CORPO E CLASSIFICADORES NAS LÍNGUAS DE SINAIS

Autores

  • Bruno Gonçalves Carneiro Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.5216/rs.v1i2.36863

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir os predicados classificadores na língua de sinais brasileira considerando a língua um sistema simbólico atrelado a processos cognitivos gerais e à nossa experiência corporal diária (JONHSON, 1992; LANGACKER, 2008). Nesta perspectiva, vimos que o sinalizante cede seu corpo de forma a elaborar uma codificação transparente daquilo que é concebido pelo corpo. As ações de ver, verificar, correr, remar, lançar e colocar, por exemplo, identificadas em nossa análise, refletem as ações que experienciamos na relação com o mundo. Percebemos os classificadores como uma mimese corporal elaborada, o que não elimina a presença de elementos lexicalizados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruno Gonçalves Carneiro, Universidade Federal do Tocantins

Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Professor Assistente da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Porto Nacional, no colegiado do curso Letras Libras Licenciatura. Atua em descriçao e análise da língua de sinais brasileira e educaçao de surdos.

Referências

BOLGUERONI, T.; VIOTTI, E. Referência nominal em língua de sinais brasileira (libras). Todas as letras, v. 15, n. 1, p. 17-50, 2013.

DUNCAN, S. Gesture in language: issues for sign language research. In: EMMOREY, K (Ed.). Perspectives on classifier constructions in sign languages. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2003, p. 259-268.

FELIPE, T. Os processos de formação de palavra na Libras. Educação Temática Digital, Campinas, v. 7, n. 2, p. 200-217, jun, 2006.

JOHNSON, M. The body in the mind. Chicago: The University of Chicago Press, 1992.

KENDON, A. Language and gesture: unity or duality? In: MCNEILL, D. (Ed.). Language and gesture. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. p. 47-63.

KENDON, A. Language and gesture: unity or duality? In: MCNEILL, D. (Ed.). Language and gesture. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. p. 47-63.

LANGACKER, R. Cognitive grammar: a basic introduction. New York: Oxford University Press, 2008.

LEITE, T. A. A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): um estudo linguístico descritivo a partir da conversação espontânea entre surdos. 2008. 280 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade São Paulo, São Paulo, 2008.

LODI, A. C. B. Uma leitura enunciativa da língua brasileira de sinais: o gênero contos de fadas. D.E.L.T.A., São Paulo, v. 20, n. 2, p. 281-310, 2004.

LIDDELL, S. K. Spatial representations in discourse: comparing spoken and signed language. Lingua. v. 98, p. 145-167, 1996.

LIDDELL, S. K. Blended spaces and deixis in sign language discourse. In: MCNEILL, D. (Ed.). Language and gesture. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. p. 331-357.

LIDDELL, S. K. Grammar, gesture and meaning in american sign language. Cambridge: Cambridge University Press, 2003a.

LIDDELL, S. K. Sources of meaning in ASL classifiers predicates. In: EMMOREY, K. (Ed.). Perspectives on classifiers constructions in sign languages. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, 2003b. p. 199-220.

MCCLEARY, L.; VIOTTI, E. Língua e gesto em línguas sinalizadas. Veredas. Juiz de Fora, v. 1, p. 289-304, 2011.

MEIER, R. P. Why different, why the same?: explaining effects and non-effects of modality upon linguistic structure in sign and speech. In: MEIER, R. P.; CORMIER, K.; QUINTO-POZOZ, D. Modalidy and structure in signed and spoken languages. New York: Cambridge University Press, 2002. p. 1-26.

OKRENT, A. A modality-free notion of gesture and how it can help us with the morpheme vs. gesture question in sign language linguistics (Or at least give us some criteria to work with). In:

MEIER, R. P.; CORMIER, K.; QUINTO-POZOZ, D. Modalidy and structure in signed and spoken languages. New York: Cambridge University Press, 2002. p. 175-198.

PUDANS-SMITH, K. Classifiers or depiction: which should be used?. ASLTA Conference:

Seattle, WA, Gallaudet University, Washington, 2011. Disponível em:

<http://www.aslta.org/sites/default/files/images/ASLTA2011Pudans-Smith_Depiction.pdf>.

Acessado em: 11 de janeiro de 2012.

QUADROS, R. M. Efeitos de modalidade de língua: as línguas de sinais. Educação Temática Digital, v. 7, n. 2, p. 168-178, 2006.

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 6º edição. São Paulo: Cultrix, 1959

.

SCHEMBRI, A. Rethinking ‘classifiers’ in signed language. In: EMMOREY, K (Ed.). Perspectives on classifier constructions in sign languages. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2003. p. 3-34.

SCHEMBRI, A.; JONES, C.; BURNHAM, D. Comparing action gestures and classifiers verbs of motion: evidence from australian sign language, taiwan sign language, and non-signer’s gestures without speech. Journal of Deaf Studies and Deaf Education, Oxford, v. 10, n. 3, p. 272-290, 2005.

TAUB, S. F. Language from de body: iconicity and metaphor in american sign language. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

Downloads

Publicado

2016-12-18

Como Citar

CARNEIRO, B. G. CORPO E CLASSIFICADORES NAS LÍNGUAS DE SINAIS. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 1, n. 2, p. 118–129, 2016. DOI: 10.5216/rs.v1i2.36863. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revsinal/article/view/36863. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos