As mastites clínica ou subclínica são
as principais doenças que afetam o rebanho bovino leiteiro, com impacto
sobre a economia, a indústria e com reflexos na saúde pública.
Considerando-se que Santa Izabel do Oeste se encontra na segunda maior
bacia leiteira do Estado do Paraná e que os casos de mastite
epidemiologicamente subdividem-se em ambientais ou contagiosas,
buscou-se identificar os possíveis agentes etiológicos causadores das
mastites bovinas, utilizando-se um método diagnóstico preliminar rápido
e barato que diferenciasse estes dois tipos da enfermidade, a fim de
orientar o tratamento e a profilaxia. Optou-se por duas triplacas,
sendo que a triplaca I continha em cada cavidade os seguintes meios de
cultura: ágar sangue; ágar bile-esculina e ágar sal manitol; a triplaca
II possuía os meios ágar MacConkey; ágar Baird-Parker e ágar
sabouraud-dextrose com cloranfenicol. Adicionalmente, utilizou-se um
tubo com ágar sabouraud-dextrose com cloranfenicol incubado à
temperatura ambiente, para pesquisa de fungos filamentosos. Observou-se
que na grande maioria das amostras foram isolados
Staphylococcus coagulase negativos, coliformes,
Staphylococcus aureus, bacilos gram negativos não fermentadores, corinebactérias,
Streptococcus spp. e
Streptococcus agalactiae.
PALAVRAS-CHAVES: Coliformes, corinebactérias, estafilococos, estreptococos, mastite.
ABSTRACT
ETIOLOGICAL PROFILE OF BOVINE MASTITIS FROM DAIRY FARMS
OF SANTA IZABEL DO OESTE, PARANÁ, BR
Clinical or sub-clinical mastitis are the main illnesses that affect
dairy herds, with impact on the economy, the industry, and with
consequence to public health. Considering that the city of Santa Izabel
do Oeste is located in the second bigger milk region of Paraná state,
and that mastitis cases are epidemiologically classified as ambient or
contagious, the purpose of this study was to identify possible
etiologic agents of bovine mastitis, by the use of a preliminary, fast
and cheap diagnostic method to differentiate these types of illness, to
orient treatment and prophylactic measures. Two triplates were
employed. Triplate I was composed by blood agar, bile-esculine agar and
mannitol-salt agar, while triplate II was composed by MacConkey agar;
Baird-Parker agar and sabouraud-dextrose agar with cloranfenicol.
Additionally, a tube with sabouraud-dextrose agar with cloranfenicol
incubated at room temperature temperature was used for the
research of filamentous moulds. It was observed that the great majority
of the isolated samples had
Staphylococcus coagulase negative, coliforms,
Staphylococcus aureus, no-fermenters bacilli gram negative, Coryneforms,
Streptococcus spp. and
Streptococcus agalactiae.
KEYWORDS: Coliforms, Coryneforms,
Staphylococcus,
Streptococcus, mastitis.
INTRODUÇÃO
A inflamação da glândula mamária ou mastite encontra-se entre as
principais doenças de bovinos leiteiros (COSTA, 2000) e causa prejuízos
aos produtores, à indústria e provoca riscos à saúde pública. A mastite
é considerada a doença que proporciona as maiores perdas econômicas na
produção de leite e estima-se que esta doença cause prejuízo ao redor
de US$ 1,8 bilhões/ano nos EUA (NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 1996). No
Brasil, calcula-se que a alta prevalência de mastite nos rebanhos
bovinos promova redução de 12% a 15% na produção anual de leite, que é
de cerca de 20 bilhões de litros/ano (FONSECA & SANTOS, 2000).
