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Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016

Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016

Artigos Científicos -

Temática: Música, Teatro e Cinema

breve história do Teatro Musical no brasil, e compilação de seus títulos


Adriana Barea Cardoso (IA/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)

musical.adriana@gmail.com

Angelo José Fernandes (IA/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)

angelojfernandes@uol.com.br

Cassio Cardoso Filho (FCM/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)

cardosofilho@gmail.com


Resumo: Introdução: O teatro musical no Brasil se revela hoje um dos principais elementos de entretenimento no ei- xo Rio-São Paulo. O grande aquecimento desse mercado, aliado ao crescimento técnico e comercial, tem contribuído decisivamente para este mercado de fomento da cultura. Objetivo: Tabular os principais títulos de peças de musicais montados desde os anos 1950 até hoje, bem como situá-los no contexto cultural em que estiveram inseridos. Méto- dos: Busca sistemática dos dados das peças montadas em nosso país, através da internet e da literatura que apresente essa temática. Principais Conclusões: o número de Musicais tem crescido, com uma mudança a partir dos anos 1990 com as versões dos principais títulos da Broadway, com incremento do público e do financiamento destinado a esta área. Cumpre ressaltar também a pressão positiva exercida sobre os cantores-atores, com busca por melhor formação técnica e artística a fim de incrementar este rol de profissionais.

Palavras-chave: Teatro musical; Títulos de musicais; Musicais no Brasil; Broadway.


Brief History of Musical Theatre in Brazil, and compilation of their titles

Abstract: Introduction: Musical Theater is nowadays one of the leading entertainment performances between the cit- ies of Rio de Janeiro and São Paulo, in Brazil. Its growing popularity, together with the technical and commercial im- provements, has contributed decisively to this art form. Objective: List of the major titles of Musical Theatre works produced since the 1950s, and place them in the cultural context to which they belonged. Methods: Systematic Data search through internet and literature of Musical Theater titles produced in Brazil. Key findings: the number of Mu- sical Theatre productions has grown, with a change from the 1990s, leaning towards more stagings of versions of the main titles from Broadway, with an increase in audience and funding. It is important to highlight the positive pres- sure on the singers-actors, who pursue better technical and artistic training in order to increase their qualifications for performing in Musical Theater.

Keywords: Musical theater; Musical titles; Musical in brazil; Broadway.


Breve Historia del Teatro Musical en Brasil, y compilación de sus títulos

Resumen: El teatro musical en Brasil se revela hoy como uno de los principales elementos de entretenimiento en el eje Rio-São Paulo. El gran calentamiento de ese mercado, aliado al crecimiento técnico y comercial, contribuye de- cisivamente para este mercado de fomento cultural. Objetivo: Tabular los principales títulos de piezas de musicales montados desde 1950 hasta hoy, bien como ubicarlos en el contexto cultural en el que estuvieron insertados. Méto- dos: Búsqueda sistemática de los datos de las piezas montadas en Brasil, a través del internet y de la literatura que presente esta temática. Principales conclusiones: el número de musicales está creciendo, con un cambio a partir de 1990 con las versiones de los principales títulos de la Broadway, el incremento del público y con la financiación des- tinada a esta área. Cabe también resaltar la presión positiva ejercida sobre los cantantes-atores, con la búsqueda por la mejor formación técnica y artística con el fin de incrementar este tipo de profesionales.

Keywords: Teatro musical; Títulos de musicales; Musicales en Brasil; Broadway.


Introdução


O gênero do Teatro Musical perpassa a história do entretenimento no Brasil des- de o final do século XIX. Inicialmente sob influência europeia, posteriormente com produ- ções genuinamente nacionais, seguiu-se vivendo a confrontação do regime militar – servin- do como resposta cantada ao cerceamento da liberdade cultural imposta por um regime de exceção – e desde o início do século XXI amalgama-se com os motes provenientes de West End e da Broadway no circuito cultural nacional, mormente no eixo Rio-São Paulo, com as versões adaptadas à língua portuguesa de seus principais títulos. “Não se sabe se foi o pú-


Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016 Recebido em: 22/02/2016 - Aprovado em: 26/05/2016

blico que redescobriu o musical brasileiro, ou se foi o musical brasileiro que redescobriu o público” (MR. ZIEG, 2015).

Esse setor de musicais é considerado amplo e engloba não só os profissionais de- dicados ao espetáculo em si, mas também mantém na ativa toda uma indústria que gravita em torno dos musicais, tais como: promoção de eventos, venda de patrocínios, manutenção do teatro (ou casa de espetáculo), operação de bilheteria, venda de produtos e souvenirs re- lacionados ao título do musical.

Essa profusão de montagens enseja a necessidade do estabelecimento de uma linha histórica, a fim de preservar viva a lembrança dessas manifestações artísticas. O presen- te artigo visa fornecer um panorama completo da história deste gênero, e pretende ser uma compilação de todos os títulos do Teatro Musical no Brasil, a fim de servir como referência histórica para futuros estudos.


  1. História do teatro musical no Brasil


    O teatro musical no Brasil tem seu início em 1859, no Rio de Janeiro, nos moldes do teatro de revista francês: com humor, muita música, coreografias e irreverência, estas pe- ças passavam “em revista” os acontecimentos do ano anterior, como uma resenha satírica. Esse tipo de dramatização, uma mistura de musical e comédia, foi se desenvolvendo com uma característica própria, traçando um caminho oposto às Óperas, tidas na época como um gênero superior:


    O Teatro de Revista sempre foi considerado pela crítica do chamado “teatro sério” um gênero menor, cuja única função era entreter o público mais humilde e “inculto”. Para esses críticos as Burletas, Comédias Musicais e Revistas eram compostas apenas por “vulgaridades”, “palavreado chulo” e piadas de duplo sentido, além de músicas, rit- mos e danças de “mau gosto”. O público não deu muita atenção a essas advertências e a partir do início do século passado começou a lotar os teatros que se concentravam na Praça Tiradentes e adjacências, no Rio de Janeiro. Logo a Revista conquistaria to- do o Brasil. (PORTO, 2010)


    Conhecido e querido pelo público, o teatro de revista se tornaria popular – no sen- tido de “feito para o povo” – sendo seu primeiro título “As surpresas do Senhor José Pieda- de”, de Figueiredo Novaes, cujo mote era a recapitulação dos principais acontecimentos do ano anterior (1858) no Brasil. A peça não teve uma grande aceitação pelo público – que não estava acostumado com críticas políticas – e foi tirada de cartaz pela censura depois de três dias de apresentações. Neste ano de 1859 inaugura-se no Rio de Janeiro a primeira casa de Operetas chamada de “Alcazar Lyrique”, que possibilitou a vinda das atrizes francesas para a boemia carioca (VENEZIANO, 1991).


