PROTOCOLOS DE INDUÇÃO E
SINCRONIZAÇÃO DO ESTRO EM OVELHAS
Caliê
Castilho1,
Marcelo Ferreira de Almeida2, Marcelo Zoccolaro Costa3,
Ângelo Gardim De Cesare4, Luis Roberto de Almeida Gabriel
Filho5
RESUMO
O
objetivo do presente trabalho foi testar a indução e sincronização do
estro em
ovelhas utilizando-se diferentes períodos de permanência do
progestágeno, dose
única de PGF2a
ou efeito macho. Para tanto dois
experimentos foram realizados: no experimento 1, as ovelhas (n=48)
receberam
esponjas vaginais impregnadas com MAP (medroxiprogesterona) e foram
divididas
em 2 grupos: G-9 e G-14, ou seja, MAP por nove ou 14 dias com aplicação
de PGF2a
na retirada do progestágeno e detecção de estro com reprodutores. Não
houve
diferenças (p<0,05) na manifestação no estro (69,6 % e 80%), na
porcentagem
de prenhez (34,8% e 44%) ou de concepção (50% e 55%) nos grupos G-9 e
G-14,
respectivamente. No experimento 2, as ovelhas (n=151) foram
aleatoriamente
divididas em 3 grupos: G-6, cada ovelha recebeu MAP por seis dias e
aplicação
de PGF2a na retirada do progestágeno; G-PGF,
cada ovelha recebeu dose única de PGF2a
e
G-EM para avaliar o efeito macho foram introduzidos machos entre
ovelhas
previamente separadas dos mesmos. A porcentagem de manifestação de
estro foi
maior (p<0,05) nos grupos G-6 (58%) e G-PGF (39%) quando comparados
ao G-EM
(11%). Concluímos ser possível diminuir o tempo de permanência do
progestágeno,
porém o uso de luteolítico, em período de transição da estacionalidade
reprodutiva, sem o progestágeno, resulta em baixa manifestação de estro.
---------------------------
PALAVRAS-CHAVE: efeito
macho; MAP; PGF2a;
Suffolk.
PROTOCOLS
OF ESTRUS INDUCTION AND SYNCHRONIZATION IN EWE
ABSTRACT
---------------------------
KEYWORDS: MAP; PGF2a; ram
effect; Suffolk.
INTRODUÇÃO
O
custo dessas tecnologias é
um dos principais determinantes para o seu emprego; portanto, aprimorar
e
maximizar seus resultados, bem como diminuir seus custos são desafios
que devem
ser alcançados. Existem vários meios de manipular a estação reprodutiva
em
ovelhas, dentre eles pode-se citar a alteração no fotoperíodo,
administração de
hormônios ou introdução de carneiros reprodutores em grupos de ovelhas
previamente isoladas do macho, sendo esse manejo denominado “efeito
macho”
(BOLAND et al., 1990). Os
métodos hormonais podem ser realizados na estação reprodutiva ou mesmo
fora
dela, quando os animais estão em anestro, variando-se apenas o
protocolo a ser
usado (GONÇALVES et al., 2001).
Em
ovinos, as esponjas
vaginais de liberação lenta impregnadas com 50mg de acetato de
medroxiprogesterona (MAP) são muito utilizadas. Existe também o
dispositivo
interno de liberação de drogas (CIDR®) que contém 0,4 g de progesterona
natural
(KNIGHTS et al., 2001), de
utilização similar à esponja
de progestágeno, porém de custo mais elevado.
É
possível obter um controle
satisfatório do estro em ovelhas com alto grau de sincronização, em que
até 95%
das ovelhas do rebanho demonstram estro 24 a 48 horas após a retirada
do
progestágeno (BOLAND et al.,
1990). Um fator importante é o tempo de permanência dos implantes. Os
primeiros
protocolos recomendavam períodos de 12 a 14 dias, apresentando, na
maioria das
vezes, mais de 90% de ovelhas em estro dentro de um período de 24h, e
com uma
taxa de concepção de 70 a 80% (GORDON, 1997; EVANS et al., 2001).
