Compararam-se o leucograma e o
metabolismo oxidativo dos neutrófilos de dez cães com leishmaniose
visceral (LV) antes e após o início do tratamento com antimoniato de
meglumina (AM) e com a associação de antimoniato de meglumina e
alopurinol (AMA). Os resultados obtidos comprovaram que os neutrófilos
de cães com LV não perdem sua capacidade de reduzir o tetrazólio
nitroazul (NBT) e, na maioria dos casos, o metabolismo oxidativo
apresentou-se mais ativo que o normal. Cães com LV apresentaram uma
diminuição do metabolismo oxidativo dos neutrófilos após o tratamento
com AM e AMA. O conjunto dos resultados sugere que a diminuição da taxa
de redução do NBT está relacionada com a diminuição da carga
parasitária de leishmania e a um possível efeito inibidor dessas
drogas sobre o metabolismo oxidativo dos neutrófilos.
PALAVRAS-CHAVES: Função neutrofílica, glucantime, Leishmania sp., tetrazólio nitroazul (NBT).
LEUKOGRAM AND NEUTROPHIL OXIDATIVE
METABOLISM OF DOGS WITH VISCERAL LEISHMANIASIS BEFORE AND AFTER
TREATMENT WITH MEGLUMINE ANTIMONIATE AND ALLOPURINOL
Leukogram and neutrophil oxidative
metabolism from dogs with visceral leishmaniasis (VL) were compared
before and after treatment with meglumine antimoniate (AM) and with an
association of meglumine antimoniate and allopurinol (AMA). The results
obtained demonstrated that neutrophils of dogs with VL do not lose
their capacity of reducing NBT and that oxidative metabolism has been
more active in the majority of the cases. After treatment with AM and
AMA, dogs with VL presented a redution of neutrophils oxidative
metabolism, suggesting that this decrease was related with the decrease
in the number of parasites and a probable inhibitor effect of these
drugs on neutrophils oxidative metabolism.
KEYWORDS: Glucantime, Leishmania sp, nitroblue tetrazolium (NBT), neutrophil functions.
A leishmaniose visceral (LV) canina
tem como agentes etiológicos protozoários do gênero Leishmania, que,
após penetrarem no organismo do hospedeiro vertebrado, replicam-se no
interior de macrófagos, disseminando-se pelas vias hematógena e
linfática (INIESTA
et al., 2002).
Apesar de haver inúmeras pesquisas sobre a patogenia da doença,
especialmente direcionadas à resposta imune celular, poucos estudos
enfocaram a função dos neutrófilos durante a infecção, em particular no
que diz respeito ao seu metabolismo oxidativo. Os neutrófilos
participam diretamente do controle da infecção na fase inicial da
doença, porém parecem não exercer uma função antiparasitária
significante em uma fase inicial (ROUSSEAU
et al.,
2001). Estudos realizados em modelos experimentais demonstraram que
animais resistentes eliminam rapidamente o parasita logo no início da
infecção, devido à participação de um grande número de neutrófilos que,
mesmo sendo capazes de internalizar formas promastigotas de
Leishmania sp., não são consideradas células hospedeiras, pois o parasita não se multiplica no interior desses polimorfonucleares (SMELT
et al., 2000; AGA
et al., 2002). A leucocitose tem sido associada à melhora clínica de cães portadores de leishmaniose (BOURDOISEAU
et al.,
1997), sendo a monocitose um achado comum, muitas vezes acompanhado da
presença de grandes monócitos ativados, alguns dos quais se encontram
parasitados (BURACCO
et al., 1997; IKEDA
et al., 2003).
Os neutrófilos interagem com os macrófagos (RIBEIRO-GOMES, 2007) e
possuem função crítica na regulação do balanço das citocinas presentes
no local da infecção, contribuindo para o desenvolvimento da imunidade
específica e morte da
Leishmania donovani na fase inicial da infecção (MCFARLANE
et al., 2008). Além disso, em modelos experimentais a depleção de neutrófilos está associada a um aumento da carga parasitária de
L. donovani no baço e no fígado (SMELT
et al., 2000).
Todos os mecanismos que afetam o metabolismo oxidativo dos neutrófilos
ainda não estão totalmente esclarecidos, entretanto, sabe-se que a
fosfatase ácida isolada da superfície de promastigotas de
L. donovani inibe a produção de superóxido de neutrófilos em seres humanos (SAHA
et al., 1985). De forma semelhante, cães infectados por
Leishmania sp. apresentam uma diminuição significativa no metabolismo oxidativo de neutrófilos (BRANDONISIO
et al., 1996; VUOTTO
et al., 2000). Quando o metabolismo oxidativo está diminuído, a
Leishmania major
pode sobreviver no interior de neutrófilos e a ativação desse
metabolismo associa-se à eliminação intracelular do parasito (LAUFS
et al., 2002).
O protocolo mais utilizado no tratamento de seres humanos com LV é a
administração do antimoniato de meglumina, que tem sua distribuição
realizada exclusivamente pelo Ministério da Saúde do Brasil. O mesmo
medicamento é utilizado nos países do Mediterrâneo para o tratamento de
cães com a enfermidade, como protocolo único, ou em associação com o
alopurinol. O exato mecanismo de ação dos antimoniais não é conhecido,
no entanto, BERMAN
et al.
(1985) observaram que sua ação leishmanicida está associada à inibição
da glicólise e do ciclo do ácido cítrico da Leishmania. É possível que
este mecanismo possa também comprometer a via glicolítica dos
neutrófilos, acarretando a inibição de seu metabolismo oxidativo. RAIS
et al.
(2000) observaram que ratos e seres humanos tratados com antimonial têm
a produção de superóxido potencializada. Segundo esses autores, o
aumento da produção de superóxido no neutrófilo, após o tratamento,
está associado à diminuição da carga parasitária e consequentemente ao
desaparecimento da ação inibidora do antígeno sobre o metabolismo
oxidativo das células do hospedeiro. Em animais portadores de
leishmaniose visceral o tempo de vida do neutrófilo é menor,
entretanto, estudos indicam que o tratamento com antimoniato de
meglumina aumenta o tempo de vida desses polimorfonucleares (GUARGA
et al., 2002).
Diante do exposto, o presente estudo objetivou avaliar o leucograma e o
metabolismo oxidativo do neutrófilo de cães portadores de LV, antes e
após o tratamento com antimoniato de meglumina e alopurinol.
MATERIAL E MÉTODOS
Após aprovação da pesquisa junto ao Comitê de Ética Animal (parecer
18/02 FOA-UNESP), selecionaram-se doze cães comprovadamente positivos
para leishmaniose visceral. A leishmaniose foi confirmada mediante
exames citológicos de punção aspirativa de linfonodo e medula óssea e
sorologia utilizando o método de ensaio imunoenzimático (ELISA). A fim
de evitar riscos de contaminação a outros animais ou a seres humanos,
todos os cães utilizaram coleira antiparasitária à base de deltametrina
(Scalibor®, Intervet Production) e foram mantidos em um canil fechado e
telado.
Os cães foram aleatoriamente divididos em dois grupos. Tratou-se o
primeiro grupo (AMA), formado por seis cães, com uma combinação do
antimoniato de meglumina (Glucantime®, Aventis Pharma) na dose de 75
mg/kg, por via subcutânea, a cada doze horas por um período de 21 dias,
associado ao alopurinol (Aluporinol, Hexal AG) na dose de 10 mg/kg, por
via oral, a cada doze horas durante três meses. O segundo grupo (AM),
também formado por seis cães, foi tratado com antimoniato de meglumina
na dose de 75 mg/kg, por via subcutânea, a cada doze horas, durante 21
dias. Colheram-se amostras sanguíneas de todos os cães em três momentos
diferentes: M1 (antes do tratamento), M2 (trinta dias após o início do
tratamento) e M3 (sessenta dias após o início do tratamento).
