Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016
Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016
Adriana Barea Cardoso (IA/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)
Angelo José Fernandes (IA/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)
Cassio Cardoso Filho (FCM/Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil)
Resumo: Introdução: O teatro musical no Brasil se revela hoje um dos principais elementos de entretenimento no ei- xo Rio-São Paulo. O grande aquecimento desse mercado, aliado ao crescimento técnico e comercial, tem contribuído decisivamente para este mercado de fomento da cultura. Objetivo: Tabular os principais títulos de peças de musicais montados desde os anos 1950 até hoje, bem como situá-los no contexto cultural em que estiveram inseridos. Méto- dos: Busca sistemática dos dados das peças montadas em nosso país, através da internet e da literatura que apresente essa temática. Principais Conclusões: o número de Musicais tem crescido, com uma mudança a partir dos anos 1990 com as versões dos principais títulos da Broadway, com incremento do público e do financiamento destinado a esta área. Cumpre ressaltar também a pressão positiva exercida sobre os cantores-atores, com busca por melhor formação técnica e artística a fim de incrementar este rol de profissionais.
Palavras-chave: Teatro musical; Títulos de musicais; Musicais no Brasil; Broadway.
Brief History of Musical Theatre in Brazil, and compilation of their titles
Abstract: Introduction: Musical Theater is nowadays one of the leading entertainment performances between the cit- ies of Rio de Janeiro and São Paulo, in Brazil. Its growing popularity, together with the technical and commercial im- provements, has contributed decisively to this art form. Objective: List of the major titles of Musical Theatre works produced since the 1950s, and place them in the cultural context to which they belonged. Methods: Systematic Data search through internet and literature of Musical Theater titles produced in Brazil. Key findings: the number of Mu- sical Theatre productions has grown, with a change from the 1990s, leaning towards more stagings of versions of the main titles from Broadway, with an increase in audience and funding. It is important to highlight the positive pres- sure on the singers-actors, who pursue better technical and artistic training in order to increase their qualifications for performing in Musical Theater.
Keywords: Musical theater; Musical titles; Musical in brazil; Broadway.
Breve Historia del Teatro Musical en Brasil, y compilación de sus títulos
Resumen: El teatro musical en Brasil se revela hoy como uno de los principales elementos de entretenimiento en el eje Rio-São Paulo. El gran calentamiento de ese mercado, aliado al crecimiento técnico y comercial, contribuye de- cisivamente para este mercado de fomento cultural. Objetivo: Tabular los principales títulos de piezas de musicales montados desde 1950 hasta hoy, bien como ubicarlos en el contexto cultural en el que estuvieron insertados. Méto- dos: Búsqueda sistemática de los datos de las piezas montadas en Brasil, a través del internet y de la literatura que presente esta temática. Principales conclusiones: el número de musicales está creciendo, con un cambio a partir de 1990 con las versiones de los principales títulos de la Broadway, el incremento del público y con la financiación des- tinada a esta área. Cabe también resaltar la presión positiva ejercida sobre los cantantes-atores, con la búsqueda por la mejor formación técnica y artística con el fin de incrementar este tipo de profesionales.
Keywords: Teatro musical; Títulos de musicales; Musicales en Brasil; Broadway.
O gênero do Teatro Musical perpassa a história do entretenimento no Brasil des- de o final do século XIX. Inicialmente sob influência europeia, posteriormente com produ- ções genuinamente nacionais, seguiu-se vivendo a confrontação do regime militar – servin- do como resposta cantada ao cerceamento da liberdade cultural imposta por um regime de exceção – e desde o início do século XXI amalgama-se com os motes provenientes de West End e da Broadway no circuito cultural nacional, mormente no eixo Rio-São Paulo, com as versões adaptadas à língua portuguesa de seus principais títulos. “Não se sabe se foi o pú-
Revista Música Hodie, Goiânia - V.16, 209p., n.1, 2016 Recebido em: 22/02/2016 - Aprovado em: 26/05/2016
blico que redescobriu o musical brasileiro, ou se foi o musical brasileiro que redescobriu o público” (MR. ZIEG, 2015).
