O experimento foi desenvolvido no
Setor de Ovinocultura pertencente à Fazenda Maria Paz, localizada no
município de São José de Espinharas, PB, e no Laboratório de Nutrição
Animal (LANA) do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade
Federal de Campina Grande. Avaliou-se o efeito da suplementação em
creep feeding com leite bovino enriquecido com Spirulina platensis
(espirulina) e concentrado no desempenho de cordeiros da raça Santa
Inês, mediante o consumo de matéria seca (CMS), consumo de proteína
bruta (CPB), peso corporal (PC), ganho de peso médio diário (GPMD), e
estimou-se o período da fase de aleitamento mais adequada para a
utilização da espirulina. Distribuíram-se trinta cordeiros em um
delineamento em blocos ao acaso, testando três níveis de espirulina nas
parcelas principais, com parcelas subdivididas no tempo. Não houve
efeito de interação do nível de espirulina administrado e os períodos
consecutivos, e o efeito dos períodos no consumo foi independente, com
o consumo aumentando em função da idade dos animais. Quanto ao peso no
final de cada período e ganho de peso médio diário, houve efeito de
interação do nível de espirulina e os períodos estudados. O nível de
espirulina teve efeito no GPMD apenas dentro dos primeiros quinze dias,
com maior ganho para o nível de 10 g de espirulina (300 g) em relação à
testemunha (205 g). O peso corporal final foi maior para o tratamento
com 10 g de espirulina em todos os períodos estudados (12,0; 17,02;
19,71 e 25,30kg). A diluição de Spirulina platensis
no leite bovino se mostrou eficiente no desempenho diário de cordeiros
quando utilizada na concentração de 10 g diárias e no período entre
quinze e trinta dias de idade.
PALAVRAS-CHAVES: Alimentação, epirulina, leite, ovinos.
The experiment was carried out in
Maria Paz Ranch/Sheep Production Department, in São José de Espinharas,
PB. Analyses were performed in the Laboratory of Animal
Nutrition/Centro de Saúde e Tecnologia Rural/Universidade Federal de
Campina Grande. The objectives of this study were to evaluate the
effect of the supplementation with cow milk enriched with Spirulina
platensis (Sp) on lamb performance submitted to creep feeding, and
determine the most adequate period to suplemet nursing lambs with Spirulina platensis.
Data on dry matter (DMC) and crude protein (CPC) consumptions, body
weight (BW), and mean daily body weight gain (MDBWG) were colleted. The
three levels of Spirulina supplementation were assigned to 30 lambs
(plots) according to a randomized block (lamb weight) design with 10
replications. Data were collected in four consecutive periods,
characterizing a split plot in time. DM and CP consumptions were not
affected by spirulina level x period interaction, and increased with
periods (animal age). BW and MDBWG were affected by the spirulina level
x period interaction. Spirulina levels affected MDBWG only from day 0
to day 15, when the MDBWG (300g) was higher at level 10g than at level
zero of Spirulina that resulted in 205g in MDBWG. Live body weight at
the end of each period was also higher when the lambs were supplemented
with 10 g of Spirulina (12.00 17.02, 19.71 and 25.30kg, respectively,
for the four consecutive periods). The dilution of Spirulina platensis
in cow milk showed to be efficient on the daily performance of lambs
when utilized in concentration of 10g/day and from period 15 to 30 days
of age.
KEYWORDS: Feed, milk, sheep, Spirulina platensis.
A importância dos ovinos como fonte
de alimentos proteicos para regiões em desenvolvimento tem sido
enfatizada ao longo das últimas décadas. A produção de carne representa
hoje uma atividade socioeconômica em crescimento que vem se firmando,
cada vez mais, como alternativa para pequena e média propriedade rural,
considerando a sua exploração utilizando a mão de obra familiar e
instalações simples e de baixo custo.
A demanda pela carne ovina concentra-se em cordeiros com peso de 28 kg
ao abate, o que tem sido adotado como o mais adequado para o atual
mercado consumidor brasileiro, segundo diversos autores (SILVA &
PIRES, 2000; NERES
et al.,
2001). A exploração dessa categoria se explica pelo fato de ser a que
fornece carne de melhor qualidade e apresenta os maiores rendimentos de
carcaça e eficiência de produção, em consequência de sua alta
velocidade de crescimento (BUENO
et al., 2000).
