https://revistas.ufg.br/philosophos/issue/feedPhilósophos - Revista de Filosofia2025-06-23T18:44:03-03:00Revista Philósophosrevista.philosophos@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista Philósophos possui como objetivo publicar material bibliográfico e argumentativo na área de filosofia e promover o debate filosófico. Para mais informações, acesse <a href="https://www.revistas.ufg.br/philosophos/about" target="_blank" rel="noopener">Sobre a revista</a>.<br />- ISSN: 1982-2928<br />- Ano de criação: 1996<br />- Qualis: A2 (quadriênio 2017-2020)<br />- Revista vinculada ao <a href="https://pos.filosofia.ufg.br/" target="_blank" rel="noopener">Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFG</a>.<br />- <a href="https://www.revistas.ufg.br/philosophos/about/contact" target="_blank" rel="noopener">Contato</a></p>https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/83192Expediente e Editorial2025-06-19T11:36:05-03:00Renato Moscatelirmoscateli@hotmail.com2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Renato Moscatelihttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81438Entre a distração e a vigilância2025-04-07T17:58:59-03:00Fabiano Incertifabiano.incerti@yahoo.com<p style="font-weight: 400;">Dentre os exercícios espirituais das antigas escolas filosóficas greco-romanas, destaca-se a <em>prosochè. </em>Compreendida como a atenção no tempo presente, esse exercício singular e incomparável na contemporaneidade consiste numa forma de vigilância sobre si mesmo e sobre o agora, configurando-se numa prática fundamental para a transformação ética e espiritual. Desde os trabalhos de Pierre Hadot acerca do pensamento antigo, este artigo tem por objetivo refletir como, em tempos de distração, resultado, entre outras coisas, da profusão de estímulos advindos da publicidade e das mídias digitais, a <em>prosochè</em> recorda que o presente é o lugar onde pode ser exercida toda liberdade, toda ação, toda decisão. O convite é para acalmar nossas paixões, avaliando o que depende ou não da nossa vontade, para que, diante da realidade, não corramos o risco de ceder seja a um desespero paralisante, seja a um otimismo ingênuo. Trata-se de viver o tão infinitamente pequeno momento presente, tendo a consciência de que o que passou já se foi, e o que virá ainda é incerto.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Fabiano Incertihttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81581O gênio maligno cartesiano como expressão da equipolência pirrônica2025-05-29T09:43:07-03:00Maíra de Souza Borbamairaborba@hotmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo estabelecer uma comparação entre o gênio maligno cartesiano e um dos preceitos mais fundamentais do ceticismo pirrônico: a equipolência (<em>isostheneia</em>). Deixando em segundo plano a investigação histórica relativa às fontes cartesianas no que diz respeito ao ceticismo – mas considerando a diferenciação entre ceticismo pirrônico e acadêmico, e a apropriação feita por Descartes dessas duas tradições –, busca-se traçar um paralelo entre o papel desempenhado pelo gênio maligno nas <em>Meditações</em> e a equipolência pirrônica. Para tanto, realiza-se um contraponto à noção de probabilidade (<em>pithanon</em>), fundamental para o ceticismo acadêmico. Dessa forma, intenta-se oferecer uma perspectiva sobre o gênio maligno que não o considera um ponto de distanciamento entre Descartes e o ceticismo, mas o estabelece como um ponto de convergência. Essa interpretação é fundamentada, sobretudo, nos conceitos de equipolência, suspensão do juízo (<em>epoché</em>) e probabilidade.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Maíra de Souza Borbahttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81485Emergência e Constituição2025-05-14T08:04:48-03:00William Ananias Vallerio Diaswillananias@gmail.com<p>Uma das dificuldades presentes em debates de filosofia da ciência, filosofia da mente e metafísica é tornar clara a noção de emergência. Podemos entender emergência em diferentes sentidos. O mais comum e menos controverso é falar de emergência como a imprevisibilidade do surgimento de aspectos de um sistema a partir do conhecimento de sua configuração inicial e dos princípios de interação de seus componentes. Já em um segundo sentido mais controverso, emergência é o surgimento de uma nova entidade na ontologia que não pode ser reduzida a outros elementos já existentes. Neste texto, invoco a noção de constituição proposta por Lynne Rudder Baker como uma abordagem metafísica capaz de acomodar essa noção mais ontológica de emergência.