Este trabalho teve como objetivo
analisar a qualidade do leite informal comercializado no município de
Mossoró, RN, através de análises físico-químicas e pesquisa de fraudes.
Durante os meses de março e abril de 2006 coletaram-se amostras de
leite in natura comercializado em quatro bairros do município de
Mossoró. As coletas foram realizadas semanalmente, totalizando 32
amostras. Estas passaram por análises físico-químicas (densidade,
gordura, extrato seco total, extrato seco desengordurado, acidez em
graus Dornic, alizarol e crioscopia) e pesquisa de fraudes, tais como:
adição de água, de conservantes (peróxido de hidrogênio, soda caústica,
bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio) e reconstituintes
(sacarose, amido, cloreto). Do total de amostras analisadas, 50% foram
reprovadas nas análises físico-químicas em no mínimo uma das provas,
por estarem em desacordo com a legislação vigente. O percentual de
amostras em desacordo em relação à crioscopia foi de 50%, seguida do
ESD (40,6%), EST (21,9%), densidade (18,8%) e acidez (6,2%). Todas as
amostras foram negativas para a prova do alizarol. Das análises de
fraudes realizadas, a única observada no leite foi a adição de água. A
maioria do leite apresentou irregularidades, estando imprópria para
comercialização.
Palavras-chaves: Análises físico-químicas, fraudes, leite informal.
The objective of this work was to
analyze the quality of informal milk commercialized in the city of
Mossoró, RN, by means of physical-chemical analysis and research of
fraud. Samples of raw milk commercialized in four neighborhoods of
Mossoró were collected during the months of March and April of 2006.
The collection took place weekly, totaling 32 samples. The samples went
through physical-chemical analysis (density, fat content, total dry
extract, solids-non-fat, grade of Dornic acidity, proof of alcohol and
freezing point) and research of frauds, such as: addition of water, of
conservatives ( hydrogen peroxide, caustic soda, sodium
bicarbonate, potassium bicarbonate) and restorative (sucrose,
starch, chloride). From all the analyzed samples, 50% failed at least
one of the physical-chemical tests, by not meeting the standards of
current legislation. 50% of the samples did not meet the freezing point
standard, followed by ESD (40.6%), EST (21.9%), density (18.8%) and
acidity (6.2%). None of the samples met the standard of alcohol proof.
From the fraud analysis the addition of water was are only one
found. Most of the milk showed irregularities being unfit for
marketing.
Keywords: Frauds, informal milk, physiochemical analyses.
Entende-se por leite, sem outra
especificação, o produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta em
condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas
(BRASIL, 1997). Segundo a FAO (2005), o Brasil é o sétimo produtor
mundial de leite, representando 4,4% da produção mundial, perdendo
apenas para os Estados Unidos, Índia, Rússia, Alemanha, França e China.
No Brasil ainda é comum o comércio do “leite informal” também chamado de “leite clandestino”. De acordo com Nero et al.
(2003), o hábito de consumir leite cru, ou informal, por uma parcela
considerável da população, está diretamente relacionado com conceitos
previamente formados de que este produto possui boa qualidade, além de
desconhecimento dos riscos que esse produto pode oferecer.
O comércio de leite cru é proibido no Brasil desde a década de 1950
pela Lei n.o 1.283, de 18/12/1950, e pelo Decreto n° 30.691, de
29/03/1952 (BRASIL, 1997). Entretanto, a comercialização de leite
clandestino no Brasil teve grande crescimento a partir do início da
década de 1990 uma vez que, durante esse período, a cadeia produtiva do
leite passou por um profundo processo de transformação, tanto em termos
estruturais como operacionais, exigindo diversos ajustes e adaptações
para se aproximar do nível de qualidade, volume e regularidade que o
varejo e as empresas laticinistas passaram a demandar (OLIVAL &
SPEXOTO, 2004).
