A piometrite canina é uma enfermidade
da cadela adulta, caracterizada por inflamação do útero com acúmulo de
exsudatos. A hematometra é uma consequência da piometrite, porém
caracteriza-se por diapese de eritrócitos para a luz uterina,
modificando a coloração da secreção. A terapia deve ser
imediata e agressiva. Ovário-histerectomia é o tratamento de escolha
para animais gravemente acometidos. O presente trabalho descreve a
ovário-histerectomia videoassistida no tratamento de hematometra em uma
cadela da raça Akita, com seis anos de idade e 34 kg de massa corporal.
Utilizou-se o acesso com três portais, os quais permitiram a ligadura
dos vasos ovarianos e a secção do mesométrio. Já o útero e os
vasos uterinos foram manipulados por meio de miniceliotomia pré-púbica.
Não se constataram complicações transoperatórias ou recidiva da doença,
o que demonstra a eficácia do procedimento em cães, pois a evolução
pós-operatória sete meses após o procedimento respalda a conduta
cirúrgica adotada.
PALAVRAS-CHAVES: Cadelas, cirurgia, laparoscopia, piometrite, tratamento.
The canine pyometritis is an adult
bitch illness characterized by the inflammation of the uterus with
secretion accumulation. Hematometra is a consequence of the
piometritis, however it is characterized for diapese of erythrocytes
for the uterus, which changes the coloration of the secretion. The
treatment ought to be immediate and aggressive, and the advised
treatment is ovariohysterectomy for seriously ill animals. This report
describes the laparoscopic-assisted ovariohysterctomy as a surgical
treatment of hematometra in a bitch akita, six years-old with 34kg. The
laparoscopic was the occlusion of ovarian vessels and mesovarium
attachment using three portals technique. The uterine vessels and
uterus were managed through a small pre-pubic celiotomy. No
complications or reincidence of the disease were noticed, showing the
effectiveness of the procedure in dogs. Seven month adequate
postoperative evolution reassured the surgical conduct performed.
KEY WORDS: Bitches, surgery, laparoscopy, pyometritis, treatment.
A piometrite canina é um acúmulo de
secreção purulenta no lúmen uterino que acomete cadelas intactas,
podendo ser classificada como piometra “aberta” ou “fechada” de acordo
com a abertura ou não do cérvix (ARNOLD
et al., 2006).
É uma afecção que apresenta risco de morte potencial associada à
hiperplasia endometrial cística (HEC). Ambas desenvolvem-se durante o
diestro (FOSSUM
et al., 2002)
e, por isso, são conhecidas também como síndrome diestral. Supostamente
são causadas por desequilíbrio hormonal e alteração nos níveis de
receptores hormonais no endométrio (KIM & KIM, 2005).
A progesterona estimula o crescimento e a atividade secretora das
glândulas endometriais (proliferação endometrial) (JOHNSON, 1994;
FOSSUM
et al., 2002) e reduz
a atividade miometrial. Isso pode resultar no desenvolvimento de HEC,
com acúmulo de líquido nas glândulas endometriais na luz uterina
(JOHNSON, 1994), caracterizando a hidrometra e mucometra, as quais são
observadas nas fases iniciais do processo, quando há uma produção
excessiva de muco. A ruptura dos cistos endométricos e o acúmulo de
material mucoide na luz uterina (PAYAN CARREIRA & PIRES, 2005)
favorecem a invasão bacteriana secundária ascendente a partir da vagina
(ETTINGER, 1992; JOHNSON, 1994; FOSSUM
et al., 2002). A
Escherichia coli é a bactéria mais frequentemente isolada de gatas e cadelas com piometra (JOHNSON, 1994; FOSSUM
et al., 2002), seguida por
Streptococcus spp.,
Staphylococcus spp.,
Pseudomonas aeruginosa e
Proteus mirabilis (JAKEWAYS
et al.,
1994). A cor e a consistência do exsudato formado podem variar de
acordo com o tipo de infecção bacteriana (ACLAND, 1998), além do tipo
celular que migra para luz uterina (ROOT KUSTRITZ, 2005). Hematometra
caracteriza-se por uma descarga vaginal sanguinolenta, em virtude da
maior diapedese de eritrócitos para o lúmen uterino, com consequente
depressão tóxica da medula e inibição da eritropoiese (ROOT KUSTRITZ,
2005).
A ovário-histerectomia (OSH) é descrita como método de
contracepção em animais domésticos (MUSAL & TUNA, 2005). Trata-se
do tratamento de eleição em piometra canina (JOHNSON, 1994; MINAMI
et al., 1997; FOSSUM
et al.,
2002), podendo se realizar pelos acessos convencional (celiotomia) ou
laparoscópico. A cirurgia laparoscópica é conhecida por reduzir a lesão
à parede abdominal, em comparação com a cirurgia convencional, e por
apresentar menor desconforto e dor no pós-operatório, além do menor
tempo de hospitalização, com consequente redução de custos hospitalares
(FILMAR
et al., 1987; LIEM
et al., 1997; MALM
et al., 2004).
A realização de ovário-histerectomia laparoscópica eletiva em cães foi
inicialmente descrita em meados dos anos 1990. Desde então,
desenvolveram-se novas técnicas para tratamento de doenças uterinas e
ovarianas, incluindo piometra (MINAMI
et al., 1997; BRUN
et al., 2006a), piometra de coto ovariano (BRUN
et al., 2006b) e síndrome do ovário remanescente (BECK
et al., 2004). São descritas diferentes técnicas, incluindo o emprego de quatro a até um único portal (BRUN
et al., 2000; HALEY
et al.,
2007). Mais recentemente, foi demonstrada a viabilidade da cirurgia
endoscópica por orifícios naturais (NOTES) na realização de
ovário-histerectomia em cães (BRUN, 2007).
O presente trabalho visa relatar o uso da ovário-histerectomia
videoassistida em uma cadela apresentando grave hematometra, por se
tratar de uma cirurgia incomum em cães, sendo que a revisão de
literatura confirma a raridade do procedimento.
MATERIAL E MÉTODOS
Uma cadela com seis anos de idade, da raça Akita e 34 kg de massa
corporal, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade de Passo
Fundo (UPF) com histórico de hiporexia, poliúria e constante secreção
vaginal sanguinolenta após estro havia um mês. O proprietário negou a
administração anterior de progestágenos ou cópula, além de relatar
ciclos estrais anteriores regulares.
Ao exame clínico, constataram-se mucosas rosa-pálidas, pulso fraco,
temperatura de 38,8º C, distensão abdominal, secreção vaginal
sanguinolenta (
Figuras 1 e
2), além de petéquias e hematomas na linha média ventral abdominal (
Figura 1).
Efetuou-se hemograma, sendo constatadas anemia normocítica normocrômica
regenerativa, trombocitopenia (100,000/µL), leucocitose (26.618/µL) por
neutrofilia (22.360/µL), bem como realizou-se avaliação da albumina e
ureia séricas, estando ambas abaixo dos valores referenciais (2,54 g/dL
e 16,38mg/dL, respectivamente) (
Tabelas 1,
2 e
3).
O tempo de sangramento da mucosa oral e a creatinina estavam dentro dos
limites compatíveis com a espécie. Na radiografia abdominal,
verificaram-se regiões radiopacas, homogêneas, tubulares em abdome
médio e caudal. à ecografia abdominal, observaram-se útero com
dimensões aumentadas, paredes espessadas e regulares, conteúdo
hipoecogênico, compatíveis com a suspeita clínica.
Diante dos sinais clínicos e resultado dos exames complementares,
confirmou-se o diagnóstico de hematometra de colo aberto. Para prevenir
reações de incompatibilidade sanguínea, foi realizada a prova de
Jambreau, não sendo observada formação de grumos neste teste, e o
animal recebeu 1200 ml de sangue, para transfusão sanguínea a uma
velocidade de 75 gotas por minuto, coloide
1 (10ml/kg), ampicilina
2 (22mg/kg, IV), enrofloxacina
3 (5mg/kg, IV), sulfato de morfina
4 (0,3mg/kg, IM). Após estabilização do quadro, encaminhou-se a paciente para ovário-histerectomia terapêutica videoassistida.
Como medicação pré-anestésica, foi administrada a associação de tiletamina com zolazepam
5 (0,1mg/kg, IV) e sulfato de morfina (0,3mg/kg, IM). A indução anestésica constou de diazepam
6 (0,5mg/kg, IV) e tiopental sódico
7 (2,5mg/kg, IV) e manutenção à base de isoflurano
8 vaporizado em O
2
a 100% em circuito semiaberto. Com a paciente em decúbito dorsal,
promoveu-se a introdução de uma cânula de 10 mm na linha média ventral
pré-umbilical, a partir da técnica aberta. A cavidade foi insuflada com
CO
2 medicinal até a pressão de 12 mmHg. Constatou-se
repleção vesical e, a partir da visibilização direta, realizou-se
cistocentese, removendo-se um litro de urina. Para o procedimento de
OSH, utilizaram-se outros dois acessos (5 mm e 10 mm) nas paredes
lateral direita e esquerda. Iniciou-se pela secção do ligamento
suspensor direito e aplicação de clipes de titânio, abrangendo o
mesovário e o complexo arteriovenoso ovariano (CAVO). Promoveu-se a
secção dessas estruturas com cauterização bipolar e tesoura de
Metzenbaum. O mesométrio e o ligamento redondo esquerdo foram
seccionados do mesmo modo. Manobras similares foram realizadas nas
estruturas contralaterais. Promoveu-se miniceliotomia mediana
pré-púbica na linha alba, de aproximadamente 5 cm, que permitiu a
exposição dos cornos uterinos com subsequente ligadura dos vasos
uterinos e secção da porção cranial da vagina (
Figura 3).
O útero e os cornos uterinos apresentavam-se distendidos, repletos de
líquido, com aspecto nodular e paredes intensamente vascularizadas (
Figura 4).
A celiotomia e as aberturas correspondentes aos acessos abdominais
foram suturadas com fio náilon monofilamentar 0 e ácido poliglicólico
2-0, em padrões Sultan e contínuo simples respectivamente, sendo a pele
suturada com fio náilon monofilamentar 4-0 em padrão intradérmico
contínuo.
O conteúdo uterino foi aspirado de ambos os cornos e enviado ao
laboratório de bacteriologia da UPF, para isolamento e identificação
bacteriana, identificando-se a bactéria
Escherichia coli.
No pós-operatório, realizaram-se curativos tópicos diários com NaCl a 0,9%, pomada à base de escina e salicilato de dietilamina
9 nos hematomas TID. Foram administrados sulfato de morfina (0,3mg/kg a cada quatro horas durante três dias), carprofeno
10
(2,2mg/kg, SID durante seis dias), além de antibioticoterapia à base de
ampicilina, sódica (22mg/kg, TID, durante dez dias) e enrofloxacina
(5mg/kg, BID durante dez dias). Todos os fármacos foram aplicados por
via intravenosa no período em que o paciente ficou sob cuidados
hospitalares. O animal permaneceu em fluidoterapia até sua completa
recuperação. Procedeu-se a exames hematológicos diários para
acompanhamento da evolução do quadro clínico de anemia e leucocitose (
Tabelas 1,
2 e
3).
Como o animal continuava apresentando quadro de anorexia, para sua
reposição calórica fez-se uso de sonda nasogástrica para alimentação 48
horas após o procedimento cirúrgico e concomitantemente foi
administrado omeprazol
11 (0,7mg/kg, IV) SID, via
intravenosa, durante quatro dias consecutivos. Um dia após a
alimentação via sonda, a paciente demonstrou interesse pela comida,
porém seu apetite normal retornou gradativamente num período referente
a quatro dias, momento este em que se retirou a sonda nasogástrica.
Procedeu-se à alta hospitalar cinco dias após o procedimento cirúrgico.
DISCUSSÃO
A laparoscopia constitui uma nova abordagem na rotina cirúrgica
veterinária, sendo inicialmente utilizada para investigações
reprodutivas em mamíferos, bem como para visibilizar, explorar e
realizar biopsias em estruturas abdominais com finalidade diagnóstica
(MALM
et al., 2004). A OSH videoassistida em cães foi relatada pela primeira vez por MINAMI
et al.,
em 1997, objetivando o tratamento de piometra. Porém, poucos autores
têm utilizado essa técnica em cães, apesar de os casos já relatados
terem sido viáveis e eficazes em animais menores que 10 kg (BRUN
et al.,
2006a). Não são conhecidos relatos da utilização da OSH videoassistida
em cadelas de maior porte hematometra, como a paciente do presente
estudo, que apresentava 34 kg.
O procedimento minimamente invasivo apresenta como desvantagens uma
curva de aprendizado longa (FOWLER, 2006) com consequente tempo
cirúrgico inicial prolongado e custos operacionais elevados (MALM
et al.,
2004). A cirurgia do presente relato teve a duração de 120 minutos sem
intercorrências clínicas, porém é considerada demorada, quando
comparada com a técnica convencional. Em um estudo comparativo entre as
abordagens laparoscópica e aberta para ovário-histerectomia eletiva na
espécie canina, MALM
et al.
(2004) obtiveram aumento significativo no tempo da cirurgia
laparoscópica (61,6± 14,5 minutos) em comparação com a técnica
convencional (21,13± 4,3 min). A OSH laparoscópica, neste estudo, foi
terapêutica, o que implica maiores cuidados transoperatórios e
consequentemente maior tempo cirúrgico. Portanto, tanto na cirurgia
convencional quanto laparoscópica, provavelmente a diferença de tempo
entre as duas técnicas aumenta proporcionalmente.
Novas tecnologias, como a videocirurgia, requerem considerável
treinamento técnico, não somente do cirurgião, mas de toda equipe
cirúrgica (RAHAL & INÁCIO, 1995). Pelo fato de a OSH videoassistida
relatada ter sido realizado em um hospital-escola, os alunos atuaram
como auxiliares no transoperatório, estando ainda em “curva de
aprendizado”, o que pode justificar o tempo aumentado no procedimento
cirúrgico.
A OSH laparoscópica do presente relato mostrou-se potencialmente mais
onerosa que a convencional, levando-se em consideração apenas o
procedimento cirúrgico. Porém, a boa e rápida evolução clínica
pós-operatória, somada à diminuição da perda sanguínea, pelo acesso
reduzido e cuidados intensivos, estiveram associadas à adequada
recuperação pós-operatória.
Considerando-se o resultado final e risco de hemorragias importantes
que poderiam estar associadas a um acesso mais amplo da pele e,
principalmente, parede muscular, além da maior manipulação de vísceras
abdominais, as vantagens da laparoscopia certamente superaram suas
desvantagens. MALM
et al.
(2004) observaram diferenças no grau de sangramento entre as duas
técnicas, sendo significativamente menor na cirurgia laparoscópica do
que a convencional, respaldando, assim, o procedimento cirúrgico
adotado no animal deste estudo.
Em relação à celiotomia, optou-se pela realização do acesso
convencional na remoção do útero, considerando o potencial risco da
existência de contaminação intrauterina, a qual poderia alcançar a
cavidade durante a secção intracavitária do órgão, condição que estaria
presente se o procedimento fosse totalmente endoscópico.
Na hematometra ocorre diapedese de eritrócitos para o lúmen uterino,
além da depressão tóxica da medula óssea e consequentemente inibição da
eritropoiese (ROOT KUSTRITZ, 2005). Isto justifica a presença de anemia
e trombocitopenia com consequente hematoma e petéquias na região
abdominal ventral do animal em questão, tornando a conduta cirúrgica
laparoscópica mais uma vez favorável, dado que o grau de sangramento
foi mínimo. MINAMI
et al.
(1997) observaram que a OSH videoassistida para piometrite mostrou-se
superior à técnica aberta, pois esta última requereu grande incisão (de
15 a 20 cm), principalmente em animais maiores. Na paciente relatada, a
soma das quatro incisões de acesso resultaram em apenas 9 cm totais.
Considera-se isso fator relevante, uma vez que lesões teciduais maiores
promoveriam maior sangramento proveniente da pele e resposta
inflamatória, o que seria desfavorável em um animal com
trombocitopenia. Pesquisas afirmaram (JAKEWAYS
et al.,
1994) que os níveis de interleucina-6 e proteína C-reativa durante o
procedimento cirúrgico são significativamente inferiores na cirurgia
laparoscópica, demonstrando que aspectos metabólicos à resposta aguda
são atenuados na cirurgia laparoscópica, em virtude da redução do
trauma tecidual.