    Com o fim dos cassinos, a proliferação das salas de cinema e o fortalecimento de um cinema nacional nos anos 1950/60 (nascido ainda nos anos 1940), o entretenimento muda de lugar e a revista (gênero musical hegemônico no País) começa a viver seu ocaso. Some-se a isso, o subsequente surgimento da televisão e a enorme penetração das grandes rádios (como a Rádio São Paulo e a Rádio Nacional). Em paralelo, claro, companhias de teatro (chamemos, convencional) começavam a fazer história – TBC (SP) e Os Comediantes (RJ) são bons exemplos. (ESTEVES, 2014)


    Desde seus primórdios, as montagens dos teatros de revista já contavam com uma grande interação de toda a equipe envolvida: o texto e a encenação caminhavam juntos, o

    elenco se organizava com as equipes de produção e, ao mesmo tempo, autores e músicos compunham cenas, diálogos e canções, com apoio da cenotécnica, dentre tantos outros pro- fissionais envolvidos.

    A influência norte-americana se fez sentir a partir de 1929, coincidindo com a im- portação dos filmes hollywoodianos para o Brasil. Assim o sapateado, o foxtrote e os ragti- mes começaram a invadir os palcos brasileiros, o que foi motivo de crítica para alguns ditos intelectuais da época, que consideravam, a partir de então, nosso teatro musical uma cópia de segunda classe do teatro musical americano (VENEZIANO, 1991).

    Esse estilo de teatro musical no Brasil se manteve por várias décadas, e teve sua de- cadência nos anos ditatoriais pela censura do regime militar, não sem fomentar os musicais ditos “engajados”, como aqueles compostos por Chico Buarque para os palcos de São Pau- lo: “Roda Viva” (1968), “Calabar” (1973), “Gota d’Água” (1975) e “Ópera do Malandro” (1978). “Em meados da década de 1950, nova geração de autores, diretores e intérpretes aparece – justamente a geração que, nas duas décadas seguintes, responderá pelo espetáculo musical de propósitos políticos”. (FREITAS FILHO, 2006)

    O recrudescimento da censura e os revezes econômicos que dificultavam as pro- duções deram caminho a um novo conceito, na tentativa de se aproximar cada vez mais do jeito estadunidense de se fazer Teatro Musical: “The American Musical”, por influências no pós-guerra dos títulos anglo-saxões da Broadway nova-iorquina e do West End londrino.


  2. Adaptação dos musicais norte-americanos para os palcos brasileiros


O primeiro musical da Broadway versionado e adaptado para o português foi “My Fair Lady”, de Alan Jay Lerner (texto) e Frederick Lowe (música), e interpretados por Bibi Ferreira e Paulo Autran em 1962. Esta versão brasileira fora realizada por Victor Berbara (autor-versionista1) e Henrique Pongetti. O musical estreou no Teatro Carlos Gomes (Rio de Janeiro) após cinco semanas de ensaios, em uma produção que envolveu 150 pessoas entre artistas e técnicos, com um corpo de baile de 18 pessoas, e mais 18 vozes no coro (ANDRA- DE, 2014). “My Fair Lady” ficou em cartaz dois anos e meio: 14 meses no Rio de Janeiro, e em seguida São Paulo e Buenos Aires (Argentina).

Concomitantemente às montagens “engajadas” descritas anteriormente, três mu- sicais dos EUA estrearam no Brasil em consonância ao movimento de contra-cultura que efervescia no país: “Hair” (1969), “Jesus Cristo Superstar” (1972) e “Godspell” (1974). Na dé- cada de 1980 surgem os primeiros musicais que se constituíam em versões (franquias) ou livre-adaptações de musicais da Broadway, como “A Chorus Line” (1983), “Cabaret” (1989), “Hello Gershwin” (1991). Porém as dificuldades eram muito grandes: faltava elenco qualifi- cado, os produtores não tinham verba suficiente – as Lei de Incentivo e os patrocínios eram incipientes – e não havia teatros que comportassem as orquestras e cenários exigidos por estas montagens.

O musical “Rent”, produzido em 1999, marca a segunda fase de renascimento dos musicais adaptados da Broadway. Este período foi marcado pelas Leis de Incentivo Fiscais (como a Lei Rouanet2); com os orçamentos mais generosos, foi possível a realização de gran- des montagens e consequente profissionalização desse setor (MARTINS, 2008). Ademais, as empresas do setor privado, apoiadas nestas ferramentas de renúncia fiscal das leis de in- centivo à cultura, optaram por financiar e patrocinar este segmento, que já gozava de gran- de prestígio junto ao público e à crítica, valorizando as marcas que estivessem associadas a este movimento de sucesso:

O teatro não mais poderia sobreviver sem estratégias muito bem delineadas de comu- nicação e marketing. Os patrocinadores passaram a ficar cada vez mais ávidos por associar suas marcas a produções de sucesso, o que se traduzia em grandes anúncios na grande mídia – especialmente se a produção contasse com nomes estelares em seu elenco [...]. Por mais de 20 anos, muitos serão os musicais a fazerem sucesso graças a produções bancadas pelas inúmeras leis de incentivo à cultura (por renúncia fiscal), além das Leis de Fomento. (ESTEVES, 2014)


Assim, em 2001, o musical “Les Misérables” – produção brasileira de Claudio Bo- telho – marca o início de um momento novo e divisor de águas para o Teatro Musical Bra- sileiro. Tratava-se de algo grandioso, remetendo às escalas de grandeza das montagens da Broadway, e com investimentos de 3,5 milhões de dólares realizado pela empresa de entre- tenimento CIE do Brasil (atualmente nominada “Time 4 Fun”), que carimbava seu passa- porte para o sucesso e consolidação no mercado de entretenimento no Brasil. A estrutura era grandiosa comparada às montagens dos musicais antecessores: “O palco giratório e uma equipe 150 pessoas, era algo inédito no teatro nacional” (MARTINS, 2008). “Les Misérables” estreava em grande estilo, no antigo “Teatro Abril” – recém reformado – que no passado re- cebeu os festivais da TV Record e a primeira montagem da Broadway no Brasil: “My Fair La- dy” em 1962. Em apenas 11 meses o espetáculo atraiu 350 mil espectadores, sendo respon- sável pela direção musical o maestro Marconi Araújo, que teve sete cantores de sua compa- nhia amadora de musicais de Brasília compondo o elenco nos papéis principais.

Ao grande sucesso da produção de “Les Misérables” seguiu-se o aclamado musical “A Bela e a Fera” que aportou no Brasil em sua primeira edição (2002) com um orçamento de 8 milhões de dólares, e um público de 600 mil pessoas em 19 meses de temporada. Essa mesma montagem voltou em 2009 para mais uma temporada. Quanto à economia do país, esta se revelava mais estável, e assim o entretenimento mais acessível a uma população que antes não o consumia.

Em 2005, temos o musical mais visto no país, com quase 900 mil espectadores: “O Fantasma da Ópera” estreava com orçamento de R$26 milhões, alto para os padrões da épo- ca, conferindo-lhe um status de super-produção. As apresentações do espetáculo estavam programadas para se encerrar em abril de 2007, mas o intenso sucesso fez com que a agen- da fosse prorrogada até 2009.

Durante anos, a T4F (“Time for Fun”) ocupou o lugar de única empresa que produ- zia musicais no Brasil, posto que detinha todo o know how (franchasing) para replicar em série as adaptações de versões de musicais consagrados no exterior. Assim, musicais como: “Les Misèrables” (2001), “Chicago” (2004), “O Fantasma da Ópera” (2005), “Miss Saingon” (2007) “A Bela e a Fera” (2002 e 2009), “Mamma Mia” (2010), “Família Addams” (2012), “O Rei Leão” (2013), “Jesus Cristo SuperStar” (2014), “Mudança de Hábito” (2015) são exemplos de grandes investimentos e de sucesso de público dentro do segmento “Espetáculos Teatrais e Entretenimento Familiar” (Fig. 1).

Isso se torna mais importante ao analisarmos que, no caso das franquias, ao com- prar o “pacote completo” dos títulos de musicais da Broadway, chamada no meio musical de “bíblia”, o empresário precisa estar disposto a desembolsar a quantia necessária para pro- ver todo o “padrão Broadway” e todas as regras escritas para que o espetáculo saia em com- pleta conformidade com os padrões internacionais exigidos, o que inclui: figurino, cenário, mapeamento de luz, engenharia de som, diretores e seus assistentes, e toda a equipe que compõe o elenco – os protagonistas, ensemble (coro), covers (substitutos dos protagonistas), swingers (artistas que podem ocupar várias posições em cena) e os pit-singers (cantores que dão suporte de voz na coxia, não aparecendo em cena).

Assim, há cerca de quinze anos, o Brasil entrou na rota das superproduções inter- nacionais e formou um mercado técnico e artístico para atuar nestes espetáculos, sendo in- vestidos mais de 60 milhões de reais, através da geração de ao menos 25 mil postos de tra- balho (PRADO, 2012).


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Figura 1: Valores das principais produções no Teatro Musical Brasileiro.

Fonte: Ministério da Cultura, T4F, F. de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja.


Dentro do gênero dos musicais no Brasil, não podemos deixar de citar a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho, que podem ser considerados hoje os principais nomes do teatro musical no Brasil. Charles Möeller (ator, diretor teatral, autor teatral, cenógrafo e figurinista) e Claudio Botelho (ator, diretor, cantor, produtor, letrista, versionista, compo- sitor e tradutor) se conheceram trabalhando juntos na montagem do musical “Hello Ger- shwin” em 1991. Porém, foi a partir de 1997, com a montagem autoral do musical “As Mal- vadas”, que a dupla se consolidou e, desde então, não parou de assinar e colecionar espe- táculos de sucesso em seus currículos, tendo sua marca (M&B) na maioria das montagens de teatro musical da Broadway no Brasil até os dias de hoje; convém observar que Claudio Botelho é o responsável pela maioria das versões em português dos musicais importados dos EUA.

Outro produtor, escritor e versionista que trouxe grande contribuição para o gê- nero foi Miguel Falabella, responsável pela montagem e sucesso de vários musicais co- mo “Os Produtores” (2008), “Hairspray” (2009), “Cabaret” (2011), “A madrinha embriaga- da” (2013), “O homem De La Mancha” (2013), “Chaplin – O musical” (2015) e vários outros. O título “O homem De La Mancha” ganhou como melhor musical, tanto pelo voto popular quanto pelo juri técnico, no conceituado prêmio “Bibi Ferreira” (outubro de 2015), consi- derado um selo de qualidade e excelência dos espetáculos de teatro musical da cidade de São Paulo.

3. Teatro musical contemporâneo e os musicais biográficos


A partir de 2010, como opção aos musicais adaptados da Broadway, vem crescendo o número de musicais afeitos a retratar ícones da cultura brasileira, tais como: Tim Maia, Elis Regina, Cassia Eller, Wilson Simonal, Rita Lee, Chacrinha, Cazuza, Luiz Gonzaga, que tiveram suas histórias de vida contadas e cantadas nos palcos brasileiros.

O que se tem hoje no cenário teatral são musicais brasileiros de excelente qualidade fazendo enorme sucesso com o público e com os críticos, na esteira do precursor “Tim Maia

Assim, o teatro musical brasileiro se desenvolve com suas próprias influências, ain- da bebendo da fonte do teatro musical internacional – notadamente Broadway e West End – de onde originalmente lapidou sua evolução profissional. Aprendendo a modificar-se, e ao ouvir detidamente os anseios do público nacional, com o passar do tempo, obtém resultados relevantes, assemelhando-se à perfeição idealizada desde seus primórdios por profissionais e críticos do teatro musical.