Esse setor de musicais é considerado amplo e engloba não só os profissionais de- dicados ao espetáculo em si, mas também mantém na ativa toda uma indústria que gravita em torno dos musicais, tais como: promoção de eventos, venda de patrocínios, manutenção do teatro (ou casa de espetáculo), operação de bilheteria, venda de produtos e souvenirs re- lacionados ao título do musical.
Essa profusão de montagens enseja a necessidade do estabelecimento de uma linha histórica, a fim de preservar viva a lembrança dessas manifestações artísticas. O presen- te artigo visa fornecer um panorama completo da história deste gênero, e pretende ser uma compilação de todos os títulos do Teatro Musical no Brasil, a fim de servir como referência histórica para futuros estudos.
O teatro musical no Brasil tem seu início em 1859, no Rio de Janeiro, nos moldes do teatro de revista francês: com humor, muita música, coreografias e irreverência, estas pe- ças passavam “em revista” os acontecimentos do ano anterior, como uma resenha satírica. Esse tipo de dramatização, uma mistura de musical e comédia, foi se desenvolvendo com uma característica própria, traçando um caminho oposto às Óperas, tidas na época como um gênero superior:
O Teatro de Revista sempre foi considerado pela crítica do chamado “teatro sério” um gênero menor, cuja única função era entreter o público mais humilde e “inculto”. Para esses críticos as Burletas, Comédias Musicais e Revistas eram compostas apenas por “vulgaridades”, “palavreado chulo” e piadas de duplo sentido, além de músicas, rit- mos e danças de “mau gosto”. O público não deu muita atenção a essas advertências e a partir do início do século passado começou a lotar os teatros que se concentravam na Praça Tiradentes e adjacências, no Rio de Janeiro. Logo a Revista conquistaria to- do o Brasil. (PORTO, 2010)
Conhecido e querido pelo público, o teatro de revista se tornaria popular – no sen- tido de “feito para o povo” – sendo seu primeiro título “As surpresas do Senhor José Pieda- de”, de Figueiredo Novaes, cujo mote era a recapitulação dos principais acontecimentos do ano anterior (1858) no Brasil. A peça não teve uma grande aceitação pelo público – que não estava acostumado com críticas políticas – e foi tirada de cartaz pela censura depois de três dias de apresentações. Neste ano de 1859 inaugura-se no Rio de Janeiro a primeira casa de Operetas chamada de “Alcazar Lyrique”, que possibilitou a vinda das atrizes francesas para a boemia carioca (VENEZIANO, 1991).
Com o fim dos cassinos, a proliferação das salas de cinema e o fortalecimento de um cinema nacional nos anos 1950/60 (nascido ainda nos anos 1940), o entretenimento muda de lugar e a revista (gênero musical hegemônico no País) começa a viver seu ocaso. Some-se a isso, o subsequente surgimento da televisão e a enorme penetração das grandes rádios (como a Rádio São Paulo e a Rádio Nacional). Em paralelo, claro, companhias de teatro (chamemos, convencional) começavam a fazer história – TBC (SP) e Os Comediantes (RJ) são bons exemplos. (ESTEVES, 2014)
Desde seus primórdios, as montagens dos teatros de revista já contavam com uma grande interação de toda a equipe envolvida: o texto e a encenação caminhavam juntos, o
elenco se organizava com as equipes de produção e, ao mesmo tempo, autores e músicos compunham cenas, diálogos e canções, com apoio da cenotécnica, dentre tantos outros pro- fissionais envolvidos.
A influência norte-americana se fez sentir a partir de 1929, coincidindo com a im- portação dos filmes hollywoodianos para o Brasil. Assim o sapateado, o foxtrote e os ragti- mes começaram a invadir os palcos brasileiros, o que foi motivo de crítica para alguns ditos intelectuais da época, que consideravam, a partir de então, nosso teatro musical uma cópia de segunda classe do teatro musical americano (VENEZIANO, 1991).