Há relatos (MINAMI
et al., 1997; BRUN
et al.,
2000) quanto à ocorrência de quadros hemorrágicos, em OSH
laparoscópicas, provenientes de lesões nos vasos uterinos, na veia
pudenda externa e no CAVO, sendo os originários desta última estrutura
os mais comuns (BRUN
et al., 2000; FOSSUM
et al., 2002), fato este não observado no presente relato.
A infecção bacteriana é uma condição secundária da hematometra, pois
bactérias da vagina são as mais prováveis fontes para a infecção
uterina. Essas bactérias ascendem pelo cérvix e para dentro do útero
durante o estro. A predominância da
Escherichia coli
nas infecções uterinas pode ser devida à habilidade desse
micro-organismo em aderir a sítios antigênicos específicos no
endométrio, estimulado por progesterona (NELSON & FELDMAN, 1986),
concordando com o que foi encontrado no presente estudo, em que a
bactéria isolada foi a
Escherichia coli.
Porém, além do isolamento bacteriano, poder-se-ia ter solicitado
antibiograma, para melhor conduta antimicrobiana. Apesar de não ter
sido realizado este exame, o antibiótico de escolha foi a ampicilina
associada à enrofloxacina, o que está de acordo com a literatura
(FOSSUM
et al., 2002).
Apesar de os sinais clínicos e o exame macroscópico demonstrarem a
presença de hematometra, ainda poder-se-ia ter enviado o útero para
análise histopatológica, a qual forneceria informações mais detalhadas
da afecção apresentada pela paciente. Alegando custos hospitalares
onerosos, o proprietário não permitiu o estudo histopatológico do órgão.
A utilização de sonda nasogástrica mostrou-se satisfatória e
fundamental tanto no fornecimento de nutrientes e recuperação quanto na
prevenção à perda de massa muscular do canino relatado, uma vez que se
tratava de um animal debilitado, estressado e com hiporexia. Um dia
após a sondagem nasogástrica, o animal já demonstrava interesse pelo
alimento, porém retornou a alimentar-se espontaneamente e em
quantidades habituais num período de quatro dias pós-operatório,
momento este em que recebeu alta hospitalar.
Apesar de todos os avanços terapêuticos, a mortalidade dos pacientes
hospitalizados ainda ocorre em virtude de complicações secundárias como
infecções, sepse, falência múltipla de órgãos, que eventualmente estão
associadas à imunossupressão e ao não uso do trato gastrintestinal como
via de acesso nutricional principal (RABELO
et al., 2007). RABELO
et al.
(2007) citam que os benefícios do suporte nutricional já foram
comprovados em diversos estudos e esta terapia deve ser considerada.
Esses mesmos autores ainda enfatizam que a utilização da via de acesso
enteral é relativamente simples, segura, barata e muito eficiente, o
que está de acordo com o que foi verificado no presente relato.
CONCLUSÃO
A ovário-histerectomia laparoscópica videoassistida mostrou-se eficaz e
vantajosa no tratamento de hematometra, podendo ser utilizada em cães
como uma alternativa a cirurgia convencional.
Notas Informativas
1Polisocel® Solução de gelatina, Laboratório HalexIstar, Goiânia, GO;
2Amplatil® 1g, Laboratório NovaFarma, Guarulhos, SP; 3Baytril®,
Laboratório Bayer, São Paulo, SP; 4Dimorf® 10mg/ml, Laboratório
Cristália, São Paulo SP; 5Zoletil® 50, Laboratório Virbac do Brasil,
Jurubatuba, São Paulo, SP; 6Diazepam® 5mg/ml, Laboratório Eurofarma,
São Paulo, SP; 7Thiopentax® 1g, Laboratório Cristália, São Paulo, SP;
8Forane®, Laboratório Abbott, São Paulo, SP; 9Reparil gel®, Laboratório
BYK, São Paulo, SP; 60Rimadyl®, Laboratório Pfizer, Guarulhos;
11Losar®, Laboratório Biochímico, São Paulo, SP.
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