Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/mh.v19.53417

Palavras-chave:

paisagem sonora, som, epistemologia, mídia, espaço

Resumo

Neste artigo, serão discutidos questionamentos que vêm emergindo nos últimos anos sobre paisagem sonora e sobre como ela vem sendo usada academicamente. O objetivo é compor um quadro crítico para uma melhor compreensão do que implica evocar essa ideia em pesquisas sobre som nos dias de hoje, cinquenta anos depois do surgimento do World Soundscape Project na Simon Fraser University. Esse quadro pode nos ajudar a articular de maneira mais adequada a ideia de paisagem sonora ou eventualmente reavaliar a necessidade de convocá-la, em favor do rigor em sua adoção como conceito e na condução de análises em que ela é tomada como parâmetro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaís Amorim Aragão, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasíl

Thaís A. Aragão pesquisa som, espaço e mídia. É produtora cultural da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desenvolveu os estudos  “Escuta, gravação, plataforma web: Fazer mapa sonoro como conjunto de práticas de mídia”, tese de doutorado em Comunicação pela UNISINOS, e Doce som urbano: o triângulo e as territorializações dos vendedores de chegadinho em Fortaleza, dissertação de mestrado no PROPUR – Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da UFRGS. Atuou como visiting scholar na University of Salford e na Westminster School of Media, Arts and Design (Reino Unido), junto ao Dr. Michael N. Goddard. Também integra o Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPIT-UFRGS).

Referências

ARKETTE, Sophie. Sounds Like City. Theory, Culture & Society, Londres, v. 21, n. 1, p. 159-168, 2004.

HOLZER, Werther. Paisagem, Imaginário, Identidade: Alternativas para o Estudo Geográfico. In: ROSENDAHL, Zeny et al. (Eds.). Manifestações da Cultura no Espaço (Série Geografia Cultural). Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999. p. 149-168.

INGOLD, Tim. Four objections to the concept of soundscape. In: INGOLD, Tim. Being Alive: Essays on Movement, Knowledge and Description. Londres, Nova York: Routledge, 2011. p. 136-139.

KELMAN, Ari Y. Rethinking the soundscape. The Senses and Society, Londres, v. 5. n. 2, p. 212-234, 2010.

LEFEBVRE, Henri. The production of space. Maiden, Oxford, Victoria: Blackwell Publishing, 1991. 434 p.

LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 227 p.

MCLUHAN, Marshall. A Galáxia de Gutenberg: A Formação do Homem Tipográfico. 2. ed. São Paulo: Editora Nacional, 1977. 390 p.

SCHAFER, R. Murray. A Afinação do Mundo. São Paulo: Editora UNESP, 2001. 381 p.

STERNE, Jonathan. Soundscape, landscape, scape. In: BIJSTERVELD, Karin (Ed.). Soundscapes of Urban Past: Staged Sound as Mediated Cultural Heritage (Sound Studies Vol. 5). Bielefeld: Verlag, 2013. p. 181-191.

STERNE, Jonathan. The Stereophonic Space of Soundscape. In: THÉBERGE, Paul et al. (Ed.). Living Stereo: Histories and Cultures of Multichannel Sound. New York: Continuum, 2015. p. 65-83.

THÉBERGE, Paul; DEVINE, Kyle; EVERRETT, Tom. Introduction: Living Stereo. In: THÉBERGE, Paul et al. (Ed.). Living Stereo: Histories and Cultures of Multichannel Sound. New York: Continuum, 2015. p. 1-34.

TRUAX, Barry. Acoustic Communication. 2. ed. Westport, Londres: Ablex Publishing, 2001. 284 p.

TRUAX, Barry. Introduction to Five Village Soundscapes (1977). In: SCHAFER, R. Murray (Ed.). Five Village Soundscapes. 2. ed. Tampere: TAMK University of Applied Sciences, 2009. p. 286-289.

Downloads

Publicado

2019-04-27

Como Citar

ARAGÃO, T. A. Paisagem sonora como conceito: tudo ou nada?. Música Hodie, Goiânia, v. 19, 2019. DOI: 10.5216/mh.v19.53417. Disponível em: https://revistas.ufg.br/musica/article/view/53417. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos