ALTERAÇÕES
HEMATOLÓGICAS DURANTE A IMUNIZAÇÃO E APÓS A
SANGRIA E PLASMAFERESE EM EQUINOS DE PRODUÇÃO DE SORO
HIPERIMUNE
ANTICROTÁLICO
Andrea Cristina Parra,1 Juarez Pinto Fernandes Távora,2 Ronaldo Azevedo Ferreira,3
Patrícia Stocco Betiol4 e Eduardo Harry Birgel5
1. Doutoranda em Clínica Médica da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São
Paulo
(FMVZ –USP) E-mail: acparra@usp.br
2. Médico veterinário da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan (São Paulo)
3. Médico veterinário da Fazenda São Joaquim do Instituto Butantan (São Paulo)
4. Doutoranda em Clínica Médica da FMVZ –USP
5. Professor titular aposentado na FMVZ – USP.
RESUMO
Para o estabelecimento do
quadro sanguíneo de equinos durante a imunização
para produção de soro hiperimune anticrotálico e
após as sangrias de produção e a plasmaferese,
realizou-se avaliação hematológica para determinar
a eficácia da plasmaferese na recuperação do
quadro hematimétrico dos animais. Foram utilizados vinte
animais, submetidos às normas do protocolo de
imunização do Instituto Butantan, sendo colhidas
amostras antes das inoculações do antígeno (veneno
crotálico), antes e depois das sangrias de
produção, após as plasmafereses e quinze, trinta e
quarenta e cinco dias após a última sangria, totalizando
340 colheitas, realizadas em dezessete momentos, para
realização do hemograma. Significativas
variações no quadro hematológico dos equinos foram
observadas na fase de imunização, caracterizando anemia
normocítica normocrômica, sem alterações
significativas do leucograma. Nas fases de sangrias, observaram-se
evidentes variações no quadro hematológico,
demonstrando uma anemia normocítica normocrômica
pós-sangrias, sem variações nos valores do
leucograma. No período de repouso, foi evidente a
eficácia da plasmaferese, com pronta, mas parcial,
recuperação do hemograma, facilitando o rápido
retorno para normalidade hematológica, tornando-os aptos
à nova produção de soro hiperimune.
PALAVRAS-CHAVES: Anticrotálico, equinos, hematologia, imunização, plasmaferese.
ABSTRACT
HAEMATOLOGY CHANGES DURING THE
IMMUNIZATION AND AFTER THE BLEEDING AND PHASMAFERESE IN HORSES USED FOR
HYPERIMUNE ANTI-CROTALIC SERUM PRODUCTION
Twenty animals were used to
assess the blood profile of horses during immunization for anticrotalic
hyperimmune serum production and after the bleedings and the
plasmapherese, according to the protocol schedule of Instituto Butantan
in order to evaluate efficacy of plasmapheresis. The samples were
obtained before the antigen inoculations (crotalic venon), before and
after the bleedings, right after the plasmapherese and 15, 30 and 45
days after the last one, making a total of 340 collections in 17
moments. Samples were submitted to hemogram. Significant variations
were observed on the blood profile of the horses throughout the
immunization, showing normocytic, normochromic anemia, without
significant alterations on leukogram. During the bleedings phases,
evident variations were observed on the blood profile showing
normocytic normochromic anemia after bleeding without changing the
leukogram values. During rest periods, the efficacy of plasmapheresis
was evident with a rapid, partial recovery of hemogram, making easier
the fast return to hematologic normality, making them capable to a new
hyperimmune serum production.
KEY WORDS: Anticrotalic, equine, hematology, immunization, plasmapherese.
INTRODUÇÃO
Os primeiros registros
sobre imunização de animais para fins terapêuticos
foram feitos na França por SEWALL (1887, apud CHIPPAUX &
GOYFFON, 1998), que imunizou um pombo contra o veneno de Sistrurus catenatus
(cascavel-anã), usando repetitivas inoculações do
veneno tratado com glicerina. O protocolo experimental foi vago, mas os
pombos resistiram ao desafio com seis doses letais do veneno. ROUX
& YERSIN (1888, apud CHIPPAUX & GOYFFON, 1998) mostraram que o
sangue do animal imunizado contra toxina diftérica protegia
animais não imunizados contra difteria. Von BERING &
KITASATO (1890, apud CHIPPAUX & GOYFFON, 1998) confirmaram a
transferência de imunidade passiva contra difteria e
tétano.