A introdução de raças de corte precoces e o uso de estratégias de
suplementação alimentar são recursos frequentemente recomendados pelos
técnicos, na busca pela diminuição da idade ao abate, pela melhoria da
qualidade de carcaça e, consequentemente, por melhores resultados
econômicos, opondo-se aos sistemas tradicionais de terminação a pasto
(MACEDO
et al., 2000; SIQUEIRA & FERNANDES, 2000).
O aleitamento artificial é um tipo de manejo que permite a separação do
cordeiro de sua mãe logo após o nascimento e pode ser utilizado para
diferentes fins, tendo como vantagens o controle das mamadas e o
retorno mais rápido da ovelha à vida reprodutiva (CHURCH, 1993). Outra
estratégia comumente utilizada é o creep feeding, cujo objetivo é
viabilizar a disponibilidade de concentrado aos cordeiros. A utilização
de comedouros seletivos (creep feeding) é uma valiosa ferramenta para
obtenção de bons resultados zootécnicos e econômicos, permitindo o
abate precoce dos animais com maior taxa de desfrute do rebanho ovino
nacional (NERES
et al., 2001).
É comum a busca de fontes de nutrientes que completem as exigências
desses animais, principalmente na fase de crescimento, em que a
exigência é ainda maior, como a utilização de probióticos, suplementos
vitamínicos (A, D, E) sintéticos, entre outros. Porém, nem sempre essa
prática de manejo é satisfatória, já que se trata de uma fonte não
natural, além de encarecer a produção. Diante da inovação tecnológica,
tem se buscado meios naturais para as produções, tornando os produtos
essencialmente orgânicos mais requisitados no mercado.
Em países como o México, Estados Unidos e Japão, a
Spirulina platensis,
uma cianobactéria filamentosa que habita meios como solos, pântanos,
lagos alcalinos e águas salobras, marinhas e doces e que, por
intermédio de fotossíntese, converte os nutrientes em matéria celular e
libera oxigênio, tem sido usada na alimentação humana, pela sua alta
composição vitamínico-mineral, não sendo comum sua utilização na
produção animal (TESKE & TRENTINI, 2001).
O teor de proteína da espirulina oscila entre 50% e 70% de sua matéria
seca. Levando em consideração o fator qualitativo, a proteína da
espirulina é completa, pois contém todos os aminoácidos essenciais e
não essenciais. Embora dez gramas de espirulina (10S) representem
apenas 6 g de proteína, na fase 0–quinze dias estes seis gramas
representam cerca de 12 % da proteína ingerida. Alguns trabalhos
verificaram maior ganho de peso quando se aumenta o CPB na ração
(MUWALA
et al., 1998; TITI
et al.,
2000). Outra característica importante é que a espirulina é facilmente
digerida, pois sua parede celular é composta de mucopolissacarídeos,
açúcares simples e proteínas, o que a diferencia de outras algas que
possuem celulose. Essas características reforçam a maior eficiência de
utilização dos cordeiros na fase inicial de vida dos animais, quando
seu organismo funciona como um não ruminante.
Para MULLER
et al.
(2002), no estabelecimento da ovinocultura de corte é necessário
introduzir animais eficientes no sistema de produção, os quais devem
ser portadores de características desejáveis para a obtenção de
carcaças de qualidade superior, de acordo com as exigências de mercado,
a fim de que se estabeleça o hábito de consumo. O acabamento em
confinamento deve ser iniciado quando os animais atingem peso corporal
mínimo de 15 kg, com a duração de 56 a 70 dias, e dentre as raças
ovinas predominantes no Nordeste, a raça Santa Inês é a que obtém os
melhores ganhos de peso em confinamento, podendo ganhar 267g por dia
(ALMEIDA Jr.
et al., 2004; FURUSHO-GARCIA
et al., 2004).