Há que se ressaltar, por fim, o desafio que se vislumbra no horizonte, qual seja: ainda há, em comparação aos musicais versionados e aos musicais biográficos, uma menor produção de enredos e canções originais para o teatro musical brasileiro, tal qual o fenôme- no decorrente à resposta à censura do período militar e da efervescência cultural daquele período. Nota-se uma aparente acomodação que se presta aos fins econômicos, com menor risco do que aqueles derivados de grandes inovações ainda não testadas ao grande público. Afinal, as canções da Broadway, ou as de Tim Maia e Elis Regina já são sobejamente conhe- cidas, gerando menor estranheza aos patrocinadores. Mas há que chegar a grande novidade de nossa produção decorrente do trabalho dos compositores e letristas nacionais para somar ainda mais qualidade a esta grande indústria cultural.


Tabela 2: Musicais do grande circuito comercial realizados no Brasil, no eixo Rio – São Paulo.

Os títulos que apresentam *** são musicais originais da Broadway e West End, versionados e adaptados para o português do Brasil.


Ano

Título

Autoria / Versão

Notas

1950

Escândalos 1950

Autoria: Chianca de Garcia e Helio Ribeiro

Direção musical: Vicente Paiva e Bibi Ferreira

1951

Escândalos 1951

Autoria: Chianca de Garcia e Helio Ribeiro

Direção musical: Vicente Paiva e Bibi Ferreira

1956

Orfeu da Conceição

Texto / Música: Vinícius de Moraes e Tom Jobim

1960

Revolução na América do Sul

Autoria: Augusto Boal

Direção: José Renato

A mais-valia vai acabar, seu Edgar

Autoria: Eduvaldo Vianna Filho

Encenado por Francisco de Assis


1962

My Fair Lady*** (Minha Querida Lady)

Versão: Victor Berbara e Henrique Pongetti

1ª adaptação da Broadway para o Brasil, com Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco

Brasil – Versão Brasileira

Autoria: Vianninha

1963

Chica da Silva

Autoria: Renata Mizhari

Betty Faria representa, canta e dança


1965

Alô, Dolly***

Versão: Victor Berbara

Protagonistas: Bibi Ferreira e Paulo Fortes

Morte e Vida Severina

Autoria: João Cabral de Melo Neto

Direção musical: Zuínglio Faustini

Música, Divina Música

Versão: Oscar Ornstein

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


1966

Oh, Que Delícia de Guerra!

Versão: Cláudio Petraglia

João, Amor e Maria

Autoria: Hermínio Bello de Carvalho

Música de: Maurício Tapajós

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Autoria: Vianinha e Gullar

1967

O rei da vela

Autoria Oswald de Andrade

1968

Roda Viva

Autoria: Chico Buarque

Dr. Getúlio, sua vida e sua glória

Autoria: Dias Gomes e Gullar

1969

Hair***

Versão: Renata Pallotini

Direção musical: Cláudio Petraglia

A Moreninha

Versão: Miroel Silveira

Autoria: Joaquim Manuel de Macedo


1970

Arena Conta Zumbi

Autoria: Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal

Música: Edu Lobo

Arena Conta Bolívar

Autoria: Augusto Boal


1971

Arena Conta Tiradentes

Autoria: Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri

Direção musical: Théo de Barros

Hoje é Dia de Rock

Autoria: José Vicente

Direção musical: Cecília Conde


1972

O Homem de la Mancha*** (1ª montagem)

Versão: Paulo Pontes

Versão das músicas para o português: Chico Buarque e Ruy Guerra; com Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco

Botequim

Autoria: Gianfrancesco Guarnieri

Gente Computada Igual a Você

Autoria: Wagner Ribeiro

Música dos Novos Baianos

Jesus Cristo Superstar*** (1ª montagem)

Versão: Vinicius de Moraes


1973

Calabar

Autoria: Ruy Guerra e Chico Buarque

Direção musical: Dori Caymmi; Orquestração: Edu Lobo

Viva o Cordão Encarnado

Autoria: Luiz Marinho

As Incelenças

Autoria: Luiz Marinho

1974

Pippin

Versão: Flavio Rangel

Com Marco Nanini e Marília Pêra

Godspell***

Versão: Altair de Lima


1975

Gota d’ Água

Autoria: Chico Buarque e Paulo Pontes

Bibi Ferreira: protagonista

Lampião no Inferno

Autoria: Jairo Lima

The Rocky Horror Show*** (1ª ontage)

Versão: Jorge Mautner, Zé Rodrix, Kao Rossman

Feiticeira

Autoria: Nelson Motta

Estrelado por Marília Pêra

1976

Deus lhe Pague

Autoria: Joracy Camargo

Músicas de Edu Lobo e Vinícius de Moraes

/ Direção: Bibi Ferreira

1977

Os Saltimbancos

Versão: Chico Buarque e Sérgio Bardotti

1978

A Ópera do Malandro (estreia original)

Autoria: Chico Buarque

Fábula musical inspirada no conto dos Irmãos Grimm “Os Músicos de Bremen”

1979

O Rei de Ramos

Autoria: Dias Gomes

Direção musical: Francis Hime

1980

Blue Jeans

Autoria: Wanderley A. B. Zeno Wilde

Happy End***

Autor: desconhecido

Direção musical: Tim Rescala


1981

Cabaret S.A.