De cada animal foram colhidos 10 mL de sangue, utilizando-se agulhas
hipodérmicas e seringas descartáveis. Acondicionaram-se um volume
de 0,5 mL em tubos plásticos estéreis contendo 10 U de heparina sódica
(liquemine®) para realização do teste de redução do NBT e um volume de
4,5 mL de sangue em frascos de vidro contendo 5 mg de EDTA-sódico para
realização do leucograma. Empregaram-se 5 mL restantes para obtenção de
soro para o teste sorológico da leishmaniose. As amostras sanguíneas
foram mantidas refrigeradas até o momento do processamento laboratorial
(até duas horas pós-colheita).
Procedeu-se também à punção da medula óssea na crista ilíaca dos
animais. A punção aspirativa foi realizada ainda no linfonodo poplíteo
ou no que apresentou aumento maior de volume.
Para pesquisa de formas amastigotas de
Leishmania
sp. no material colhido da medula óssea (crista ilíaca) e linfonodo,
realizaram-se esfregaços corados com o corante hematológico panótico
rápido (Instant-Prov, Newprov). Para a observação da presença de
anticorpos no soro contra a
Leishmania sp., foi utilizado o ELISA, conforme preconizado por LIMA
et al. (2001).
Os testes da redução espontânea e estimulada do NBT foram realizados conforme descrito por CIARLINI
et al.
(2004). Para tal, fez-se uso de NBT tamponado (NBT- vial, SIGMA
diagnostic) e estimulante composto por extrato bacteriano (Stimulant,
SIGMA diagnostic). A porcentagem de células redutoras de NBT foi
estabelecida a partir da contagem de 100 neutrófilos.
A contagem total de leucócitos foi realizada com auxílio de contador
automático eletrônico de células sanguíneas (CC530 vet, CELM) e a
contagem diferencial leucócitos foi feita em esfregaços sanguíneos
tingidos com corante hematológico panótico rápido (Instant-Prov,
Newprov), de acordo com as recomendações do fabricante e critérios de
LASSEN & WEISER (2004).
Ao término do experimento, seguindo as recomendações do Ministério da
Saúde, todos os cães foram eutanasiados com pentobarbital sódico (15
mg/kg por via intravenosa) seguido de uma ampola de 10 mL de cloreto de
potássio a 19,1%.
Utilizando-se um programa estatístico computadorizado (GraphPad InStat,
v.3.05), após os estudos das distribuições de todas as variáveis quanto
à normalidade (teste Kolmogorov-Smirnov) e homocedasticidade (teste
Bartlett), aplicaram-se o teste de Friedman e o pós-teste de Dunn para
as comparações entre os momentos experimentais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dois cães do grupo AM foram excluídos e submetidos à eutanásia, por
apresentarem pneumopatia grave, aparentemente não associada à LV ou à
medicação. A avaliação clínica e laboratorial dos cães do presente
estudo foi recentemente descrita (IKEDA-GARCIA
et al.,
2007), revelando que o tratamento promoveu remissão dos sinais clínicos
e o retorno da ureia e da albumina sérica para os níveis normais,
embora tenha promovido uma transitória hepatotoxidade.
Não obstante já relatado
in vitro (LAUSF
et al., 2002) e
in vivo (IKEDA
et al., 2003), no presente estudo não se observou qualquer forma amastigota de
Leishmania sp. internalizada nos neutrófilos, concordando com as afirmações de SMELT
et al. (2000) e AGA
et al. (2002), de que o parasita não se multiplica dentro desses polimorfonucleares.
Antes do início do tratamento (M1) a contagem leucocitária dos dois
grupos (AMA e AM) ficou dentro dos valores de normalidade considerados
por MEINKOTH & CLINKENBEARD (2000) para espécie canina (
Tabelas 1 e
2).
A ausência de alterações leucocitárias marcantes nos cães com
leishmaniose utilizados neste estudo confirma relatos anteriores (IKEDA
et al., 2003), de que o
leucograma frequentemente não se altera na LVC. Entretanto, a ausência
de taxas elevadas de monócitos antes do tratamento difere de estudo
anterior realizado em Araçatuba, SP, onde a monocitose ocorreu em 33,5%
dos cães portadores de LVC (IKEDA
et al., 2003). Esse achado se contrapõe ainda às afirmações de BURACCO
et al.
(1997), de que cães com leishmaniose comumente apresentam aumento do
número de monócitos circulantes. Tais divergências entre autores quanto
ao leucograma de cães com LV expressam provavelmente diferenças quanto
às fases da infecção, relação parasito–hospedeiro, assim como são
reflexo de possíveis coinfecções não diagnosticadas nos diferentes
estudos.
Verificou-se que o leucograma dos cães com LV submetidos a tratamento
com antimonial e alopurinol não apresentou diferenças significativas
entre o momento inicial, trinta e sessenta dias pós-tratamento (
Tabela 1). Este resultado contraria a hipótese de BOURDOISEAU
et al.
(1997), de que a leucocitose está associada com a melhora clínica de
cães portadores de leishmaniose. Diferentemente, trinta dias após o
tratamento com AM observou-se um aumento significativo da contagem
total de leucócitos, neutrófilos e monócitos (
Tabela 2). A elevação do número de neutrófilos em cães tratados com AM também foi observada por GUARDA
et al.
(2002), fortalecendo a hipótese de que o tratamento com antimoniato de
meglumina aumenta o tempo de vida desses polimorfonucleares.
Entretanto, após sessenta dias o quadro de neutrofília e monocitose não
mais foi observado, sugerindo ser esta variação leucocitária uma
resposta transitória associada à fase inicial de maior destruição da
Leishmania
sp. Além de o neutrófilo atuar diretamente e de modo significativo no
controle da infecção na fase inicial da leishmaniose (ROUSSEAU
et al., 2001; RIBEIRO-GOMES, 2007; MCFARLANE
et al.,
2008), a neutrofilia observada apenas nos primeiros trinta dias
pós-tratamento sugere que essas células possam ter também um importante
papel na resposta inespecífica durante a fase inicial dos tratamentos
leishmanicidas.
Antes de receberem o tratamento com ama ou am, respectivamente 40% e 50% dos cães portadores de leishmaniose (
Tabelas 1 e
2)
apresentaram taxas neutrofílicas de redução espontânea do nbt (prova
não estimulada) superiores às consideradas normais para a espécie como
descrito por CIARLINI
et al.
(2004). No momento inicial, após serem estimulados, 80% dos cães do
grupo AMA e 75% do grupo AM apresentaram aumento nas taxas de redução
de nbt (
Tabelas 1 e
2). A associação do aumento do metabolismo oxidativo dos neutrófilos com a
Leishmania sp. também foi observada in vitro (LAUFS
et al.,
2002) e sugere que a inibição da produção de superóxido dos neutrófilos
humanos, causada pela fosfatase ácida da membrana da forma promastigota
da
L. donovani (SAHA
et al., 1985), não ocorre na LVC. Esses resultados também se contrapõem às observações de BRANDONISIO
et al. (1996) e VUOTTO
et al.
(2000), que verificaram uma significante diminuição no metabolismo
oxidativo em neutrófilos de cães naturalmente infectados pela
Leishmania sp. Deve-se ressaltar que diferentemente do método
citoquímico adotado no presente estudo, BRANDONISIO
et al. (1996) e VUOTTO
et al.
