SILAGEM
DE GRÃO ÚMIDO OU GRÃO SECO DE SORGO COMO FONTE
ENERGÉTICA PARA BEZERRAS DE DOIS GRUPOS GENÉTICOS
Luiz Angelo Damian Pizzuti,1 Miguelangelo Ziegler Arboitte,2 Luiz Antero de Oliveira
Peixoto,3 Ivan Luiz Brondani,4 João Restle5 e Dari Celestino Alves Filho6
1. Aluno de Graduação em Zootecnia, bolsista Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, CNPq
2. Msc., professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense, Campus Sombrio, SC,
doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UFSM.
E-mail: marboitte@hotmail.com
3. Doutor Professor do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Farroupilha, Campus Julio de Castilhos, RS
4. Doutor professor adjunto Departamento de Zootecnia, UFSM
5. PhD, professor do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, UFSM
6. Doutor professor adjunto do Departamento de Zootecnia, UFSM.
RESUMO
Avaliaram-se o
desempenho e o desenvolvimento corporal de bezerras Charolês (CH)
e 5/8Nelore 3/8Charolês (5/8NC), alimentadas em confinamento com
silagem de grão úmido ou seco de sorgo. A
relação volumoso (silagem de milho:concentrado) foi de
60:40 na matéria seca (MS). A média do peso e da idade
inicial das bezerras foi de 96,9±8,5 kg e cinco meses. O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em arranjo
fatorial 2 x 2 (tipos de conservação de grãos de
sorgo x grupos genéticos). Não ocorreu
interação significativa entre tipo de
conservação do grão de sorgo e grupo
genético, para as variáveis estudadas. Não se
verificou diferença (P>0,05) quanto aos consumos
diário de MS (CMS) de 3,83 e 3,84 kg MS/dia, energia
digestível (CED) de 14,59, 14,92 Mcal/dia, para grão
úmido e seco, respectivamente. O ganho médio
diário de peso (GMD) foi de 0,80 e 0,83 kg, o peso final (PF) de
165 e 165,5 kg e a conversão alimentar (CA) de 4,78 e 4,63 para
grão úmido e seco (P>0,05), respectivamente. Os
parâmetros de crescimento das bezerras quanto ao tipo de
conservação dos grãos de sorgo não
diferiram. O ganho em estado corporal (GEC) foi superior (P<0,05)
para o grão úmido (0,33 pontos) em
comparação ao grão seco (0,22 pontos). Para os
grupos genéticos estudados não se verificou
diferença (P>0,05) quanto ao CMS, CED, GMD, CA e PF. As
bezerras 5/8NC comparadas às CH apresentaram estado corporal
final superior (P<0,05) (3,1 contra 3,0 pontos), assim como altura
inicial (91,12 contra 83,62 cm) e final (102,62 contra 94,87 cm) de
cernelha, altura inicial (99,37 contra 89,69 cm) e final (108,87 contra
101,37 cm) de garupa. As bezerras CH apresentaram maior (P<0,05)
perímetro torácico 24,94 contra 20,56 cm das 5/8NC.
PALAVRAS-CHAVES: Altura de garupa, cernelha, cruzamento, ganho médio diário, perímetro torácico.
ABSTRACT
SILAGE OF HIGH MOISTURE GRAIN AND DRY GRAIN OF SORGHUM AS ENERGETIC SOURCE FOR FEMALE CALVES FROM TWO GENETIC GROUPS.
The performance
and development of Charolais (CH) and 5/8Nellore 3/8Charolais (5/8NC)
female calves, feedlot fed with silage of high moisture grain or dry
grain of sorghum, were evaluated. The roughage (corn
silage):concentrate ratio was 60:40, dry matter (DM) basis. Calves
average initial weight and age was 96.9±8.5kg and five months.