Atualmente,
protocolos de curta duração (4 a 6 dias) têm sido testados e demonstram
resultados promissores (VIÑOLES et
al., 2001; TAKADA et al., 2009; MARTEMUCCI & ALESSANDRO,
2011).
No
entanto, para realizar a
sincronização do estro durante o anestro estacional, é necessário que o
progestágeno seja acompanhado de eCG, o qual atua induzindo
desenvolvimento de
folículos durante os períodos de inatividade hipotalâmico-hipofisária.
Esse
protocolo permite realizar coberturas ou inseminações no período de
anestro, em
que 80 a 90% das ovelhas ovulam entre 48 e 80 horas após a retirada da
esponja,
com as ovulações se concentrando entre 60 e 64 horas (GONÇALVES et al.,
2001).
Outro hormônio rotineiramente utilizado é a prostaglandina F2a (PGF2a), ou
seus análogos sintéticos, que induzem lise do corpo lúteo (CL),
diminuindo a
concentração plasmática de progesterona com consequente aumento no
estradiol,
manifestação de cio e indução do pico de LH (HAFEZ & HAFEZ, 2004).
Porém,
essa tecnologia deve ser empregada somente durante a estação
reprodutiva, em
ovelhas ciclando e apresentando corpo lúteo funcional nos ovários
(HOPPE &
SLYTER 1989), assim como a PGF2a pode ser
associada ao
protocolo de progestágeno concomitante a aplicação de eCG.
O
objetivo do presente
trabalho foi testar a indução e sincronização do estro em ovelhas
utilizando-se
diferentes períodos de permanência do progestágeno, dose única de PGF2a ou
efeito macho.
MATERIAL E MÉTODOS
Na
Fazenda 1 o experimento
foi realizado durante o mês de dezembro (fase de transição do anestro
para
estação reprodutiva) e foram utilizadas 48 ovelhas SPRD (Sem padrão
racial
definido), idade média de 3,34 ± 0,13 anos (2 a 4,5 anos), escore
corporal 3,0,
(escala variando de 1 a 5), mantidas em pastagem de Brachiaria
humidicula e Paspalum notatum,
suplementadas
com 500 g de polpa cítrica/animal/dia, com acesso à água e sal mineral ad libitum. Em fase aleatória do ciclo
estral (dia 0), cada ovelha recebeu uma esponja vaginal contendo 60 mg
de MAP
(Progespon®,
Schering- Plough, Brasil). Em seguida, foram aleatoriamente
distribuídas em 2
grupos: G-9 (n=23) progestágeno mantido por 9 dias e G-14 (n=25)
progestágeno
mantido por 14 dias. No dia da retirada da esponja, dia 9 ou 14, todos
os
animais receberam 0,0375 mg de D-Cloprostenol (Prolise®,
Tecnopec, Brasil) por via IM. Em seguida, dois reprodutores avaliados
por exame
andrológico e clinicamente aptos para monta foram introduzidos no lote
de
ovelhas e a observação de estro foi feita duas vezes ao dia, pela
marcação com
corante oleoso, até cinco dias após a aplicação do análogo de PGF2α. O diagnóstico de gestação por
ultra-sonografia trans-abdominal (Aloka SSD500, 5,0 Mhz, Japão) foi
realizado
45 dias após a retirada dos reprodutores.
Na
Fazenda 2, o experimento
foi realizado durante o mês de janeiro de 2009 e foram utilizadas 151
ovelhas
da raça Suffolk, com idade média de 3,47 ± 0,07 anos
(2 a 4,5 anos), escore corporal 3,0, (escala
variando de 1 a 5), mantidas em pastagem de Brachiaria
humidicula e Paspalum notatum,
suplementadas com sal mineral ad libitum. As fêmeas
foram distribuídas
aleatoriamente em três grupos: G-6, G-PGF e G-EM (grupo efeito macho).