O comércio informal de leite é uma grande ameaça à saúde pública visto
que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), dezesseis
doenças bacterianas e sete viróticas são veiculadas pelo produto,
dentre elas a tuberculose, a brucelose e gastroenterites, sendo esta
uma grave consequência da baixa qualidade do leite proveniente do
mercado informal (BADINI et al., 1997).
Além da grande importância da qualidade do leite na disseminação de
doenças ao homem e também aos animais, é fundamental avaliar as
características físico-químicas do produto, para considerar a
possibilidade da ocorrência de fraudes econômicas, estabelecer base
para pagamento e verificar o seu estado de conservação (AGNESE et al., 2002).
A composição do leite é determinante para o estabelecimento da sua
qualidade nutricional e aptidão para processamento e consumo humano
(PEREIRA et al., 2001).
Entende-se por falsificação a adição ou subtração parcial ou total de
qualquer substância na composição de um produto (BEHMER, 1987). De
acordo com o RIISPOA, considera-se fraudado, adulterado ou falsificado
o leite que: 1) for adicionado de água; 2) tiver sofrido subtração de
qualquer dos seus componentes, exceto a gordura nos tipos “C” e
“magro”; 3) for adicionado de substâncias conservadoras ou quaisquer
elementos estranhos à sua composição; 4) for de um tipo e se apresentar
rotulado como de outro de categoria superior; 5) estiver cru e for
vendido como pasteurizado; 6) for exposto ao consumo sem as devidas
garantias de inviolabilidade (BRASIL, 1997).
Dessa forma, este trabalho teve como objetivo analisar a qualidade do
leite informal comercializado no município de Mossoró, RN, nos meses de
março e abril de 2006, através de análises físico-químicas e pesquisa
de fraudes.
O “leite informal” comercializado no
município é transportado em latões por motocicletas ou caminhões. A
distribuição é diária e o produto é vendido a granel diretamente ao
consumidor.
Durante dois meses (março e abril de 2006), coletaram-se amostras
de leite in natura comercializado em quatro bairros do município de
Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte. As coletas foram
realizadas semanalmente, totalizando 32 análises. Cada amostra era
constituída por 500 mL de leite. As amostras foram conseguidas de
fornecedores diferentes, todos distribuidores regulares do produto em
vários bairros da cidade. Após a coleta, as amostras eram transportadas
em recipientes isotérmicos com gelo até a ILMOL (Indústria de Laticínio
de Mossoró Ltda.), onde se realizaram pesquisa de fraudes e análises
físico-químicas.
Nas análises físico-químicas, avaliou-se a densidade, sendo que, para
cada amostra de leite analisada, mergulhava-se o termolactodensímetro
em uma proveta de 250 mL, contendo aproximadamente 200 mL de leite, com
leitura da temperatura e densidade realizadas na escala do
termolactodensímetro. Em seguida, procedia-se à conversão a 15ºC,
através da tabela de correção. Para análise da gordura, empregou-se o
método de Gerber. Fizeram-se a separação e a quantificação da gordura
por meio de tratamento com 10 mL ácido sulfúrico (d20= 1.825
g/L), para cada amostra, 11 mL do leite analisado e 1,0 mL de
álcool isoamílico (d20= 811 g/L), sendo colocados em butirômetro na
ordem descrita. Levado à centrífuga por cinco minutos, fez-se a leitura
na escala do próprio butirômetro. Para detecção da acidez, utilizou-se
o método da titulação com hidróxido de sódio 0,111 (1/9 mol/L) e como
indicador a fenoftaleína a 1% (m/v) (PEREIRA
et al., 2001). O extrato seco total (EST) foi obtido através da seguinte fórmula:
em que G é a gordura e Dc a densidade corrigida a 15°C. Com o valor do
EST e da gordura substituiu-se na fórmula ESD = EST – G e pôde-se obter
o valor do extrato seco desengordurado (ESD) (BEHMER, 1987). O leite
foi avaliado com solução de alizarol a 72% (v/v) na mesma proporção de
alizarol e leite, para verificação de sua acidez. Observou-se o ponto
de congelamento do leite por meio do crioscópio eletrônico digital ITR
MK – 540.
Para verificação de fraudes, o leite foi avaliado quanto à presença de
água, pela interpretação dos valores obtidos na crioscopia e
densidade. A densidade fica reduzida e a crioscopia mais alta, de
modo que o valor se aproxima do ponto de congelamento da água (SANTOS
& FONSECA, 2007).
Para detecção de conservantes do leite, inicialmente verificou-se se haveria presença do peróxido de hidrogênio (H
2O
2),
sendo colocados em tubos de ensaios 2,0 mL de leite e algumas gotas de
iodeto de potássio a 10%. O resultado positivo era diagnosticado pela
mudança de coloração (MACIEL & CAPELETO, 2006). Para verificar se
havia soda cáustica, colocaram-se no tubo de ensaio 2,0 mL de leite e
algumas gotas de solução de alizarina a 2%. A cor violeta indicava
resultado positivo e rósea-tijolo resultado negativo (BEHMER, 1987).
Para a detecção do bicarbonato de sódio, adicionaram-se 2,0 mL de
leite, 2,0 mL de álcool etílico a 96° e duas gotas de ácido rosólico
0,2%. Quanto ao resultado, cor alaranjada era negativa e a vermelha era
positiva (BRASIL, 1981).
A avaliação da presença dos reconstituintes no leite foi realizada para
cloretos (sal), adicionando-se 2,0 mL de leite, dois mL de cromato
potássico a 5% e 2,0 mL de nitrato de prata a 10% em tubo de ensaio. Na
leitura do teste, a cor tijolo apresentava resultado negativo e a cor
amarela-ovo, positiva (PEREIRA
et al.,
2001). Para detecção da sacarose (açúcares), colocaram-se no tubo de
ensaio dois mL de leite e 0,5 mL de ácido clorídrico p.a, incubando-se
em banho-maria fervente por um minuto. A leitura foi realizada quando a
amostra atingiu a temperatura ambiente, sendo positiva a amostra que
ficasse com a cor caramelo (MACIEL & CAPELETO, 2006). E para
avaliação da presença de amido, foram submetidos à fervura 5,0 mL de
cada amostra de leite, sendo em seguida resfriados e então adicionadas
cinco gotas de lugol. Na interpretação do teste, azul indicava leite
fraudado com amido e a cor amarela, negativo (PEREIRA
et al., 2001).
A detecção da fosfatase foi realizada com o kit Alkaline phosphatase SS
IFCC 37°C (Cap Lab Indústria e Comércio Ltda. Kit Alkaline Phosphatase
SS IFCC 37°C). Procedeu-se conforme recomendações do fabricante.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Do total de amostras analisadas, 50% foram reprovadas nas análises
físico-químicas em no mínimo uma das provas, por estarem em desacordo
com a legislação vigente. O percentual de amostras em desacordo em
relação à crioscopia foi o maior, com 50%, seguida do ESD (40,6%), EST
(21,9%), densidade (18,8%) e acidez (6,2%).
Acerca dos resultados obtidos neste trabalho sobre as análises físico-químicas do leite cru (
Quadro 1),
observou-se que a média da densidade variou de 1028,3 a 1031,3 a 15°C,
estando dentro dos limites estabelecidos pela legislação (BRASIL,
2002).Esse resultado é semelhante aos relatados por FERREIRA
et al.
(2003), que pesquisando o “leite informal” consumido em Sobral, CE,
verificaram que todas as médias da densidade estavam de acordo com as
normas aceitas pela legislação.
Há causas de variações normais da densidade que não afetam a qualidade,
como a composição do leite em relação ao teor de gordura, o valor
proteico e a sua temperatura no momento da determinação. Dentre as
causas anormais de variação da densidade, pode-se destacar a adição de
água, que leva a uma diminuição na densidade do leite. Já o desnate e a
adição de amido fazem a densidade aumentar (AGNESE
et al., 2002).
