AVALIAÇÃO
COMPORTAMENTAL DA ANESTESIA POR ISOFLUORANO E INFUSÃO CONTÍNUA DE XILAZINA E
MEDETOMIDINA EM EQUINOS
Renata Gebara
Sampaio Dória1; Carlos Augusto Araújo Valadão2; Paulo
Aléscio Canola3 Érica Cristina Bueno do Prado Guirro4;
Marina Ceccato Mendes3; André Escobar3; Gesiane Ribeiro5,
Cláudio Corrêa Natalini6; Sílvio Henrique de Freitas7
1Professora Doutora do Curso de
Medicina Veterinária do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP), Campus de
Pirassununga, São Paulo. Jaboticabal, SP. e-mail: redoria@usp.br. Autor para correspondência.
2Professor Adjunto, Departamento de
Clínica e Cirurgia Veterinária, Universidade Estadual Paulista (UNESP),
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Campus de Jaboticabal,
SP.
3 Alunos, Programa de
Pós-Graduação, Cirurgia Veterinária, UNESP/FCAV/Jaboticabal.
4Professora Doutora,Curso de
Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná, Campus de Palotina, PR.
5 Professora Doutora,Curso de
Medicina Veterinária, Uni-FMU, São Paulo, SP.
6Professor Adjunto, Departamento de
Farmacologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
7Professor Doutor, Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Universidade de Cuiabá (UNIC), Cuiabá, MT.
RESUMO
A
associação de um agonista a-
--------------------
BEHAVIORAL
EVALUATION OF THE ISOFLURANE ANESTHESIA AND XYLAZINE AND MEDETOMIDINE
CONTINUOUS INFUSION IN HORSES
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
Embora
a utilização de agonistas a-2 não seja totalmente livre
de preocupações relacionadas com seus efeitos cardiovasculares, as vantagens de
se associar um agonista a-2 ao protocolo anestésico
envolvem sedação profunda, miorrelaxamento e analgesia potentes que reduzem a
quantidade de outros agentes anestésicos para se alcançar o plano anestésico
ideal para a realização de procedimentos cirúrgicos (MURRELL &
HELLEBREKERS, 2005).
A xilazina e a medetomidina são substâncias com propriedades
sedativa e analgésica, altamente lipofílicas, com volume de distribuição alto,
cuja meia vida de eliminação situa-se entre
Clinicamente, em equinos, a xilazina causa sedação máxima
após três a cinco minutos da administração intravenosa, durando cerca de
A medetomidina, embora similar à xilazina, produz efeitos
comportamentais mais potentes (WAGNER et al., 1991; BRYANT et al., 1996).
Sugere-se que, embora possua um perfil farmacodinâmico similar aos outros
agonistas a-2 empregados em equinos, a medetomidina promova maior
analgesia, sedação e ataxia que a xilazina devido, possivelmente, à penetração
mais rápida no sistema nervoso central (SNC) (KAMERLING et al., 1991; BUENO et
al., 1999), contribuindo para isso a elevada seletividade da medetomidina aos
receptores a-2, ou seja, seletividade de 1620 se comparada com a da
xilazina de 160 (THURMON et al., 1996). Clinicamente, os equinos tornam-se
sedados e irresponsivos ao ambiente de dois a sete minutos após administração
intravenosa única de medetomidina e esse efeito permanece inalterado durante
A medetomidina tem mostrado ser segura para ser utilizada em
esquemas de infusão contínua, em equinos, uma vez que em taxa de infusão
adequada produz sedação prolongada relacionada à manutenção de concentração
plasmática estável. Na velocidade de infusão de 3,5mg/kg/h
promove um efeito sedativo constante, analgesia e mínimos efeitos
cardiopulmonares (BETTSCHART-WOLFENSBERGER et al., 2001).
O midazolam é um agente sedativo de curta duração, com uma
rápida meia-vida de eliminação e um clearance corpóreo total rápido, sendo que
sua concentração plasmática atinge valores abaixo do limite de detecção 20
minutos após início de administração (JOHNSON et al., 2003). Tem sido utilizado
em doses baixas para aumentar a sedação e prevenir hipertonia muscular. Em
equinos, o midazolam tem sido indicado, em associação com a cetamina, para
induzir anestesia geral, mas podem resultar em fraqueza, fasciculação muscular
e ataxia (THURMON et al., 1996).
