Philósophos - Revista de Filosofia https://revistas.ufg.br/philosophos <p>A Revista Philósophos possui como objetivo publicar material bibliográfico e argumentativo na área de filosofia e promover o debate filosófico. Para mais informações, acesse <a href="https://www.revistas.ufg.br/philosophos/about" target="_blank" rel="noopener">Sobre a revista</a>.<br />- ISSN: 1982-2928<br />- Ano de criação: 1996<br />- Qualis: A2 (quadriênio 2017-2020)<br />- Revista vinculada ao <a href="https://pos.filosofia.ufg.br/" target="_blank" rel="noopener">Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFG</a>.<br />- <a href="https://www.revistas.ufg.br/philosophos/about/contact" target="_blank" rel="noopener">Contato</a></p> UFG pt-BR Philósophos - Revista de Filosofia 1414-2236 <h4>1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre</h4><br />Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Creative Commons Attribution License</a> o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a>).</li></ol></ol><br /><br /> The epistemic reach of aisthēsis in Theaetetus 184-6 https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78663 <p>This paper explores the scope of the theses presented in <em>Theaetetus</em> 184-6 concerning the epistemic capacity of <em>aisthēsis</em>. I develop two main arguments in this analysis. First, I situate the passage within the broader context of 151-183 and propose that the argument in 184-6 stands independently of the analysis of the Protagorean theses conducted in 151-183. Then, I analyze the traditional reading of 184-6, which holds that <em>aisthēsis</em> lacks cognition, and contrast this perspective with that of those who argue that Plato allows for some judicative content at the sensory level. I demonstrate that both readings exaggerate the importance of Plato’s defended position in 184-6, particularly regarding the epistemic limits of perception.</p> Anderson de Paula Borges Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78663 Kuhn entre a Teoria Social da Investigação Científica e o Construcionismo Social https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78465 <p>Neste artigo, compreendemos como a perspectiva de Thomas S. Kuhn influencia a Filosofia das Ciências em aspectos de comunidade científica. Para isso, partimos do seguinte problema: se o pensamento de Kuhn é caracterizado por uma Teoria Social da Investigação Científica, então essa teoria endossa alguma forma de Tese Construcionista Social? Nossa hipótese é que se a Teoria Social da Investigação Científica é referente à atividade social dos cientistas em comunidade, então isso não é suficiente para endossar alguma forma de Tese Construcionista Social. Dito isso, nosso objetivo é compreender essas duas interpretações do pensamento de Kuhn para a diferenciação da Teoria Social da Investigação Científica em relação à perspectiva epistemológica Construcionista Social. Justificamos esse trabalho a partir do legado de Kuhn para a proliferação de concepções teóricas e epistemológicas nas ciências. Nesse sentido, analisamos duas concepções: 1. a Teoria Social da Investigação Científica a partir das interpretações de Luiz Henrique Dutra; e 2. o Construcionismo Social a partir das críticas de Ian Hacking.</p> <p> </p> Maurício Cavalcante Rios Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78465 Realismo vs. Instrumentalismo em Análise do Comportamento https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78376 <p>Este artigo aborda o debate realismo vs. instrumentalismo (ou antirrealismo) sobre teorias científicas, com foco no debate desdobrado no contexto da Análise do Comportamento (AC). Axiologias realistas são caracterizadas como aquelas segundo as quais (i) as teorias científicas devem buscar identificar e descrever processos, entidades, propriedades e/ou relações extrateóricos de suas esferas de estudo, e (ii) estamos justificados em considerar que elas, quando empiricamente adequadas (ou maduras), são bem-sucedidas nisso. Axiologias instrumentalistas (ou antirrealistas, termos tomados aqui intercambiavelmente), por outro lado, negam (ii), e em alguns casos também (i). No contexto de discussões metateóricas em AC, tanto a partir de sua matriz de pesquisa predominante (comportamentalista radical) quanto de algumas de suas propostas alternativas de fundamentação (como o comportamentalismo molar), formas de instrumentalismo têm sido dominantes. O presente trabalho oferece uma reconstituição lógico-conceitual e um exame do debate recente em AC, problematizando argumentos instrumentalistas frequentes nesse contexto e esboçando a defesa de uma forma atenuada de realismo, próxima da proposta articulada por F. Suppe.