Esse estilo de teatro musical no Brasil se manteve por várias décadas, e teve sua de- cadência nos anos ditatoriais pela censura do regime militar, não sem fomentar os musicais ditos “engajados”, como aqueles compostos por Chico Buarque para os palcos de São Pau- lo: “Roda Viva” (1968), “Calabar” (1973), “Gota d’Água” (1975) e “Ópera do Malandro” (1978). “Em meados da década de 1950, nova geração de autores, diretores e intérpretes aparece – justamente a geração que, nas duas décadas seguintes, responderá pelo espetáculo musical de propósitos políticos”. (FREITAS FILHO, 2006)
O recrudescimento da censura e os revezes econômicos que dificultavam as pro- duções deram caminho a um novo conceito, na tentativa de se aproximar cada vez mais do jeito estadunidense de se fazer Teatro Musical: “The American Musical”, por influências no pós-guerra dos títulos anglo-saxões da Broadway nova-iorquina e do West End londrino.
O primeiro musical da Broadway versionado e adaptado para o português foi “My Fair Lady”, de Alan Jay Lerner (texto) e Frederick Lowe (música), e interpretados por Bibi Ferreira e Paulo Autran em 1962. Esta versão brasileira fora realizada por Victor Berbara (autor-versionista1) e Henrique Pongetti. O musical estreou no Teatro Carlos Gomes (Rio de Janeiro) após cinco semanas de ensaios, em uma produção que envolveu 150 pessoas entre artistas e técnicos, com um corpo de baile de 18 pessoas, e mais 18 vozes no coro (ANDRA- DE, 2014). “My Fair Lady” ficou em cartaz dois anos e meio: 14 meses no Rio de Janeiro, e em seguida São Paulo e Buenos Aires (Argentina).
Concomitantemente às montagens “engajadas” descritas anteriormente, três mu- sicais dos EUA estrearam no Brasil em consonância ao movimento de contra-cultura que efervescia no país: “Hair” (1969), “Jesus Cristo Superstar” (1972) e “Godspell” (1974). Na dé- cada de 1980 surgem os primeiros musicais que se constituíam em versões (franquias) ou livre-adaptações de musicais da Broadway, como “A Chorus Line” (1983), “Cabaret” (1989), “Hello Gershwin” (1991). Porém as dificuldades eram muito grandes: faltava elenco qualifi- cado, os produtores não tinham verba suficiente – as Lei de Incentivo e os patrocínios eram incipientes – e não havia teatros que comportassem as orquestras e cenários exigidos por estas montagens.
O musical “Rent”, produzido em 1999, marca a segunda fase de renascimento dos musicais adaptados da Broadway. Este período foi marcado pelas Leis de Incentivo Fiscais (como a Lei Rouanet2); com os orçamentos mais generosos, foi possível a realização de gran- des montagens e consequente profissionalização desse setor (MARTINS, 2008). Ademais, as empresas do setor privado, apoiadas nestas ferramentas de renúncia fiscal das leis de in- centivo à cultura, optaram por financiar e patrocinar este segmento, que já gozava de gran- de prestígio junto ao público e à crítica, valorizando as marcas que estivessem associadas a este movimento de sucesso:
O teatro não mais poderia sobreviver sem estratégias muito bem delineadas de comu- nicação e marketing. Os patrocinadores passaram a ficar cada vez mais ávidos por associar suas marcas a produções de sucesso, o que se traduzia em grandes anúncios na grande mídia – especialmente se a produção contasse com nomes estelares em seu elenco [...]. Por mais de 20 anos, muitos serão os musicais a fazerem sucesso graças a produções bancadas pelas inúmeras leis de incentivo à cultura (por renúncia fiscal), além das Leis de Fomento. (ESTEVES, 2014)
Assim, em 2001, o musical “Les Misérables” – produção brasileira de Claudio Bo- telho – marca o início de um momento novo e divisor de águas para o Teatro Musical Bra- sileiro. Tratava-se de algo grandioso, remetendo às escalas de grandeza das montagens da Broadway, e com investimentos de 3,5 milhões de dólares realizado pela empresa de entre- tenimento CIE do Brasil (atualmente nominada “Time 4 Fun”), que carimbava seu passa- porte para o sucesso e consolidação no mercado de entretenimento no Brasil. A estrutura era grandiosa comparada às montagens dos musicais antecessores: “O palco giratório e uma equipe 150 pessoas, era algo inédito no teatro nacional” (MARTINS, 2008). “Les Misérables” estreava em grande estilo, no antigo “Teatro Abril” – recém reformado – que no passado re- cebeu os festivais da TV Record e a primeira montagem da Broadway no Brasil: “My Fair La- dy” em 1962. Em apenas 11 meses o espetáculo atraiu 350 mil espectadores, sendo respon- sável pela direção musical o maestro Marconi Araújo, que teve sete cantores de sua compa- nhia amadora de musicais de Brasília compondo o elenco nos papéis principais.
Ao grande sucesso da produção de “Les Misérables” seguiu-se o aclamado musical “A Bela e a Fera” que aportou no Brasil em sua primeira edição (2002) com um orçamento de 8 milhões de dólares, e um público de 600 mil pessoas em 19 meses de temporada. Essa mesma montagem voltou em 2009 para mais uma temporada. Quanto à economia do país, esta se revelava mais estável, e assim o entretenimento mais acessível a uma população que antes não o consumia.
Em 2005, temos o musical mais visto no país, com quase 900 mil espectadores: “O Fantasma da Ópera” estreava com orçamento de R$26 milhões, alto para os padrões da épo- ca, conferindo-lhe um status de super-produção. As apresentações do espetáculo estavam programadas para se encerrar em abril de 2007, mas o intenso sucesso fez com que a agen- da fosse prorrogada até 2009.
Durante anos, a T4F (“Time for Fun”) ocupou o lugar de única empresa que produ- zia musicais no Brasil, posto que detinha todo o know how (franchasing) para replicar em série as adaptações de versões de musicais consagrados no exterior. Assim, musicais como: “Les Misèrables” (2001), “Chicago” (2004), “O Fantasma da Ópera” (2005), “Miss Saingon” (2007) “A Bela e a Fera” (2002 e 2009), “Mamma Mia” (2010), “Família Addams” (2012), “O Rei Leão” (2013), “Jesus Cristo SuperStar” (2014), “Mudança de Hábito” (2015) são exemplos de grandes investimentos e de sucesso de público dentro do segmento “Espetáculos Teatrais e Entretenimento Familiar” (Fig. 1).
Isso se torna mais importante ao analisarmos que, no caso das franquias, ao com- prar o “pacote completo” dos títulos de musicais da Broadway, chamada no meio musical de “bíblia”, o empresário precisa estar disposto a desembolsar a quantia necessária para pro- ver todo o “padrão Broadway” e todas as regras escritas para que o espetáculo saia em com- pleta conformidade com os padrões internacionais exigidos, o que inclui: figurino, cenário, mapeamento de luz, engenharia de som, diretores e seus assistentes, e toda a equipe que compõe o elenco – os protagonistas, ensemble (coro), covers (substitutos dos protagonistas), swingers (artistas que podem ocupar várias posições em cena) e os pit-singers (cantores que dão suporte de voz na coxia, não aparecendo em cena).
Assim, há cerca de quinze anos, o Brasil entrou na rota das superproduções inter- nacionais e formou um mercado técnico e artístico para atuar nestes espetáculos, sendo in- vestidos mais de 60 milhões de reais, através da geração de ao menos 25 mil postos de tra- balho (PRADO, 2012).
Figura 1: Valores das principais produções no Teatro Musical Brasileiro.
Fonte: Ministério da Cultura, T4F, F. de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja.
Dentro do gênero dos musicais no Brasil, não podemos deixar de citar a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho, que podem ser considerados hoje os principais nomes do teatro musical no Brasil. Charles Möeller (ator, diretor teatral, autor teatral, cenógrafo e figurinista) e Claudio Botelho (ator, diretor, cantor, produtor, letrista, versionista, compo- sitor e tradutor) se conheceram trabalhando juntos na montagem do musical “Hello Ger- shwin” em 1991. Porém, foi a partir de 1997, com a montagem autoral do musical “As Mal- vadas”, que a dupla se consolidou e, desde então, não parou de assinar e colecionar espe- táculos de sucesso em seus currículos, tendo sua marca (M&B) na maioria das montagens de teatro musical da Broadway no Brasil até os dias de hoje; convém observar que Claudio Botelho é o responsável pela maioria das versões em português dos musicais importados dos EUA.