A cetamina é um agente anestésico dissociativo de elevada
lipossolubilidade, tornando o SNC incapaz de receber ou processar informações
sensoriais e, consequentemente, modular a resposta aos estímulos nocivos. Os
resultados da administração de cetamina são anestesia, analgesia, amnésia,
supressão do medo e da ansiedade (BERGMAN, 1999). A cetamina induz efeito
anestésico imediato, em menos de um minuto, após administração intravenosa, em
equinos (KAKA et al., 1979). Possui fase de distribuição rápida, cuja meia-vida
é de aproximadamente três minutos e a concentração plasmática mínima é
alcançada, aproximadamente, 12 minutos após sua administração (KAKA et al.,
1979; WATERMAN et al., 1987).
A cetamina é distribuída comercialmente na forma racêmica,
constituída por dois isômeros: 50% R(-) e 50% S(+). As propriedades
farmacocinéticas desses dois compostos praticamente não variam, exceto que o
clearance plasmático da cetamina S(+) é mais rápido que o da R(-). Dessa forma,
a recuperação anestésica é mais curta. Os efeitos psicotrópicos adversos têm
sido atribuídos ao isômero R(-), enquanto que o isômero S(+), mesmo em doses hipnóticas,
tem mostrado menor incidência de efeitos indesejáveis que o isômero R(-) (DUQUE
et al., 2004). O isômero S(+) induz hipnose que dura, aproximadamente, duas
vezes mais que o R(-), com analgesia mais profunda e menor atividade locomotora
durante a recuperação anestésica (LIN, 1996). O isômero S(+) demonstrou possuir
uma estereoseletividade, através do bloqueio não competitivo dos receptores
NMDA; potências anestésica, analgésica e hipnótica dois a quatro vezes maior
que a do isômero R(-); índice terapêutico duas vezes e meia maior que o da
forma R(-) e sendo a dose efetiva (DE50) significativamente menor (DUQUE et
al., 2004). Por essa razão preconiza-se,
em estudos clínicos, a redução de
Dentre os anestésicos
voláteis, o isofluorano é um anestésico inalatório amplamente utilizado,
pertencente ao grupo dos halogenados. Possui reduzido coeficiente de
solubilidade sangue/gás (1,46) e, devido a isso, a indução, recuperação e
respostas às mudanças nas concentrações de isofluorano ocorrem rapidamente
(STEFFEY, 1996). O isofluorano é minimamente
metabolizado pelos animais, sendo que, em média, 94% ou mais do isofluorano é
exalado inalterado. Em equinos, a concentração de isofluorano no ar expirado é
reduzida, após três minutos de sua retirada, em 50%, e após 25 minutos, em 90%
(SUMMARY
OF PRODUCT CHARACTERISTICS – ISOCARE).
Sendo
assim, neste
trabalho avaliou-se comparativamente a qualidade da tranquilização, indução e
recuperação da anestesia por isofluorano e infusão contínua de xilazina e
medetomidina, em equinos.
Após jejum alimentar doze horas antes do início do
experimento, os equinos de ambos os grupos receberam medicação pré-anestésica,
cuja administração foi padronizada em um minuto, sendo, no GX, midazolam[1]
[0,1mg/kg, via intravenosa (IV)] e xilazina[2]
(0,75mg/kg IV) e, no GM, midazolam (0,1mg/kg IV) e medetomidina[3]
(7,5μg/kg IV), acondicionados na mesma seringa; aguardaram-se dez minutos
para os animais serem submetidos à indução anestésica com cetamina S(+)[4]
(1mg/kg IV), cuja administração foi padronizada em 30 segundos. Ato
contínuo, os equinos foram intubados com sonda de Magill[5]
compatível com o diâmetro da traquéia, posicionados em decúbito dorsal na mesa
cirúrgica, administrando-lhes oxigênio a 100%, com fluxo de 20mL/kg/minuto
durante os dez minutos iniciais, seguido de 10mL/kg/minuto, por meio de
circuito anestésico semi-fechado[6],
dotado de vaporizador calibrado para isofluorano[7].