Autoria: Oswald de Andrade e Mauro Rasi

Direção musical: Caique Botkay

Aí vem o Dilúvio***

Versão: Raul Solnado

Produção de Billy Bond / Obra de Garinei e Giovannini e texto de Iaia Fiastri


1982

The Rocky Horror Show*** (2ª montagem)

Versionista: desconhecido

Amadeus

Versão: Flávio Rangel

Peer Gynt

Autoria: Henrik Ibsen

Direção Musical: Tim Rescala


1983

Evita*** (1ª montagem)

Versão: Victor Berbara

Direção Musical: Maestro Edson Frederico

Piaf

Autoria: Pam Gens

Direção: Flavio Rangel; protagonista: Bibi Ferreira

A Chorus Line*** (Uma Linha De Coro)

Versão: Millôr Fernandes

Direção Musical: Murilo Alvarenga / Produção: Walter Clark

O Grande Circo Místico (1ª montagem)

Roteiro: Naum Alves de Souza

Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo

Os meninos da Rua Paulo

Versão: Claudio Botelho

1984

O Califa da Rua do Sabão

Autoria: Artur Azevedo


1985

Theatro Musical Brazileiro – Parte I

Autoria: Luís A. M. Corrêa e Marshall Netherland

Direção musical: Marshall Netherland

O Corsário do Rei

Autoria: Augusto Boal

Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


1986

Mahagonny

Autoria: Bertolt Brecht Kurt Weill

Direção musical: Tim Rescala

El Grande de Coca-Cola

Autoria: Naum Alves de Souza

Direção: Naum Alves de Souza

A Divina Chanchada

Autoria: Vicente Pereira


1987

Theatro Musical Brazileiro – Parte II

Autoria: Luís A. M. Corrêa e Marshall Netherland

Direção musical: Marshall Netherland

Brasileiro, Profissão: Esperança

Autoria: Paulo Fontes

Com Bibi Ferreira

A Estrela Dalva

Autoria: Renato Borghi e João Elísio Fonseca

Direção Musical: Cesar Camargo Mariano

As Noviças Rebeldes*** (1ª montagem)

Versão: Desconhecido

Elenco apenas feminino

Gardel, uma Lembrança

Autoria: Manuel Puig

1988

Rosa, um Musical Brasileiro

Autoria: Joaquim Assis

Splish Splash

Autoria: Flávio Marinho


1989

A pequena Loja dos Horrores***

Versionista: desconhecido

Direção: Wolf Maia

Lamartine para inglês ver

Autoria: Antonio De Bonis

Direção musical: Jacques Morelenbaum.

Suburbano Coração

Autoria: Naum Alves de Souza

Músicas de Chico Buarque

Elas por Ela

Autoria: Marília Pêra

Cabaret*** (1ª versão)

Versionista: desconhecido

Direção: Jorge Takla

Nos Tempos da Opereta

Autoria: Anamaria Nunes

1990

Casamento Branco

Versão: Claudio Botelho

1991

Não Fuja da Raia

Autoria: Silvio de Abreu

Hello, Gershwin***

Autoria: Claudio Botelho

1992

Um violinista no telhado***

Versão: Claudio Botelho


1993

De Rosto Colado

Versionista: desconhecido

Direção: Marco Nanini

Lamartine II – O resgate

Autoria: Antonio De Bonis

Charity, Meu Amor***

Versão: Flávio Marinho

Detalhes Tão Pequenos de Nós Dois

Autoria: Felipe Pinheiro

1994

The Rocky Horror Show***

Versão: Jorge Fernando


1995

Fred e Judy

Autoria: Claudio Botelho e Claudia Netto

O Samba Valente de Assis

Autoria: Zé Trindade Neto

Pixinguinha

Autoria: Fátima Valença

É no toco da goiaba

Autoria: Antonio De Bonis


1996

Quatro Carreirinhas

Autoria: Flávio Marinho

Metralha

Autoria: Stella Miranda

Sobre a vida de Nelson Gonçalves Versão Musical: Tim Rescala

Roque Santeiro

Autoria: Dias Gomes

Direção: Bibi Ferreira

Os Fantástikos

Versão: Claudio Botelho


1997

Cabaret Brazil

Autoria: Wolf Maya e Cininha de Paula

As Malvadas

Autoria: Charles Möeller, Direção Musical: Claudio Botelho

1° musical da dupla Möeller e Botelho

Na Bagunça do Teu Coração

Autoria: João Máximo e Luiz F. Vianna

Direção: Bibi Ferreira

Sondheim Tonight

Versão: Claudio Botelho

As Noviças Rebeldes*** (2ª versão)

Versão: Flávio Marinho

Elenco apenas masculino

Tuhu, o menino Villa-Lobos

Autoria: Karen Acioly


1998

Ô Abre Alas

Versão: Claudio Botelho

Canções de Chiquinha Gonzaga

Chico Viola

Autoria: Luiz Arthur Nunes

Sobre a vida de Francisco Alves

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Versão: Galdino

Direção Musical: Pedro Paulo Bogossian

Somos Irmãs (Linda e Dircinha Batista)

Autoria: Sandra Louzada

Direção: Ney Matogrosso e Cininha de Paula

Viva o Zé Pereira

Autoria: Karen Acioly


1999

Aí vem o Dilúvio*** (volta)

Versão: Raul Solnado

Produção de Billy Bond / Obra de Garinei e Giovannini e texto de Iaia Fiastri

Rent***

Versionista: desconhecido

Direção: Billy Bond / Direção Musical: Oswaldo Sperandio

Itinerário de Pasárgada

Versão: Galdino

Dolores – Um Musical

Autoria: Douglas Dwight e Fátima Valença

Sobre a vida de Dolores Duran

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


2000

Cole Porter –

Ele Nunca Disse que Me Amava

Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho

Crioula

Autoria: Stella Miranda

Sobre a vida de Elza Soares

Estrela Tropical

Autoria: desconhecida

Protagonista: Marília Pêra

Aí vem o Dilúvio

Versão: Raul Solnado

Ai Ai Brasil

Autoria: Clovis Levi

A Ópera do Malandro (volta)

Autoria: Chico Buarque

Adaptação: Gabriel Vilela

Filhos do Brasil

Autoria: Andréa Bassitt e Regina Galdino

Direção Musical: Pedro Paulo Bogossian

Cazas de Cazuza

Autoria: Rodrigo Pitta

Company

Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho

Candide

Versão: Claudio Botelho


2001

Bibi Vive Amália

Autoria: Tiago da Silva

Victor ou Victoria***

Versão: Claudio Botelho

Company***

Versão: Claudio Botelho

South American Way***

Versão: Miguel Falabella

O Beijo da Mulher Aranha

Versão: Claudio Botelho

Cambaio

Autoria: João e Adriana Falcão

Músicas de Edu Lobo e Letras de Chico Buarque

Um Dia de Sol em Shangrilá

Autoria: Charles Möeller

Direção musical: Claudio Botelho

Na Cama com Tarantino

Autoria: Marcos Ferraz

Les Misérables***

Versão: Claudio Botelho

Regência: Marconi Araújo


2002

Godspell *** (volta)

Versão: Miguel Falabella

Direção Musical:Josimar Carneiro

O Fantasma do Teatro

Versão: Claudio Botelho

Aprendiz de Maestro

Autoria: Andréa Bassitt

Suburbano Coração

Autoria: Naum Alves de Souza

Direção de Charles Möeller e Claudio Botelho

A Bela e a Fera***

Versão: Claudio Botelho

Elis – Estrela do Brasil

Autoria: Fátima Valença e Douglas Dwight

Constellation – O Musical

Autoria: Cláudio Magnavita


2003

A Ópera do Malandro (volta)

Autoria: Chico Buarque

Direção de Charles Möeller e Claudio Botelho

Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio

Versão: Stella Miranda

Quem Tem Medo de Kurt Weill?

