Os Regimes de Visibilidade no Jardim do Passeio Público no Rio de Janeiro
uma reflexão geográfica e arqueológica da paisagem
DOI:
https://doi.org/10.5216/revjat.v5.77405Palavras-chave:
Jardim. Rio de Janeiro. Paisagem. Imagem.Resumo
O objetivo deste artigo é demonstrar os regimes de visibilidades construídos na forma configurada do jardim barroco do Passeio Público do Rio de Janeiro, do século XVIII. Assim, apresentamos como os elementos espaciais e a maneira como eles estão posicionados na paisagem servem para manipular e legitimar regimes de verdades ao submeter valores sociais de um grupo sobre outros. A base metodológica desta pesquisa advém do diálogo entre as concepções da Geografia cultural e da Arqueologia da Paisagem. Nesse sentido, destacamos dois regimes de visibilidades a partir da análise das plantas arquiteturais e diversos tipos de imagens como fotografias e pinturas do jardim em foco: o primeiro refere-se aos valores maçônicos através da representação de alguns de seus símbolos e o segundo, aos valores monárquicos e do mundo aristócrático por meio de uma geometria manipuladora e da relação entre luz e sombra. A disposição dos signos no jardim dirige movimentos, estimula afetos e determina pontos de vista.
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