</p> Filipe Lazzeri Diego Zilio Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78376 Matéria vibrante e corpos afetivos https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78536 <p align="justify">Encaminharemos neste artigo algumas considerações que nos permitam esboçar uma ontologia não-antropocêntrica. O artigo se divide em cinco partes. Na primeira, recorremos a Meillassoux para situar o antropocentrismo como base fundamental dos correlacionismos. Em seguida, apresentamos o materialismo vital de Jane Bennett como alternativa não-antropocêntrica às filosofias correlacionistas. Na terceira seção, recuperamos a noção espinosista de corpos afetivos para pensar uma ontologia plana relacional. Na sequência, apresentamos o perspectivismo relacional afetivo de Nietzsche como alternativa ao idealismo kantiano. E por fim, trazemos a noção de agenciamento como noção chave para a composição de uma ontologia não-antropocêntrica.</p> Diogo Barros Bogéa Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78536 Eric Weil e o (não)sentido de um mundo moldado pela ciência https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78660 <p>Este artigo analisa, com base na obra de Eric Weil, as condições históricas para o surgimento e a evolução da ciência moderna, refletindo sobre o seu sentido para a nossa civilização. Dividido em três partes distintas, o texto começa investigando as circunstâncias históricas que deram origem à ciência moderna e o seu progresso até se tornar a base do “sonho cartesiano”. Em seguida, examina o paradoxo inerente à concepção moderna de ciência, destacando sua suposta “neutralidade axiológica”. Esse paradoxo é evidente quando a liberdade da ciência em relação a considerações de valor é ela mesma considerada um valor fundamental. Nesse contexto, deve-se reconhecer, simultaneamente, a importância da ciência para o controle da natureza e da história e a sua insuficiência para lidar com a questão do sentido desse domínio. Por fim, o texto aborda as reações comuns ao desafio do sentido da ciência: o <em>cientificismo</em> e o <em>negacionismo científico</em>. Este último argumento é desenvolvido no quadro da relação entre filosofia e ciência.</p> Judikael Castelo Branco Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78660 Nada de técnico e maquinal https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78535 <p>Esta contribuição reflexiva retoma e repensa a questão da essência da técnica seguindo o fio condutor da meditação de Heidegger. Discute a essência da técnica como o vigor de sua vitalidade, a dinâmica de sua emergência e a doação de consistência. Procura pensar a quididade da técnica, sua condição de possibilidade intrínseca e constitutiva e em que esta mesma reside. Procura trazer à luz como se dá a proveniência historial da técnica na tevcnh (<em>téchnē</em>) grega e na <em>ars</em> romana, e, além disso, como é o modo de ser e de viger da técnica moderna. Por fim, procura pensar a significação histórica da técnica desde a perspectiva do destino do Ser. Faz-se então a tentativa de pensar a essência da técnica e sua ambivalência a partir do jogo entre a com-posição desafiadora, provocadora e exploratória (<em>Ge-stell</em>) e o arquifenômeno da abertura ou parusia inaugural do Ser (<em>Ereignis</em>).</p> Marcos Aurélio Fernandes Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78535 A filosofia da técnica de Vittorio Hösle amplificada pela psicologia do flow de Mihaly Csikszentmihalyi https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78434 <p>Apresentamos uma proposta de debate entre a filosofia da técnica de Vittorio Hösle (1960-) e a psicologia ambiental, mais especificamente a psicologia do <em>flow </em>de Mihaly Csikszentmihalyi (1934-2021). O pensamento de Hösle sobre técnica e ecologia é uma expansão do pensamento de Hans Jonas (1903-1993), porém enfatizando temas como valores e economia. A partir de paralelos entre os raciocínios de Hösle e Csikszentmihalyi, buscamos verificar afinidade entre a psicologia ambiental e teses hösleanas. Em seguida, a partir de estudos atuais sobre psicologia do <em>flow</em> e psicologia ambiental, averiguamos se há ampliação da filosofia da técnica com o conteúdo empírico sobre ecologia e economia, com vistas a um aprofundamento do vínculo entre os dois domínios, tal como proposto pelo próprio Hösle, incentivando o estudo de dois pensadores ainda pouco trabalhados no país.