The experimental design was complete randomized, with a 2 x 2 factorial
arrangement (types of sorghum grains conservation x genetic groups). No
significant interaction was observed between type of sorghum grain
conservation and genetic group, for the variables studied. No
difference (P>.05) was observed between high moisture and dry grain
for daily intake of DM (DMI) 3.83 and 3.84 kg DM/day, and digestible
energy (DEI) 14.59 and 14.92 Mcal/day, respectively. Average daily
weight gain (ADW) .80 and .83 kg, final weight (FW) 165.0 and 166.5 kg,
and feed conversion (FC) 4.78 and 4.63, were similar for high moisture
and dry grain sorghum, respectively. Calves growth parameters according
to sorghum grains conservation did not differ (P>.05). The gain of
body condition (GBC) was higher (P<.05) for the treatment of high
moisture grain (.33 points) in comparison to dry grain (.22 points). No
difference (P>.05) was observed between genetic groups for DMI, DEI,
ADW, FC and FW. The 5/8NC compared to the CH calves showed higher
(P<.05) final body condition score (3.1 vs 3.0 points), initial
(91.12 vs 83.62 cm) and final withers height (102.62 vs 94.84 cm) and
initial (99.37 vs 89.69 cm) and final rump height (108.87 vs 101.37
cm). The CH calves had higher (P<.05) thoracic perimeter (24.94 vs
20.56 cm).
KEY WORDS: Average daily weight gain, crossbreeding, rump height, withers height, thoracic perimeter.
INTRODUÇÃO
A busca pelo
aumento da produtividade animal com o menor custo de
produção e consequentemente maior lucro final tem levado
os produtores à adesão de tecnologias que atendam as suas
necessidades. Nesse contexto, a produção de silagem de
grão úmido é uma maneira prática e
econômica de armazenar grãos para serem utilizados como
concentrado durante os períodos de escassez de alimentos
energéticos. Segundo JOBIM et al.
(2001), a utilização de grãos ensilados é
pratica rotineira nas propriedades rurais, no entanto, ainda são
poucos os registros em pesquisas realizadas no Brasil.
Várias vantagens na produção de silagem de grão úmido são citadas por BRONDANI et al.
(2000), como a ausência de taxas de descontos de umidade pelas
empresas armazenadoras de grãos, impurezas, fretes, impostos,
menor custo no armazenamento, melhor digestibilidade do grão em
função da sua pré-fermentação e
colheita antecipada em três ou quatro semanas. Outras vantagens
como menores perdas qualitativas e quantitativas em
função do ataque de insetos e ratos são relatadas
por JOBIM et al. (2001).
Melhores digestibilidades in vitro e in vivo da silagem de grão
úmido em comparação ao grão seco são
relatadas por HIBBERD et al.
(1985). As ações de ácidos orgânicos
produzidos durante o processo fermentativo podem causar rupturas na
matriz proteica que recobre os grânulos de amido dos
grãos, bem como na estrutura desses grânulos, aumentando,
assim, a área exposta à ação
enzimática, principalmente sobre o processamento dos
grãos de milho e sorgo, os quais apresentam uma matriz proteica
muito resistente (ROONEY & PFLUGFELDER, 1986). Relato de CHURCH
(1986) demonstra que a silagem de grão úmido de sorgo
apresenta melhor degradabilidade ruminal quando comparada ao
grão seco.
O objetivo do
trabalho foi avaliar o desempenho e o desenvolvimento corporal de
bezerras da raça Charolês e 5/8 Nelore 3/8 Charolês
confinadas durante o período de recria e alimentadas com silagem
de grão úmido ou grão seco moído de sorgo.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento
foi desenvolvido no Laboratório de Bovinocultura de Corte da
Universidade Federal de Santa Maria, durante 84 dias, compreendidos
entre 23 de março e 15 de junho. Comparou-se o desempenho em
confinamento de bezerras dos grupos genéticos Charolês e
5/8 Nelore 3/8 Charolês, alimentadas com concentrado à
base de grão seco moído de sorgo ou silagem de
grão úmido de sorgo do híbrido SAARA®.
Constituiu-se o volumoso da silagem de milho AG 5011® em uma
relação volumoso:concentrado com base na
matéria seca (MS) de 60:40.
Utilizaram-se
dezesseis bezerras, oito da raça Charolês e oito do grupo
genético 5/8 Nelore 3/8 Charolês, com peso médio
inicial de 96,9±8,5 e idade média de cinco meses,
provenientes do mesmo rebanho, desmamadas com a idade média de
52 dias. Os animais foram confinados em baias individuais, alimentadas
duas vezes ao dia, às 8:00 e 16:00 h. Diariamente, pela
manhã, foram retiradas e pesadas as sobras de alimento do dia
anterior para ajuste da quantidade de alimento ofertado e posterior
cálculo de consumo. As dietas ofertadas continham 14% de
proteína bruta na MS, 3,89 e 3,81 Mcal de ED/kg de MS,
respectivamente, para grão seco e grão úmido de
sorgo. A fração concentrada da dieta alimentar continha,
na MS, 70% grão moído de sorgo seco ou 70% silagem de
grão úmido de sorgo; 24,5% farelo de soja; 2,5% ureia;
0,75% calcário calcítico; 1,25% fosfato bicálcico
e 1,0% cloreto de sódio.
Na Tabela 1
estão descritos os teores de MS determinados segundo AOAC
(1984), a digestibilidade in vitro da MO (DIVMO) e MS (DIVMS) segundo
TILLEY & TERRY (1963), os teores de FDN segundo VAN SOEST &
WINE (1967). A energia digestível (ED), dos componentes da
dieta, foi calculada a partir do percentual da DIVMO e MO (ARC, 1980),
em que: ED (Mcal kg –1 de MS) = DIVMO*MO*19/4,18.
As
variáveis avaliadas foram os consumos médios
diários de matéria seca e energia digestível
expressos em kg/animal, por 100 kg de peso vivo e por unidade de
tamanho metabólico, ganho de peso médio diário,
conversão alimentar, condição corporal final e
ganho de condição corporal em pontos, comprimento
corporal, altura na cernelha e garupa, perímetro de tórax
em centímetros. As pesagens ocorreram ao início e final
do período experimental, bem como em períodos
intermediários de 21 dias, precedidas de um jejum de
sólidos de quatorze horas. Por ocasião das pesagens,
procedeu-se à avaliação do estado corporal, em que
1-muito magro, 2-magro, 3-médio, 4-gordo, 5-muito gordo (LOWMAN et al.,1973).
As medidas corporais foram realizadas por ocasião da primeira e
última pesagem, conforme metodologia descrita por MENEZES et al. (2008).
O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 X 2
(tipos de conservação de grãos de sorgos x grupos
genéticos). Submeteram-se os dados coletados à
análise de variância e compararam-se as médias
através do teste F, ao nível de 5% de
significância, através do programa estatístico SAS
(2001).
Utilizou-se o modelo estatístico: Yij= M + Ti + Gj+ Eij; em que: Yij=
variáveis dependentes; M=média geral de todas as
observações; Ti=efeito do tipo de grão de sorgo
ordem “i”, e: 1=grão de sorgo úmido,
2=grão de sorgo seco; Gj= efeito do grupo genético de ordem “j”, 1= Charolês, 2= 5/8 Nelore 3/8 Charolês; Eij=erro
aleatório residual, NID (0, δ2). A interação
entre tipo do grão de sorgo e grupo genético não
foi significativa, sendo retirada do modelo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Tabela 2
estão descritos os consumos de matéria seca e energia
digestível expressa em Mcal/dia, em percentagem do peso vivo e
por tamanho metabólico de bezerras alimentadas com grão
úmido ou seco de sorgo. Esses parâmetros são
importantes, porque é por meio do consumo de alimentos que o
organismo animal vai ter à disposição os
nutrientes necessários para promover o crescimento e/ou engorda,
segundo RESTLE & VAZ (1999). Os mesmos autores comentam que os
alimentos são o componente de maior custo na
produção animal, chegando a representar em bovinos
confinados acima de 70% do custo total, quando o custo do animal
não é considerado.