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação da dieta de cordeiros Santa Inês confinados enriquecida com
Spirulina platensis.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi desenvolvido no setor de ovinocaprinocultura,
pertencente à Fazenda Maria Paz, localizada no município de São José de
Espinharas, PB, e as análises químicas dos alimentos realizadas no
Laboratório de Nutrição Animal do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da
Universidade Federal de Campina Grande. Utilizaram-se trinta cordeiros
puros da raça Santa Inês, filhos de mesmo pai e oriundos de um programa
de inseminação artificial e transferência de embriões, com peso médio
inicial de 6,9 ± 0,8 kg e idade média inicial de 17 ± 4 dias. Adotou-se
delineamento em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas no tempo,
que consistiu na administração diária de espirulina (oriunda da Fazenda
Tamanduá, município de Santa Terezinha, PB) em três concentrações (0, 5
e 10 g), em quatro períodos consecutivos (0-15, 15-30, 30-45 e 45-60
dias). A duração do período experimental foi de oito semanas, com um
período pré-experimental de oito dias para adaptação dos animais às
dietas e às instalações. Nesse período os animais foram vacinados e
everminados. Procedeu-se à avaliação do desenvolvimento dos animais por
meio de pesagens realizadas em intervalos de quinze dias, após jejum
prévio de doze horas, antes do fornecimento da ração, às 7 h.
A dieta dos animais foi composta de leite materno, aleitamento
artificial enriquecido ou não com espirulina, concentrado e feno de
Tifton. A composição química dos ingredientes utilizados na dieta dos
animais está apresentada na
Tabela 1.
O concentrado, à base de milho (62%), farelo de soja (33%), fosfato
bicálcico (1,8%), calcário calcítico (2,2%) e núcleo mineral (1,0%),
foi ajustado de modo a atender às recomendações do ARC (1980) para
ganho médio diário de 250g/dia. Apenas após o trigésimo dia de
experimento foi disponibilizado feno de Tifton,
ad libitum,
para os animais. A alimentação era fornecida à vontade, duas vezes ao
dia, prevendo-se uma sobra de 30%. Amostras de espirulina, concentrado,
feno e leite foram colhidas e posteriormente encaminhadas ao
Laboratório de Nutrição Animal (LANA) para análises segundo metodologia
descrita por SILVA & QUEIROZ (2002), objetivando a determinação dos
teores de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, cálcio e
fósforo. Durante a fase experimental, os animais permaneceram por todo
o dia em baias coletivas com piso de terra batida, cobertas com telhas
de cerâmica, dotadas de comedouros e bebedouros coletivos. Nesse
período, os animais recebiam aleitamento artificial (leite bovino in
natura ou enriquecido com espirulina), em duas mamadas por dia, através
do qual foi administrada a espirulina, além de mistura concentrada e
feno à vontade. Ao entardecer, os cordeiros tinham acesso ao curral das
mães, que possuía as mesmas características das baias, e pernoitavam em
um sistema de creep-feeding, onde tinham acesso à mistura de
concentrado.
Avaliaram-se as seguintes variáveis: CMS, correspondendo ao consumo
médio de matéria seca (concentrado + feno); CMSL, ao consumo médio de
matéria seca do leite (leite de vaca enriquecido ou não); CPB, ao
consumo médio de proteína bruta (concentrado + feno); e CPBL, ao
consumo médio de proteína bruta do leite (leite de vaca enriquecido ou
não). Efetuou-se diariamente o controle da ingestão das dietas
experimentais. O ganho de peso médio diário GPMD (g/dia) foi calculado
mediante pesagens dos animais a cada quinze dias.
As variáveis foram submetidas à análise de variância por meio do
procedimento PROC GLM (General Linear Models) do SAS (1999) e os
contrastes entre médias pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
probabilidade, através do seguinte modelo estatístico: Y
ijk = µ + s
i + b
j + (sb)
ij + s’
k + ss’
ik + e
ijk, em que: Y
ijk
são os valores observados de cada variável no nível i de
concentração de espirulina e o nível j de período de administração, na
repetição k (k=1, 2, 3, 4, 5,6); µ a média geral; s
i o efeito do nível i de concentração de espirulina (i = 0, 5 e 10g); b
j o efeito do nível j do período (j = ); (sb)
ij o efeito da interação dos fatores espirulina e período de administração; s’
k o efeito do nível de tratamento; ss’
ik o efeito da interação; (ij)
k
o erro experimental. Para corrigir possível efeito do peso inicial dos
animais sobre as variáveis analisadas nos tratamentos, empregou-se como
covariância o peso inicial dos animais, objetivando redução do erro
residual.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados obtidos no experimento relacionado ao consumo alimentar (g/dia) dos animais em função dos períodos estão expressos na
Tabela 2. Não houve efeito de interação entre os níveis de espirulina na dieta dos animais e os períodos de administração estudados.