No
grupo G-6 (n=30), em fase
aleatória do ciclo estral (dia 0), cada ovelha recebeu uma esponja
vaginal
contendo 60 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) (ProgesponÒ,
Schering- Plough, Brasil), as quais foram mantidas por 6 dias. No dia
da
retirada da esponja (dia 6), foi aplicado 0,0375 mg de D-Cloprostenol
(ProliseÒ,
Tecnopec, Brasil) por via IM. A observação de estro foi realizada 24
horas após
a aplicação de D-Cloprostenol, duas vezes ao dia, durante cinco dias,
utilizando-se dois rufiões. Nesses machos, corante (óleo com tinta tipo
Xadrez)
foi aplicado diariamente, na região do esterno, para marcar o dorso das
fêmeas
em estro. Os grupos G-PGF e G-EM foram avaliados concomitantemente. No
grupo
G-PGF (n=41) em estádio aleatório do ciclo estral, cada ovelha recebeu
por, via
IM, 0,0375 mg de D-Cloprostenol (Prolise®,
Tecnopec, Brasil).
No grupo G-EM (n=80), não foi realizado qualquer tratamento hormonal,
apenas o
efeito da presença do macho. No grupo G-EM, as ovelhas ficaram
separadas dos machos,
sem contato olfativo ou visual, por um período de pelo menos dois meses
antes
da re-introdução dos mesmos. MARTIN et
al. (1986) demonstraram que o período de duas semanas de
separação já é
suficiente. Foram introduzidos seis reprodutores avaliados por exame
andrológico e a observação de estro foi realizada como descrito para o
grupo
acima (G-6) por cinco dias. Não foi possível realizar o diagnóstico de
prenhez,
pois o proprietário vendeu parte do lote após as coberturas.
Para
testar a diferença entre
as proporções amostrais de ocorrência de manifestação de estro nos
grupos G-9,
G-14, G-6, G-PGF e G-EM, utilizou-se o teste exato de Fisher. Para
avaliar as
diferenças na dispersão da manifestação de estro entre os grupos da
Fazenda 1
(G-9, G-14) e Fazenda 2 (G-6, G‑PGF, G‑EM), foi utilizado o teste
Qui-quadrado, sendo esse mesmo teste usado para testar a diferença na
taxa de
prenhez e concepção nos grupos G-9 e G-14. Para estabelecer comparações
entre
todos os grupos de protocolos de experimento, independentemente das
fazendas
consideradas, utilizou-se o teste exato de Fisher. Em todas as
comparações foi
considerada a associação significativa quando a estatística calculada
foi
correspondente a a
menor que 5% (p<0,05).
RESULTADOS
Na
Fazenda 1, experimento foi
iniciado com 52 animais; no entanto houve perda de três esponjas (5,7%)
e óbito
de uma fêmea por adesão da esponja seguida de infecção, resultando em
48
animais. Não houve diferenças significativas quanto à taxa de prenhez
34,8% e
44,0% ou taxa de concepção 50,0% e 55,0% (Tabela 1), nem tampouco na
porcentagem de estro 69,5 % e 80,0%, respectivamente, nos grupos de 9
ou 14
dias (Tabela 2).
Para
efeito de comparação foi
realizada análise estatística dentro (protocolos) e entre fazendas (1 e
2). O
número e porcentagem de ocorrência e dispersão de estro nos grupos 9 e
14 dias
estão representados nas Tabelas 2 e 3.
Na
Fazenda 2, o experimento
iniciou com 151 animais; no entanto, no grupo G-6, das 30 ovelhas,
quatro foram
excluídas por perda da numeração, restando 26 fêmeas. No grupo G-PGF,
foram
utilizadas 41 ovelhas e as 80 ovelhas restantes foram utilizadas no
grupo G-EM.