Quanto à apresentação, a mastite pode ser classificada como clínica,
que é a forma na qual visualizam-se as alterações no leite e no animal,
ou subclínica, forma na qual a identificação requer a adoção de
recursos indiretos de diagnóstico (COSTA, 2000). A ausência de
visualização direta da mastite subclínica favorece sua disseminação no
rebanho e proporciona ao produtor uma falsa tranquilidade em relação à
ocorrência da enfermidade, visto que é estimado que existam 35 casos
subclínicos de mastite para cada caso clínico (FONSECA & SANTOS,
2000). A mastite bovina, frequentemente, tem origem bacteriana (COSTA
et al., 1995; NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 1996; LANGONI
et al.,
1998) e, dentre os mais de oitenta microrganismos diferentes
identificados como causadores desta enfermidade, as espécies mais
frequentemente isoladas são
Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis e
Escherichia coli (HARMON, 1994).
Acredita-se que, nos rebanhos leiteiros que não adotam medidas de
controle contra mastite, haja infecção em metade das vacas, com média
de dois quartos mamários por animal (NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 1996).
As estimativas brasileiras apontam valores de 20% (LANGENEGGER
et al., 1970), 38% (FONSECA & SANTOS, 2000) e até 71% (COSTA
et al., 1999) para a prevalência da doença em rebanhos dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
O exame microbiológico de amostras de leite coletadas assepticamente é
considerado o método padrão para determinação da saúde do úbere e para
o diagnóstico da mastite bovina (RADOSTITIS
et al.,
1994). Para tanto, procedimentos padronizados sugeridos pela Federação
Internacional de Laticínios e Conselho Nacional de Mastite são adotados
em diversos países do mundo (HARMON
et al.,
1990) e os resultados permitem compreender problemas específicos dos
rebanhos, orientar medidas racionais de controle da mastite e sugerir
mudanças de manejo (RADOSTITIS
et al., 1994; BRAMLEY
et al., 1996).
Existem diversas metodologias quanto à coleta de amostras de leite para
avaliação da prevalência de mastite num rebanho. Pode-se avaliar o
leite de todas as vacas em lactação, somente dos casos clínicos ou dos
quartos mamários com contagens de células somáticas elevadas segundo o
California Mastitis Test (SEARS
et al., 1993; BRAMLEY
et al.,
1996), sendo também possível investigar amostras compostas dos
quatro quartos mamários de uma vaca, ou obter amostras de leite do
tanque da fazenda (SEARS
et al., 1993; BRITO
et al.,
1998). A avaliação do leite do tanque atende programas de monitoramento
de rebanhos, detecta a presença de patógenos específicos e reduz os
custos com exames laboratoriais (SEARS
et al., 1993; BRAMLEY
et al., 1996).
Objetivou-se com este trabalho, isolar e identificar os principais
agentes etiológicos causadores de mastite no rebanho leiteiro da região
de Santa Izabel do Oeste, a fim de gerar subsídios no desenvolvimento
de um sistema microbiológico que permita identificação rápida e barata
dos patógenos envolvidos.
MATERIAL E MÉTODOS
Coletaram-se 427 amostras de leite na região de Santa Izabel do Oeste,
no Estado do Paraná, entre agosto de 2006 e março de 2007. Os rebanhos
foram selecionados ao acaso e apresentavam características diversas
quanto à raça, grau de sangue, produção de leite, instalações, tipo e
manejo da ordenha.
Inicialmente, o leite desses animais para avaliação foi coletado conforme o teste da caneca telada (RADOSTITS
et al.,
1994) e o California Mastitis Test – CMT (SCHALM & NOORLANDER,
1957). O uso da caneca telada permite identificar os casos de mastite
clínica conforme a presença de secreção anormal (flocos, grumos ou
anormalidade na coloração ou na consistência). O CMT foi realizado de
acordo com LANGENEGGER
et al.
(1970), classificando-se a reação inflamatória de acordo com os escores
1 (negativo), 2 (traço que indica reação suspeita), 3 (fracamente
positivo, +), 4 (positivo, ++) ou 5 (fortemente positivo, +++). A
variação de escores 3 a 5 depende da consistência do gel formado pela
adição do reagente ao leite e tais escores são os que melhor indicam a
presença de mastite subclínica (BRITO
et al., 1996).