Em análise dos fatores principais, observou-se que não houve efeito dos
níveis de espirulina na ingestão média diária dos nutrientes, seja na
forma sólida ou líquida (P >0,05). O consumo médio diário estimado
de MS (CMS +CMSL) e PB (CPB + CPBL) observado nos respectivos períodos
foi de: (0-15), 169 e 47,4 g; (15-30), 267,4 e 59,1 g; (30-45), 625,7 e
112 g; (45-60 dias), 944,8 e 148,7 g. No presente experimento, na
primeira semana de vida, os cordeiros dependeram exclusivamente do
leite das ovelhas. Este fato é importante, pois nessa idade ocorre a
ingestão de colostro, que é fundamental para o sistema imunológico do
animal. Após esse período, a suplementação, primeiramente com
concentrado de alta digestibilidade e a partir do trigésimo dia com
volumosos de boa qualidade, estimulou o desenvolvimento precoce do
rumem e aumentou a taxa de crescimento dos animais. Os dados relativos
ao peso vivo (PV) e ao ganho de peso médio diário (GPMD) dos animais
estão apresentados na
Tabela 3.
Pode-se observar que os efeitos dos níveis de espirulina na dieta não
foram independentes, havendo interação com o período administrado.
Em análise do efeito dos níveis de espirulina dentro dos períodos
estudados, observa-se que apenas no período de 0 a 15 dias
experimentais o aumento do nível de espirulina na dieta dos animais
proporcionou maior ganho de peso em relação à testemunha. Contudo, em
relação ao PV o tratamento com 10gS proporcionou maior peso em todos os
períodos analisados, diante da testemunha, e esta não diferiu quanto ao
PV do tratamento com 5gS (P<0,05).
A diferença no GPMD dos cordeiros apenas no período de zero a quinze
dias provavelmente tenha ocorrido em virtude de os animais, nesta fase
inicial de aleitamento, apresentarem maior eficiência no aproveitamento
dos nutrientes contidos no leite (SILVA SOBRINHO, 1997). Quanto ao
maior PV dos animais cujo tratamento foi com 10gS, em relação à
testemunha, em todos os períodos, isso provavelmente se deve ao efeito
acumulativo dos GPMD, que, embora não significativo nos períodos
subsequentes aos de zero e quinze, apresentaram significância ao nível
(P < 0,13). Sabe-se que a espirulina é considerada um dos alimentos
naturais que possui o maior conteúdo de proteínas da natureza, com
todos os aminoácidos essenciais, sendo fundamental para a produção de
certas substâncias que atuam como fatores de crescimento (BABU, 1995).
No período de zero e trinta dias de experimento, não foi observada
diferença significativa (P>0,05) entre os grupos para o GPMD. Porém
houve diferença estatística significativa (P<0,05) entre os grupos
que consumiam espirulina (5gS e 10gS) e os que consumiam apenas leite
de vaca (0gS) para o PV dos cordeiros. Aos 45 dias, a suplementação de
espirulina não proporcionou diferença significativa (P>0,05) entre
os grupos experimentais para o GPMD. MULLER
et al.
(2006) não observaram diferença significativa (P>0,05) para ganho
médio diário do nascimento ao desmame, ganho médio diário do desmame ao
abate de cordeiros em confinamento. Entretanto o PV dos animais
suplementados com 10 g diferiu estatisticamente dos demais grupos (0gS
e 5gS) tanto aos 45 dias como também ao final do experimento. PIRES
et al.
(2000) observaram, em cordeiros Texel confinados e desmamados aos 45
dias, peso ao desmame de 19,94 kg, valor semelhante ao grupo 10gS do
presente estudo. Entretanto, esses valores são superiores ao observado
por MOTTA (2000), que verificou para cordeiros da raça Texel em
confinamento, desmamados aos 45 e 60 dias e com acesso ao
creep-feeding, peso ao desmame de 13,39 e 15,58 kg, respectivamente.