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 William Ananias Vallerio Diashttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81478A natureza metafísica da vontade geral em J.-J. Rousseau2025-04-25T08:43:04-03:00Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalhojarbasvc@gmail.com<p>O objetivo desta discussão é compreender a natureza metafísica do conceito volonté générale na filosofia de J.-J. Rousseau. Investigar a natureza desta ideia, tão cara ao pensamento político do genebrino, significa entender a essência mesma de sua teoria política já que a vontade geral é o coração do seu système. Para tal, partindo da pesquisa das obras do pensador suíço, dividiremos este estudo em três momentos: no primeiro, iremos responder a pergunta: “o que é a metafísica de Rousseau?”; no segundo, investigaremos a ingerência da volonté générale de Malebranche sobre sua filosofia; e, por fim, destacaremos a diferença da vontade geral rousseauniana em relação àquela formulada pelo autor de A busca da verdade.</p> <p><br /><br /></p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalhohttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81435Collective beliefs and the nature of scientific knowledge2025-05-12T17:27:26-03:00Ediovani Antonio Gaboardigaboardi42@gmail.com<p>The aim of this article is to understand the relationship between collective beliefs and science. The article brings together Margaret Gilbert’s non-summative conception of collective beliefs and Thomas Kuhn’s notion of disciplinary matrix. Gilbert argues that members of a scientific community can collectively accept certain beliefs that they do not hold individually. This occurs due to the joint commitments assumed by group members, which make scientific communities resistant to change. This phenomenon aligns with Kuhn’s description of normal science, in which members of a scientific community adhere to a disciplinary matrix composed of symbolic generalizations, metaphysical assumptions, values, and exemplary cases. These elements can be considered collective beliefs that constrain researchers’ critical attitudes, reducing their work to puzzle-solving. However, Kuhn also asserts that the disciplinary matrix, although inherently conservative, is fundamental to the development of science, as it itself fosters the emergence of anomalies that can stimulate scientific revolutions.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Ediovani Antonio Gaboardihttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81598A Hohfeldian conception of normative powers2025-05-08T09:33:44-03:00Daniel Simão Nascimentodanielsimaonascimento@gmail.com<p>In this article, I examine Hohfeld’s concept of legal power, and what I take to be the main contributions made over the past century to refine that concept, in an effort to develop a broader notion: the concept of normative power. In Section 1, I introduce the topic and present an initial definition based on Hohfeld’s work. In Sections 2 through 5, I offer successive refinements of that initial definition, incorporating at each stage what I consider to be the valid insights raised by the four major questions that have shaped the discussion of Hohfeld’s concept of legal power over the last hundred years, namely: (1) How can we distinguish legal (and normative) powers from other types of power (Section 2)?; (2) In what ways do legal (and normative) powers resemble or differ from privileges (Section 3)?; (3) What kind of volitional control is implied in the exercise of a legal (and normative) power (Section 4)?; And (4) should we be concerned that the definition includes unjust exercises of power, and if so, how might we revise it to exclude them (Section 5)?</p>2025-06-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Daniel Simão Nascimentohttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81428Uma crítica pragmática à fundamentação da ética do discurso de Habermas2025-04-14T17:57:49-03:00Érico Andradeericoandrade@gmail.com<p style="text-align: justify;">Habermas pretende estabelecer a partir da linguagem procedimentos formais para a produção de consenso quanto a questões morais. Resta saber, no entanto, se a situação ideal de fala, que indica as condições básicas para o consenso, poderia escapar a uma crítica pragmática que leva em consideração os seguintes problemas: a) a impossibilidade de uma racionalidade neutra moralmente ou que não traga em si mesma um valor moral; b) a necessidade de um caráter coercitivo da situação ideal de fala, ou seja, para que o consenso seja possível, é necessário que as suas condições básicas já sejam consensualmente tomadas como elemento normativo.