A média da acidez das amostras analisadas variou de 16 a 17ºD (
Quadro 1), estando no intervalo permitido pela legislação. No trabalho de FERREIRA
et al.
(2003), em avaliação do “leite informal” consumido em Sobral, CE, duas
(33,3%) amostras das seis analisadas apresentaram-se normais.
NASCIMENTO
et al. (1995),
analisando as características do leite fluido consumido em Belém, PA,
obtiveram irregularidades em relação à acidez e densidade.
ente empregada nas plataformas de recepção como indicador de acidez e
estabilidade térmica. A estabilidade térmica reduzida gera transtornos
durante o processamento do leite, podendo resultar na floculação, além
de prejuízos consideráveis em virtude do descarte (SILVA
et al., 2006). Das amostras analisadas, 100% estavam de acordo com a determinação para a prova do alizarol (BRASIL, 2002).
Avaliando os valores do ESD (
Gráfico 1)
nos quatro bairros, observou-se que 40,6% estavam fora dos parâmetros
(ESD mínimo de 8,4), resultado semelhante ao observado por SOUSA
et al. (2003), em seu trabalho com leite in natura na cidade de Patos, PB, onde o ESD se apresentou 46,6% fora do padrão.
O percentual de 21,9 das amostras estava em desacordo com a legislação quanto ao EST. SILVA
et al.
(2009), em avaliação da influência do transporte a granel na qualidade
do leite cru refrigerado no Sudoeste Goiano, durante os períodos
chuvoso e seco, obtiveram médias do EST de 12,49 e 12,52,
respectivamente, estando estas também fora do estabelecido pela
legislação.
As amostras do leite informal dos fornecedores A e B eram provenientes
de animais criados nos próprios bairros, em áreas periféricas urbanas.
Já as amostras de leite dos fornecedores C e D eram oriundas de
diferentes fazendas localizadas na zona rural da região de Mossoró, as
quais se mostraram mais satisfatórias.
Analisando o leite do fornecedor B, pôde-se observar que a gordura (
Gráfico 2) manteve-se próxima ao limite mínimo (3,0 %) durante todo o período. A crioscopia (
Gráfico 3)
ficou fora dos padrões da legislação (-0,530ºH), estando os valores
altos e próximos ao ponto de congelamento da água. Isso levaria a
suspeitar da adição de água, caso todos os valores da densidade nas
amostras de leite deste bairro estivessem abaixo de 1,028, o que não
foi observado. Segundo SANTOS & FONSECA (2007), se na
alimentação não houver equilíbrio entre as quantidades de concentrado e
volumoso, a composição do leite é diretamente afetada. Quando se
administram grandes quantidades de concentrado em relação ao volumoso,
ocorre a formação em maiores proporções de ácido propiônico quanto aos
ácidos butiríco e acético, o que faz com que haja diminuição da
quantidade de gordura por diluição. De acordo com MÜHLBACH (2003), na
falta de suplementação adequada com concentrados e minerais, se o leite
apresentar uma diminuição no teor de lactose, ocorre uma redução no
peso específico do leite e no seu ponto de congelamento, produzindo
efeitos semelhantes à fraude pela adição de água, o que fez suspeitar
que o leite do fornecedor B apresentasse deficiência alimentar.
A análise do leite do fornecedor D apresentou-se segundo o que é
permitido pela legislação, exceto em uma coleta, em que a gordura foi
de 3,3% e a crioscopia -0,484°H, resultado que se mostrou fora dos
padrões que vinha apresentando ao longo das análises. Porém não há
suspeita de fraude por aguagem, dada a densidade, de 1.028 g/ mL.
O que pode ter ocorrido foi uma mudança na alimentação da determinada
semana.