O consumo de
matéria seca, kg/dia (CMS), não diferiu
significativamente entre os tratamentos alimentares. Esses resultados
contradizem o que é comentado na revisão realizada por
OWENS et al. (1997), os quais
relatam menor CMS em animais confinados sendo alimentados com silagens
de grãos úmidos de milho, comparados a animais
alimentados com grãos secos de milho. O maior consumo do
grão úmido é esperado pela melhor
degradação do amido desse em relação ao
grão seco. A melhor degradação do amido com a
utilização de grãos de alta umidade, segundo
HENRIQUE et al. (2007),
é ocasionada pela redução da interferência
das matrizes proteicas do endosperma na hidrólise dessa
fração.
O consumo de MS
em percentagem do peso vivo (CMS%) foi de 2,74% e 2,78% (P>0,05),
para bezerras alimentadas com grão úmido e seco,
respectivamente. Os valores foram inferiores aos observados por RESTLE et al. (2006a), de 3,17% PV, assim como aos 3,20% PV, observados por PUTRINO et al.
(2006), alimentando novilhos desmamados precocemente com diferentes
fontes de fibra. O CMS% observado no presente experimento ficou acima
dos 2,20% e 2,27% PV, verificados por HENRIQUE et al.
(2007), quando alimentaram tourinhos com dez meses de idade com
grãos de milho de alta umidade e grãos secos,
respectivamente. Valores de CMS% acima de 2,5% PV são
preconizados na literatura, favorecendo o desenvolvimento,
principalmente em categorias exigentes como a dos bezerros.
O consumo de
matéria seca por tamanho metabólico (CMSTM), de 0,09 e
0,10 kg para silagem de grão úmido de sorgo e grão
seco de sorgo, respectivamente, está condizente ao 0,11 kg
observado por RESTLE et al.
(2006a), quando avaliaram fontes energéticas para bezerros
desmamados aos 80 dias, e aos 0,08 e 0,10 kg verificados por EIFERT et al.
(2004), quando alimentaram bezerros com silagem de triticale com os
níveis de 35% e 45% de concentrado, respectivamente. O consumo
de energia digestível diária (CED) e o consumo de energia
digestível por unidade de tamanho metabólico (CEDTM)
não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos,
apresentando valores de 14,59 e 14,92 Mcal de CED; e, 0,38 e 0,39
Mcal/kg CEDTM, para grão úmido e grão seco,
respectivamente.
Na Tabela 3
são apresentados os valores de peso inicial e final, ganho de
peso médio diário (GMD, escore corporal inicial e final,
ganho de estado corporal e conversão alimentar. Não houve
diferença (P>0,05) quanto ao peso final, GMD e escore
corporal final para os tratamentos. Fato associado à pequena
diferença apresentada na constituição dos
alimentos quanto à fibra em detergente neutro e a
digestibilidade in vitro da matéria orgânica (Tabela 1).
Pequena diferença na constituição da silagem de
grão úmido referente ao grão seco foi verificada
por PASSINI et al. (2002).
Resultados semelhantes foram encontrados por PUTRINO et al.
(2006), que não observaram diferenças no peso final e
ganho de peso médio diário (GMD) de novilhos Nelore
alimentados com dietas à base de grão de milho seco ou
úmido, fato também constatado por SILVEIRA et al. (2006), suplementando novilhos com silagem de grão úmido de sorgo ou grão seco de sorgo. ALMEIDA JR. et al.
(2008) não verificaram diferenças nos ganhos
diários de peso de bezerros holandeses alimentados após o
desaleitamento com silagem de grão úmido ou grão
seco de sorgo. Esses autores salientam que, com dietas com alta
percentagem de grãos, os benefícios da ensilagem de
grãos úmidos deveriam ser mais evidentes, uma vez que a
ingestão diária total de amido pelo animal é maior
pela maior digestibilidade e rápida fermentação
ruminal. O esperado era melhor desempenho de bovinos alimentados com
esse tipo de grão, o que não foi observado no presente
experimento.
A falta de
diferença no desempenho das novilhas pode ser explicada pelo
fato de os ensilados de grãos úmidos provocarem
rápida fermentação ruminal, pela
gelatinização dos grânulos de amido, o que aumenta
o potencial de ocorrência de acidose ruminal (STOCK et al.,1987).
