CONSUMO, DIGESTIBILIDADE E TAXA DE PASSAGEM RUMINAL EM OVELHAS GESTANTES
Gilberto de
Lima Macedo Junior1, Yuri Ida Benevides2, Warley Effren
Campos3, Iran Borges4, Norberto Mario Rodriguez5,
Deborah Alves Ferreira6
RESUMO
O
objetivo deste estudo foi avaliar a influência da gestação, número de fetos e
restrição nutricional no consumo e digestibilidade de alguns componentes
químicos e a taxa de passagem ruminal. Foram utilizadas 24 ovelhas aos 90, 110
e 130 dias de gestação, divididas entre os tratamentos em função do número de
fetos. Os animais receberam dietas balanceadas ou restritas em 15% nos
requisitos de energia e proteína. Ovelhas com dois fetos submetidas à restrição
nutricional consumiram mais matéria seca que aquelas com um feto. Aos 130 dias
de gestação, houve maior consumo de matéria seca e fibra em detergente neutro.
Ovelhas de gestação dupla apresentam maior digestibilidade dos nutrientes,
exceto nas frações fibrosas. A restrição alimentar acarretou menor ingestão de
matéria seca. A taxa de passagem ruminal aumenta ao final da gestação.
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PALAVRAS-CHAVE: manejo alimentar; número de fetos;
ovinos; pré-parto.
NUTRIENTS INTAKE AND DIGESTIBILITY
AND RUMINAL RATE PASSAGE IN PREGNANCY EWES
ABSTRACT
This research was carried
out to evaluate the effects of pregnancy, number of fetuses and feed
restriction on nutrients intake and digestibility and on ruminal rate passage.
Twenty-four ewes were used at 90, 110 and 130 pregnancy days distributed among
treatments according to the number of fetuses. They received balanced diet or restricted
diet at 15% of energy and protein requirement. Ewes with two fetuses on feed
restriction had more dry matter intake than those with one fetus. At 130 day
there was the highest dry matter and neutral detergent fiber intake. Twin-pregnant
ewes showed the highest nutrient digestibility, except for fiber fraction. Feed
restriction caused the smallest dry matter intake. Ruminal rate passage increased
in late pregnancy.
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Ao final da gestação, além do aumento das
exigências nutricionais ocasionado pelo rápido crescimento dos fetos, dois
fatores contribuem negativamente para o balanço energético: redução do
aproveitamento da energia dos alimentos e menor apetite, devido à diminuição do
volume do trato gastrintestinal promovido pelo maior espaço ocupado pelo feto e
anexos. Entretanto, a redução no consumo é proporcionalmente menor que a
diminuição do volume ruminal, provavelmente em função do aumento da taxa de
passagem (MACEDO JUNIOR et al., 2010; BENEVIDES et al., 2011). Vários
mecanismos tentam explicar as causas do aumento da taxa de passagem com o
avanço da gestação. Sob o aspecto físico, a pressão exercida pelo útero no
rúmen, retículo, omaso e abomaso pode estimular a motilidade e o aumento na
pressão intraruminal. Isso pode, então,
aumentar a sensibilidade dos receptores ruminais que resulta no aumento da
atividade propulsiva ao final da gestação (MACEDO JUNIOR et al., 2010; BENEVIDES
et al., 2011). Além disso, as concentrações circulantes de estrógeno,
progesterona e prolactina também poderiam ser responsáveis pelas alterações na
taxa de passagem da digesta (URESTE, 2001). Para MACEDO JUNIOR et al. (2010) e
BENEVIDES et al. (2011),
no final da gestação ocorre maior inserção de grãos na dieta de ovelhas, fato
esse que pode também contribuir para a elevação na taxa de passagem.
Apesar do aumento da
exigência nutricional das ovelhas gestantes, dietas altamente energéticas podem
causar acúmulo de gordura corporal e dificuldades no parto. Por outro lado,
dietas deficientes energeticamente causam problemas na gestação em ovelhas, com
consequente produção de cordeiros frágeis e com peso abaixo da média. Nesse
sentido, a nutrição materna na fase pré-natal pode ser fator determinante para
a capacidade de produção leiteira da matriz ovina durante a fase de lactação.