</p> Gabriel Almeida Assumpção Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78434 Cultura técnica e recusa do antropocentrismo https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78497 <p>Este artigo aborda as definições de objeto técnico conforme a filosofia de Gilbert Simondon, com foco nas críticas à perspectiva antropocêntrica da técnica. Investiga-se se o objeto técnico, na sua demanda por uma cultura técnica e no próprio processo de evolução/concretização, apresenta um caráter não antropocêntrico. Tal apelo não antropocêntrico pode ser evidenciado pelo avanço das técnicas de comunicação e processamento, como observado nos modelos de inteligência artificial da segunda metade do século XXI. O artigo explora esses aspectos do objeto técnico, destacando as contribuições da filosofia de Simondon para a compreensão da realidade tecnológica contemporânea.</p> Itamar Soares Veiga Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78497 A Obsolescência Programada em questão https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78537 <p>Este artigo tem como objetivo avaliar em que medida as considerações feitas por Gilbert Simondon sobre a natureza dos <em>objetos técnicos</em> fundamentam teses incompatíveis com a prática da <em>obsolescência programada</em>. Mais precisamente, interessa saber como o conceito de <em>concretização</em>, que está relacionado a aspectos ontológicos de tais objetos, possui implicações éticas contra o descarte de objetos produzidos pelo mundo contemporâneo industrializado. No contexto industrial capitalista, a obsolescência programada tem sido usada no sentido de uma manutenção econômica. Contudo, há vários problemas resultantes dessa prática. Um deles diz respeito aos impactos destrutivos causados ao meio ambiente. Assim, haveria na proposta de Simondon elementos para encontrar respostas aos problemas causados pela obsolescência programada? Defendemos que uma saída para isso está na própria orientação ética inerente ao desenvolvimento adequado dos objetos técnicos, constituído na perspectiva da concretização de tais objetos.</p> <p> </p> Alex Calazans Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78537 A ontologia dos objetos digitais na perspectiva do conceito simondoniano de concretização https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78538 <p>A tentativa de estabelecer uma ontologia dos objetos digitais passa por questões complexas. A redução dessa ontologia ao plano da lógica não é suficiente para abarcar tal complexidade ontológica e, ainda menos, para lançar luz sobre as consequências axiológicas de tal discussão. Embora sejam formulados no campo da lógica computacional, os objetos digitais têm garantido seu papel de mediadores, entre o homem e a natureza, tanto quanto os objetos técnicos materiais, na medida em que fazem parte das ações técnicas indiscutivelmente presentes na dinâmica da sociedade atual. Porém, se já são escassos os trabalhos a respeito da ontologia dos objetos técnicos materiais, mais raros são aqueles voltados a uma ontologia dos objetos digitais, ainda que essas duas classes de objetos constituam parte importante da estrutura social. Encontramos na obra de Gilbert Simondon um percurso voltado à ontologia dos objetos técnicos materiais. A questão que nos guia, aqui, diz respeito à possibilidade de estender tal ontologia aos objetos digitais e apontar os principais limites e divergências suscitados pelas peculiaridades dessa outra classe de objetos. Para tanto, recorremos ao consagrado conceito de concretização, central para a ontogênese simondoniana dos objetos técnicos materiais, na tentativa de aplicá-lo, também, aos objetos digitais.</p> Veronica Ferreira Bahr Calazans Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-05 2024-07-05 29 1 10.5216/phi.v29i1.78538 Filosofia e Técnica Argumentativa Retórico-Dissociativa https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78438 <p class="p1"><span class="s1">O objetivo do presente texto é mostrar, pela técnica argumentativa retórico-dissociativa, o caráter tópico de toda dissociação nocional e de todo discurso filosófico, de tal forma que, em vez de resolver uma incompatibilidade, como costumam pensar os retóricos, tais dissociações servem de suporte, incontestado, mas não incontestável, de um discurso que se revela, assim, sempre circunscrito e comprometido com escolhas. Desta forma, procuramos estabelecer as cinco regras da dissociação que visam facilitar a aplicação dessa técnica. A importância de tal objetivo é criar algumas condições de resistência e contestação discursiva que despertem a crítica e a reflexão próprias de uma conversação infinita pela tomada de consciência do nosso próprio “senso de relatividade” e sua aplicação relacionada ao preconceito, ao discurso de ódio e aos direitos humanos.