Desenvolveu-se o estudo para avaliar
a utilização da enzima fitase em rações de suínos na fase de
terminação, sem suplemento micromineral-vitamínico e níveis reduzidos
de fósforo inorgânico no desempenho, características da carcaça,
percentagem de cinzas e de minerais nos ossos, além da viabilidade
econômica. Utilizaram-se 24 fêmeas suínas, híbridas com peso médio
inicial de 66 ± 1,4 kg e peso final médio de 106 ± 1,8 kg. Foi
utilizado o delineamento experimental inteiramente ao acaso com seis
tratamentos e quatro repetições, sendo dois animais por unidade
experimental. Os tratamentos utilizados foram: T1 – ração basal, T2 –
ração basal sem suplemento micromineral-vitamínico, T3 – ração basal
sem suplemento micromineral-vitamínico com fitase, T4 – ração basal sem
suplemento micromineral-vitamínico e sem 1/3 de fósforo inorgânico com
fitase, T5 – ração basal sem suplemento micromineral-vitamínico, sem
2/3 do fósforo inorgânico com fitase, T6 – ração basal sem suplemento
micromineral-vitamínico, sem fósforo inorgânico e com fitase. A
retirada do suplemento micromineral-vitamínico, a redução dos níveis de
fósforo inorgânico e a adição de fitase não influenciaram (P>0,05)
as características de carcaça, mas reduziram (P<0,05) o consumo e o
ganho de peso com pior conversão alimentar. Da mesma forma, a redução
de fósforo e a adição de fitase, nas condições deste experimento, não
apresentaram viabilidade econômica comparado às rações basais.
PALAVRAS-CHAVES: Conversão alimentar, enzima, ganho de peso, terminação.
ABSTRACT
PERFORMANCE AND CARCASS EVALUATION OF SWINE FED FINISHING RATION WITH
PHYTASE ASSOCIATED WITH THE WITHDRAWAL OF MICROMINERAL-VITAMIN
SUPPLEMENT AND THE REDUCTION OF INORGANIC PHOSPHORUS
The experiment aimed to evaluate the effect of phytase enzyme in
rations for swine at the finishing phase without the use of
mineral-vitamin supplement and with reduced levels of inorganic
phosphorus on performance and carcass characteristics, ashes and
mineral percentage in the bones and economic viability. Twenty-four
hybrid females with starter weight of 66 ± 1.4 kg and final weight of
106 ± 1.8 kg were housed for 38 days in 24 stalls and allotted in a
completely randomized experimental design with six treatments and four
replications of two animals each. The following treatments were used:
T1 – basal feed; T2 – basal feed without micromineral-vitamin
supplement; T3 – basal feed with phytase and without
micromineral-vitamin supplement; T4 – basal feed with phytase, without
micromineral-vitamin supplement and without 1/3 of inorganic
phosphorus; T5 – basal feed with phytase, without micromineral-vitamin
supplement ans without 2/3 of inorganic phosphorus; and T6 – basal feed
with phytase, without micromineral vitamin supplement and without
inorganic phosphorus supplementation. The withdrawal of the
micromineral-vitamin supplemet, the reduction of inorganic phosphorus
level and the addition of phytase enzyme did not affect (P>0.05) the
carcass characteristics, but they reduced (P<0.05) feed intake and
weight gain, and showed worse feed conversion. Likewise, reduction of
inorganic phosphorus levels and phytase addition did not improve
economic efficiency when compared to basal feed.
KEYWORDS: Enzyme, finishing phase, pig, ration, weight gain.
INTRODUÇÃO
A alimentação dos suínos representa grande parte dos custos totais de
produção, de modo que os elos da cadeia produtiva devem procurar formas
de reduzi-los, gerando incremento e competitividade no setor (DESCHAMPS
et al., 1998). Na fase de
terminação, ocorre o maior consumo relativo de ração e o maior
desperdício de nutrientes, principalmente pelas fezes.
Os minerais são componentes essenciais ao organismo animal, pois
participam da constituição dos ossos e de outros tecidos, formando
compostos orgânicos necessários para o desempenho de funções orgânicas.
As vitaminas são componentes essenciais ao desenvolvimento dos tecidos,
ao crescimento e à reprodução (SOBESTIANSKY
et al., 1991).
A incorporação do fósforo nos tecidos e órgãos é variável e depende da
taxa de renovação do mineral e da fase de crescimento do animal. Sua
troca nos tecidos decresce com a idade e aumenta nos períodos de
atividade reprodutiva e as trocas mais intensas no fósforo lábil
ocorrem no esqueleto e na matéria esponjosa do osso (MOREIRA
et al.,
2004). O fósforo presente nos grãos encontra-se em grande parte na
forma de fitato, composto constituído de grupo ortofosfato, altamente
ionizado e que forma complexos com cátions (Ca, Mg, Mn, Cu, etc),
constituindo-se em fator antinutricional para suínos. Daí a necessidade
da suplementação das rações com fósforo inorgânico, em níveis que
satisfaçam às exigências nutricionais dos animais. Porém, em situações
onde há o excesso de fósforo nas dietas, há a eliminação pelo animal,
podendo acarretar problemas ambientais (LUDKE
et al., 2000).
Para melhorar o aproveitamento do fósforo fítico presente nos grãos
utilizados nas rações para suínos recomenda-se o uso da enzima fitase.
Essa enzima é responsável pela quebra da ligação ácido
fosfórico-inositol e vem sendo utilizada nas rações de não ruminantes,
com o objetivo de tornar disponível o fósforo fítico e melhorar a
digestibilidade da proteína bruta e dos aminoácidos pela quebra das
ligações fitato-proteína ou pela redução do nível de ácido fítico
presente no trato gastrointestinal (LEI
et al., 1993).
Conforme mencionado, a alimentação de suínos apresenta custos elevados, chegando a constituir até 70% do seu total (NUNES
et al.,
2001), razão que justifica a retirada do suplemento
micromineral-vitamínico e de fósforo inorgânico e a adição da enzima
fitase na ração de suínos na fase de terminação. Isso em razão do alto
custo do fósforo inorgânico e da alta proporção que entra na formulação
das rações.
Assim, neste estudo, avaliou-se a utilização da enzima fitase, em
rações de suínos na fase de terminação, sem suplemento
micromineral-vitamínico e níveis reduzidos de fósforo inorgânico no
desempenho, nas características da carcaça, na percentagem de cinzas e
de minerais nos ossos, além da viabilidade econômica.
MATERIAL E MÉTODOS
Desenvolveu-se um experimento, no Setor de Suinocultura do Departamento
de Produção Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de
Goiás (UFG), em que se utilizaram 24 fêmeas híbridas, com idade média
de 105 dias e peso inicial médio de 66 ± 1,4 kg .O delineamento
experimental foi inteiramente ao acaso, com seis tratamentos e quatro
repetições, sendo cada unidade experimental constituída por um animal.
Os tratamentos foram: T1 – ração basal (grupo controle); T2 – ração
basal sem suplemento micromineral-vitamínico; T3 – ração basal sem
suplemento micromineral-vitamínico, com fitase; T4 – ração sem 1/3 de
fósforo inorgânico em relação à ração basal, sem suplemento
micromineral-vitamínico e com fitase; T5 – ração sem 2/3 de fósforo
inorgânico em relação à ração basal, sem suplemento
micromineral-vitamínico e com fitase; T6 – ração sem fósforo inorgânico
em relação à ração basal, sem suplemento micromineral-vitamínico e com
fitase.
Para formulação das rações experimentais (
Tabela 1) empregaram-se as recomendações nutricionais propostas por ROSTAGNO
et al.
(2000). A enzima utilizada foi a NATUPHOS 5000 ®, da empresa BASF
NUTRIÇÃO ANIMAL, que é a marca registrada da fitase obtida por
fermentação com fungos do grupo Aspergillus niger. A enzima fitase foi
utilizada na quantidade de 500 UF (unidades de fitase)/kg.
As variáveis avaliadas foram: o ganho de peso médio diário (GPMD); o
consumo médio diário de ração (CMD); a conversão alimentar (CA); as
características de carcaça; o conteúdo de cinzas e níveis de minerais
nos metacarpos (SILVA & QUEIROZ, 2002) e custo médio da dieta por
kg de peso vivo produzido.
Abateram-se os 24 animais com peso médio de 106 ± 1,8 kg (175 dias de
vida), para verificação das características de carcaça, segundo a
metodologia preconizada pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE
SUÍNOS (1973).
Para avaliação econômica, adotou-se a metodologia descrita por BELLAVER
et al.
(1985), mediante o emprego de verificação do custo médio em ração, por
quilograma de peso vivo ganho na fase de terminação, e de fórmula para
determinação do índice de custo médio ou eficiência econômica, conforme
descreveram BARBOSA
et al. (1990), como segue:
- Y
i = (Q
i x P
i) / G
i, em que:
Y
i = custo médio em ração por quilograma ganho no i-ésimo tratamento;
P
i = preço médio por quilograma da ração utilizada no i-ésimo tratamento;
Q
i = quantidade média de ração consumida no i-ésimo tratamento;
G
i = ganho médio de peso do i-ésimo tratamento.- IC = (CT
ei / MC
e) x 100, sendo:
IC = índice de custo médio;
CT
ei = custo médio do i-ésimo tratamento considerado;
MC
e = menor custo médio de ração, por quilograma de peso vivo, ganho observado entre os tratamentos.
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas
pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade, empregando-se o programa
General Linear Models do SAS (1998).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados relativos ao ganho de peso médio diário (GPMD), consumo
de ração médio diário (CRMD) e conversão alimentar (CA) estão
apresentados na
Tabela 2.
Observou-se maior GPMD (P<0,05), ao se comparar animais que
consumiram ração completa (T1) com animais que receberam ração, em que
foram retirados 100% de fósforo inorgânico, microminerais e vitaminas,
adicionando fitase (T6). Para a mesma variável, não se encontrou
diferença entre os demais tratamentos, sugerindo que a retirada de
microminerais, vitaminas e até 2/3 de fósforo inorgânico com adição de
fitase não afetou o desempenho dos animais.
Ocorreu maior CRMD (P<0,05) para animais que receberam ração
completa (T1). Nos demais tratamentos, não foram verificadas diferenças
para o consumo de ração (P>0,05).
Com relação ao CRMD, houve redução (P<0,05) no consumo de ração para
todos os tratamentos em relação ao grupo-controle (ração completa),
para animais alimentados com dietas sem suplementação
micromineral-vitamínica, com ou sem fitase. No entanto, essa redução no
consumo de ração não se refletiu no ganho de peso. Conforme os
resultados observados, pode-se sugerir que a retirada de tais
suplementos das dietas de suínos em terminação, adicionando-se ou não
fitase, não afeta sua capacidade de desenvolvimento.
A pior CA foi apresentada pelos animais que receberam rações com a
retirada de 100% de fósforo inorgânico (T6), no entanto, diferiu apenas
dos animais que receberam ração sem 1/3 de fósforo inorgânico (T4), que
apresentaram a melhor CA. Não houve diferença nos demais tratamentos.
Estes resultados estão de acordo com as afirmações de McGLONE (2000),
de que deficiências de minerais e vitaminas levam semanas ou meses para
produzir manifestações clínicas, e dietas para suínos geralmente são
formuladas para exceder as necessidades nas diferentes fases de
desenvolvimento.
Os resultados referentes à avaliação de carcaça estão apresentados na
Tabela 3.
Observou-se que a retirada do suplemento micromineral-vitamínico, com
adição ou não de fitase, não afetou a avaliação da carcaça, exceto para
PC. No entanto, com a adição de fitase houve melhora neste parâmetro,
não diferindo dos demais tratamentos. Esses resultados concordam com
PATIENCE & GILLIS (1996), MAVROMICHALIS
et al. (1999), SHAW
et al. (2002) e SANTOS
et al.
(2008), que também não observaram efeitos negativos da retirada dos
suplementos micromineral-vitamínico das dietas de suínos em fase de
terminação nas características da carcaça. Provavelmente, esse fato
está relacionado ao curto período de retirada da suplementação dos
animais deste experimento.
NUNES
et al. (2001) avaliaram
a retirada dos suplementos micromineral-vitamínico para suínos em
terminação e não encontraram efeitos negativos para ET, CC e PC,
concordando parcialmente com o presente experimento. Os autores
encontraram maior RC para animais que receberam suplementação
micromineral-vitamínica, assim como relataram interação entre uso de
vitaminas e minerais e, na presença da suplementação com vitaminas, o
suplemento mineral causou um aumento significativo para AOL.
Entretanto, resultados negativos foram encontrados por EDMONDS &
ARENTSON (2001), que, ao retirarem o suplemento micromineral-vitamínico
por seis e doze semanas antes do abate, encontraram redução de 75% na
concentração de vitamina E no músculo longíssimus dorsi e no presunto e
redução na concentração de cobre no presunto. Os autores concluíram que
a suplementação deve ser realizada para otimizar a qualidade da carne.
Na análise dos resultados para cinzas nos ossos (
Tabela 4),
não se observaram diferenças entre os tratamentos (P>0,05),
mostrando não haver redução na quantidade de cinzas, ao se retirar o
suplemento micromineral-vitamínico, 1/3, 2/3 ou todo o fósforo
inorgânico de dietas com suplementação de fitase.
As cinzas ósseas são constituídas em sua grande maioria por cálcio e
fósforo (SILVA & QUEIROZ, 2002). O fósforo do plasma e dos fluidos
extracelulares mantém intercâmbio com as células dos tecidos, sendo a
taxa metabólica determinada, além de outros fatores, pelo consumo.
Neste caso, por mecanismos hormonais, as células apresentam maior
permeabilidade ao íon fósforo, fazendo com que, em casos de menor
consumo, maior quantidade do íon seja captada dos fluidos
extracelulares (LOPES
et al.,
2001). Este fato pode explicar o motivo pelo qual, em situações onde
existe baixa ingestão de fósforo, o organismo por mecanismos hormonais
retenha maior quantidade do nutriente.
Os resultados deste experimento são semelhantes aos obtidos por SOUZA
et al.
(2008), que trabalharam com a retirada de minerais como fósforo, zinco,
cobre e manganês e adição de 500 UF/kg de dieta para suínos em
terminação (100 kg) e não observaram variações na percentagem de cinzas
nos ossos. No entanto, encontraram diminuição no peso dos ossos
metacarpos e peso das cinzas, comparando-se a dieta-controle com as
dietas suplementadas com fitase.
Resultados semelhantes também foram encontrados por SHELTON
et al.
(2004), que, avaliando a retirada de minerais suplementando ou não com
fitase, não encontraram diferenças na percentagem de cinzas nos ossos
de suínos em terminação.
Estes resultados estão também de acordo com os de HARPER
et al.
(1997), que verificaram que suplementar fitase a dietas pobres em
fósforo tem efeito semelhante ao de suplementá-las com fontes
inorgânicas. CROMWELL
et al. (1995) e SHELTON
et al.
(2004) verificaram redução na percentagem de cinzas e resistência nos
ossos de suínos submetidos à dietas pobres em P. No entanto, ao serem
suplementadas estas dietas com fitase, esse resultado foi revertido.
Os resultados a respeito dos minerais nos metacarpos são apresentados na
Tabela 5
. Foram encontradas diferenças (P<0,05) para os elementos P e Na, ao
se comparar animais testemunhas (Te), abatidos no início do experimento
(105 dias de idade) com animais que receberam ração completa (abatidos
com 175 dias). Essa diminuição nos níveis de P e Na pode ser
justificada pela diferença de idade dos animais, pois, de acordo com
MAYNARD & LOOSLY (1974), o desenvolvimento ósseo declina antes que
os animais atinjam a idade adulta.
Em avaliação da retirada de microminerais e vitaminas, com ou sem
adição de fitase (T2 e T3), em relação à dieta completa (T1), pôde-se
observar que não houve diferença (P>0,05) para os níveis de Ca, Mg,
P, K. Já para o elemento Na houve aumento para animais submetidos à
dieta sem suplemento adicionada de fitase (T3). Este fato pode ser
explicado pela capacidade da enzima fitase de liberar, além do P do
complexo fitato-P, alguns minerais, além de aminoácidos presentes na
molécula do ácido fítico.
