Denise de Mello Bobany,¹ Mariana de
Alcantara Pereira Pimentel,² Roberta Rollemberg Cabral Martins,²
Bernardino Alves de Souza Netto² e Marcelo Silva de Tolla²
1. Coordenadora de Estágios da UNIFESO. E-mail: debobany@gmail.com
2. Centro Universitário Serra dos Órgãos, Microbiologia.
A orelha ou ouvido promove a audição,
bem como proporciona o sentido do equilíbrio e, assim como os outros
órgãos do cão, está sujeita a alterações patológicas e doenças que, de
acordo com o foco inflamatório, são separadas em otite externa, otite
média e otite interna (OLIVEIRA
et al., 2005).
No Brasil, as otites representam de 8% a 15% dos casos atendidos nas
clínicas veterinárias, sendo que aproximadamente 76,7% são de otite
externa (OLIVEIRA
et al., 2005; LEITE
et al., 2008).
Cerca de 30% das otites externas apresentam infecção mista. Os microrganismos mais encontrados são
Staphylococcus sp.,
Bacillus sp. e
Malassezia pachydermatis,
que podem ser isolados a partir de meato acústico tanto de cães sadios
quanto otopatas. Nesses últimos, a microbiota normal encontra-se
alterada (MULLER
et al., 1985; AUGUST, 1993; COLE
et al., 1998; LILENBAUM
et al., 2000; NOBRE
et al., 2001; JUNCO & BARRASA, 2002).
O tratamento inicial da otite externa consiste em controlar ou remover
os fatores primários, limpar e secar as orelhas, reduzir a inflamação e
debelar infecções bacterianas e/ou micóticas. Para tanto, a
identificação correta dos agentes etiológicos e o uso apropriado das
terapias tópicas e/ou sistêmicas são fundamentais para a cura (MULLERr
& KIRK, 1996; NOXON, 2003; ROSYCHUK & LUTTEGEN, 2004).
A atual tendência mundial na busca de terapias alternativas no
tratamento de doenças comuns vem do interesse em minimizar efeitos
colaterais normalmente presentes nas terapias convencionais e da
necessidade de recursos acessíveis à população. Particularmente nas
sociedades onde há desigualdade social profunda, como no continente
latino-americano, é alto o custo da medicina científica, dos exames
sofisticados, das intervenções cirúrgicas complexas e dos equipamentos
modernos de diagnóstico (AVILA-PIRES, 1995; LUZ, 2005).
O mel de abelhas do gênero
Apis
possui propriedades medicinais bastante conhecidas, com estudos em
seres humanos no tratamento de algumas doenças desde a medicina antiga.
Sua ação tópica como antibacteriano e cicatrizante já foi comprovada,
sendo uma alternativa de baixo custo financeiro (EFEM, 1988; EFEM
et al., 1992; EFEM 1993; ZUMLA & LULAT, 1989; MOLAN, 1992; WILLIX
et al., 1992; EFEM, 1993; AMENDOLAS
et al., 2003; GONÇALVES
et al., 2005; MALAVAZZI
et al., 2005).
Apesar de não existirem muitos relatos científicos do uso do mel de abelha jataí (
Tetragonisca angustula)
em apiterapia, o mel das abelhas sem ferrão, segundo CORTOPASSI-LAURINO
& GELLI (1984), é utilizado em terapias populares, principalmente,
nas zonas rurais e entre indígenas. Acredita-se que diferentes tipos de
mel possuam propriedades curativas específicas, sendo empregados para a
cura de um amplo espectro de doenças.
A ação in vitro do mel da abelha
Nannotrigona testaceicornis,
pertencente à tribo Trigonni, a mesma das abelhas jataí, diante de
diferentes microrganismos isolados de focos infecciosos foi constatada
por GONÇALVES
et al. (2005).
As abelhas jataí (
Tetragonisca angustula) são nativas da região do estado do Rio de Janeiro e amplamente difundidas por todo território nacional (SILVEIRA
et al.,
2002). São facilmente adaptáveis e bastante mansas, podendo ser criadas
racionalmente em áreas rurais ou urbanas. Como não apresentam ferrão,
seu manejo é facilitado, dispensando o uso de equipamentos de proteção
e possibilitando o emprego de mão de obra familiar. Seu mel é composto
essencialmente de levulose, uma substância mais doce que a sacarose e,
por isso, apesar de a quantidade produzida por colônia ser baixa, é
muito apreciado, pois seu sabor é peculiar (LOPES
et al., 2005).
Além do valor alimentar, o mel das abelhas jataí, assim como dos
outros meliponídeos, também é procurado por suas propriedades
medicinais. É considerado um alimento e medicamento dos mais completos
e nutritivos (LOPES
et al., 2005).
O mel de
Tetragonisca angustula é mais líquido do que o mel de gênero
Apis
e é mais rapidamente absorvido quando passado na pele. Apresenta
efeitos imunológico, anti-inflamatório, analgésico, sedativo,
expectorante, hipossensibilizador e antibacteriano. Seu efeito contra
bactérias gram-positivas e negativas deve-se ao fato de ser uma
substância chamada inibina, resultado do acúmulo de peróxido de
hidrogênio que é produzido pelo sistema da glicoseoxidase do mel
(BREYER, 1983; COOPERNATURAL, 2007).
Este experimento objetivou comprovar a ação antimicrobiana do mel de abelha jataí (
Tetragonisca angustula) em culturas microbianas de secreções otológicas de cães clinicamente diagnosticados com otite externa.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado com cães acolhidos por uma organização não
governamental denominada SOS Animal, localizada no município de
Teresópolis, Rio de Janeiro. Coletaram-se as amostras de secreção
auricular de dezesseis cães adultos, sem raça definida, de ambos os
sexos, diagnosticados com otite externa.
O diagnóstico foi obtido por meio de exame físico dos condutos
auditivos, verificando-se a presença de exsudação, sensibilidade
dolorosa, eritema, edema, descamação, prurido, inquietação e alterações
no posicionamento da cabeça.
A fase laboratorial do experimento foi realizada no laboratório de
Microbiologia do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário
Serra dos Órgãos, sediado no município de Teresópolis, RJ, no período
de março a maio de 2007.
Coletou-se a secreção auricular através de swab estéril. Parte do
material foi fixado em lâmina de vidro, através da realização do
esfregaço, sendo corado pelo método de Gram, para a identificação
preliminar dos microrganismos. Inoculou-se o restante da amostra em
tubos de ensaio, previamente identificados, contendo meio de cultura
Tryptone Soya Broth (TSB), e incubados em estufa, com temperatura de
35-37°C por um período de 24 horas. Após esse período, semeou-se o
material dos tubos de ensaio em placas de Petri com os meios de cultura
de Chapman (ágar manitol), Levine (ágar eosina azul de
metileno-lactose) e Muller-hilton (ágar-ágar), sendo novamente levados
à incubação, em estufa a 35-37°C durante 24 horas.
O mel foi coletado no Apiário Serrano, localizado no município de
Teresópolis, RJ, sempre às doze horas. Para isso, empregou-se uma
seringa de 10 mL estéril com agulha 30 X 10 também estéril.
Imediatamente após a coleta, o material foi encaminhado ao Laboratório,
para o procedimento do antibiograma.
Para verificação da ausência de contaminação, semeou-se uma gota de mel
em tubo de ensaio contendo o meio de cultura TSB, sendo incubado em
estufa por 24 horas a 35-37ºC. Após esse período, não foi constatado
crescimento bacteriano.
Para o antibiograma com o mel foram adaptados discos
de papel de filtro, recortados em círculos de três tamanhos diferentes
(5 mm, 7 mm e 10 mm), para testar a capacidade de impregnação do mel
pelo papel de filtro.
Procedeu-se à esterilização dos discos de papel filtro em autoclave e
em seguida pingou-se uma gota de mel sobre cada disco. Após a secagem
do mel, os discos foram dispostos nas placas contendo o material
contaminado, respeitando-se os limites para o crescimento dos halos de
inibição.
O antibiograma para antibióticos convencionais foi realizado seguindo
os padrões, com discos próprios para antibiograma de cefalexina (CFE),
penicilina (PEN), ofloxacina (OFX), enrofloxacina (ENO), ciprofloxacina
(CIP) e ampicilina (AMP) do laboratório Sensifar e executado em placa
de Petri contendo meio ágar Muller-Hilton.
Para a escolha dos antibióticos para o antibiograma convencional dessa
pesquisa considerou-se o fato de serem os fármacos orais mais
utilizados nas otites, conforme referido por ROSYCHUK & LUTTEGEN,
(2004).
As placas foram levadas à estufa a 35-37ºC de temperatura por um
período de 24 horas e, posteriormente, realizou-se a leitura do
antibiograma. Para comparação entre os halos de inibição formados pelo
antibiograma com mel e com antibióticos comerciais, elegeu-se o disco
médio, por apresentar o mesmo diâmetro dos discos-padrões.
Das placas de Petri que foram submetidas ao tratamento com o mel,
confeccionaram-se lâminas de vidro coradas pelo método de Gram, para
identificação dos microrganismos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas identificações microbianas preliminares foi constatada infecção
mista na secreção auricular dos dezesseis cães, corroborando o que foi
relatado por MULLER
et al. (1985). Os microrganismos encontrados no presente experimento foram
Staphylococcus, sp.,
Bacillus sp. e leveduras. De acordo com AUGUST (1993), COLE
et al. (1998), LILENBAUM
et al. (2000), NOBRE
et al. (2001) e JUNCO & BARRASA (2002), são estes microrganismos os mais encontrados nas otites externas de cães.
O mel de
Tetragonisca angustula demonstrou ter alta atividade antimicrobiana sobre
Staphylococcus sp.
Bacillus sp. e leveduras. Resultado semelhante foi encontrado por GONÇALVES
et al. (2005), em estudo da ação do mel de
Nannotrigona testaceicornis sobre bacilos e cocos.
No antibiograma com o mel da abelha jataí (
Tetragonisca angustula), o disco médio apresentou halo de inibição de 18 mm, incluindo o próprio disco de 0,7 mm, conforme pode ser observado na
Figura 1.
Esse resultado, quando comparado ao antibiograma convencional, mostrou
atividade antimicrobiana do mel menor que a CFL (cefalexina – 40 mm),
mais alta que OFX (ofloxacina – 15 mm), PEN (penicilina – 10 mm) e ENO
(enrofloxacina – 10 mm) e bem próximo de AMP (ampicilina – 21 mm) e CIP
(ciprofloxacina – 20 mm), resultado que, assim como relatado por
GONÇALVES
et al. (2005), vem
demonstrar o excelente potencial terapêutico do mel de abelhas dessa
espécie. Esse dado fortalece a importância de se analisar
cientificamente mais produtos naturais oriundos da sabedoria popular,
obedecendo a uma tendência mundial atual de buscar terapias
alternativas para o tratamento de doenças comuns (AVILA-PIRES, 1995;
LUZ, 2005).
Para a avaliação, neste estudo, do potencial antimicrobiano do mel de
Tetragonisca angustula
sobre microrganismos oriundos de secreção do conduto auditivo de cães
otopatas, não se realizou o isolamento desses animais. O objetivo era
caracterizar a real potencialidade desse material no controle de
infecções clínicas, semelhante à metodologia utilizada por GONÇALVES
et al. (2005).
Na amostra de mel semeado em TSB, não houve crescimento microbiano, o
que demonstra que a metodologia para coleta de mel de abelha jataí
utilizada neste trabalho foi adequada para manter a inocuidade do
produto.
No resultado da microbiologia do material colhido das placas de Petri
do antibiograma, não foram identificados outros microrganismos além dos
preliminarmente encontrados, demonstrando não ter havido interferência
de outros elementos patogênicos além dos encontrados nas secreções dos
condutos auditivos utilizados no experimento.
CONCLUSÃO
O mel de abelha jataí (
Tetragonisca angustula)
mostrou ter nítida ação antimicrobiana em cultivo misto de bacilos,
cocos e leveduras, os microrganismos mais encontrados nas otites
externas de cães. Portanto, trata-se de produto que pode vir a ser
utilizado como alternativa para o tratamento das otopatias de origem
microbiana.
REFERÊNCIAS
Amendolas, G. F.;
Ilha M.; Berger R.; Stedile R.; Schossler J. E. Correção
de defeito ósseo femural em cães utilizando implante cortical homólogo
conservado em mel. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 18, n. 4, 2003.
August, J. R. Otitis externa: una enfermedad de
etiologia multifactorial. Clínica Veterinaria Norte Americana: Práctica
Clínica de los Pequeños Animales, v. 18,
p. 1-14, 1993.
Avila-Pires, F. D. de.
Teoria e prática das práticas alternativas. Revista de Saúde Pública,
v. 29, n. 2, p. 147-151, 1995.
Breyer, E. U. Abelhas e saúde. 3. ed. Santa Catarina: Uniporto, 1983. 80 p.
Cole L. K.; Kwochka,
K. W.; Kowalski, J. J.; Hillier, A.
Microbial flora and antimicrobial susceptibility patterns of isolated pathogens
from the horizontal ear and middle ear dogs with otitis media. Journal of
American Veterinary Medical Association, v. 212, p. 534-538, 1998.
Coopernatural. Abelhas jataí (Tetragonisca angustula).
Disponível em: <http://www.coopernatural.com/index.html>. Acesso
em: 23 maio 2007.
Cortopassi-Laurino,
M. E.; Gelli, D. S. Propriedades antibacterianas de méis
brasileiros. Ciência e Cultura, v. 36, n. 7, p. 616, 1984.
Efem, S. E. E. Clinical observations
on the wound healing properties of honey. British Journal of
Surgery, v. 75, p. 679-681, 1988.
Efem, S. E. E. Recent advances in the management of
Fournier’s gangrene: preliminary observations. Surgery, v. 113, n. 2, p.
200-204, 1993.