</span></p> Narbal de Marsillac Fontes Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78438 Algoritmos que nos governam https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78173 <p>O objetivo deste artigo é refletir sobre a estrutura da revolução digital, a partir da influência das <em>Big Techs</em> sobre o comportamento das pessoas e das sociedades. Para compreender isto, analisaremos, primeiramente, a infraestrutura do sistema, destacando a internet, a relação de hiperconectividade e o uso de <em>Big Data</em>, o que se apresenta, conforme Floridi, como o ambiente da hiperistória e o modo de vida <em>onlife</em>. Em seguida, abordaremos a manipulação algorítmica na modulação comportamental, exemplificando-a na política e na economia, discutindo <em>microtargeting</em> e sistemas gerenciais de algoritmos nocivos, os ADM. Seguido de uma reflexão crítica sobre a interface dessa estrutura com a economia digital, chegaremos no colonialismo digital e no colonialismo de dados. Por fim, sugiro a participação mais incisiva do pensamento filosófico sobre esta estrutura que governa dimensões cada vez mais profundas da existência humana, tanto na forma de um novo paradigma ético da informação, como na construção de conceitos em oposição a aspectos da estrutura.</p> Ralph Leal Heck Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78173 Inferential limits of Machine’s Intelligence https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78657 <p>We argue that a framework for comprehending the basic differences between the mental structures of humans and machines (as they currently exist) is established by Transcendental Analytics' argument in the <em>Critique of Pure Reason</em>. It will be demonstrated that Kant's theory of the synthetic unity of apperception, as established by Transcendental Analytics' argument in the <em>Critique of Pure Reason</em>, along with Dummett's theory of meaning for meaning-theoretical predictions of inferential connections, can assist in establishing this framework. When combined, these form a framework for organizing a coherent differentiation between what we refer to as the conscious grasp of the unity that is present during judgment and the machine-performed manipulation of signs. In the end, we will present an appendix on the underdevelopment of the Kantian framework for distinguishing artificial intelligence from human intelligence.</p> Lucas Vollet Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78657 Três abordagens sobre a tecnologia e sua relação com o religioso e o sagrado https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78539 <p>O problema abordado é o das relações entre o tecnológico e o sagrado no contexto dos discursos filosóficos, historiográficos e sociológicos sobre a técnica e a tecnologia. A ciência e tecnologia normalmente são pensadas e caracterizadas em oposição às crenças religiosas, aos mitos e à mística. Nesse sentido, são consideradas como ápice da racionalidade, do método e da eficiência em oposição à fé. Entretanto, como veremos neste artigo, esse modo de pensar a tecnologia e a ciência é apenas um dos modos possíveis de se pensar a relação entre elas e o sagrado e o religioso. Por isso, neste artigo sistematizam-se, analisam-se e comparam-se três vertentes contemporâneas. A primeira, referente à posição dos autores Jacques Ellul e Martin Heidegger, sustenta que a tecnologia supera e destrói o sagrado, e agora ocupa o seu lugar. A segunda, proposta pelos autores David Noble e Erik Davis, descreve a tecnologia como sendo ela mesma sagrada, na perspectiva de as tecnologias contemporâneas possibilitarem ao ser humano alcançar os próprios ideais de transcendência e de superação da finitude. A terceira, embora reconheça a associação entre a tecnologia e as categorias do sagrado, elabora uma crítica ao discurso de caráter salvífico sobre a tecnologia.</p> <p> </p> Vanessa Delazeri Mocellin Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78539 Autonomia artificial https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78529 <p>A tecnologia de aprendizado de máquina fez com que as inteligências artificiais aprendessem, de certa forma, por conta própria. Isso fez com que surgisse preocupação e encantamento por uma suposta autonomia dos sistemas automatizados. No entanto, em que pesem os processos de automação, isso não faz com que as máquinas sejam realmente autônomas, ainda que pareçam. Essa aparência de autonomia é sustentada por muito trabalho humano escondido. Por trás do véu tecnológico o que existe é um exército de trabalhadores que sustentam o bom funcionamento dos algoritmos. Esse fenômeno não é uma novidade nem um ponto fora da curva no desenvolvimento tecnológico. Marx, n’<em>O Capital</em>, já havia explicado o processo que transforma os trabalhadores em peças da engrenagem e a maquinaria da indústria em sujeito. Marcuse, dando continuidade a essa ideia, argumenta que disso surgiu uma racionalidade tecnológica que submete os seres humanos à lógica das máquinas. Pretende-se com esse artigo apresentar as análises desses filósofos sobre essa relação humano-máquina e oferecer uma perspectiva para superar essa inversão que coloca as pessoas à serviço da tecnologia.