Foram coletadas amostras de leite de todos os quartos mamários com
mastite clínica ou mastite subclínica que apresentaram escore de 3 a 5
segundo o CMT. As amostras foram obtidas imediatamente antes da ordenha
após cuidadosa higienização e desinfecção dos tetos com álcool 70%.
Após desprezar os três primeiros jatos de leite, coletaram-se os jatos
seguintes diretamente em frascos estéreis e descartáveis, que foram
colocados em caixas isotérmicas com gelo e encaminhados imediatamente
ao laboratório para realização do exame microbiológico (HARMON
et al., 1990).
Utilizaram-se duas triplacas, sendo que em cada uma semearam-se 10µL de
cada amostra de leite, com alça calibrada e descartável, em cada um dos
quadrantes (NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 1996). Na triplaca I, em cada
cavidade havia ágar sangue de carneiro 5%, ágar bile esculina e ágar
sal manitol. Na triplaca II, em cada cavidade havia ágar Baird-Parker
com gema de ovo e telurito, ágar MacConkey e ágar sabouraud-dextrose
com cloranfenicol. As triplacas I e II foram incubadas a 35 oC e
realizou-se leitura das triplacas após 24 e 48 horas.
As colônias isoladas no ágar-sangue foram observadas quanto à
morfologia, tamanho, pigmentação e presença de hemólise. Observaram-se
os microrganismos isolados ao microscópio por meio de esfregaços
corados pelo método de Gram. A significância do número de colônias dos
microrganismos isolados foi interpretada segundo os critérios propostos
pelo National Mastitis Council (1987).
As bactérias do gênero
Streptococcus
foram identificadas conforme a ausência de produção de catalase, testes
de CAMP, hidrólise do hipurato de sódio, crescimento em NaCl 6,5%,
produção de pyrrolidonilarilamidase e hidrólise da esculina. Fez-se a
classificação de acordo com HOBLET
et al. (1986), que dividem os
Streptococcus em
S. agalactiae
(reação positiva nos testes de CAMP e hidrólise do hipurato de sódio,
crescimento variável em NaCl 6,5% e reação negativa na hidrólise da
esculina),
Streptococcus sp.
esculina positivos (reação variável no teste de CAMP, na hidrólise do
hipurato, em NaCl 6,5% e hidrólise da esculina, o que inclui
S. uberis, S. bovis, espécies de
Enterococcus e outros
Streptococcus que hidrolisam a esculina) e
Streptococcus
sp. esculina negativos (reação negativa no teste de CAMP, na hidrólise
da esculina e do hipurato de sódio e ausência de crescimento em NaCl
6,5%, o que inclui
S. dysgalactiae entre outros).
As bactérias do gênero
Staphylococcus
foram classificadas com base nos testes de resistência à bacitracina e
na produção de catalase (SCHLEIFER & KLOOS, 1975; BAKER, 1984;
BAKER
et al., 1986; KLOOS & BANNERMAN, 1995).
O teste de produção de coagulase foi feito em tubos e em lâminas, com plasma de coelho em EDTA, de acordo com HARMON
et al. (1990). Para diferenciar as espécies de
Staphylococcus
coagulase positivos empregaram-se os testes de produção de acetoína e
utilização anaeróbica do manitol (KLOOS, 1990). Detectou-se a produção
de acetoína em tubos com caldo à base de peptona e glicose incubados a
37ºC por 48 horas. Utilizaram-se 0,5 mL da cultura, 0,3 mL de α-naftol
a 5% (p/v) em álcool absoluto e 0,1 mL KOH 40% (p/v). A utilização
anaeróbica do manitol foi testada em tubos tipo eppendorf, que
continham caldo púrpura de bromocresol e que foram vedados com quinze
gotas de vaselina esterilizada. Avaliou-se a sensibilidade à
acriflavina em placas de ágar P (PHILLIPS & NASH, 1985) e de
Baird-Parker suplementadas com emulsão de gema de ovo e telurito. Antes
de verter os meios, adicionou-se solução de acriflavina até ser
alcançada a concentração final de 7µg/ml (DEVRIESE, 1981). O inóculo
foi uma suspensão em caldo de soja tripticaseína cultivada por dezoito
horas em ágar-sangue, padronizado com o tubo 0,5 da escala de
MacFarland. Incubaram-se placas com e sem acriflavina com a mesma
suspensão de cada amostra e avaliadas após 24 e 48 horas de incubação a
35ºC. Apenas as amostras que apresentaram crescimento exclusivamente
nas placas sem acriflavina foram consideradas sensíveis.