</p>2025-06-28T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Érico Andradehttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81426Sobre a atualidade dos Direitos Humanos2025-02-14T10:16:52-03:00Fernando Hoffmamferdhoffa@yahoo.com.brDaniel Carneiro Leão Romagueradanielromaguera@hotmail.com<p>O presente artigo propõe a compreensão crítica de conceito, feições e contexto dos Direitos Humanos na atualidade, bem como compreender os Direitos Humanos mobilizados como tecnopolítica de combate diante de sua dimensão paradoxal. Tal proposta se dá quando, de um lado, esses direitos são determinantes para transformações sociais, defesa da humanidade e combate às injustiças; já de outro lado, eles fazem parte do direito estabelecido, reforçam as injustiças sociais e se voltam contra seus próprios fins. Nesse sentido, se objetiva compreender, lançando mão de seus limites e insuficiência, os Direitos Humanos na sua feição contemporânea, para em um segundo momento compreender as suas possibilidades no campo dos processos de insurreição enquanto uma tecnopolítica de combate. Dessa forma, questiona-se como os Direitos Humanos podem ser compreendidos e mobilizados enquanto tecnopolíticas de combate, no sentido de um alargamento de suas formas conceituais tradicionais. Metodologicamente, opta-se pela utilização do materialismo histórico, no viés trabalhado por Antonio Negri, como um referencial teórico-metodológico que, a partir da construção de um campo de tensão entre forças e sujeitos antagonistas, possibilita a compreensão dos Direitos Humanos inseridos nessa mesma chave de leitura e contexto imanente. Ao final, é possível afirmar que os Direitos Humanos podem ser percebidos e materializados sob a forma de tecnopolíticas de combate, desde que sob uma perspectiva que rompe com as suas formas tradicionais e institucionalizadas e aposte nos processos de insurreição enquanto potencializadores desses direitos.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Fernando Hoffmam & Daniel Carneiro Leão Romaguerahttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81361A “potência destituinte” e as paixões ingovernáveis2025-02-03T16:33:32-03:00Daniel Santos Souzadan.vca@gmail.com<p class="Textopadro">Este artigo tem como intenção investigar o significado da “potência destituinte”, conceito desvelado na obra de Giorgio Agamben, especialmente em sua relação com o projeto <em>Homo Sacer</em>, iniciado em 1995. Para esse exercício, o texto percorrerá por uma breve análise das noções de “poder constituinte” e “poder constituído” a partir de Bruno Cava, Giuseppe Cocco, Michael Hardt e Antonio Negri. Numa segunda parte, o estudo se debruçará sobre a questão do ofício, presente na obra <em>Opus Dei</em> de Giorgio Agamben, e as tensões entre a ética do “dever ser” e a “potência-do-não”. Por fim, a partir dessa abordagem, o texto se encerra, como um ensaio do pensamento, na busca por novos usos da política e uma leitura sobre a paixão, com a referência no pensamento desse filósofo italiano e os seus usos conceituais realizados por Manuel Moyano.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Daniel Santos Souzahttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81420Aspectos fundamentais da agressividade e da violência no contexto da obra freudiana2025-02-12T11:41:21-03:00Sergio Augusto Franco Fernandessergioaffernandes@gmail.com<p>Enfatizamos, de forma breve e elucidativa, a partir de uma revisão da literatura, as noções de agressividade e violência no contexto da obra de Sigmund Freud. Buscamos compreender os motivos pelos quais a noção de violência, diferentemente da noção de agressividade, não adquiriu o <em>status</em> de conceito metapsicológico. Vale a ressalva de que foi a partir do uso dessas noções que Freud passou a se preocupar com e a elaborar as relações entre a psicanálise e a cultura. Intentamos, portanto, demonstrar que a psicanálise se apresenta como um importante contributo para o alargamento da nossa compreensão acerca dos complexos fenômenos que envolvem a agressividade e a violência.