Os valores encontrados para crioscopia do fornecedor A apresentaram-se
fora das normas estabelecidas para leite de vaca (- 0,530ºH). Na prova
de densidade, apenas 37,5% estavam de acordo com a legislação; 75% de
acidez e 62,5 % do ESD indicam índices fora dos parâmetros, o que leva
a suspeitar de adição de água em pelo menos 62,5% das coletas, dada a
densidade e a crioscopia, que estavam fora do determinado. A adição de
água no leite causa aumento da temperatura de congelamento do leite, a
qual tende a se aproximar da temperatura de congelamento da água (0º C)
(SANTOS & FONSECA, 2007).
Em avaliação ainda das amostras do fornecedor A, em sua quinta coleta,
houve suspeita da presença de animal com mastite, já que a acidez era
de 13ºD (
Gráfico 4); a densidade a 15°C 1026,7g/mL (
Gráfico 5); o EST e ESD de 11,13g/100g (
Gráfico 6) e 7,63g/100g (
Gráfico 1),
respectivamente; e a crioscopia igual a -0,464°H. Segundo SANTOS
& FONSECA (2007), na mastite há uma série de alterações tanto na
composição como nas características físico-químicas do leite. Dentre os
componentes do leite, as proteínas são as que mais sofrem efeitos (a
caseína diminui e as proteínas do soro aumentam), a lactose e gordura
sofrem redução de 10%. Em escala menor, a crioscopia e a densidade
sofrem o impacto direto da pequena diminuição dos sólidos totais do
leite. O valor da acidez de 13ºD é um dos fatores principais para
a suspeita de mastite.
O fornecedor C, durante todo o período analisado, mostrou resultados
dentro dos limites aceitos pela legislação (BRASIL, 2002), semelhante
ao observado por VERAS
et al.
(2002), que monitoraram a qualidade do leite cru de 72 amostras
procedentes de duas propriedades e encontraram todas as amostras dentro
dos padrões estabelecidos pela legislação.
A única suspeita de fraude neste trabalho refere-se à adição de água ao
leite. As demais fraudes pesquisadas não foram observadas durante a
realização do trabalho. No trabalho de AGNESE
et al.
(2002), analisando o leite cru, comercializado no município de
Seropédica, RJ, foi encontrada uma amostra positiva para a presença de
cloretos, e em nenhuma amostra foi determinada a presença de amido.
FERREIRA
et al. (2003), em
trabalho de “leite informal” em Sobral, CE, testando o produto quanto à
presença de sangue, formol, pus, amido, cloro e hipoclorito, relataram
que todas as amostras apresentaram resultados negativos.
A adição de soluções alcalinas, para prolongar a conservação ou
diminuir a acidez do leite, é considerada fraude. Contudo,
bicarbonatos, formol, ácido bórico, peróxido de hidrogênio, bicromato
de potássio, hipocloritos e ácido salicílico têm sido empregados como
conservadores (BEHMER, 1987; PEREIRA
et al.,
2001). Segundo BEHMER (1987), o amido, o açúcar e a urina são
utilizados criminosamente para encobrir aguagem do leite, aumentando a
densidade.
Segundo Nero
et al. (2003),
punição e combate à comercialização de leite cru como medidas isoladas
de controle não são suficientes para impedir o consumo, sendo
fundamental o desenvolvimento de programas de conscientização da
população em relação aos riscos que o leite cru pode oferecer.
CONCLUSÕES
A avaliação da qualidade do leite informal comercializado no município
de Mossoró, RN, através de análises físico-químicas e pesquisas de
fraudes, permitiu constatar que a maioria do leite pesquisado
apresentou irregularidades, uma vez que não são seguidas as normas
estabelecidas pela legislação. Esse resultado pode estar relacionado ao
manejo alimentar e sanitário, bem como às práticas de transporte e
armazenamento do leite. Medidas, como incentivos aos pequenos
produtores, para a formação de associações e criação de miniusinas para
o beneficiamento do leite devem ser colocadas em prática,
permitindo, assim, a comercialização do leite para os laticínios
existentes em suas cidades.
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