Os estafilococos coagulase negativos foram identificados pelos métodos
convencionais de KLOOS & SCHLEIFER (1975), baseado no tamanho e
pigmentação das colônias; crescimento aeróbico e anaeróbico; presença
de fator de aglutinação, hemolisina, ornitina descarboxilase, urease,
pyrrolidonyl-arilamidase; resistência a novobiocina e a polimixina;
utilização da arginina; produção de acetoína; redução de nitratos;
hidrólise de esculina; acidificação aeróbica e anaeróbica de arabinose,
celobiose, frutose, glicose, lactose, maltose, manitol, manose,
rafinose, ribose, sacarose, trealose e xilose.
As bactérias Gram negativas fermentadoras de lactose e oxidase
negativas foram identificadas pelo sistema EPM-mili-citrato, para
triagem de enterobactérias. As bactérias Gram negativas não
fermentadoras de lactose foram identificadas pela reação positiva na
prova da oxidase e pelo sistema NF prov-mini kit para organismo não
fermentador.
Os bastonetes Gram positivos pequenos, pleomórficos e não esporulados,
com morfologia semelhante a difteroides, foram identificados como
Corynebacterium
sp. Além disso, observaram-se características como colônias pequenas
circulares (1 a 2mm de diâmetro), esbranquiçadas ou cremosas, com
superfície rugosa, visíveis somente após 48 horas. Consideraram-se
contaminantes e, portanto, descartadas as amostras em que houve
crescimento de três ou mais colônias diferentes no isolamento primário,
sem o predomínio de nenhuma delas.
Foram incluídas como cepas controle:
Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027),
Enterobacter aerogenes (ATCC 13048),
Proteus mirabilis (ATCC 25933),
Escherichia coli (ATCC 8739),
Enterobacter cloacae (ATCC 13047),
Shigella flexneri (ATCC 12022),
Klebsiella pneumoniae (13883),
Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228),
Streptococcus pyogenes (ATCC 19615) e
Staphylococcus aureus (ATCC 25923).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados dos exames microbiológicos das amostras estudadas estão apresentados nas
Tabelas 1 e
2.
Conforme o observado, em 10,77% das amostras não foram isolados
microrganismos no exame microbiológico e em 9,13% do total ocorreu
contaminação, ou seja, crescimento de três ou mais tipos diferentes de
colônias. Considerando-se a possibilidade de haver isolamento de mais
de um agente etiológico por amostra, o total de microrganismos isolados
foi de 427.
Os
Staphylococcus sp. coagulase negativos e o
Corynebacterium
sp. são patógenos secundários da mastite (HARMON & LANGLOIS, 1989)
e seus papéis na glândula mamária ainda são questionados. Embora apenas
algumas espécies de
Staphylococcus
sp. coagulase negativos estejam relacionadas com a infecção mamária e a
prevalência desses, pode haver influência do desinfetante empregado na
limpeza dos tetos após a ordenha (HOGAN
et al., 1987; WHITE
et al., 1989). Atualmente, tais agentes são vistos como patógenos contagiosos emergentes (HOGAN
et al., 1987; WHITE
et al.,
1989), sendo que os resultados do presente estudo corroboram esta
informação, já que esta classe foi a mais frequentemente isolada nas
amostras. O controle desses agentes está ligado à adoção de boas
práticas de higiene e de manejo do rebanho durante a ordenha. As
amostras classificadas como
Corynebacterium sp. foram catalase positiva e apresentaram características morfotintoriais e coloniais típicas de
C. bovis.
Outros estudos têm chamado a atenção para a elevada porcentagem de isolamento de
C. bovis em quartos mamários, sendo muitas vezes o agente de maior prevalência no rebanho (HARMON
et al.,
1990). Este achado está relacionado com a ausência ou ineficiência do
processo de desinfecção dos tetos após a ordenha. No Brasil, amostras
de leite oriundas de quartos mamários com mastite subclínica com escore
4 ou 5 pelo CMT apresentaram prevalência de
C. bovis de 9,23% (LANGONI
et al., 1991) a 9,71% (FERREIRO
et al., 1985) e, no caso de mastite clínica, esta prevalência atingiu 21,77% (COSTA
et al., 1995).
O
Staphylococcus aureus foi o patógeno primário mais frequentemente isolado (18,70%). Ao contrário de diversos países que erradicaram o
Streptococcus agalactiae,
esse agente foi isolado de 3,5% das amostras com crescimento
bacteriano. É fundamental que vacas que apresentem glândula mamária
infectada por
S. aureus e/ou
S. agalactiae
sejam identificadas, mesmo que não haja inflamação evidente, a fim de
se estabelecer medidas de controle, visto que, dadas as características
da disseminação e infecção, esses dois agentes constituem importante
fonte de infecção para os rebanhos (HARMON, 1994; BRAMLEY
et al.,
1996). A alta frequência desses agentes etiológicos sugere que nos
rebanhos avaliados não estão sendo realizadas medidas de controle da
mastite eficientes.
As espécies de
Staphylococcus coagulase positiva ou negativa incluem, principalmente,
S. dysgalactiae, S. uberis, S. bovis e espécies do gênero
Enterococcus. O
S. dysgalactiae
apresenta características de patógeno contagioso e ambiental (HARMON,
1994) e, muitas vezes, no exame microbiológico é identificado pelas
reações negativas na maioria dos testes. Neste estudo, ele está
incluído entre as amostras que não hidrolisam a esculina. Os outros
Streptococcus e os
Enterococcus
são considerados patógenos ambientais, pois a fonte de infecção para o
rebanho é o próprio ambiente da fazenda e, assim, as medidas
profiláticas envolvem o controle de patógenos no meio (HOGAN
et al., 1987).
Os coliformes
Pseudomonas spp.
e leveduras também são patógenos secundários de origem ambiental e seu
controle se baseia em medidas higiênico-sanitárias e de manejo do
rebanho (HOGAN
et al., 1987).
CONCLUSÕES
Diante do exposto, pode-se concluir que o método de triagem
microbiológico utilizado foi satisfatório nos quesitos rapidez, custo e
agentes etiológicos diagnosticados. Ademais, verifica-se que os casos
de mastite bovina clínica ou subclínica presentes na região da bacia
leiteira de Santa Izabel do Oeste derivam, principalmente, das falhas
de higiene antes, durante e após a ordenha, já que há grande
prevalência de patógenos secundários e ambientais, sendo frequente o
isolamento de
Staphylococcus coagulase negativo.
REFERÊNCIAS
BAKER, J. S. Comparison of various methods for the
differentiation of staphylococci and micrococci. Journal of
Clinical Microbiology, v. 19, p. 875-879, 1984.
BAKER, J. S.; HACKETT, M. F.; SIMARD, D. J. Variations
in bacitracin susceptibility in Staphylococcus and Micrococcus
species. Journal of Clinical Microbiology, v. 23, p. 963-964, 1986.
BARROW, G. I.; FELTHAM, R. K. A. Cowan and Steel’s
manual for the identification of medical bacteria. 3. ed. Cambridge:
Cambridge University, 1995. 331 p.
BRAMLEY, A. J.; CULLOR, J. S.; ERSKINE, R. J.; Fox l. K.; Harmon, R. J.; Hogan, J.
S.; Nickerson, S. C.; Oliver, S. P.; Smith, K. L.; Sordillo, l. M Current
concepts of bovine mastitis. 4. ed. Madison: National
Mastitis Council, 1996. 64 p.
BRITO, J. R. F.; CALDEIRA,
G. A. V.; VERNEQUE, R. S.; BRITO, M. A. V. P. Sensibilidade e especificidade do
“California Mastitis Test” como recurso diagnóstico da mastite subclínica em
relação à contagem de células somáticas. Pesquisa Veterinária Brasileira,
v. 17, n. 2, p. 49-53, abr./jun. 1996.
BRITO, M. A. V. P.; BRITO,
J. R. F.; SOUZA, H. M.; VARGAS, O. L. Avaliação da sensibilidade da cultura de
leite do tanque para isolamento de agentes contagiosos da mastite bovina. Pesquisa
Veterinária Brasileira, v. 18, p. 45-46, 1998.
COSTA, E. O. NAPGAMA
(Série Mastite). São Paulo: Napgama, 2000. 190 p. CD ROM.
COSTA, E. O.; COSTA,
E. O.; RIBEIRO, A. R.; WATANABE, E. T.; SILVA, J. A. B.; GARINO, J. R. F.; BENITES,
N. R.; HORIUTI, A. M. Mastite subclínica: prejuízos causados e os custos de
prevenção em propriedades leiteiras. NAPGAMA,
v. 2, p. 16-20, 1999.
COSTA, E. O.; BENITES, N.
R.; MELVILLE, P. A.; PARDO, R. B.; RIBEIRO, A. R.; WATANABE, E. T. Estudo
etiológico da mastite bovina. Revista Brasileira de Medicina Veterinária,
v. 17, p. 156-158, 1995.
DEVRIESE, L. A. Baird-Parker medium supplemented with
acriflavine, polymyxins and sulphonamide for the selective isolation of Staphylococcus
aureus from heavily contaminated materials. Journal
of Applied Bacteriology, v. 50, p. 351-357, 1981.
FERREIRO, L.; FERREIRO, C.
L. R.; BANGEL JR. J. J.; Soares, H. C.;
Moojen, V. A.; Fernandes J. C. T. Mastite bovina na Grande Porto
Alegre, RS, Brasil. 1. Agentes etiológicos isolados durante o período
1982-1985. Arquivos da Faculdade de Veterinária da UFRGS, n. 13, p.
81-88, 1985.
FERREIRO, L.; SANTOS, E. C.;
SILVA, N. Ocorrência e etiologia da mastite bovina na Zona da Mata do Estado de
Minas Gerais. Arquivos da Faculdade de Veterinária da UFRGS, v. 33, p.
31-37, 1981.
FONSECA, L. F. L.; SANTOS,
M. V. Qualidade do leite e controle de mastite. São Paulo: Lemos Editorial, 2000. 175 p.
HARMON, R. J. Physiology of mastitis and factors
affecting somatic cell counts. Journal of Dairy Science, v. 77, p.
2103-2112, 1994.
HARMON, R. J.; EBERHART, R. J.; JASPER, D. E.; Langlois, B. E.; Wilson R. A.
Microbiological procedures for the diagnosis of bovine udder infection.
Arlington: National Mastitis Council, 1990. 34 p.
HARMON, R. J.; LANGLOIS, B. E. Mastitis due to
coagulase-negative Staphylococcus species. Agri-Practice, v.
10, p. 29-34, 1989.
HARROP, M. H. V.; PEREIRA,
L. J. V.; BRITO, J. R. F. Incidência da mastite bovina na bacia leiteira da
Zona Meridional Agreste de PE. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 10,
p. 65-67, 1975.
HOBLET, H.; HUESTON, W. D.; ANGRICK, A. Mastitis
microbiology simplified. Bovine Practice, n. 21, p. 77-78, 1986.