A acidose ruminal é causada pelo declínio no pH ruminal,
pelas mudanças nos padrões ruminais dos ácidos
graxos voláteis, com o decréscimo do acetato, e pelo
aumento do propionato (LEE et al., 2006).
As bezerras
alimentadas com silagem de grão úmido apresentaram melhor
(P>0,05) estado corporal final, diferença de 0,06 pontos.
Comportamento similar ao observado por BALBUENA et al. (2001) e SILVEIRA et al. (2006), quando compararam a alimentação de bovinos com grão seco ou grão úmido.
No
início do período experimental as novilhas alimentadas
com grão úmido apresentavam estado corporal inferior em
0,05 pontos (P>0,05) diante das alimentadas com grão seco de
sorgo. Apesar de a ingestão diária de energia
digestível (Tabela 2)
ter sido menor em 0,33 Mcal/dia pelas novilhas alimentadas com
grão úmido, o maior ganho de estado corporal pode ter
ocorrido em virtude da maior disponibilidade de amido sendo digerido no
intestino delgado. Segundo RUSSEL et al.
(1990), o amido no rúmen é digerido rapidamente pelas
bactérias ruminais, principalmente pelas amilolíticas,
que o transformam em ácidos graxos voláteis, provocando
rápida fermentação no ambiente ruminal e queda no
pH do rúmen. Isso propicia a diminuição da
população de bactérias amilolíticas e,
consequentemente, maior passagem de amido para o intestino, diminuindo
as perdas energéticas nas rotas metabólicas.
A
conversão alimentar da matéria seca foi de 4,78 e 4,63 kg
de MS/kg de ganho de peso, respectivamente, para as bezerras
alimentadas com grão úmido e grão seco de sorgo,
próximo aos 4,85 e 4,52 kg de MS/kg de ganho de peso verificados
por RESTLE et al. (2006a),
quando avaliaram o desempenho em confinamento de bezerros de corte
desmamados precocemente alimentados com fontes energéticas
diferentes. Estudando o fornecimento de silagem de grão
úmido ou seco de milho ou sorgo para bezerros holandeses,
ALMEIDA JR. et al. (2008)
não encontraram diferença quando estimaram a
conversão alimentar, sendo o valor médio de 4,48 kg de
MS/kg de ganho de peso. Em revisão realizada por OWENS et al.
(1997), foi constatada similaridade na eficiência alimentar de
bovinos alimentados com grãos com alta umidade e grãos
secos. Segundo HENRIQUE et al.
(2007), ao se utilizar grãos de milho com alta umidade,
espera-se aumento na digestibilidade do amido e de outros nutrientes, o
que promoveria elevação no ganho de peso e na
eficiência alimentar. Entretanto, os resultados em experimentos
não são conclusivos, sobretudo em decorrência do
teor de umidade do grão, do processamento antes e após
armazenamento, do método de armazenamento e do nível de
inclusão na dieta.
Os resultados
obtidos demonstram que essa técnica pode ser utilizada pelos
produtores, principalmente pelos demais benefícios resultantes
para o sistema de produção, pois, segundo BRONDANI et al.
(2000), as taxas de descontos de umidade, impurezas, fretes e impostos
constituem o menor custo de armazenamento. No entanto, devem-se
considerar, na escolha da utilização do grão
úmido ou seco de sorgo, as facilidades operacionais de cada
propriedade e os preços praticados no mercado, que variam em
função da região e do ano agrícola.
Na Tabela 4
são representados os valores médios do comprimento
inicial e final, ganho em comprimento, altura inicial e final da
cernelha e da garupa, ganho em altura da cernelha e garupa,
perímetro de tórax inicial e final, e ganho em
perímetro de tórax de bezerras alimentadas com
grão úmido ou seco de sorgo.
A fase de
recria de bezerras é importante, pois permite ao produtor
utilizar estratégias de melhorar a dieta, mediante a
utilização de suplementos, explorando a eficiência
de transformação da MS em desenvolvimento corporal,
principalmente através do crescimento ósseo e muscular.
Os parâmetros de crescimento corporal das bezerras não
foram influenciados (P>0,05) pelos suplementos ofertados, que foram
consumidos com similaridade (Tabela 2), propiciando igual ingestão de nutrientes. ALMEIDA JR. et al.
(2008) também não verificaram diferença na altura
da cernelha de bezerros holandeses alimentados após o
desaleitamento com silagem de grãos úmidos ou
grãos secos de milho e sorgo.
Na Tabela 5
estão descritos os consumos de matéria seca (kg/dia) e
energia digestível (Mcal/dia) expressas em valores absolutos, em
percentagem do peso vivo e por tamanho metabólico de bezerras de
acordo com o grupo genético.
Não
ocorreu diferença significativa entre os dois grupos
genéticos para consumo de MS e ED nas diferentes formas de
expressão. Tomando o CMS ajustado para percentagem do peso vivo
(CMS%), que, segundo MERTENS (1994), é a melhor maneira de
expressar o consumo ajustado para alimentos que limitam o consumo por
distensão ruminal e, segundo RESTLE et al.
(2006b), é a forma com que os produtores planejam as
necessidades de alimentação de seus bovinos, observa-se
que o CMS% ficou acima dos 2,5% do PV utilizados nos cálculos
para estimar consumo de alimento dessa categoria com animais mantidos
em confinamento. O maior CMS% proporciona maior quantidade de
nutrientes consumidos, favorecendo o desenvolvimento do rúmen e
melhorando o desempenho dos bezerros. Em avaliação do
CMS% e do CED de novilhos superprecoces, PACHECO et al.
(2005) não verificaram diferença entre bovinos com maior
proporção de sangue Nelore (5/8N 3/8CH), em
comparação aos com maior participação de
sangue Charolês (5/8CH 3/8N). Verifica-se que o CMS% dos dois
grupos genéticos foi inferior ao relatado por RESTLE & VAZ
(1999) para bezerros desmamados aos oitenta dias. Estudando a
terminação de novilhos CH e 5/8NC, aos dois anos de
idade, MENEZES & RESTLE (2005) verificaram maior CMS e CED por dia
para os animais cruzados. Porém, segundo os autores, os animais
CH foram mais seletivos no consumo de concentrado, resultando em melhor
eficiência alimentar.
Na Tabela 6
são apresentados os valores de peso inicial e final, estado
corporal inicial e final, ganho de peso médio diário e
conversão alimentar da matéria seca das bezerras dos dois
grupos genéticos.
Segundo
PORDOMINGO (2002), o principal limitante para bezerros desmamados
precocemente é a quantidade de energia ingerida. O consumo de
energia digestível (Tabela 5)
foi similar (P>0,05) entre os grupos genéticos estudados, com
valores de 12,70 e 13,16 Mcal/dia, para CH e 5/8NC, respectivamente. O
consumo de 0,46 Mcal/dia a mais para as bezerras 5/8NC não
influenciou no GMD, que foi de 0,814 kg (Tabela 6).
O ganho de peso das bezerras do presente estudo foi superior ao 0,600 kg sugerido por PASCOAL et al.
(1999) no pós-desmame para o acasalamento de novilhas aos dois
anos. Elevados ganhos de peso na fase inicial da vida dos bezerros
são desejados, principalmente quando se busca intensificar o
sistema de produção, pois representam
redução na idade de abate dos machos e
redução na idade à puberdade das fêmeas
(RESTLE et al., 1999). Para
bezerros de corte confinados e alimentados com silagem de sorgo mais
concentrado na relação volumoso:concentrado de 70:30,
RESTLE et al. (2000c) obtiveram ganho de peso médio diário de 0,848 kg, similar ao presente trabalho.