Autoria: João Máximo

IneZperado Musical

Autoria: Inez Viana e Antonio De Bonis

Magdalena

Versão: Claudio Botelho

A Flor e o Samba

Autoria: Gustavo Gasparani

Comunità – o Musical

Autoria: Cláudio Magnavita

Grease – O musical***

Versão: Cristina Trevisan

O mágico de Oz***

Versão: Lilio Alonso


2004

Chicago***

Versão: Claudio Botelho

Tudo é Jazz***

Versão: Claudio Botelho

Orlando Silva, o Cantor das Multidões

Autoria: Fátima Valença e Antonio De Bonis

A Turma do Pererê

Autoria: Tim Rescala

Cristal Bacharach

Autoria: Charles Möeller

Lupicínio e Outros Amores

Autoria: Claudio Botelho


2005

Marilia Pêra Canta Carmen Miranda

Autoria: Maurício Sherman

Lado a Lado com Sondheim

Versão: Claudio Botelho

O Fantasma da Ópera***

Versão: Claudio Botelho

Sinatra – Olhos Azuis

Autoria: Cláudio Figueira

Cleópatra – O Musical

Autoria: Regiana Antonini

Otelo da Mangueira

Autoria: Gustavo Gasparani

As Robertas – Loucas pelo Rei

Autoria: Rodrigo Figueiredo

Direção Musical: Simone Saback

Rádio Nacional –

As ondas que conquistaram o Brasil

Autoria: Fátima Valença

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


2006

Império

Autoria: Miguel Falabella

Ópera do Malandro em Concerto

Versão: Claudio Botelho

Música e letras: Chico Buarque

Sweet Charity***

Versão: Claudio Botelho

Cauby! Cauby!

Autoria: Flavio Marinho

Diogo Vilela com Cauby Peixoto

Pinocchio***

Versão: Billy Blond e Lilio Alonso

Aracy Cortes –

A Rainha da Praça Tiradentes

Versão: Alexandre Guimarães


2007

A flauta mágica

Versão: Vladimir Capella

My Fair Lady***

Versão: Claudio Botelho

Miss Saigon ***

Versão: Claudio Botelho

Os Produtores***

Versão: Miguel Falabella

Garota Glamour

Autoria: Wolf Maya

7 – O Musical

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Direção Musical: Ed Motta

Gota D´Água

Autoria: Chico Buarque e Paulo Fontes

Tieta do Agreste

Versão: Christina Trevisan

Peter Pan - Todos podemos voar

Versão: Claudio Botelho

Valente

Autoria: Anamaria Nunes

Músicas de Assis Valente

Um Boêmio no Céu

Autoria: Catullo da Paixão Cearense

Renato Russo

Autoria: Daniela Pereira de Carvalho

Sassaricando –

E o Rio Inventou a Marchinha

Autoria: Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral

Direção Cênica: Claudio Botelho

Senhora dos Afogados

Versão: José Henrique de Paula


2008

Beatles num céu de diamantes

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Divina Elizabeth

Autoria: desconhecido

Direção Musical: Josimar Carneiro

Aida

Versionista: desconhecido

West Side Story*** (A noviça Rebelde)

Versão: Claudio Botelho

Gloriosa – A Vida de Florence Foster

Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho

Calabar (2ª montagem)

Autoria: Heron Coelho

Cauby! Cauby! (2ª montagem)

Autoria: Paulo Afonso de Lima

As travessuras do Barbeiro

Versão: Isabel Nogueira Batista

Baseado na obra “O Barbeiro de Sevilha”


2009

A Noviça Rebelde***

Versão: Claudio Botelho

O Despertar da Primavera***

Versão: Claudio Botelho

Esta é a Nossa Canção***

Versão: Flávio Marinho

Avenida Q***

Versão: Claudio Botelho

Gardel - O Musical de Tangos

Autoria: Paulo Afonso de Lima

O sítio do Pica Pau Amarelo

Canções e Direção Musical de André Abujamra e Ronnie Kneblewski

Baseado na obra de Monteiro Lobato


2010

Hairspray***

Versão: Miguel Falabella

Mamma Mia***

Versão: Claudio Botelho

Hair*** (volta)

Versão: Claudio Botelho

É com esse que eu vou

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Gypsy***

Versão: Claudio Botelho

Versão Brasileira

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

A Gaiola das Loucas***

Versão: Miguel Falabella

O Rei e Eu

Versão: Claudio Botelho

Direção: Jorge Takla / Direção Musical: Jamil Maluf

Jekyll & Hyde –

O médico e o monstro***

Versão: Claudio Botelho

Meu Amigo Charlie Brown***

Versão: Mariana Elisabetsky

Direção Musical: Marconi Araújo

Era uma vez (Into the Woods)***

Versão: Armando Bravi

Cats***

Versão: Toquinho

Zorro – O musical***

Autoria: Isabel Allende

Direção: Roberto Lage

A Garota do Biquini Vermelho

Autoria: Artur Xexéo


2011

Tim Maia – Vale Tudo, o musical

Autoria: Nelson Motta

Hedwig***

Versão: Evandro Mesquita

Baby

Versão: Flavio Marinho e Tadeu Aguiar

As Bruxas de Eastwick***

Versão: Claudio Botelho

Produção:T4F em parceria com a Cameron Mackintosh LTDA.

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


2011

Judy Garland – O Fim do Arco-Íris

Versão: Claudio Botelho

Cabaret*** (2ª montagem)

Versão: Miguel Falabella

Direção Vocal: Marconi Araújo

New York, New York***

Não há versão; músicas em inglês, legendas em português projetadas simultaneamente

Direção e Encenação: José Possi Neto

Emilinha e Marlene – As Rainhas do Rádio

Autoria: Thereza Falcão e Julio Fischer

Gloriosa

Tradução: Marisa Murray / Adaptação: Claudio Botelho

Protagonista: Marília Pêra

Peixonauta

Autoria: Celia Catunda e Kiko Mistrorigo

Evita

Versão: Claudio Botelho


2012

Um Violinista no Telhado***

Versão: Claudio Botelho

José Mayer como protagonista

Alô Dolly***

Versão: Miguel Falabella

A Família Addams***

Versão: Claudio Botelho

Empresa: Time for Fun

Priscilla, Rainha do Deserto***

Versão: Flávio Marinho

Milton Nascimento –

Nada Será como Antes - O Musical

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

O Mágico de Oz***

Versão: Claudio Botelho

Xanadu***

Versão: Artur Xexéo

Direção: Miguel Falabela

Fame, o Musical***

Versão: Victor Mühlethaler

Era uma vez... Grimm – O musical

Autoria: José Mauro Brant e Tim Rescala

Nós sempre teremos Paris

Autoria: Artur Xexéo

“Enlace – A Loja do Ourives” – O Musical

Versão: Maria de Lourdes de Mello

Baseado no livro do Papa João Paulo II

A Borboleta Sem Asas - O Musical

Autoria: Cesar Cavelagna

Cambaio (a seco) remake

Versão: João e Adriana Falcão

Músicas de Edu Lobo e Letras de Chico Buarque

A cor púrpura***

Versão: Mariana Elisabetsky

Produção: Ricardo Antonissi

Godspell *** (volta)

Versão: Gilvan Gomes


2013

Rei Leão***

Versão: Gilberto Gil

Ponto de Bala

Texto: Daniel Salve

Realização: Marcenaria de Cultura

Quase Normal***

Versão: Tadeu Aguiar

Shrek, o Musical***

Versão: Claudio Botelho

Crazy for you***

Versão: Miguel Falabella

Elis – A Musical

Autoria: Nelson Motta e Patrícia Andrade

Lampião e Lancelote

Versão: Braulio Tavares

Composições originais de Zeca Baleiro

Gonzagão – A Lenda

Autoria: João Falcão

Como Vencer na Vida Sem Fazer Força

Versão: Claudio Botelho

A madrinha embriagada***

Versão: Miguel Falabella

Ingressos gratuitos: SESI-SP.

Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Na Bagunça do Teu Coração

Autoria: João Máximo e Luiz Fernando Vianna

Inspirado em canções de Chico Buarque

As Mulheres de Grey Gardens***

Versão: Jonas Klabin

Dzi Croquettes

Autoria: Ciro Barcelos

Tudo por um Popstar

Autoria: Thalita Rebouças

Rapsódia

Autoria: Maurício Alves

Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, o musical

Autoria: Aloísio de Abreu

Chacrinha, o Musical

Autoria: Pedro Bial e Rodrigo Nogueira

Rock in Rio - O musical

Autoria: Rodrigo Nogueira

Jesus Cristo Superstar***

Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey

Rita Lee Mora ao Lado

Autoria: Henrique Bartsch

Vingança – O Musical

Autoria: Anna Toledo

Canções de Lupicínio Rodrigues

Se Eu Fosse Você – O Musical

Autoria: Flávio Marinho

Músicas de Rita Lee / direção musical de Guto Graça Mello

Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


2013

O Homem de la Mancha*** (2ª montagem)

Versão: Miguel Falabella

Miranda por Miranda (1ª montagem)

Autoria: Miguel Falabella

Direção musical: Tim Rescala

Luz Negra

Autoria: Paulo Faria


2014

Nas Alturas (In The Heights)***

Versão: Victor Mühlethaler

As damas de paus

Autoria: Mara Carvalho

A Ópera do Malandro (volta)

Autoria: Chico Buarque

Direção e Adaptação: João Falcão

Cássia Eller - O Musical

Autoria: Patricia Andrade

Constellation - Uma viagem musical pelos anos 50

Autoria: Cláudio Magnavita

Eu Vou Tirar Você Deste Lugar

Autoria: Sérgio Maggio

Canções de Odair José

O Grande Circo Místico (volta)

Autoria: Newton Moreno e Alessandro Toller

Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo

Ponto de Bala! – Um Teatrinho Político e Apocalíptico

Autoria: Daniel Salve

O Menino Maluquinho

Autoria: Ziraldo


2015

Mudança de Hábito***

Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey

produtora Time For Fun (T4F)

S’imbora – O Musical

“A história de Wilson Simonal”

Autoria: Nelson Motta e Patrícia Andrade

As Noviças Rebeldes – O Musical***

Versão: Flávio Marinho

Elenco misto (homens e mulheres)

Chaplin, o Musical***

Versão: Miguel Falabella

Direção Musical: Marconi Araújo

Memórias de um Gigolô

Autoria: Miguel Falabella

baseado no romance de Marcos Rey

Andança – O Musical

Autoria: Rômulo Rodrigues

Nuvem de lágrimas

Autoria: Anna Toledo

Canções de Chitãozinho e Xororó

Raia 30 - o Musical

Versão: Miguel Falabella

Direção musical: Marconi Araújo

Antes tarde do que nunca

Versão: Miguel Falabella

Dias de Luta, Dias de Glória – Charlie Brown Jr, O Musical

Autoria: Well Rianc

Nine – um musical Felliniano

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Urinal – O musical***

Versão: Zé Henrique Paula e Fernanda Maia

Miranda por Miranda (2ª montagem)

Autoria: Miguel Falabella

Direção musical: Tim Rescala

Minha Adorável Verde Vida

Autoria: Mauricio Alves

Beatles num céu de diamantes (2ª montagem)

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos (volta)

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Lisbela e o Prisioneiro – Um Musical circense

Versão: Francisca Braga

Barbaridade, o musical

Autoria: Rodrigo Nogueira

Sim! Eu aceito! ***

Versão: Flávio Marinho

Godspell *** (volta)