(COSTA et al., 2003; PEDROSO et al., 2004; LUO et al., 2004a; LUO et al.,
2004b; LUO et al., 2004c; LUO et al., 2004d; LUO et al., 2004e; LUO et al.,
2004f; PODLESKIS et al., 2005; MARIZ et al., 2007; TURINO et al., 2007; MACEDO
JUNIOR et al., 2009; MACEDO JUNIOR et al., 2010; BENEVIDES et al., 2011).
Este trabalho foi
desenvolvido para avaliar o consumo e a digestibilidade de alguns componentes
nutritivos em ovelhas Santa Inês em gestação, com um ou dois fetos, submetidas
ou não à restrição alimentar, aos 90, 110 e 130 dias, bem como a taxa de
passagem de sólidos.
O experimento foi conduzido
no Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da Universidade Federal
de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Foram utilizadas 24 ovelhas da raça Santa
Inês, vacinadas e vermifugadas, com gestação confirmada e quantificação fetal
realizada aos 60 dias de gestação através de ultrassonografia. Os animais foram
separados em dois grupos, de acordo com o número de fetos (um ou dois).
Posteriormente, em cada grupo, os animais foram divididos aleatoriamente nos
manejos alimentares (alimentação balanceada ou restrita): ovelhas gestantes de
um feto e alimentação balanceada; ovelhas gestantes de um feto e alimentação
restrita; ovelhas gestantes de dois fetos e alimentação balanceada; e ovelhas
gestantes de dois fetos e alimentação restrita. As ovelhas foram alojadas
individualmente em gaiolas metabólicas com piso ripado e dispositivos
apropriados para colheita de fezes e urina separadamente.
Os experimentos foram realizados do 85o
ao 90o, do 105o ao 110o e
do 125o ao 130o dias de gestação,
caracterizando as fases 90, 110 e 130 dias, respectivamente. Em cada fase de
avaliação, os
períodos experimentais tiveram duração de 20 dias, sendo 15 para adaptação dos
animais e cinco para as colheitas das
amostras de dieta oferecida, sobras, fezes e urina. Os animais foram pesados no
início do período de adaptação e o peso foi utilizado para o cálculo do consumo em
porcentagem do peso vivo e gramas por quilo de peso metabólico (kg0,75).
As rações foram balanceadas
segundo recomendações do NRC (1985), para suprir as exigências em nutrientes
digestíveis totais (NDT) e em proteína bruta (PB), para mantença e gestação, e
fornecidas duas vezes ao dia. Os animais submetidos à dieta não restrita
receberam quantidades de ração ajustadas diariamente em função das sobras,
mantendo-se sempre 10% acima do consumido, enquanto que, para o grupo submetido
à dieta restrita, a quantidade de energia e proteína preconizada pelo NRC
(1985) foi reduzida em 15%. A ração foi composta por feno de Tifton 85 (Cynodon spp.) picado, concentrado
composto por 81% de farelo de milho, 18% de farelo de soja e 1% de calcário
(porcentagem na matéria seca). Aos 120 dias de gestação as dietas dos animais
foram reajustadas seguindo as recomendações do NRC (1985). Na Tabela 1
encontram-se as composições centesimais e bromatológicas das rações
experimentais. Água e sal mineral (Vacci-phós, Vaccinar®) foram
disponibilizados à vontade em local próprio.
As amostras do alimento
oferecido e das sobras foram colhidas diariamente, antes da primeira
alimentação, pesadas e guardadas em sacos plásticos. As fezes foram colhidas e
pesadas, retirando-se amostra de 20% da produção total. O material foi embalado
em sacos plásticos individuais e armazenado em câmara frigorífica (-15oC).
No final do experimento, as amostras foram desgeladas em condições ambientais
por 14 horas, passadas em peneira de malha grossa, homogeneizadas e pesadas.
Posteriormente, foram colocadas em estufa com ventilação forçada por 72 horas a
60oC para determinação da matéria pré-seca. As amostras de alimento
oferecido, sobras e fezes foram moídas em moinho dotados com peneira com crivos
de 1 mm de diâmetro e acondicionadas em recipientes plásticos.