O estado
corporal, que é uma avaliação subjetiva do
crescimento muscular e da deposição de gordura
subcutânea, foi melhor (P<0,05) nas bezerras 5/8NC no final do
período experimental, resultado da melhor condição
corporal (P>0,05) no início, e do ganho em estado corporal
durante o confinamento. MENEZES & RESTLE (2005) relataram melhor
estado corporal no início e final do confinamento para novilhos
5/8NC em relação aos CH puros, o que, segundo os autores,
é consequência da maior precocidade em
deposição de gordura do Nelore em relação
ao Charolês. Os grupos genéticos não apresentaram
diferenças (P>0,05) quanto à conversão
alimentar, sendo os resultados obtidos satisfatórios para a
categoria estudada, 4,58 e 4,78 kg de MS/kg de ganho de peso para CH e
5/8NC, respectivamente. Os valores foram similares à
média de 4,78 verificada, por PACHECO et al. (2005), em bovinos superprecoces 5/8CH 3/8N e 5/8N 3/8CH.
Na Tabela 7 são
representados os valores médios do comprimento inicial e final,
ganho de comprimento, altura inicial e final da cernelha e da garupa,
ganho de altura da cernelha e garupa, perímetro de tórax
inicial e final, e ganho de perímetro de tórax de
bezerras dos dois grupos genéticos. As medidas de comprimento e
altura do bovino são mais precisas do que o peso, quando se
busca definir o tamanho do animal (frame) na maturidade (NORTHCUTT et al.,
1992). O peso do bovino pode sofrer variações dependentes
do estado nutricional, principalmente em fêmeas, enquanto a
estrutura corporal (ossos) tende a se manter inalterada.
Para as
características altura da cernelha e da garupa, observaram-se
diferenças (P<0,01) em favor das bezerras 5/8NC. Trata-se de
resultados que estão de acordo com obtidos por PEREIRA et al.
(2000), que avaliaram o desempenho ponderal de bovinos CH, Nelore (N) e
suas cruzas, obtendo, aos oito meses de idade, alturas de garupa de
102,6, 110,5 e 109,0 cm para os CH, 1/2N 1/2CH e 3/4N 1/4CH,
respectivamente. MOLETTA & RESTLE (1996), avaliando as
características de carcaça de novilhos diferentes grupos
genéticos terminados em confinamento, verificaram maior
comprimento de perna dos novilhos N (70,98 cm) quando comparados aos CH
(65,58 cm) e aos Angus (61,03 cm). A maior altura de garupa no N
decorre, sobretudo, em função do maior comprimento dos
seus membros (devido à sua seleção para clima
tropical), fazendo a superfície corporal ficar mais afastada do
solo, reduzindo, assim, a ação do calor que é
irradiado a partir do solo, após o seu aquecimento pelos raios
solares. Além disso, membros mais longos auxiliam na
dissipação do calor corporal pela pele (PEREIRA et al., 2000).
Para a
característica comprimento não foram encontradas
diferenças (P>0,05) entre CH e 5/8NC (108,50 e 107,38 cm,
respectivamente), concordando com os resultados de RESTLE et al. (2000a) e RESTLE et al.
(2002), que não verificaram diferença para a
variável comprimento de carcaça em vacas de descarte CH e
cruzas CH x N. Comprimento semelhante de novilhos aos dois anos,
oriundos do cruzamento rotativo Charolês Nelore, foi constatado
por MENEZES et al. (2008). As
bezerras CH apresentaram maior ganho (P<0,01) em perímetro
torácico (24,94 vs 20,56 cm) que as bezerras 5/8NC,
consequência do maior tamanho e maior capacidade digestiva da
raça CH (MENEZES et al., 2008). Segundo MENEZES et al.
(2007), a maior expansão torácica dos animais C é
o resultado do maior desenvolvimento pulmonar, do coração
e do trato gastrintestinal desse grupo de animais quando comparado aos
5/8NC.
CONCLUSÕES
A
substituição do grão seco pela silagem de
grão úmido de sorgo pode ser realizada, pois não
modifica o desempenho de bezerras em fase de crescimento.
O desempenho de
bezerras 5/8 Nelore + 3/8 Charolês e Charolês foi
semelhante quando alimentadas com silagem de grão úmido
ou grão seco de sorgo.
Nos 84 dias
após o desmame precoce, as bezerras 5/8 Nelore 3/8
Charolês foram mais altas que as Charolês, que, por sua
vez, apresentaram maior ganho em perímetro torácico.
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Protocolado em: 24 mar. 2008. Aceito em: 8 out. 2009.