</p> Cristian Arão Silva de Jesus Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78529 On the neutrality and values of artifacts https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78641 <p>This paper criticizes the thesis of the neutrality of moral values of artifacts, and makes the case for a proposal known as Value Sensitive Design, which states that moral values must be considered in the construction and analysis of artifacts. First, (1) we will present the best defense of the thesis of the neutrality of moral values of artifacts, made by Joseph Pitt. In the following, (2) we will criticize each of the arguments presented by Pitt in favor of the neutrality thesis. Finally, (3) we will consider the Value Sensitive Design proposal presented by Ibo van de Poel and Peter Kroes and explain how it would be suitable for a critique of the values and moral issues that artifacts can represent.</p> Daniel de Vasconcelos Costa Pedro Fior Mota de Andrade Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78641 Tecnologia e valores https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78415 <p>Este artigo defende a necessidade da <em>sabedoria</em> <em>prática </em>(<em>phronesis</em>) para lidar com os desafios e limites éticos decorrentes dos avanços tecnológicos atualmente. Trata-se de um tipo de racionalidade que se ocupa em deliberar bem sobre os <em>fins</em> das ações humanas e julgar se eles são bons ou maus e, mediante isso, fazer opções por valores<em>.</em> Assim, a racionalidade prática diz respeito ao agir humano em sentido pleno, que tem a ver com a esfera do <em>dever-ser</em>, <em>dos valores, do sentido da vida</em> e das grandes escolhas existenciais humanas. Para isso, o artigo aborda algumas questões relevantes para o debate em <em>filosofia da tecnologia</em>, a saber: a ideia de que a tecnologia não é redutível à ciência aplicada, mas se constitui como um conhecimento específico; a distinção do conceito de técnica e tecnologia; a dimensão política da tecnologia; e por fim, a necessidade de pensar uma racionalidade ética que oriente o agir humano no mundo contemporâneo.</p> Geraldo das Dôres de Armendane Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1 10.5216/phi.v29i1.78415 Democracia e tecnologia no Grande Glocal da contemporânea sociedade do risco e da informação https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/78656 <p>A presente pesquisa se dá com Ciência, Técnica e Tecnologia se imbricando em relação à regulação do bom desenvolvimento (sustentável) de cada nação, considerando-se, para tanto, as distintas acepções de Cibernética justapostas na sociedade do risco e da informação em interação com temas afins, como glocalização interativa, sociodromocracia e governança regulatória, mediante um paralelo entre Teoria da democracia e positivação do Direito. Para isso, na análise, adota-se método dedutivo, mediante técnica de abordagem bibliográfica e documental, e metodologia interdisciplinar para se identificar o contexto dos conflitos entre os Poderes estatais, e entre estes e os interessados, na antropocena sociedade do risco e da informação, envolvendo, para tanto, institutos de Teoria Geral do Direito, Direito Internacional Público, Internacional Privado, da Integração, Constitucional e Administrativo, como também da Filosofia do Direito, Sociologia do Direito, Psicologia Social e Ciência Política, mediante um recorte crítico da realidade exposta e tendo-se como marco teórico a doutrina de Ampère, Castells, Wiener e Trivinho. Conclui-se pela necessidade de uma <em>glocal/global governance </em>regulatória dos conflitos que entronize a preservação da paz social e do bom convívio próspero, valorando e sopesando pontos de vista pessoais ou socialmente setorizados de cunho ético e moral, bem como a projeção dos objetivos solipsistas no viés coletivo.</p> Roberto Correia da Silva Gomes Caldas Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-07-02 2024-07-02 29 1 10.5216/phi.v29i1.78656 Editorial https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/79766 Renato Moscateli Copyright (c) 2024 Philósophos - Revista de Filosofia http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-06-30 2024-06-30 29 1