Os resultados quanto à ocorrência e dispersão dos estros nos grupos
G-6, G-PGF
e G-EM estão representados nas Tabelas 2 e 3. Não houve diferenças
significativas quanto aos índices de manifestação de estro, 58% e 39%,
respectivamente, nos grupos G-6 e G-PGF; entretanto, no grupo G-EM, a
ocorrência de estro foi significativamente menor (11%). A ocorrência de
estro
entre 72 e 120 h após a retirada do progestágeno foi maior (p<0,05)
no grupo
G-6 (46%) quando comparada aos grupos G-PGF (15%) e G-EM (11%) no mesmo
período. Com relação à dispersão na manifestação do estro, os grupos
G-6 e G-EM
demonstraram diferenças significativas quando comparados com o grupo
G-PGF que
se caracterizou por apresentar índices maiores inicialmente e menores
ao final
do período de observação.
DISCUSSÃO
Não
foi observada diferença
(p>0,05) quanto à sincronia na manifestação de cio entre os dois
tratamentos, mas a permanência do progestágeno por tempo maior resultou
em 80%
dos estros ocorrendo até 72 h após a retirada do progestágeno ao passo
que no
grupo de nove dias em apenas 61%. Além disso, as fêmeas do G-14
manifestaram
estro até 84 h após a retirada dos implantes vaginais e no G-9 houve
dispersão
até 108 h. Em outro estudo, utilizando progestágeno (FAP, acetato de
fluorogestona) por 14 dias, a porcentagem de ocorrência dos estros
(93,3%) e a
taxa de prenhez 60% foram maiores que no presente trabalho (MARTEMUCCI
&
ALESSANDRO, 2011) e os estros ocorreram de forma mais concentrada, ou
seja, até
60 h. Taxas elevadas de manifestação de cio (100%), utilizando
progestágeno
(MAP) por 12 dias, também foram observadas por SILVA et al., (2010),
trabalhando com ovelhas Santa Inês. Por outro lado, resultados
inferiores foram
relatados por HUSEIN et al. (1998), fora da estação, quando observaram
estro em
50% (5/10) das ovelhas com dispersão até 60 h após a retirada da
esponja
mantida por 12 dias. Resultado semelhante, 53,3 a 57,1% de manifestação
de
estro, também fora da estação reprodutiva, foi relatado por CASTILHO et
al.
(2007), utilizando meio implante de crestar (progestágeno auricular)
por nove dias
em ovelhas Texel.
Na
Fazenda 2 não houve
diferença significativa quanto à manifestação de estro, 58% e 39% nos
grupos
G-6 e G-PGF, respectivamente; no entanto, no grupo G-EM a porcentagem
foi
significativamente menor (11%). Semelhante a esse resultado, GASTAL et
al.
(2007), utilizando protocolo de 6 dias com CIDR® em janeiro, ou seja,
mesma
época deste estudo, obtiveram taxa de 56% e, usando apenas 1 aplicação
de PGF2a,
observaram 38,9% das ovelhas em estro até cinco dias após a aplicação.
A
associação do progestágeno com a PGF2a resulta em maior taxa de
estro, em comparação ao uso apenas de luteolítico. Isso é justificado
pelo fato
de a PGF2a
e seus análogos produzirem efeito somente em fêmeas que apresentam
corpo lúteo
responsivo à sua ação, o que não ocorre normalmente no início da
estação
reprodutiva, quando nem todas as fêmeas estão no diestro ou ciclando
(URIBE-VELÁSQUEZ et al., 2002). Em ovelhas da raça Santa Inês, o uso de
duas
doses de PGF2α, com nove dias de intervalo, resultou em 100% de
manifestação de
cio até 96 h após a aplicação da segunda dose (SILVA et al., 2010).
Sabe-se que
ovelhas Suffolk exibem maior estacionalidade reprodutiva quando
comparadas às
raças deslanadas como a Santa Inês (SASA et al., 2002).