Nos baldes coletores de urina,
foram colocados 100 mL de ácido sulfúrico (H2SO4.2N) na
véspera de cada coleta, para evitar a perda de nitrogênio por volatilização. O
volume total de líquido foi pesado e mensurado, retirando-se uma alíquota de
20% do volume total colhido diariamente, que foi filtrada em gaze e
acondicionada em frascos plásticos em câmara frigorífica (-15oC). A
densidade da urina foi determinada por refratômetro e os consumos de água e sal
foram mensurados pela diferença entre a quantidade ofertada e as sobras. As
sobras de sal foram colocadas em estufa a 60°C com ventilação forçada por 24
horas para determinação da matéria pré-seca.
Nas amostras da ração
fornecida, sobras e fezes foram analisadas matéria seca, matéria mineral (AOAC,
1980) e fibra em detergente neutro (VAN SOEST et al., 1991).
O consumo foi obtido pela
diferença entre a quantidade de alimento ofertada e subtraído pelas sobras após
24 horas. A digestibilidade foi calculada pela fórmula proposta por Maynard et al., (1984).
kgcons = quantidade de alimento consumido
% cons = teor do nutriente no alimento fornecido
kg sb = quantidade de sobras retiradas
% sb = teor do nutriente nas sobras
kg fz = quantidade de fezes coletadas
% fz = teor do nutriente nas fezes
Yijk
= µ + Mi + Nj + MNij
+ εijk
Em que:
Yijk = Observação relativa à k° ovelha,
i° manejo alimentar e j° número de fetos;
µ = média da população;
Mi = Efeito do i° manejo alimentar, i= 1
e 2;
Nj = Efeito do j° número de fetos, j = 1
e 2;
MNij = Interação do i° manejo alimentar
com o j° número de fetos;
εijk
= Efeito aleatório relativo à k° ovelha, i° manejo alimentar e j° número de
fetos;
k= 1, 2, 3, 4, 5 e 6 ovelhas avaliadas por
tratamento (repetição).
Os parâmetros da cinética de trânsito ruminal
foram estimados pelo ajuste à curva de excreção fecal do indicador ao modelo gama-2
tempo-dependente (ELLIS et al., 1994):
Ct=
Z * (t - τ) * L * exp[-L*(t - τ)], em que:
Ct= concentração fecal do indicador no tempo “t”
(ppm); t = tempo relativo após o fornecimento do indicador (h); L= parâmetro
taxa tempo-dependente relativo ao fluxo ruminal de partículas (h-1); Z= parâmetro sem
interpretação biológica direta (ppm. h); e τ = tempo decorrido entre a
aplicação e o aparecimento do indicador nas fezes (h).
Os tempos médios de retenção
no retículo-rúmen e no trato gastrintestinal total foram estimados pelas
equações (ELLIS et al., 1994):
TMRR = 2/L
TMRT = TMRR + τ, em que:
TMRR= tempo médio de retenção no rúmen-retículo
(h); TMRT = tempo médio de retenção total (h); L= parâmetro taxa
tempo-dependente relativo ao fluxo ruminal de partículas (h-1); e τ
= tempo decorrido entre a aplicação e o aparecimento do indicador nas fezes
(h).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Existem correlações entre
ingestão voluntária e o teor de FDN devido à relação desta com a ocupação do
espaço pelos alimentos volumosos (MERTENS & ROTZ, 1989). Assim, se a
ingestão é limitada pela ocupação do trato gastrintestinal, alimentos com alto
teor de FDN terão sua ingestão restringida. Dessa maneira, o animal consome
alimento até atingir a capacidade máxima de ingestão de FDN, que passa a
inibi-la, havendo então, um limite de degradação ruminal que determina a
interrupção do consumo.
O CMS (kg/dia, % PV e g/kg de
PV0,75) foi superior (p<0,05) para ovelhas com gestação dupla,
que receberam maior volume de alimento que ovelhas com gestação simples, já que
as recomendações de consumo foram baseadas na faixa de peso dos animais, número
de fetos e período da gestação, segundo o NRC (1985). SOUZA JR et al. (2007) e
NUNES et al. (2011), trabalhando com ovinos, verificaram maior consumo de
matéria seca em dietas com menor teor de fibra. No presente estudo, os animais
do grupo não restrito e com dois fetos apresentavam maior proporção de grãos na
composição da ração.
O NRC (1985) afirma que em ovelhas
no início da gestação e com peso vivo médio de 50 kg o CMS deve ser de 2,2% do
peso vivo. Neste estudo, as ovelhas tinham peso médio de 53,5 kg e apresentaram
consumo semelhante ao recomendado pelo comitê citado.
Segundo DOREAU et al. (2003),
a principal causa da variação na digestibilidade da dieta é o tempo de retenção
de partículas no rúmen. Dessa forma, a restrição alimentar levaria à redução na
taxa de passagem e consequente aumento na digestibilidade. Entretanto, esses
autores observaram diferentes respostas de digestibilidade em animais mantidos
sob restrição alimentar, não sendo elucidados todos os fatores que levam a
essas variações, especialmente com relação à diminuição na digestibilidade. No
presente trabalho, a restrição nutricional não elevou o coeficiente de
digestibilidade. Vários fatores podem contribuir para a diversidade nas
respostas, desde o nível de concentrado da dieta até mecanismos de adaptação na
absorção de nutrientes. Para MACEDO JUNIOR et al. (2007), a presença de fibra
de baixa qualidade na dieta de ovinos, especialmente cordeiros, ovelhas em
gestação e em lactação, pode comprometer o consumo bem como a digestibilidade
da matéria seca.
Verificou-se que ovelhas com
dois fetos e sem restrição nutricional apresentaram menor consumo de fibra em
detergente neutro (CFDN) (678,9g/dia, 1,23% PV e 33,58 g/kg de PV0,75)
(Tabela 3). Esse resultado pode ser devido à dieta desses animais que
apresentava maior quantidade de grãos, além da maior possibilidade de seleção
de frações menos fibrosas e mais digestíveis.
A concentração de FDN nos alimentos é um dos fatores que pode limitar a
ingestão (VAN SOEST, 1994), porém os resultados apresentados sugerem que não há
limitação física no CFDN, pois
os animais estavam no início da gestação e ainda não estaria ocorrendo
compressão do rúmen e ação hormonal. Não somente a concentração de FDN, mas
também a sua digestibilidade pode impor limitações sobre o consumo de MS e
energia, restringindo o desempenho produtivo dos animais (TURINO et al., 2007).
No presente estudo, a digestibilidade da FDN não foi afetada pelas variáveis
estudadas e também não apresentaram interações.
Ao avaliar os animais com 110
dias de gestação notou-se que o CMS, em kg por dia, foi menor para as ovelhas
gestantes de um feto e com alimentação restrita (1,03 kg/dia), pois, além
desses apresentarem menores exigências nutricionais, a dieta estava restrita em
15% de proteína e energia. Ureste
(2001), trabalhando com ovelhas leiteiras entre 2 e 8 semanas antes do parto,
observou consumo médio durante o período experimental de 2,17 kg/dia. Os
maiores valores encontrados pelo autor devem-se ao uso de raças mais pesadas,
uma vez que o consumo em relação ao peso metabólico foi próximo ao observado neste
estudo. Em ovelhas gestantes de um feto e alimentação balanceada, o autor
observou que o CMS de ovelhas Manchega e Lacaune foi 80 e 88 g/kgPV0,75,
respectivamente, e o consumo médio
dessas ovelhas foi 80,64 g/kgPV0,75.
O CMS em g/kgPV0,75
para ovelhas com gestação simples foi menor para aquelas submetidas à restrição
nutricional (57,72 g/kgPV0,75) em relação àquelas sob dieta não
restrita (80,64 g/kgPV0,75) (Tabela 4). Nas ovelhas com gestação
dupla, não houve diferença entre os manejos alimentares. Quando a dieta
ofertada foi balanceada, a gestação dupla levou ao menor consumo em relação ao
peso metabólico e peso vivo, indicando que o início da expansão do útero
começou a comprimir o rúmen, podendo ocasionar desconforto físico e reduzir o consumo
pelos animais.
Durante a gestação, a demanda
por nutrientes por parte do feto aumenta progressivamente, assim como o volume
que esse ocupa na cavidade abdominal. Essas mudanças físicas e metabólicas afetam
a ingestão voluntária de alimentos. O mecanismo exato com que o consumo é
inibido por esse menor espaço ruminal não é conhecido, podendo tal fato ser
devido ao desconforto no trato gastrintestinal (VAN SOEST, 1994). BENEVIDES et
al. (2011), trabalhando com ovelhas apresentando gestação simples e gemelar,
submetidas ou não a restrição alimentar, observaram que o avanço da gestação
aumentou o tempo despendido com ingestão, ruminação e mastigação, provavelmente
na tentativa de selecionar mais a dieta em busca das partes mais
fermentescíveis. CARVALHO et al. (2006), trabalhando com cabras alpinas em lactação recebendo diferentes níveis de
fibra em detergente neutro na dieta, verificaram redução no tempo de ingestão
quando a dieta possuía maior quantidade de grãos. Portanto, pode-se inferir que
ovelhas com gestação simples até os 110 dias de gestação ainda não sofrem
influência da gestação no CMS, o que poderia facilitar a recuperação de animais
que estejam em condição corporal ruim. Entretanto, ovelhas com gestação dupla
devem receber maior atenção antes dessa fase, especialmente aquelas que apresentam
baixa condição corporal, devendo receber dieta mais calórica a fim de compensar
essa redução em seu consumo. Outros fatores hormonais e metabólicos também
podem fazer-se atuantes, porém, seu mecanismo de ação ainda é bastante
controverso e inconclusivo.
O CDAMS foi afetado pelos
tratamentos; contudo, não houve interação (P>0,05) entre eles, indicando o
efeito pontual dos tratamentos nessa variável. Observou-se que ovelhas sem
restrição nutricional e com gestação dupla apresentaram maiores coeficientes de
digestibilidade. Isso está associado à maior quantidade de carboidratos
solúveis (farelo de milho), que apresenta elevados coeficientes de
digestibilidade, presentes na dieta desses animais (Tabela 1).
O CFDN (g/dia, % PV e g/kg de
PV0,75) para animais com 110 dias de gestação apresentou diferença
entre os tratamentos e interação entre os mesmos (P<0,05). Observou-se que
ovelhas sem restrição nutricional com dois fetos apresentaram menores consumos
de FDN (Tabela 5). A dieta desses animais continha menor quantidade de feno e
maior de grãos o que, consequentemente, diminuiu a quantidade de FDN da dieta
consumida, corroborando com o trabalho de CARVALHO et al. (2006). Além disso, o
menor consumo está relacionado à capacidade ingestiva desses animais, que, como
visto no CMS, possivelmente, sofreram efeito de compressão do rúmen pelo útero
e anexos. Os CFDN foram de 1,88 e 1,01 % PV, para ovelhas com um e dois fetos,
respectivamente, recebendo dieta não restrita.
Para os animais submetidos à
restrição nutricional, houve maior CFDN para os animais com dois fetos (816,4
g/dia) em relação àqueles com um feto (767,9 g/dia), pois as ovelhas com
gestação dupla apresentam exigências nutricionais mais elevadas que ovelhas com
gestação simples e os animais que sofreram restrição nutricional receberam
quantidade reduzida de grãos na dieta, obrigando-os a buscarem na parte fibrosa
da dieta o que faltava para atender suas necessidades em energia e proteína.
Dessa forma, tanto o número de fetos como o manejo nutricional podem afetar o
consumo dos animais e, consequentemente, o peso ao nascer das crias. Assim, a
separação dos animais pelo número de fetos é importante para que seja feito um
manejo nutricional correto para cada categoria.
Os CDFDN não foram influenciados
pelos tratamentos (P>0,05). Esse fato indica que o maior CDAMS observado
para o grupo de animais de alimentação não restrita foi influenciado pela dieta
nutricionalmente mais densa e mais digestível oferecida.