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Sergio Augusto Franco Fernandeshttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81614Do ódio ao professor2025-04-07T17:07:17-03:00Flávio Valentim de Oliveiraflavalol@yahoo.com.br<p>Até que ponto a tese do amor ao ofício docente ou o elogio do professor não nos empurra para uma armadilha do idealismo pedagógico? Não seria o caso de indagarmos sobre outras artesanias, outras tramas (mais arcaicas) que aderem ao ofício do professor, como por exemplo, o ódio? Este artigo revisita o famoso ensaio do filósofo Theodor Adorno intitulado <em>Tabus acerca do magistério</em> (1965) com o objetivo de analisar o ódio como uma força histórica, social e psíquica que atravessa o ofício de ensinar. De certo modo, Adorno realizou uma breve gênese social do ofício do professor, gênese essa, diga-se de passagem, que não dispensa o longo trabalho de elaboração psicanalítica.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Flávio Valentim de Oliveirahttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81331Sobre a relação entre educação e vontade em Hannah Arendt2025-04-08T08:43:39-03:00Cleriston Petrycleripetry@hotmail.comAngelo Vitório Cenciangelo@upf.br<p>O problema investigado e apresentado no artigo se refere às condições de possibilidade da educação da vontade em Hannah Arendt. Para tanto, buscamos compreender a especificidade da vontade como faculdade na vida do espírito e na inserção do conceito para as questões e temas políticos e educacionais que orientaram a filósofa em seus estudos sobre o totalitarismo. Elaboramos uma interpretação compreensiva (Arendt, 2009b) sobre a especificidade e a função da vontade na vida do espírito, construindo argumentos que apoiem uma educação da vontade que seja coerente, consistente e plausível com a articulação conceitual entre vontade e educação na obra de Hannah Arendt. Deste modo, por um lado, a educação da vontade acontece sob a perspectiva da conservação da novidade da criança e da continuidade do mundo e de que só há pensamento, conhecimento, julgamento, aprendizado e educação por meio do querer. Na educação, a criança aprende a habitar a tensão constitutiva da vontade, a querer seu querer e a assumir a responsabilidade individual pelo mundo e por si mesma. Por outro lado, o aprender a orientar a tensão constitutiva da vontade em torno do querer demanda também o aprender a estar-se atentos uma vez que a atenção assume o papel de elemento unificador da vontade.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cleriston Petry & Angelo Vitório Cencihttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81418Nietzsche e o gesto filosófico de degustar2025-04-10T17:21:40-03:00Luiza Regattieriluizaregattieri@gmail.com<p>Nos anos de 1870, Nietzsche distingue ciência e filosofia, destacando o filósofo como o ponto incontestável de seu sistema. A centralidade dada à pessoa filósofa diz respeito ao gesto próprio que a caracteriza: a transposição da intuição à imagem filosófica. O valor da filosofia estaria na ação de expressar intuições particulares em imagens pretensamente universais, porém, nem fantásticas nem demonstráveis. Tal transposição requer uma habilidade peculiar: o gosto apurado, que é apontado como a capacidade-chave do fazer filosófico. O gosto é pensado como uma perspicácia de avaliar e reter, um discernir que é característica acurada no filósofo para eleger o difícil como divino. Esse gosto limitaria o instinto de conhecimento, um impulso próprio do espírito científico, e permitiria ao filósofo selecionar um número limitado de coisas a serem conhecidas. Essa característica reguladora do gosto é uma das principais marcadoras daquilo que diferencia a filosofia da ciência, sem a transformar em arte.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Luiza Regattierihttps://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/81541Corpos e alteridade2025-04-07T16:47:02-03:00Wellington Santos Pireswellstauros@hotmail.com<p>No presente artigo, examinamos a noção de corpo próprio à luz da filosofia de Paul Ricœur. O filósofo propõe uma concepção de sujeito que integra o corpo ao domínio do pensamento, designando-o como parte essencial de um <em>cogito</em> integral. O corpo, nesse contexto, é concebido como o fundamento de uma alteridade fundamental, e a reflexão sobre o corpo próprio envolve elementos como afetividade, ética e noções de voluntário e involuntário. Argumentamos que a busca por um <em>cogito</em> integral, que compreende a aliança entre o sujeito e o seu corpo, é essencial para uma adesão consciente da pessoa ao seu lugar no corpo social, permitindo à pessoa tanto enraizar-se quanto expandir-se no mundo.</p>2025-06-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Wellington Santos Pires