Posteriormente, numa
terapia com antivenenos, CALMETTE (1894, apud CHIPPAUX, 1998) estudou a
ação de três protocolos de
imunizações, observando que o soro hiperimune tinha uma
atividade terapêutica. Assim, CALMETTE (1894) foi considerado
pesquisador pioneiro na idealização e
produção de antiveneno contra picada de cobras indianas.
A produção de soro antiofídico, no Brasil,
iniciou-se em 1901, quando o ilustre cientista brasileiro Vital Brasil
Mineiro da Campanha, em São Paulo, em modesto
laboratório, de forma pioneira, produziu o soro hiperimune
antibubônico, para ser utilizado no controle de epidemia que se
propagava em várias regiões do mundo e no Brasil,
particularmente em São Paulo. No início da década
de 1990, o Instituto Butantan foi considerado responsável pela
produção de 70% dos antivenenos no Brasil, sendo os
demais 30% produzidos pelo Instituto Vital Brasil (situado no Rio de
Janeiro, RJ, também fundado por Vital Brasil) e pela
Fundação Ezequiel Dias, FUNED, em Belo Horizonte, MG (RAW
et al., 1991).
Os envenenamentos por
serpentes descritos na América Central e América do Sul
foram determinados principalmente pelos gêneros de serpentes
causadores da maioria dos acidentes ofídicos, a saber,
Agkistrodon, Bothrops, Crotalus e Lachesis, sendo o maior número
de acidentes notificados no Ministério da Saúde
relacionados às serpentes do gênero Botrops. Com o
gênero Crotalus, notifica-se um número menor de acidentes
em relação ao gênero Botrops, mas apresentando uma
gravidade maior de suas reações oriundas do veneno. O
gênero Crotalus é representado por duas espécies de
serpentes – Crotalus durissus e Crotalus vegrandis – na América Central e do Sul. Neste grupo de serpentes, existem algumas subespécies: Crotalus durissus durissus; terrificus e Crotalus durissusCrotalus durissus cascavella (HARRIS & SIMMONS, 1976-1977).
O veneno crotálico
das cascavéis sul-americanas possui três princípios
tóxicos ativos, com ações neurotóxica,
miotóxica e coagulante. A ação neurotóxica
é determinada, principalmente, pela fração
crotoxina (neurotoxina), indutora de bloqueio neuromuscular (paralisia
motora). A ação miotóxica produz lesões de
fibras musculares estriadas (rabdomiólise) com
liberação de enzimas musculares e mioglobina no sangue,
que posteriormente serão excretadas pela urina. A
ação coagulante decorre de atividade semelhante à
trombina, coagulando o fibrinogênio e originando a fibrina.
Ressalte-se que o excessivo
consumo de fibrinogênio determina a ocorrência de
hipofibrinogenemia e, portanto, a incoagulabilidade sanguínea
(THOMAZINI & BARRAVIERA, 1994; MINISTÉRIO DA SAÚDE,
1999). No envenenamento crotálico, causado pelas
subespécies Crotalus atrox e Crotalus molossus molossus,
predominantes no hemisfério norte do continente americano, foram
descritas atividade agregatória de plaquetas, ausência de
ação de coagulação do fibrinogênio e
severas e intensas lesões necróticas (CORRIGAN et al,
1983; THOMAZINI & BARRAVIERA, 1994). A magnitude das lesões
causadas pelo envenenamento crotálico e a severidade das
manifestações clínicas observadas nos animais
acidentados exigem medidas terapêuticas específicas e
urgentes, tornando-se necessária a imediata
utilização de soroterapia específica, com doses
adequadas e seguindo um protocolo específico de
repetições.
A produção do
soro antiofídico utilizando equinos (para produção
de soro anticrotálico) inicia-se com a extração do
veneno das serpentes e preparação do antígeno
(consiste na mistura de diferentes venenos de subespécies do
gênero de ofídio), preparação do equino
(avaliação clínica), inoculação do
antígeno no equino, realização de sangria
exploratória (para titulação dos anticorpos
específicos), sangrias de produção e
plasmafereses.
A plasmaferese em equinos,
de igual forma, foi recomendada para colheita de sangue e
produção de imunoglobulinas, a serem utilizadas no
controle de algumas enfermidades dos animais domésticos. Como
exemplo, deve-se ressaltar que o plasma assim produzido teria adequada
indicação nos casos de risco eminente de doenças
hemorrágicas, deficiência da transferência passiva
de imunoglobulinas das éguas para seus potros ou em
doenças que determinem severa hipoproteinemia. Um dos fatores
limitantes para o uso terapêutico da plasmaferese refere-se
à taxa de substituição do plasma do animal doador
do sangue (PHILLIPS et al., 1974; McVEY & LOAN, 1980; VON BERING & KITASATO, 1890; BROOK, 1989; MAGDESIAN et al., 1992; MCLURE et al., 2001).
Diante do significado dos
acidentes ofídicos em humanos para a Saúde Pública
e da importância econômica dessas ocorrências em
animais criados com função de exploração
econômica, houve extrema necessidade da produção de
soros antiofídicos, para que os centros de saúde e
instituições responsáveis pela saúde animal
tivessem sempre à disposição soros hiperimunes, em
quantidade e qualidade suficientes para amenizar ou inibir a
ação das toxinas dos venenos de serpentes. Todavia, foi
considerado como de extrema importância cuidar da
manutenção da saúde e recuperação
orgânica dos equinos sorodoadores ou produtores de soro
hiperimune, por meio da utilização da plasmaferese. Para
tanto, procurou-se alcançar pleno conhecimento da fisiopatologia
do processo de indução da produção
maciça de imunoglobulinas específicas durante o processo
de imunização de equinos contra venenos ofídicos.
Nas pesquisas realizadas, além de considerar o quadro de
sintomas locais e sistêmicos determinados pelas
inoculações de antígenos e das lesões
externas ou de órgãos internos deveriam ser avaliadas as
alterações sanguíneas, incluindo as
variações do hemograma.
O trabalho objetivou a
análise do quadro hematológico dos equinos, assim como a
avaliação da eficácia da plasmaferese realizada no
protocolo de hiperimunização de equinos sorodoadores do
Instituto Butantan, São Roque, SP, utilizando o momento 1
(colheita efetuada antes do início do protocolo de
imunização, antes da 1ª inoculação do
antígeno crotálico) como grupo-controle.
MATERIAL E MÉTODOS
Para o desenvolvimento da
presente pesquisa, foram utilizados vinte equinos produtores de soro
hiperimune anticrotálico da Fazenda São Joaquim do
Instituto Butantan, machos, com idade entre 5 e 15 anos, clinicamente
sadios, totalizando 340 amostras de sangue. Colheram-se as amostras
segundo o protocolo de imunização anticrotálico do
Instituto Butantan (que consiste em cinco inoculações do
antígeno crotálico a cada sete dias), uma sangria
exploratória (para titulação dos anticorpos
específicos) após sete dias da última
inoculação, três sangrias de produção
(sangria propriamente dita, num volume de 8 a 9 litros de sangue total
com ACD (1,47g de dextrose, 4,8g de citrato de sódio, 1,47g de
ácido cítrico, água q.s.p. – 100mL), em
bolsa dupla de circuito fechado) no intervalo de dois dias e duas
plasmafereses (procedimento de reinjenção da
fração celular para o doador, desprovida do plasma
hiperimune, previamente retirado). Procedeu-se à coleta das
amostras em dezessete momentos, conforme apresentado no Quadro 1.
A colheita das amostras foi
feita por punção da veia jugular externa, com a
utilização do sistema de colheita a vácuo
vacuntainer® (Becton Dikinson) com EDTA (para
obtenção de sangue total). Para realização
do hemograma (que consiste em número de eritrócitos,
volume globular, teor de hemoglobina, volume corpuscular médio
(VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e
concentração de hemoglobina corpuscular média
(CHCM), número de leucócitos e contagem diferencial de
leucócitos), utilizou-se um contador automático celular
– “Animal Blood Counter” – ABC – VET (ABX
– Diagnostics).
O cálculo dos
valores da média aritmética, do desvio-padrão e a
variação dos resultados obtidos para os parâmetros
hematológicos avaliados nesta pesquisa, bem como os testes
estatísticos, comparando as médias obtidas nos grupos
experimentais, foram determinados pelo programa de computador SAS
(STATISTICAL ANALYSIS SYSTEM, 1985). Inicialmente, na
avaliação das variáveis estudadas, os resultados
foram submetidos à análise de variância, e os
contrastes entre médias determinadas pelo teste de Duncan, ambos
com níveis de significância igual ou menor que 5%
(p≤0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos resultados dos hemogramas apresentados no Quadro 2,
a seguir, demonstrou que, durante o período de
imunização, correspondente aos momentos 1 a 5 e referente
às inoculações do antígeno
crotálico, houve diminuição dos elementos
mensuráveis do eritrograma, demonstrando, nessa fase, a
ocorrência de insuficiência eritrocitária. A
diminuição foi proporcional, de forma a caracterizar uma
anemia normocítica normocrômica, isto é, sem
alterações significativas dos índices
hematimétricos (VCM, HCM e CHCM), relacionados com o valor
referido da amostra obtida antes do momento 1, utilizada como
grupo-controle para a presente pesquisa. Esses resultados assemelham-se
aos referidos por VAZ & ARAUJO (1949) e ESTRADA et al.
