@article{Sarlo_2021, place={Goiânia}, title={Relato, história e memória}, volume={24}, url={https://revistas.ufg.br/teoria/article/view/71193}, DOI={10.5216/rth.v24i2.71193}, abstractNote={<p>Isso aconteceu no passado: da primeira guerra, disse Walter Benjamin, os homens voltaram sem palavras. O choque havia liquidado a experiência transmissível e, conseqüentemente, a própria experiência: o que é vivido como choque é forte demais para "o minúsculo e frágil corpo humano". Os homens estúpidos não conseguiam encontrar uma maneira de contar o que haviam experimentado e a paisagem da guerra preservou apenas as nuvens do passado. Benjamin aponta precisamente: "as nuvens", porque acima de todo o resto soprou o furacão de uma mudança, imprevisível quando as primeiras colunas de soldados se dirigiram para os campos das primeiras batalhas. A memória investe no presente tanto quanto na história, mas de uma forma diferente. Mesmo nestes anos, quando a crítica à ideia de verdade já foi exercida até às suas últimas consequências, as narrativas da memória parecem oferecer uma autenticidade da qual estávamos acostumados a desconfiar radicalmente. A suspensão dessa desconfiança tem, no caso das lembranças da repressão, causas morais, jurídicas e políticas.</p>}, number={2}, journal={Revista de Teoria da História}, author={Sarlo, Beatriz}, year={2021}, month={dez.}, pages={17–32} }