No período de 45 dias observa-se uma redução do GPMD de todos os
grupos. Isto se explica por coincidir com o período em que a ovelha tem
uma queda brusca na produção de leite, sendo considerada a idade ideal
para o desmame (SILVA SOBRINHO, 1997). SILVA
et al.
(2002), avaliando a contribuição do leite no crescimento de cordeiros
suplementados em creep-feeding comparados aos cordeiros não
suplementados, concluíram que a contribuição do leite no ganho de peso
dos cordeiros foi fundamental até o pico de lactação das ovelhas (três
a quatro semanas) e destacaram o papel da suplementação alimentar,
principalmente, após o primeiro mês de vida dos cordeiros. A
alimentação balanceada na época do aleitamento aumenta o ritmo de
crescimento, reduz a mortalidade e evita restrições na produção futura
do animal (SILVA SOBRINHO, 1997). Outro fator importante para promover
redução no ganho de peso foi a introdução do feno de Tifton,
provocando, assim, uma mudança na alimentação dos animais. A época do
desmame influencia no desempenho precoce do animal e, com o passar da
idade, as taxas de ganhos diários de peso vivo serão menores, pois
maior é o estresse sofrido pelos cordeiros no desmame (SILVA SOBRINHO,
1997).
Não houve diferença significativa (P>0,05) no GPMD dos animais ao
final deste experimento. O maior GPMD foi obtido pelo grupo 10S (350g),
superando os valores obtidos por MULLER
et al.
(2006), em um sistema de criação de cordeiros para abate superprecoce,
em que os animais apresentaram ganhos de peso de 280 g diários. Esses
autores relataram que, para a produção de animais superprecoces, o
ganho de peso individual em confinamento deve ser ao redor de 200 a 300
g/dia, para que os animais cheguem rapidamente ao peso de abate. Os
valores obtidos neste experimento também foram semelhantes aos
encontrados por SANTOS (2000), ALMEIDA JÚNIOR
et al. (2004) e FURUSHO-GARCIA
et al.
(2004), com ganhos de peso respectivos de 261, 291, 396g/dia,
trabalhando com o fornecimento de dietas para cordeiros Santa Inês em
confinamento para abate precoce.
CONCLUSÃO
Os dados de desempenho do presente experimento mostram que a diluição
de Spirulina platensis no leite bovino se mostrou eficiente no
melhoramento do desempenho de cordeiros quando usada na concentração de
10 g diárias e que os primeiros trinta dias de vida parecem constituir
o melhor intervalo para sua utilização, quando o rúmen ainda não está
totalmente desenvolvido e o funcionamento do organismo assemelha-se a
um não ruminante.
AGRADECIMENTOS
Aos proprietários das Fazendas Tamanduá e Maria Paz, pelos serviços prestados.
REFERÊNCIAS
AGRICULTURAL
RESEARCH COUNCIL. ARC. The nutrient requirements of farm livestock.
London, 1980. 351 p.
ALMEIDA
JÚNIOR, G. A.; COSTA, C.; MONTEIRO, A. L. G.; GARCIA, C. A.; MUNARI, D. P.;
NERES, M. A. Desempenho, características de carcaça e resultado econômico de
cordeiros criados em creep feeding com silagem de grãos úmidos de milho.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 33, n. 4, p. 1048-1059, 2004.
BABU M.
Evaluation of chemoprevention of oral cancer with Spirulina fusiformis. Nutrition
Cancer, v. 24, p. 197-202, 1995
BUENO,
M. S.; CUNHA, E. D.; SANTOS, L. E.; RODA, D. S; LEINZ, F. F. Características
de carcaça de cordeiros Suffolk abatidos em diferentes idades. Revista
Brasileira de Zootecnia, v. 29, n. 6, p. 1803-1810, 2000.
CHURCH,
D. C. El rumiante fisiológia digestiva y nutrición.
Zaragoza: Acribia, 1993. 641 p.
FURUSHO-GARCIA,
I. F.; PEREZ, J. R. O; BONAGURIO, S.; ASSIS, R. M.; PEDREIRA, B. C.; SOUZA, X.
R. Desempenho de cordeiros Santa Inês puros e cruzas de Santa Inês com Texell,
Ille de France e Bergamácea. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 33, n.