Para o fornecimento do anestésico inalatório, a concentração foi ajustada
Foram realizadas avaliações da qualidade da tranquilização
(Tabela 1) e indução anestésica (Tabela 2), sendo também realizadas avaliações
complementares à indução. Sendo assim, foram avaliados, após indução
anestésica, o relaxamento de musculatura glútea e cervical, a qualidade da
intubação traqueal, através da facilidade ou dificuldade em abrir a boca do
animal e da presença ou ausência de reflexo de deglutição e movimento de
língua, profundidade anestésica e imobilização do animal, o que permitia ser
elevado pela talha, e posicionado em decúbito dorsal na mesa cirúrgica. Essas
avaliações determinaram a necessidade de complementação da dose anestésica de
indução (de
Os dados
obtidos na fase experimental foram comparados pelo teste de Mann-Whitney
(Mann-Whitney Rank Sum Test). As diferenças foram consideradas estatisticamente
significativas quando p ≤ 0,05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Recentemente, estabeleceu-se a dose ideal de medetomidina para uso em
equinos, baseada na equipotência com a xilazina. YAMASHITA et al. (2000)
sugeriram a dose equipotente de medetomidina como sendo 7,5µg/kg para 1mg/kg de
xilazina. Segundo BRYANT et al. (1991) e BUENO et al. (1999), a xilazina e a
medetomidina possuem equipotência 1:100, em relação a efeitos clínicos e
cardiopulmonares. Eles relataram que a diferença nas doses é, provavelmente,
dependente da especificidade destes pelos receptores α-2. Dessa forma, neste
estudo, a tranquilização foi realizada com doses equipotentes de xilazina e
medetomidina, segundo a relação 1:100 (0,75mg/kg e 0,0075mg/kg,
respectivamente).
Em relação à qualidade de tranquilização, os dois fármacos mostraram-se eficientes, de forma que, em ambos os grupos, 75% dos animais encontraram-se sedados após a administração dos fármacos tranquilizantes, não sendo observada diferença significativa entre os grupos (Tabela 5). No GX, dois animais (25%) atingiram decúbito esternal cinco e seis minutos após tranquilização. Em ambos os grupos, três animais (37,5%) apresentaram nistagmo evidente enquanto estavam em posição quadrupedal, fato que se deve ao efeito hipnótico do midazolam, manifestado devido à depressão do sistema límbico (LUNA et al., 1997).
Segundo BETTSCHART-WOLFENSBERGER et al. (2001), a dose de 7µg/kg de medetomidina, antes da injeção de cetamina, promove indução anestésica de boa qualidade e intubação endotraqueal fácil. Esse fato é confirmado neste experimento, pois os equinos pertencentes ao grupo da medetomidina comportaram-se melhor em relação à indução anestésica, sendo que 87,5% dos animais apresentaram decúbito lento e delicado, sem pedalar ou balançar a cabeça, de acordo com um adequado protocolo de tranquilização e indução. Já nos animais pertencentes ao grupo da xilazina, houve alguns incidentes, como queda imprevisível com risco de se machucar, demonstrando que a medetomidina produz uma tranquilização mais eficiente, embora não tenham sido consideradas significativas as diferenças observadas entre os grupos (Tabela 6).
Ficou demonstrado com este
estudo que, em associação com a cetamina S(+), a medetomidina promove melhor
miorrelaxamento (100% dos animais apresentaram bom relaxamento da musculatura
glútea e cervical após a administração intravenosa em bolus de medetomidina) e
melhor qualidade de indução anestésica que a xilazina, de forma que 50% dos
animais não precisaram de complementação medicamentosa à indução anestésica.
Por outro lado, 50% dos cavalos que receberam bolus intravenoso de xilazina não
apresentaram relaxamento de musculatura e 100% necessitaram de doses adicionais
de fármacos para concluir a indução anestésica (Tabelas 7 e 8).