Em avaliação de todos os tratamentos, pôde-se observar redução
gradativa no teor de P nos ossos à medida que o fósforo inorgânico foi
retirado da ração. No entanto, esta redução não foi significativa
(P>0,05). Redução significativa (P<0,05) foi observada apenas
quando todo fósforo inorgânico foi retirado com fitase (T6) em relação
aos animais-testemunha. Provavelmente, mesmo com a presença da enzima
fitase na ração, a retirada de 100% do fósforo resultou em maior
reabsorção de P nos ossos. De acordo com LOPES (1998), para manter a
homeostase, a reabsorção de P do osso e dos tecidos moles aumenta com a
diminuição da quantidade de P absorvida.
Com relação ao elemento K, ocorreu redução (P<0,05) para animais do
tratamento em que foi retirado 100% de P com fitase (T6) em relação aos
animais sem 2/3 de P com fitase (T5). No entanto, quando se comparam os
níveis de K dos animais do tratamento sem P com os animais que
receberam a dieta-controle (T1) e sem até 1/3 de retirada de P com
fitase (T4), nenhuma diferença foi observada.
Houve aumento no teor de Na nos animais que receberam ração com fitase
e retirada de até 1/3 de fósforo (T3 e T4) em relação aos que receberam
dieta completa (T1). Entretanto, quando foram retirados 100% do fósforo
inorgânico da dieta (T6), mesmo com fitase, observou-se redução nos
teores de Na nos ossos, não diferindo (P>0,05) da ração completa.
Ocorreu aumento (P<0,05) na concentração de Mn nos animais que
receberam ração sem suplementação micromineral-vitamínica, com ou sem
fitase (T2 e T3) em relação ao T1. No entanto, foi observada redução
nos valores absolutos a partir da retirada de 1/3 de fósforo (T4) até a
completa redução (T6).
Foi observada redução (P<0,05) no teor de Zn nos animais que
receberam ração sem suplemento micromineral-vitamínico, em relação ao
T1. Redução que foi revertida pela adição de fitase, já comentada. Esse
aumento no teor de Zn, a partir da adição de fitase, foi mantido até a
retirada de 100% de fósforo inorgânico da ração (T4, T5 e T6). Esses
tratamentos somente diferiram para ração completa, que apresentou os
maiores níveis de Zn (P<0,05).
Com relação ao elemento Mn, foi verificado aumento no teor deste
mineral nos tratamentos sem suplementação micromineral-vitamínica, com
e sem fitase, quando comparados ao T1. No entanto, não há explicação
plausível na literatura para tal fato, podendo ser devido a variações
individuais.
Os resultados referentes à avaliação dos custos das rações por quilograma de suíno vivo encontram-se na
Tabela 6.
A retirada dos suplementos micromineral, vitamínico, níveis de fósforo
inorgânico de rações adicionadas de fitase resultam em melhora nos
custos de produção em suínos na fase de terminação. Esses resultados
estão de acordo com os de PATIENCE & GILLIS (1996) e NUNES
et al. (2002), que verificaram redução no custo da ração com a retirada do suplemento micromineral-vitamínico, e com MAVROMICHALIS
et al.
(1999), que também observaram redução no custo da ração com a retirada
de suplemento micromineral-vitamínico e até 2/3 de fósforo inorgânico.
CONCLUSÕES
A retirada do suplemento micromineral-vitamínico e a redução de 1/3 e
2/3 do fósforo inorgânico de dietas suplementadas com fitase são
viáveis com base no desempenho, nas características da carcaça, nos
níveis de minerais e na percentagem de cinzas nos ossos de suínos em
terminação.
A retirada do suplemento micromineral-vitamínico, assim como a redução
de 1/3 e 2/3 de fósforo inorgânico da ração, mostram-se viáveis
economicamente para suínos em terminação.
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Protocolado
em: 15 ago. 2008. Aceito em: 24 ago.
2010.