Outro produtor, escritor e versionista que trouxe grande contribuição para o gê- nero foi Miguel Falabella, responsável pela montagem e sucesso de vários musicais co- mo “Os Produtores” (2008), “Hairspray” (2009), “Cabaret” (2011), “A madrinha embriaga- da” (2013), “O homem De La Mancha” (2013), “Chaplin – O musical” (2015) e vários outros. O título “O homem De La Mancha” ganhou como melhor musical, tanto pelo voto popular quanto pelo juri técnico, no conceituado prêmio “Bibi Ferreira” (outubro de 2015), consi- derado um selo de qualidade e excelência dos espetáculos de teatro musical da cidade de São Paulo.
A partir de 2010, como opção aos musicais adaptados da Broadway, vem crescendo o número de musicais afeitos a retratar ícones da cultura brasileira, tais como: Tim Maia, Elis Regina, Cassia Eller, Wilson Simonal, Rita Lee, Chacrinha, Cazuza, Luiz Gonzaga, que tiveram suas histórias de vida contadas e cantadas nos palcos brasileiros.
O que se tem hoje no cenário teatral são musicais brasileiros de excelente qualidade fazendo enorme sucesso com o público e com os críticos, na esteira do precursor “Tim Maia
Vale Tudo”, um dos responsáveis pelo crescimento dos títulos nacionais nesse nicho. Con- siderado um grande fenômeno com mais de 200 mil espectadores desde sua estreia em 2011, o musical viajou por várias capitais do Brasil e foi considerado um grande sucesso dentro do gênero que, segundo a expectativa de vários outros espetáculos já previamente anunciados, têm tudo para crescer ainda mais nos próximos anos.
O que atualmente percebemos é que o público tem se identificado cada vez mais com esse gênero que utiliza a dança, a música, a interpretação e o canto em uma mesma montagem, com efeitos visuais, figurinos e cenário – e muitas vezes até efeitos especiais – que têm a prerrogativa de trazer um movimento contínuo ao espetáculo de forma criativa e emocionante. Além de trazer temas diversos, desde musicais com temáticas infantis como a “Bela e a Fera” e “O Mágico de Oz”, até temáticas políticas como “Hair”; ao revelar histórias tocantes sobre uma cultura diferente como é o caso de “O violinista no telhado”, passando por musicais que têm a dança como elemento-chave (o balé de “Cats”), ou ainda retratan- do a vida de muitos ídolos da cultura brasileira, como no caso dos musicais biográficos, o ecletismo destas produções tem diversificado as opções de cultura, com títulos que acabam agradando públicos de diversas idades.
Assim, se antevê a permanência deste que já não pode mais ser considerado um fe- nômeno efêmero da produção cultural nacional, mas sim um gênero perene que, apesar das influências externas, revela muito do gosto do brasileiro no que tange ao entretenimento, e que permite a criação de uma cultura de consumo de uma manifestação artística ímpar, profissional e sólida em nosso meio.
Segue-se na Tabela 2, ao final do texto, compilação atualizada com os musicais do grande circuito comercial realizados no Brasil, no eixo Rio – São Paulo, sejam eles versões e adaptações norte-americanas, ou produções brasileiras e de outros países.
Através principalmente do uso da internet, as fontes: Acervo Itaú Cultural, arquivo on line do Jornal Folha de São Paulo, arquivo on line do Jornal Estadão, arquivo on line Re- vista Veja, Teatropedia / Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro e outros acervos, foram sendo levantados os títulos de musicais montados e apresentados no Brasil, com organização des- ses dados em ordem cronológica, especificando quando a montagem era originalmente da Broadway e versionada e adaptada para o Brasil. A tabulação de inicia em 1950 e contempla até o mês de junho de 2016.
Com base nesta compilação, fez-se a análise das produções em cada década a par- tir do gráfico abaixo (Figura 2), identificando-se quatro sub-grupos principais: os musicais de conotação política, os musicais influenciados ou versionados da Broadway e West End, os musicais biográficos, e outros títulos que não se enquadram necessariamente nos três anteriores.