HOGAN, J. S.; WHITE, D. G.; PANKEY, J. W. Effects of
teat dipping on intramammary infections by staphylococci other than Staphylococcus
aureus. Journal of Dairy Science, v. 70, p. 873-879, 1987.
KLOOS, W. E. Systematics and the natural history of
staphylococci. Journal of Applied Bacteriology, Supplement, v. 69, n.
19, p. 25S-37S, 1990.
KLOOS, W. E.; BANNERMAN, T. L. Staphylococcus
and Micrococcus. In: MURRAY, P. R.; BARON, E. J.; PFALLER, M. A. et al.
(Ed.). Manual of clinical microbiology. 6. ed. Washington, D. C:
American Society for Microbiology, 1995. p. 282-298.
LANGENEGGER, J.; COELHO, N.
M.; LANGENEGGER, C. H.; Castro R. P.
Estudo da incidência da mastite bovina na bacia leiteira do Rio de Janeiro. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v. 5, p. 437-440, 1970.
LANGONI, H.; DA SILVA, A.
V.; CABRAL, K. G.; DOMINGUES, P. F. Aspectos etiológicos na mastite bovina. Revista
Brasileira de Medicina Veterinária, v. 20, p. 204-210, 1998.
LANGONI, H.; PINTO, M. P.;
DOMINGUES, P. F.; LISTONI, F. J. P Etiologia e sensibilidade bacteriana da
mastite bovina. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia,
v. 43, p. 507-515, 1991.
MULLER, E. E.; NETO, O. H.;
SOUZA JR. J. M.; MARQUES, F. A. C.; MACUCO, A. L.; GIACOMETTI, W. D. Estudo da
prevalência da mastite bovina. Semina, v. 1, p. 47-48, 1978.
NADER FILHO, A.;
SCHOCKEN-ITURRINO, R. P.; ROSSI JÚNIOR, O. D.; CEMBRANELLI, E. M. Prevalência e
etiologia da mastite bovina na região de Ribeirão Preto, São Paulo. Pesquisa
Veterinária Brasileira, v. 5, p. 53-56, 1985.
NATIONAL MASTITIS COUNCIL. Current
concepts of bovine mastitis. 4.
ed. Madison: NMC, 1996. 64 p.
PHILLIPS, E.; NASH, P. Culture media. In: LENNETTE, E.
H.; BALOWS, A.; HAUSLER JR. W. J. et al. (Ed.). Manual of clinical
microbiology. 4. ed. Washington, D. C.: American Society for
Microbiology, 1985. p. 1051-1092.
RADOSTITIS, O. M.; LESLIE, K. E.; FETROW, J. Mastitis
control in dairy herds. In: RADOSTITIS, O. M.; LESLIE, K. E.; FETROW, J. Herd
health food animal production medicine. Philadelphia: W. B. Saunders, 1994.
p. 229-276.
SCHALM, O. W.; NOORLANDER, D. O. Experimental and
observation lading to development of california mastitis test. Journal of
the American Veterinary Medical Association, v. 130, n. 5, p. 199-204,
1957.
SCHLEIFER, K. H.; KLOOS, W. E. A simple system for the
separation of staphylococci from micrococci. Journal of Clinical
Microbiology, v. 1, p. 337-338, 1975.
SEARS, P. M.; GONZÁLEZ, R. N.; WILSON, D. J. et al.
Procedures for mastitis diagnosis and control. Veterinary Clinics of North
America: Food Animal Practice, v. 9, p. 445-468, 1993.
WHITE, D. G.; HARMON, R. J.; MATOS, J. E. S.;
LANGLOIS, B. E. Isolation and identification of coagulase-negative Staphylococcus
species from bovine sites and streak canals of nulliparous heifers. Journal
of Dairy Science, v. 72, p. 1886-1892, 1989.
Protocolado
em: 2 abr. 2008. Aceito em: 18 jun.
2010.