Todos os animais do GX e GM
permaneceram em um plano superficial de anestesia, evidenciado pela presença de
reflexo palpebral característico durante todo o período de avaliação, e, em
alguns momentos, lacrimejamento, nistagmo e piscar de pálpebras. Ainda não se
sabe se as concentrações plasmáticas de xilazina e medetomidina, especialmente
em doses repetidas, estão diretamente correlacionadas à farmacodinâmica, embora
os resultados obtidos no estudo de BETTSCHART-WOLFENSBERGER et al. (1999)
sugiram que a alteração na taxa de infusão de medetomidina, em pôneis, resulta
em mudança no nível plasmático do fármaco e sedação. Da mesma forma, neste
estudo, provavelmente, a concentração plasmática reduzida dos agonistas α-2,
xilazina e medetomidina, foi responsável pela manutenção de um plano anestésico
superficial, até mesmo com mobilidade no grupo xilazina. Um dos equinos do GX
(12,5%) não permaneceu imóvel com uma CAM de isofluorano (1,3%), após 36
minutos de anestesia geral inalatória e infusão contínua de xilazina,
necessitando que o anestésico inalatório fosse ajustado até 1,4 CAM (1,8%) para
que o animal permanecesse imóvel na mesa cirúrgica. Ou seja, o plano anestésico
tornou-se superficial demais após redução da concentração plasmática do bolus
de xilazina da tranquilização, o que não aconteceu com os animais que receberam
medetomidina. Dessa forma, notou-se que a infusão contínua de medetomidina
promoveu um plano anestésico mais profundo que a infusão contínua de xilazina,
durante anestesia geral inalatória com isofluorano, em equinos.
Assim, embora o tempo de
recuperação anestésica do grupo sob infusão contínua de medetomidina tenha sido
mais prolongado (29,75 ± 21,56 minutos), 75% dos animais levantaram em primeira
tentativa, após estarem posicionados em decúbito esternal. Neste grupo, os
animais apresentaram maior tempo para retornar o reflexo de deglutição (3,25 ±
4,37 minutos) e para se posicionarem em decúbito esternal (13,14 ± 4,78
minutos), permaneceram maior tempo neste decúbito (20,43 ±16,87 minutos),
porém, tentaram se levantar menos vezes (1,50 ± 1,07 minutos) e, então,
levantaram-se de maneira adequada, livre de qualquer risco de queda. Já os
animais do grupo GX apresentaram uma recuperação anestésica mais rápida (18,13
± 18,48 minutos), porém de pior qualidade, com menor tempo para retornar o
reflexo de deglutição (1,25 ± 1,91 minutos) e para se posicionarem em decúbito
esternal (7,75 ± 6,82 minutos), permaneceram menor tempo neste decúbito (9,75 ±
13,63 minutos), aumentando o número de tentativas para levantar (3,5 ± 2,07
minutos) e existindo, embora pequeno, o risco de injúrias. Portanto, não houve
sinais físicos de acúmulo de medetomidina ou xilazina, um problema potencial da
infusão contínua de agonistas α-2, durante anestesia geral inalatória, quando
ocorreria aumento na depressão cardiopulmonar induzida pelos anestésicos e
resultaria em uma recuperação anestésica demorada e de pobre qualidade
(BETTSCHART-WOLFENSBERGER et al., 2001). Dessa forma, este estudo corrobora com
os resultados de BETTSCHART-WOLFENSBERGER et al. (2001), propondo que a
medetomidina demonstra ser o agonista α-2 de escolha para promoção de analgesia
intraoperatória, uma vez que mantém a função cardiopulmonar estável e permite
uma recuperação rápida e de boa qualidade, mesmo após anestesia prolongada
(Tabela 10).
CONCLUSÕES
BETTSCHART-WOLFENSBERGER, R.; CLARKE, K. W.; VAINIO, O.; SHOJAEE
ALIABADI, F.; DEMUTH, D. Pharmacokinetics of medetomidine in ponies and
elaboration of medetomidine infusion regime which provides a constant level of
sedation. Research in Veterinary
Science, v. 67, p. 41-46, 1999.
BETTSCHART-WOLFENSBERGER, R.;
JÄGGIN-SCHMUCKER, N.; LENDI, CH.; BETTSCHART, R. W.; CLARKE, K. W. Minimal
alveolar concentration of desflurane in combination with an infusion of
medetomidine for the anaesthesia of ponies. Veterinary Record, v.
148, p. 264-267, 2001.
BRYANT, C. E.; CLARKE, K.W.; THOMPSON, J. Cardiopulmonary effects of
medetomidine in sheep and in ponies. Research
in Veterinary Science, v. 60, p. 267-271, 1996.
BRYANT, C. E.; ENGLAND, G.C.W.; CLARKE, K.W. Comparison of the sedative
effects of medetomidine and xylazine in horses. Veterinary Record, v. 129, p. 421-423, 1991.
BUENO, A. C.;
CORNICK-SEAHORN, J.; SEAHORN, T. L.; HOSGOOD, G.; MOORE, R. M. Cardiopulmonary
and sedative effects of intravenous administration of low doses of medetomidine
and xylazine to adult horses. American
Journal of Veterinary Research, v. 60, p. 1371-1376, 1999.
DONALDSON, L.L.; DUNLOP, G. S.;
HOLLAND, M.S.; BURTON, B.A. The recovery of horses from inhalant anesthesia: a
comparison of halothane and isoflurane. Veterinary
Surgery, v. 29, p. 92-101, 2000.
DUQUE, J. C.; VALADÃO, C.A.A.;
FARIAS, A.; ALMEIDA, R.M.; OLESKOVICZ, N. Pre-emptive epidural ketamine or S(+)
ketamine in post-incisional pain in dogs: a comparative study. Veterinary Surgery, v. 33, p. 361-367,
2004.
EWING, K. K.; MOHAMMED, H. O.;
SCARLETT, J. M.; SHORT, C. E. Reduction
of isoflurane anesthetic requirement by medetomidine and its restoration by
atipamezole in dogs. American Journal of
Veterinary Research, v. 54, p. 294-299, 1993.
GROSENBAUGH, D.A.; MUIR, W.W.
Cardiorespiratory effects of sevoflurane, isoflurane and halothane anesthesia
in horses. American Journal of
Veterinary Research, v. 59, p. 101-106, 1998.
JOHNSTON, G.M.; EASTMENT, J.K.;
TAYLOR, P.M.; WOOD, J.L.N. Is isoflurane safer than halothane in equine
anesthesia? Results from a prospective multicentre randomized controlled trial.
Equine Veterinary Journal, v. 36, p.
64-71, 2004.
KAKA, J.S.; KLAVANO, P.A.;
HAYTON, W.L. Pharmacokinetics of ketamine in the horse. American Journal of Veterinary Research, v. 40, p. 978-81, 1979.
KAMERLING, S.; KEOWEN, M.; BAGWELL, C.; JOCHLE, W. Pharmacological
profile of medetomidine in the equine. Acta
Veterinaria Scandinavica, v. 87, p.161-162, 1991. Supplementum.
KIENBAUM, P.; HEUTER, T.;
PAVLAKOVIC, G.; MICHEL, M.; PETERS, J. S(+) ketamine increases muscle
sympathetic activity and maintains the neural response to hypotensive
challenges in humans. Anesthesiology, v.
94, p. 252-258, 2001.
KUSHIRO, T.; YAMASHITA, K.; UMAR,
M. A.; MAEHARA, S.; WAKAIKI, S.; ABE, R.; SENO, T.; TSUZUKI, K.; IZUMISAWA, Y.;
MUIR, W. W. Anesthetic and cardiovascular effects of balanced anesthesia using
constant rate infusion of midazolam-ketamine-medetomidine with inhalation of
oxygen-sevoflurane (MKM-OS Anesthesia) in horses. Journal of Veterinary Medical Science, v. 67, p. 379-384, 2005.
LIN, H.C. Dissociative
anesthetics. IN: THURMON, J.C.; TRANQUILLI, W.J.; BENSON, G.J. Lumb & Jones’ Veterinary Anesthesia.
Baltimore:Williams & Wilkins. 3a ed. p. 241-296, 1996.
LUNA, S.P.L.; TAYLOR, P.M.; DICK,
C.J. Midazolam and ketamine induction before halothane anaesthesia in ponies.
Cardiorespiratory, endocrine and metabolic changes. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, v. 20, p.
153-159, 1997.
MATTHEWS, N.S.; MILLER, S.M.;
HARTSFIELD, S.M.; SLATER, M.R. Comparison of recoveries from halothane vs.
isoflurane anesthesia in horses. Journal
of American Veterinary Medical Association, v. 201, p. 559-563, 1992.