(2000) utilizaram o método de quantificação de superóxido por citocromo
c e quimiluminescência, respectivamente. Trata-se de métodos que
requerem o isolamento dos neutrófilos do sangue total e, portanto,
alteram os receptores de membrana responsáveis pela ativação do
metabolismo oxidativo, além de tornarem a célula isolada isenta da
influência de importantes componentes celulares e plasmáticos contidos
no sangue total de cães com LV. Considerando que os animais deste
experimento não apresentavam sinais de infecções secundárias, pode-se
supor que a elevada porcentagem de redução do nbt observada antes do
tratamento deveu-se ao aumento do metabolismo oxidativo do neutrófilo
induzido pela presença do parasito. Os resultados do presente estudo
demonstram que o neutrófilo de cães com LV possui um metabolismo
oxidativo funcional capaz de produzir grandes quantidades de superóxido
e reduzir o NBT, sugerindo possivelmente que a capacidade
imunossupressora da
Leishmania sp. está associada a outros mecanismos.
RAIS
et al. (2000) observaram
que o uso de droga antimoniais em seres humanos e ratos causa um
aumento do metabolismo oxidativo dos neutrófilos devido à diminuição da
carga parasitária. Entretanto, no presente estudo, após trinta e
sessenta dias de tratamento com am e ama, nenhum animal apresentou
valores elevados de redução do nbt na prova não estimulada, e as
menores taxas de neutrófilos redutores de nbt coincidiram com a melhora
clínica e a diminuição da carga parasitária dos cães pós-tratamentos (
Tabelas 1 e
2).
Há evidências de que a capacidade de o neutrófilo reduzir o NBT após o
tratamento está relacionada ainda com outros mecanismos, além da
diminuição da carga parasitária. Trinta e sessenta dias após ter
iniciado o tratamento com am e ama, respectivamente, 25% 75% e 20% 40%
dos cães apresentaram taxas de redução do NBT espontânea (NBT-NE)
inferiores aos valores de normalidade considerados por CIARLINI
et al.
(2004). A capacidade de redução do NBT do neutrófilo estimulado (NBT-E)
também diminuiu em ambos os tratamentos, observando-se menores valores
após sessenta dias no grupo AM. Coincidentemente, 90% dos animais
apresentaram melhora clínica e tornaram-se assintomáticos após o
tratamento com am e ama. Esses baixos valores de redução do NBT
pós-tratamento sugerem um possível efeito inibidor da AM e AMA sobre o
metabolismo do neutrófilo. É provável que a inibição da glicólise e do
ciclo do acido cítrico do parasita causado pelos antimoniais (BERMAN
et al.,
1985) também possa comprometer a via glicolítica do neutrófilo,
acarretando a inibição de seu metabolismo oxidativo. Os neutrófilos
sofrem uma “explosão respiratória” quando ativados, ocasionando um
grande consumo de glicose e oxigênio (CIARLINI
et al.,
2001), de modo que a ação inibidora dos antimoniais sobre a via
glicolítica neutrofílica pode diminuir a produção de superóxido e
consequentemente a taxa de redução do NBT, conforme verificado no
presente estudo.
Considerando que os tratamentos adotados contribuíram para uma melhora
clínica, porém, não para uma total eliminação da infecção, torna-se
necessário investigar se a limitação dos protocolos atualmente
preconizados para o tratamento da LVC está associada a um possível
efeito inibidor da AM e AMA sobre o metabolismo oxidativo do
neutrófilo.
CONCLUSÃO
Neutrófilos de cães com leishmaniose visceral possuem um metabolismo
oxidativo funcional capaz de produzir grandes quantidades de superóxido
e reduzir o NBT.
O tratamento com antimoniato de meglumina e alopurinol em cães
naturalmente infectados com Leishmania sp. promove uma diminuição do
metabolismo oxidativo do neutrófilos que coincide com a melhora clínica
e diminuição da carga parasitária.
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Protocolado em: 30 out. 2007.
Aceito em: 18 jan. 2010.