O MESTRE ÚNICO: PROFESSOR COMUNITÁRIO NO OESTE DE SANTA CATARINA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpp.v13i1.35974Resumo
Nas frentes agrícolas das antigas colônias de imigração alemã dos séculos XIX eXX do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina se formou um modelo educacionaldesvinculado da estrutura do Estado. Povos isolados geográfica e culturalmente, através deações coletivas, instalaram e mantiveram um modelo comunitário de Educação. Os núcleosforam projetados para acolher todas as formas associativas da comunidade (Igreja, clubes,escola, cemitério e áreas de lazer). Em meio à selva, onde a sobrevivência só foi possívelmediante a criação de um laço social horizontal, as 100 famílias, que em média compunhamuma comunidade, construíram a escola, contratavam e pagavam seu professor e estabeleciamações pedagógicas e conteúdos programáticos para seus filhos. O controle das engrenagensadministrativas e as bases filosóficas e ideológicas da educação invariavelmente eramassumidos pela comunidade escolar. O Mestre único, problematizador, aproveitava acuriosidade epistemológica dos filhos de camponeses e através da ação pedagógica adaptava oconteúdo escolar aos saberes dos educandos. A presença do Estado, o nacionalismo, a entradamais agressiva do capitalismo destituiu este modelo escolar na segunda metade do século XX,impondo um currículo unificado e uma ação pedagógica verticalizada.Downloads
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Publicado
2016-03-29
Edição
Seção
ARTIGOS
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