Para as ovelhas com 130 dias de
gestação, observou-se que a restrição acarretou menor consumo de matéria seca
pelas ovelhas com gestação simples. Para as ovelhas sob restrição alimentar e
gestantes de dois fetos, houve maior CMS que para as fêmeas com um feto (1,62 e
1,27 kg/dia, respectivamente). Essa diferença pode ser atribuída à quantidade
de alimento ofertado às matrizes com gestação dupla, pois suas exigências são
maiores e, dessa forma, receberam maior quantidade de alimento (Tabela 6).
Entre os animais não submetidos à restrição
alimentar, não houve diferença entre os gestantes de um e dois fetos, sendo a média de
consumo de 1,56 kg/dia. Esse resultado foi similar
ao observado por SCHEAFFER et al. (2004), que avaliaram consumo de ovelhas de diferentes raças, aos
130 dias de gestação e
encontraram valor de consumo médio de 1,46 kg/dia.
Não foram observadas diferenças (P>0,05) no CMS em função dos
pesos vivo e metabólico. Esses resultados sugerem que houve interferência da
gestação no consumo, visto que as ovelhas estavam a 20 dias do parto, período em que o crescimento fetal ocorre de
forma exponencial (NRC, 1985).
Observou-se que o CDAMS foi
influenciado pelo número de fetos. Ovelhas com dois fetos apresentaram maior
CDAMS. Ressalta-se que esses animais recebiam grande quantidade de carboidratos
solúveis em sua dieta, o que pode ter elevado o CDAMS. Segundo Valadares Filho et al. (1990),
carboidratos não estruturais possuem coeficiente de digestibilidade aparente
total acima de 90% e carboidratos estruturais próximo de 50%.
Trabalhando com diferentes
proporções de FDN oriundo de forragens (FDNf), Macedo Júnior et al.
(2006) observaram aumento na digestibilidade da MS em ovelhas não gestantes à
medida que a quantidade de FDNf nas dietas foi elevada. Outro fator que pode
estar associado ao maior CDAMS é que ovelhas com gestação dupla aumentam a
capacidade de metabolizar os nutrientes ingeridos a fim de suprir suas
exigências, além de estarem se preparando para a lactação subsequente,
principalmente tratando-se de parto gemelar, quando a produção de leite é maior
(NRC, 1985; FRANÇA et al., 2009).
O CFDN foi influenciado pelo
manejo nutricional aos quais as ovelhas foram submetidas aos 130 dias de
gestação. Os animais submetidos à restrição nutricional apresentaram maior
consumo, provavelmente porque na composição das dietas havia maior quantidade
de feno, elevando a quantidade de FDN consumida. Sousa Junior et al. (2007), trabalhando com ovinos recebendo
inclusões do farelo de babaçu na dieta, verificaram aumento no consumo de FDN
em função do aumento desse ingrediente nas rações experimentais. Outro fator
que provavelmente contribuiu para o resultado foi que esse grupo tinha menor
aporte de energia e PB em sua dieta, obrigando os animais a selecionar, no
alimento oferecido, os nutrientes necessários para suprir suas exigências,
elevando, portanto, o consumo da parte fibrosa da dieta (Tabela 7).
Ao analisar os coeficientes
de digestibilidade da FDN, pôde-se observar que as ovelhas recebendo dieta
restrita apresentaram maior valor do que aquelas sob dieta não restrita (0,53 e
50 %, respectivamente). A digestibilidade de uma dieta está relacionada ao seu
consumo, bem como à sua composição bromatológica, à relação
volumoso:concentrado, ao número de refeições, ao estádio fisiológico, entre
outros. Assim, foi possível inferir que o maior consumo de fibra acarretou em
menor taxa de passagem e consequente incremento da digestibilidade. Outro fator
que pode ter influenciado essa resposta é a presença de carboidratos solúveis
na dieta das ovelhas que não sofreram restrição nutricional. A interferência
dos carboidratos não estruturais (CNE) na digestão da fibra tem sido observada
frequentemente. Os principais efeitos são a redução do pH ruminal e efeito
negativo na digestão da fibra, que pode estar relacionado com o desequilíbrio
da microbiota ruminal., gerando uma sobreposição das bactérias amilolíticas
sobre as bactérias fibrolíticas, ou até mesmo a inibição das enzimas que
degradam a fibra pelos CNE e pelos produtos de sua digestão (HOOVER, 1986;
TAMMINGA et al., 1990; ALVES et al., 2003; MACEDO JUNIOR et al., 2010).