(1992), que verificaram serem maiores os valores da taxa de hemoglobina
e do volume globular antes da imunização dos animais.
O início do
declínio desses valores foram atingidos no momento 6, referente
à colheita efetuada antes da sangria exploratória, no
final do processo de imunização e no início dos
processos de sangrias. Essa diminuição foi acentuada
após as sangrias de produção, referentes aos
momentos 7 e 8, 9 e 10, e 12 e 13, com colheitas efetuadas antes e
após a sangria, respectivamente. Evidencia-se, assim, a
ocorrência de anemia, caracterizada de origem hemorrágica,
como as que acontecem imediatamente após as hemorragias com
perda de grande volume de sangue. Segundo índices
hematimétricos de classificação das anemias, elas
caracterizaram-se como normocíticas e normocrômicas,
após avaliação feita dos índices
hematimétricos absolutos, na evolução da fase de
sangria exploratória e da sangria de produção,
porém antes de se fazer a plasmaferese, pois as
oscilações dos valores do VCM; HCM e CHCM variaram,
respectivamente, entre 43,20±0,62 fl e 44,30±0,63 fl;
16,60± 0,18 pg e 16,98±0,27 pg; 37,84±0,78 % e
39,45± 0,89 %.
Destaque-se que as
diferenças entre esses resultados não foram
estatisticamente significativas. Os resultados obtidos na fase de
sangrias concordaram, na essência, com os referidos por
THOMAZINI & BARRAVIERA (1994). Esses autores
observaram que, na fase de sangria dos equinos utilizados para
produção de soro hiperimune antiveneno crotálico,
havia decréscimo do número de hemácias e do teor
de hemoglobina. Os resultados descritos nesta pesquisa também
estão de acordo com aqueles observados por ANGULO et al.,
(1997), que detectaram significativa diminuição dos
valores do volume globular e do teor de hemoglobina dos equinos
produtores de soro hiperimune antiveneno de serpentes, após
sangrias de produção.
Apesar das significativas
diminuições dos valores (p< 0,05) dos elementos
mensuráveis do quadro eritrocitário caracterizando um
quadro de anemia pós-sangria (momentos 8, 10 e 13), observou-se
recuperação pronta, porém parcial, com as
plasmafereses (momento 11 e 14), sendo que as variações
dos índices hematimétricos absolutos não foram
significativas, pois os resultados obtidos mantiveram-se constantes e
as variações não apresentaram valor
biológico ou diferenças estatisticamente significativas,
relacionadas com o momento 1 (grupo-controle). Os resultados obtidos
nessa fase endossaram o efeito benéfico da plasmaferese na
recuperação hematológica dos equinos produtores de
soros hiperimune e recomendam sua utilização rotineira,
para ser alcançada uma rápida e melhor
recuperação da saúde desses animais.
O delineamento experimental
proposto nesta pesquisa permitiu avaliar a recuperação do
quadro hemático de equinos produtores de soro hiperimune
antiveneno crotálico durante 45 dias (momentos 15, 16 e 17). Os
resultados demonstraram que o protocolo estabelecido pelo Setor de
Produção de Soros do Instituto Butantan permitiu
rápida recuperação eritropoiética dos
animais de produção. Não foi detectada
variação significativa do número total de
leucócitos, apesar de alguns animais apresentaram
reação inflamatória no local das
inoculações dos antígenos. De forma
idêntica, não se observaram variações
marcantes na distribuição do número absoluto de
polimorfonucleares neutrofílicos (com núcleo em bastonete
ou segmentado), polimorfonucleares eosinofílicos e
basofílicos e dos leucócitos mononucleares, tanto de
linfócitos típicos, pequenos, grandes, e dos
linfócitos atípicos, bem como de monócitos. Os
resultados apresentados nesta pesquisa concordam com os obtidos por
MAGDESIAN et al. (1992), que
não demonstraram a existência de variações
entre os valores obtidos na contagem diferencial dos leucócitos
de equinos submetidos a repetidas inoculações, sangrias e
plasmafereses.
CONCLUSÕES
A presente pesquisa
demonstrou a eficácia da plasmaferese no processo de
produção de soro hiperimune anticrotálico, por
promover pronta, porém parcial, recuperação do
hemograma dos animais.
AGRADECIMENTOS
À CAPES, pela concessão da bolsa para realização do presente trabalho.
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