MUIR, W.W. New perspectives on
the drugs used to produce sedation, analgesia, and anesthesia in horses. IN: Proceedings of the 50th Annual
Convention of the American Association of Equine Practitioners, Denver,
Colorado, 2004. Lexington: American Association of equine Practitioners.
Disponível em: <www.ivis.org>. Acesso em 09
jun. 2006.
MURRELL, J.C.; HELLEBREKERS, L.J.
Medetomidine and dexmedetomidine: a review of cardiovascular effects and
antinociceptive properties in the dog. Veterinary
Anaesthesia and Analgesia, v. 32, p. 117-127, 2005.
NOLAN, A. M.; HALL, L.W. Total intravenous anaesthesia in the horse with
propofol. Equine Veterinary Journal, v. 17, p. 394-398, 1985.
RAISIS, A.L.; YOUNG, L.E.;
BLISSITT, K.J.; BREARLEY, J.C.; MEIRE, H.B.; RANHEIM, B.R.; ARNEMO, J.M.;
RYENG, K.A.; SOLI, N.E.; HORSBERG, T.E. A pharmacokinetic study including some
relevant clinical effects of medetomidine and atipamizole in lactating dairy
cows. Journal of Veterinary Pharmacology
and Therapeutic, v.22, p. 368-373, 1999.
RIPOLL, S.V.; WHITE, K.L.;
TAYLOR, P.M. Halotane vs. isoflurane in horses: a retrospective study of 132
cases in a randomized controlled trial. In: Proceedings of the Association of Veterinary Anaesthetists Spring
Conference, Cambridge, UK, 2000.
SALONEN, J.S. Chemistry and pharmacokinetics of the a2 adrenoceptor agonistis. In:
SHORT C. E.; POZNAK, A. Van. Animal
Pain. New York: Churchill
Livingstone, 1992. p. 191-200.
SANTOS, M.; FUENTE, M.;
GARCIA-ITURRALDE, P.; HERRAN, R.; LOPEZ-SANROMAN, J.; TENDILLO, F. J. Effects
of alpha-2 adrenoceptor agonists during recovery from isoflurane anaesthesia in
horses. Equine Veterinary Journal,
v. 35, p. 170-175, 2003.
STEFFEY, E.P. Inhalation
anesthetics. IN: THURMON, J.C.; TRANQUILLI, W.J.; BENSON, G.J. Lumb & Jones’ Veterinary Anesthesia.
Baltimore:Williams & Wilkins. 3a ed. p. 183-209, 1996.
SUMMARY OF PRODUCT
CHARACTERISTICS - ISOCARE (ISOFLURANE, USP), England: Baxter Healthcare, 2004. Disponível em:<http://www.vmd.gov.uk/espcsite/documents/>. Acesso em: 09
jun. 2006.
THURMON, J.C.; TRANQUILLI, W.J.;
BENSON, G.J. Preanesthetics and anesthetic adjuncts. IN: ____. Lumb & Jones’ Veterinary Anesthesia.
Baltimore:Williams & Wilkins. 3a ed. p. 183-209, 1996.
WAGNER, A.E.; MUIR, W.W. HINCHCLIFF, K.W. Cardiovascular effects of
xylazine and detomidine in horses. American
Journal of Veterinary Research, v. 52, p. 651-657, 1991.
WATERMAN, A. E.; ROBERTSON, S.A.;
LANE, J.G. Pharmacokinetics of intravenously administered ketamine in the
horse. Research in Veterinary Science,
v. 42, p. 162-6, 1987.
YAMASHITA, K.; TSUBAKISHITA, S.; FUTAOKA, S.; UEDA, I.; HAMAGUCHI, H.; SENO, T.; KATOH, S.; IZUMISAWA, Y.; KOTANI, T.; MUIR, W.W. Cardiovascular effects of medetomidine, detomidine and xylazine in horses. Journal of Veterinary Medical Science, v. 62, p. 1025-1032, 2000.
[5] Sonda de Magill - Cirurg Fernandes Ltda, São Paulo-SP,
Brasil
[10] Fisiológico (Cloreto de Sódio 0,9%) - JP Indústria Farmacêutica
S. A., Riberão Preto-SP, Brasil