Os valores de taxa de
passagem ruminal da digesta (k), tempo médio de retenção no retículo-rúmen
(TMRR) e tempo médio de retenção no trato gastrointestinal (TMRT), em ovelhas
aos 90 e 130 dias de gestação, são apresentados na Tabela 8. As ovelhas com
gestação dupla apresentaram maiores taxas de passagem ruminal em relação
àquelas com gestação simples, nos dois períodos avaliados. Verificou-se também
que durante o terço final da gestação, as taxas de passagem ruminal foram
superiores em relação ao terço médio, independente do manejo nutricional
utilizado.
Observou-se
que os animais com gestação dupla apresentaram maiores consumos de matéria seca
ao longo da gestação, devido à maior exigência em nutrientes. Entretanto,
também se verificou que esses animais apresentaram maior passagem do alimento
pelo rúmen, o que contribui para o aumento do CMS. Outro fator que pode ter
contribuído é a maior presença de grãos na dieta de fêmeas com parto duplo.
A restrição
nutricional reduziu o CMS dos animais. Nesses animais verificou-se maior tempo
médio de retenção da digesta no rúmen-retículo (TMRR), provavelmente, pela
maior oferta de feno em sua dieta. O tempo TMRR e no trato digestivo total
sempre foi menor para as ovelhas com dois fetos, independente da fase
gestacional e do tipo de manejo nutricional. Verifica-se que os animais sob restrição
alimentar no terço médio de gestação de um feto apresentaram maior tempo de
retenção da digesta no rúmen-retículo e ao longo de todo o trato digestivo.
Esses animais recebiam grande aporte de feno em sua dieta, fato que pode ter
contribuído para a maior retenção da digesta no rúmen. Contudo, no final da
gestação, esses animais apresentaram menor tempo de retenção da digesta,
indicando um mecanismo de adaptação para tentar elevar o consumo de matéria
seca a fim de atender suas exigências nutricionais uma vez que estavam
recebendo dieta com 15% menos de energia e PB. Esse mecanismo adaptativo
apresentado pelos animais ainda não está bem esclarecido na literatura. Assim,
infere-se que a dieta das ovelhas gestantes deve ser preparada a fim de
maximizar a capacidade de aproveitamento dos animais.
URESTE (2001),
trabalhando com ovinos lanados da raça Manchega, observaram incremento de 15%
no tempo de retenção da digesta com o avanço da gestação, oito a duas semanas
antes do parto, resultados similares aos encontrados no presente estudo, no
qual foi verificado incremento de 17,5% dos 90 aos 130 dias de gestação de
ovelhas com um feto e alimentação não restrita.
As ovelhas
com gestação dupla e que não sofreram restrição nutricional apresentaram menor
tempo de retenção da digesta no terço médio e final da gestação, possivelmente
pela grande quantidade de carboidratos solúveis presentes em suas dietas.
Porém, quando se comparou esses animais entre as fases da gestação, verificou-se
que, no terço final, o tempo de retenção foi menor, indicando que esses animais
estavam usando recursos fisiológicos para aumentar o consumo de matéria seca,
uma vez que, nessa fase da gestação, ocorre queda no consumo de matéria seca
devido a fatores físicos e fisiológicos.
Os
coeficientes de determinação (R2) foram elevados, indicando que o
modelo mostrou-se adequado ao fenômeno, com exceção dos animais com um feto e
dieta não restrita na fase inicial da gestação.
Ovelhas
gestantes de dois fetos consumiram mais e apresentaram melhores coeficientes de
digestibilidade da matéria seca. No teço médio da gestação, o consumo de matéria
seca relaciona-se ao peso vivo das ovelhas; entretanto, no terço final, a
gestação interfere diretamente no consumo, reduzindo-a, principalmente, nos
animais de gestação dupla.
A taxa de
passagem dos sólidos aumenta com o avanço da gestação, fato que deve ser
explorado pelos nutricionistas no balanceamento das rações, especialmente ao
final da gestação.
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Protocolado em: 04 jun. 2012. Aceito em: 26 out. 2012