Comparando
estatisticamente
as duas fazendas, observou-se que o protocolo de curta duração
demonstrou menor
sincronia na manifestação de estro. A porcentagem de fêmeas em estro
até 72 h
após a retirada do implante foi menor (p<0,05) no grupo de curta
duração
(19%) quando comparado aos grupos de longa duração, 80% (14 dias) e 61%
(nove
dias). TAKADA et al. (2009) também observaram antecipação na
manifestação de
cio e momento da ovulação além de maior
sincronia, usando o protocolo de 12 dias, pois, nos grupos com
protocolos de
curta duração (4 dias), o início do estro foi mais disperso, entre 40 a
70 h,
enquanto no de longa duração foi de 36 a 50 h. O experimento na Fazenda
2 foi
realizado na mesma época do experimento 1, mas com grupo genético
diferente
(Suffolk).
Alguns
autores já apontaram
que os protocolos usados para IATF apresentam resultados variáveis, bem
como
inconsistentes de região para região (HUSEIN & HADDAD, 2006; LUTHER
et al.,
2007). Isso pode ser justificado pelos inúmeros fatores que influenciam
essa
biotécnica, tais como: nível nutricional (MORI et al., 2006), tipo de
inseminação (RABASSA et al., 2007), estação do ano (UNGERFELD
et al., 2005), latitude (SASA et al., 2002), raça
(SANTOS et al., 2011) e tipo de progestágeno (ROMANO, 2004).
No
presente estudo, o
tratamento por 14 dias resultou em maior concentração na manifestação
do estro,
porém a redução do uso do progestágeno é bem-vinda para antecipar a
concepção,
permitir maior uso dos implantes vaginais e, dessa forma, viabilizar os
custos.
Uma
alternativa ao uso de hormônios
é o efeito macho, ou seja, a introdução de carneiros num lote de
ovelhas
previamente isoladas dos machos, antes do início do período normal da
época
reprodutiva (CUSHWA et al.,
1992). O efeito macho pode ser usado para manipular a reprodução, ao
tornar a
puberdade mais precoce ou avançar a estação reprodutiva e fornecer
algum grau
de sincronização do estro na fase tardia do anestro sazonal (MARTIN et al., 1986). No presente estudo, a
taxa de ocorrência de estro foi significativamente menor (11%) no grupo
G-EM
quando comparada aos protocolos hormonais. Em ovelhas em anestro, o
efeito
macho estimula a ovulação; contudo, essa primeira ovulação não é
acompanhada de
manifestação de estro (UNGERFELD et
al., 2005). A baixa manifestação de estro observada nesse grupo
é
resultante do curto período de observação (cinco dias). Segundo MARTIN
et al.
(1983), ovelhas em anestro, não tratadas com progesterona, exibem
aumento na
concentração plasmática de LH de 0,68 ng/mL para 4,49 ng/mL após 20
minutos de
exposição ao macho, sendo que a primeira ovulação ocorre 2 a 4 dias
após o
início do contato. Na maioria das ovelhas, o primeiro corpo lúteo
regride
prematuramente e a segunda ovulação é observada aproximadamente seis
dias após
a primeira, porém a manifestação de estro, em alguns animais, só irá
ocorrer na
terceira ovulação, ou seja, após 17 dias da exposição ao macho (MARTIN
&
SCARAMUZZI, 1983). Por outro lado, quando as ovelhas são tratadas
previamente
com progestágeno, ocorre estro acompanhado de ovulação após introdução
do macho (UNGERFELD et al., 2005).
A
duração do tratamento com
progestágeno por seis, nove ou 14 dias não afeta a porcentagem de
manifestação
de estro em ovelhas. Entretanto, os protocolos de nove e 14 dias exibem
maior
sincronia.
O
uso de luteolítico em ovelhas no período de
transição do anestro para a estação reprodutiva, sem o uso concomitante
de
progestágeno, resulta em baixa porcentagem de manifestação de estro.
A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da
instituição de origem, protocolada sob o no 081/07.
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