a produção de leite, como, por exemplo, raça, alimentação, idade da matriz, número de partos, número de crias, número de ordenhas diárias e condições climáticas.
A composição do leite não foi afetada pela reatividade dos animais nem houve interação entre reatividade e período de medidas. Dessa forma os dados médios de produção e composição do leite conforme as classes de reatividade são apresentadas na Tabela 3.
O critério de agrupar os animais quanto à reatividade não foi suficiente para evidenciar a existência de efeito do temperamento sobre as variáveis reprodutivas consideradas, não sendo encontradas diferenças significativas entre cabras reativas e não reativas.
Os índices reprodutivos verificados em animais reativos e não reativos podem ser observados na Tabela 4.
Vários autores indicam que a produtividade e as variáveis reprodutivas são afetadas pelo comportamento dos animais, sendo evidenciadas mais baixas produções e menor fertilidade em animais mais excitáveis em comparação com animais mais calmos (CONWAY et al., 1996; HEMSWORTH et al., 2000; CHUA et al., 2002; HEMSWORTH et al., 2002). Entretanto, em animais confinados, o tratamento intensivo e o manejo de forma não aversiva pode proporcionar aos animais uma adaptação ao ambiente e ao manejo.
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Protocolado em: 23 ago. 2008
Aceito em: 17 maio 2011.