6, p. 1591-1603, 2004.
MACEDO,
F. A. F.; SIQUEIRA, E. R.; MARTINS, E. N.; MACEDO, R. M. G. Qualidade de
carcaças de cordeiros Corriedale, Bergamácia x Corriedale e Hampshire Down x
Corriedale, terminados em pastagem e confinamento. Revista Brasileira de
Zootecnia, v. 29, n. 5, p. 1520-1527, 2000.
MOTTA,
O. S. Ganho de peso, características da carcaça de cordeiros(a) em
diferentes métodos de alimentação, pesos de abate e produção de leite das
ovelhas. Santa Maria, 2000. 76 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) –
Universidade Federal de Santa Maria, 2000.
MÜLLER,
L.; PIRES, C. C.; TONETTO, C. J.; VOLLENHAUPT, L. S.; MEDEIROS, S. L. P. Efeito do desmame
precoce em cordeiros cruzas Ile de France x Texel no desempenho e nas
características da carcaça. Revista Ciência Agronômica, v. 37, n. 2, p. 241-245, 2006.
MUWALA,
M. M.; HARB, M. Y.; CROSBY, T. F. Effects of lasloeid and protein levels
on the performance of Awassi lambs. Small Ruminant Research, v. 28, p.
15-22, 1998.
NERES,
M. A.; GARCIA, C. A.; MONTEIRO, A. L. G.; COSTA, C.; SILVEIRA, A. C.; ROSA, G.
J. M. Níveis de feno de alfafa e forma física da ração no desempenho de
cordeiros em creep feeding. Revista Brasileira de Zootecnia, v.
30, n. 3, p. 941-947, 2001.
PIRES,
C. C.; SILVA, L. F.; SCHLICK, F. E.; GUERRA, D. P.; BISCAINO, G.; CARNEIRO, R.
M. Cria e terminação de cordeiros confinados. Ciência Rural, v. 30, n.
5, p. 875-880, 2000.
SANTOS,
Y. C. C. Composição corporal e exigências nutricionais de energia e proteína
de cordeiros Bergamácia dos 35 aos 45 kg de peso vivo. 2000. 63 f. Tese
(Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000.
SILVA
SOBRINHO, A. G. Criação de ovinos. Jaboticabal: FUNEP, 1997. 230 p.
SILVA,
D. J.; QUEIROZ, A. C. Análise de alimentos: métodos químicos e
biológicos. 3. ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2002. 235 p.
SILVA,
J. J.; COSTA, C.; MONTEIRO, A. L. G.; GARCIA,
C. A.; CROCCIS, A. J. Contribuição do leite de ovelhas Suffolk no desempenho
dos cordeiros, em dois sistemas de produção. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 39., 2002, Recife. Anais... Recife: Sociedade
Brasileira de Zootecnia/ Technomedia, [2002]. CD-ROM. Manejo e Reprodução.
03sbz0190. pdf.
SILVA,
L. F.; PIRES, C. C. Avaliações quantitativas e predição das proporções de osso,
músculo e gordura da carcaça em ovinos. Revista Brasileira de Zootecnia,
v. 29, n. 4, p. 1253-1260, 2000.
SIQUEIRA,
E. R.; FERNANDES, S. Efeito do genótipo sobre as medidas objetivas e subjetivas
da carcaça de cordeiros terminados em confinamento. Revista Brasileira de
Zootecnia, v. 29, n. 1, p. 306-311, 2000.
STATYSTICAL
ANALYSIS SYSTEMS. SAS. User’s Guide: North Caroline: SAS Institute. INC,
Cary, 1999.
TESKE,
M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium: compêdio de ficoterapia. Curitiba:
Herbarium, 2001. 317 p.
TITI,
H. H.; TABBAA, M. J.; AMASHEH, M. G.; BARAKEH, F.; DAQAMSEH, B. Comparative
performance of Awassi lambs and Black goats kids on different, crude protein
levels in Jordan. Small Ruminant Research, v. 37, p. 131-135, 2000.
Protocolado
em: 5 maio 2007. Aceito em: 9 fev.
2010.