Efem, S. E. E.;
Udoch, K. T.; Iwara, C. I. The
antimicrobial spectrum of honey and its clinical significance. Infection,
v. 20, n. 4, p. 227-229, 1992.
Gonçalves, A. L.;
ALVES Filho, A.; Menezes, H.
Atividade antimicrobiana do mel da abelha nativa sem ferrão Nannotrigona
testaceicornis (Hymenoptera: Apidae, Meliponini). Arquivo Instituto
Biológico, v. 72, n. 4, p. 455-459, 2005.
Junco, M. T. T.;
Barrasa, J. T. M. Identification and antimicrobial
susceptibility of coagulase positive Staphylococci isolated from healthy
and dogs suffering from otitis externa. Journal of Veterinary Medicine,
v. 49, p. 419-423, 2002.
LEITE, F. L.; SÁ, M.; BACH, B. C.; LOVATO, L.
T.; LARA, V. M. Staphylococcus sp. isolados de espécimes auriculares de
gatos hígidos e sua susceptibilidade antimicrobiana. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE MEDICINA VETERINÁRIA, 35., 2008, Gramado, RS. Anais... Porto Alegre,
RS: Sociedade de Veterinária do Rio Grande do Sul. Disponível em:
<http://www.sovergs.com.br/conbravet2008/anais/cd/resumos/R0771-1.pdf>.
Acesso em: 11 fev. 2009.
Lilenbaum, W.;
Veras, M.; Blum, E.; Souza, G. N.
Antimicrobial susceptibility of Staphylococci isolated from otitis
externa in dogs. Letters in Applied Microbiology, v. 31, p. 42-45, 2000.
Lopes, M.; Ferreira,
J. B.; Santos, G. Abelhas sem-ferrão: a biodiversidade
invisível. Agriculturas, v. 2, n. 4, 2005. Disponível em:
<http://www.aspta.org.br/publique/media/artigo1v2n4.pdf>. Acesso em: 24
maio 2006.
Luz, M. T. Cultura contemporânea e medicinas
alternativas: novos paradigmas em saúde no Fim do Século XXI. Revista
de Saúde Coletiva, v. 15, p. 145-176, 2005.
Malavazzi, G. R.;
Lake, J. C.; Dantas, P. E. C. Efeito do mel e do
soro autólogo na cicatrização do epitélio corneano em coelhos. Arquivo
Brasileiro de Oftalmologia, v. 68, n. 3, 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/abo/v68n3/24737.pdf> Acesso em: 25 maio 2007.
Molan, P. C. The antibacterial activity of honey. 1. The
nature of the antibacterial activity.
Bee World, v. 73, n. 1, p. 5-28, 1992.
Muller, G. H.; Kirk,
R. W. Dermatologia de pequenos animais. 5.
ed. Rio de Janeiro: Interlivros, 1996. 1130 p.
Muller, G. H.; Kirk,
R. W.; Scott, D. W. Dermatologia
dos pequenos animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 1985. 736 p.
Nobre, M. O.;
Castro, A. P.; Nascente, P. S.; Ferreiro, L.; Meireles, M. C. A. Occurrence of Malassezia pachydermatis
and others infectious agents as cause external otitis in dogs from Rio Grande
do Sul State, Brazil (1996/1997). Brazilian Journal of Microbiology, v.
32, n. 3, p. 245-249, 2001.
Noxon, J. O. Otite externa. In: Bichard, S.J.; Sherding, R.G. Manual Saunders: clínica
de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: Roca, 2003. 1783 p.
Oliveira, L. C.; Medeiros, C. M.
O.; Silva, I. N. G.; Monteiro, A. J.; Leite, C. A. L.; Carvalho, C. B. M. Antimicrobial sensitivity of bacteria from
otitis externa in dogs. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e
Zootecnia, v. 57, n. 3, p. 405-408, 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352005000300021&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 24 maio 2006.
Rosychuk, R. A. W.; Luttegen, P. Doenças dos ouvidos In: Ettinger, S.J.; Feldman, E. C. Tratado de Medicina Veterinária:
doenças do cão e gato. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 2256 p.
Silveira, F. A.; Melo,
G. A. R.; Almeida, E. A. B. Abelhas brasileiras: sistemática e
identificação. Belo Horizonte: Fundação Araucária, 2002. 253 p.
Willix, D. J.; Molan, P. C.; Harfoot, C. G. A. Comparison of the sensivity of
wound-nfecting species of bacteria activity of manuka honey and other honey. Journal
of Applied Bacterology, v. 73, p. 388-394, 1992.
Zumla, A.; Lulat, A. Honey: a remedy rediscovered. Journal of
the Royal Society of Medicine, v. 82, p. 384-385, 1989.
Protocolado em: 20 ago. 2008. Aceito em: 27 nov. 2009.