Versão: João Fonseca

Mulheres à beira de um ataque de Nervos – O Musical***

Versão: Miguel Falabella

Kiss me Kate – O beijo da megera***

Versão: Claudio Botelho

José Mayer como protagonista

Bilac vê estrelas

Autoria: Heloisa Seixas e Julia Romeu

O primeiro musical a gente nunca esquece

Autoria: Rodrigo Nogueira

Ou tudo ou nada***

Versão: Artur Xexéo


2016

Wicked ***

Versão: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler

Rent*** (volta)

Versão: Mariana Elisabetsky

Uma luz cor de luar – O musical

Autoria: Rafael de Castro

We will rock you – O Musical do Queen ***

Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey

Mamonas – O musical

Autoria: Walter Daguerre

Meu amigo Charlie Brown*** (volta)

Versão: Mariana Elisabetsky

Produção: Leandro Luna

Cinderella – O musical ***

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Gilberto Gil, Aquele Abraço – O Musical

Autoria: Gustavo Gasparani

Canções de Gilberto Gil

Elton John Tribute & Rocket Band

Autoria: Rogério Martins

Ano

Título

Autoria / Versão

Notas


2016

Urinal – O musical*** (volta)

Versão: Zé Henrique Paula e Fernanda Maia

Nuvem de lágrimas (volta)

Autoria: Anna Toledo

Canções de Chitãozinho e Xororó

Godspell – O musical ***

Versão: Kaíke Azarias e Guilherme Leal

Anastasia – O musical

Adaptação: Diego Ramos e Nicolle Guenther

Milton Nascimento – Nada Será como Antes - O Musical (volta)

Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho

Rita Lee Mora ao Lado (volta)

Autoria: Henrique Bartsch

4 Faces do Amor – O musical

Autoria: Eduardo Bakr

Canções do Ivan Lins

SamBRA – O musical

Autoria: Gustavo Gasparini

Os Dez Mandamentos – O Musical

Adaptação: Emilio Boechat

Chaim Produções

Gota D’Água (A seco)

Autoria: Chico Buarque e Paulo Pontes

Uma adaptação de “Gota D’agua”

Gabriela – O musical

Autoria: João Falcão

Inspirado no Romance Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado

My fair lady *** (volta)

Versão: Claudio Botelho

Direção: Jorge Takla


Notas


1 Pela Lei dos Direitos Autorais (Lei Nº 5.988/73), o autor é considerado “pessoa física criadora”, que, no caso espe- cífico da música, pode ser o autor ou o compositor. Eles podem autorizar que seja feita uma versão da sua obra, nascendo aí a figura do autor-versionista. A versão caracteriza-se por ser uma nova obra, derivada da original já existente.

2 A Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, conhecida como Lei Rouanet, surge em um contexto de escassez de recursos estatais para a Cultura, no Brasil e no mundo. A Lei Rouanet foi criada para estabelecer uma parceria público-privada, e fomentar a criação de um mercado de produção de bens culturais no país (BELEM & DONA- DONE, 2013).


Referências


A BROADWAY É AQUI. Disponível em: <http://abroadwayeaqui.com.br/>. Acesso em: 01 abr 2015.

ANDRADE, Juliana. Musicais da Broadway que passaram pelo Brasil. 22 de setembro de 2014. Disponívelem:<http://www.guiadasemana.com.br/artes-e-teatro/noticia/musicais-da-broadway

-que-passaram-pelo-brasil>. Acesso em: 13 mar 2015.

BOTELHO, Claudio. Versões Brasileiras. Disponível em: <https://claudiobotelholetras.wordpress. com/category/outros/>. Acesso em: 16 mar de 2015.

DI DIO, Marili; CAMHAJI, Michelle. Cena Musical. Disponível em: <http://www.cenamusical. com.br/>. Acesso em: 01 de abr 2015.

ESTEVES, Gerson da Silva. A Broadway não é aqui - Teatro musical no Brasil: uma diferença a se estudar. São Paulo, 2014. [302f.]. Tese (Mestrado em Comunicação). Faculdade Cásper Líbe- ro, São Paulo, 2014.

FREITAS FILHO, José Fernando Marques. Com os séculos nos olhos - Teatro musical e expres- são política no Brasil, 1964-1979. Brasília, 2006. [386f.]. Tese (Doutorado em Literatura Brasilei- ra). Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literatura, Brasília, 2006.

MARTINS, Gustavo. Do teatro de revista às adaptações da Broadway, musicais se tornaram mi- lionários no Brasil. 15 de Abril de 2008. Disponível em: <http://entretenimento.uol.com.br/ult- not/2008/04/15/musicais_no_brasil.jhtm>. Acesso em: 16 mar de 2015.

MR. ZIEG. Disponível em: <http://mrzieg.com/>. Acesso em: 01 de abr 2015.

PORTO, Henrique Marques. O Teatro de Revista. 2010. Disponível em: <http://blogln.ning.com/ profile/TeatrodeRevista>. Acesso em: 08 abr 2015.

PRADO, Miguel Arcanjo. Musicais investem R$ 60 milhões no Brasil. R7 Blog Atores e Bastido- res, 20. abr. 2012. Disponível em: <http://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/tag/hair/>. Acesso em: 20 abr 2015.

TEATRO MUSICAL NO BRASIL. Versões Brasileiras. Disponível em: <http://teatromusicalbra- sil.blogspot.com.br/>. Acesso em: 16 mar de 2015.

VENEZIANO, Neyde. O teatro de revista no Brasil. Campinas, SP: Pontes: Editora da Universi- dade Estadual de Campinas, 1991.


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Adriana Barea Cardoso - Mestranda em Música pela Unicamp - Instituto de Artes, bacharel em música (IA/Uni- camp) com habilitação em Canto Popular e com pós-graduação lato senso em Gestão Cultural pelo Senac - São Paulo.


Angelo José Fernandes - Doutor em Música pela Unicamp e docente do Departamento de Música desta universi- dade. Tem se dedicado à pedagogia vocal e ao estudo da técnica vocal aplicada aos diferentes períodos históricos e estilos musicais.


Cassio Cardoso Filho - Docente da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e colaborou com a análise estatís- tica e revisão deste artigo.

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