Figura 2: Número de montagens do Teatro Musical Brasileiro, por categorias.
Do banco de dados acima, que foi estruturado utilizando-se o programa Excel for Windows ® (Microsoft Co), realizou-se a construção da Tabela 1, visando a análise estatís- tica da importância dos musicais versionados e adaptados da Broadway e West End para o português no cenário cultural brasileiro a partir do século XXI com a estreia do musical “Les Misérables”, considerado como um marco desta transformação (linha vertical na quin- ta série de dados da Figura 2). Para tal, aplicou-se o teste exato de Fisher, com p=0,05 con- siderado significativo, através do software on line “GraphPad” (©2016 GraphPad Software, Inc.), acessado em http://graphpad.com/quickcalcs/contingency1/.
Tabela 1: Tabela quantitativa dos musicais.
Período
1950-2000 2001-2016 p
n | (%) | n | (%) | |
Versionados Broadway e West End | 0,023 | |||
Não | 81 | (79) | 137 | (67) |
Sim | 21 | (21) | 68 | (33) |
O valor de p obtido na análise dos dados da Tabela 1 (p=0,023) permite a compro- vação quantitativa do boom ocorrido no início do século XXI com os musicais versiona- dos, que influenciou positivamente a produção do Teatro Musical como um todo, gerando uma demanda para toda a gama de profissionais envolvidos. Observa-se um incremento de
aproximadamente 400% ao se comparar o número total de musicais montados na década de 1990-1999 (32 peças) em relação à década seguinte (83 peças). O crescimento dos musi- cais franqueados a partir de 2001 impulsionou decisivamente não só o número total de mu- sicais, incentivando novas produções franqueadas, bem como se refletiu em montagens de musicais biográficos e em outros títulos.
O presente trabalho revela que o número de musicais apresentados no Brasil (eixo Rio
São Paulo) tem tido um aumento constante nos últimos anos, principalmente após os anos 2000, e com maior intensidade nos últimos cinco anos. Isto se deve, em parte, à profissionali- zação decorrente do crescimento qualitativo da década anterior. Além disso, as franquias con- solidaram uma imagem de sucesso que é desejada por inúmeras marcas para compor o portfó- lio de seu marketing cultural, incrementando o financiamento destinado a estas produções.
Assim, o teatro musical brasileiro se desenvolve com suas próprias influências, ain- da bebendo da fonte do teatro musical internacional – notadamente Broadway e West End – de onde originalmente lapidou sua evolução profissional. Aprendendo a modificar-se, e ao ouvir detidamente os anseios do público nacional, com o passar do tempo, obtém resultados relevantes, assemelhando-se à perfeição idealizada desde seus primórdios por profissionais e críticos do teatro musical.
Há que se ressaltar, por fim, o desafio que se vislumbra no horizonte, qual seja: ainda há, em comparação aos musicais versionados e aos musicais biográficos, uma menor produção de enredos e canções originais para o teatro musical brasileiro, tal qual o fenôme- no decorrente à resposta à censura do período militar e da efervescência cultural daquele período. Nota-se uma aparente acomodação que se presta aos fins econômicos, com menor risco do que aqueles derivados de grandes inovações ainda não testadas ao grande público. Afinal, as canções da Broadway, ou as de Tim Maia e Elis Regina já são sobejamente conhe- cidas, gerando menor estranheza aos patrocinadores. Mas há que chegar a grande novidade de nossa produção decorrente do trabalho dos compositores e letristas nacionais para somar ainda mais qualidade a esta grande indústria cultural.
Tabela 2: Musicais do grande circuito comercial realizados no Brasil, no eixo Rio – São Paulo.
Os títulos que apresentam *** são musicais originais da Broadway e West End, versionados e adaptados para o português do Brasil.
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
1950 | Escândalos 1950 | Autoria: Chianca de Garcia e Helio Ribeiro | Direção musical: Vicente Paiva e Bibi Ferreira |
1951 | Escândalos 1951 | Autoria: Chianca de Garcia e Helio Ribeiro | Direção musical: Vicente Paiva e Bibi Ferreira |
1956 | Orfeu da Conceição | Texto / Música: Vinícius de Moraes e Tom Jobim | |
1960 | Revolução na América do Sul | Autoria: Augusto Boal | Direção: José Renato |
A mais-valia vai acabar, seu Edgar | Autoria: Eduvaldo Vianna Filho | Encenado por Francisco de Assis | |
1962 | My Fair Lady*** (Minha Querida Lady) | Versão: Victor Berbara e Henrique Pongetti | 1ª adaptação da Broadway para o Brasil, com Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco |
Brasil – Versão Brasileira | Autoria: Vianninha | ||
1963 | Chica da Silva | Autoria: Renata Mizhari | Betty Faria representa, canta e dança |
1965 | Alô, Dolly*** | Versão: Victor Berbara | Protagonistas: Bibi Ferreira e Paulo Fortes |
Morte e Vida Severina | Autoria: João Cabral de Melo Neto | Direção musical: Zuínglio Faustini | |
Música, Divina Música | Versão: Oscar Ornstein |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
1966 | Oh, Que Delícia de Guerra! | Versão: Cláudio Petraglia | |
João, Amor e Maria | Autoria: Hermínio Bello de Carvalho | Música de: Maurício Tapajós | |
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come | Autoria: Vianinha e Gullar | ||
1967 | O rei da vela | Autoria Oswald de Andrade | |
1968 | Roda Viva | Autoria: Chico Buarque | |
Dr. Getúlio, sua vida e sua glória | Autoria: Dias Gomes e Gullar | ||
1969 | Hair*** | Versão: Renata Pallotini | Direção musical: Cláudio Petraglia |
A Moreninha | Versão: Miroel Silveira | Autoria: Joaquim Manuel de Macedo | |
1970 | Arena Conta Zumbi | Autoria: Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal | Música: Edu Lobo |
Arena Conta Bolívar | Autoria: Augusto Boal | ||
1971 | Arena Conta Tiradentes | Autoria: Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri | Direção musical: Théo de Barros |
Hoje é Dia de Rock | Autoria: José Vicente | Direção musical: Cecília Conde | |
1972 | O Homem de la Mancha*** (1ª montagem) | Versão: Paulo Pontes | Versão das músicas para o português: Chico Buarque e Ruy Guerra; com Bibi Ferreira e Paulo Autran no elenco |
Botequim | Autoria: Gianfrancesco Guarnieri | ||
Gente Computada Igual a Você | Autoria: Wagner Ribeiro | Música dos Novos Baianos | |
Jesus Cristo Superstar*** (1ª montagem) | Versão: Vinicius de Moraes | ||
1973 | Calabar | Autoria: Ruy Guerra e Chico Buarque | Direção musical: Dori Caymmi; Orquestração: Edu Lobo |
Viva o Cordão Encarnado | Autoria: Luiz Marinho | ||
As Incelenças | Autoria: Luiz Marinho | ||
1974 | Pippin | Versão: Flavio Rangel | Com Marco Nanini e Marília Pêra |
Godspell*** | Versão: Altair de Lima | ||
1975 | Gota d’ Água | Autoria: Chico Buarque e Paulo Pontes | Bibi Ferreira: protagonista |
Lampião no Inferno | Autoria: Jairo Lima | ||
The Rocky Horror Show*** (1ª ontage) | Versão: Jorge Mautner, Zé Rodrix, Kao Rossman | ||
Feiticeira | Autoria: Nelson Motta | Estrelado por Marília Pêra | |
1976 | Deus lhe Pague | Autoria: Joracy Camargo | Músicas de Edu Lobo e Vinícius de Moraes / Direção: Bibi Ferreira |
1977 | Os Saltimbancos | Versão: Chico Buarque e Sérgio Bardotti | |
1978 | A Ópera do Malandro (estreia original) | Autoria: Chico Buarque | Fábula musical inspirada no conto dos Irmãos Grimm “Os Músicos de Bremen” |
1979 | O Rei de Ramos | Autoria: Dias Gomes | Direção musical: Francis Hime |
1980 | Blue Jeans | Autoria: Wanderley A. B. Zeno Wilde | |
Happy End*** | Autor: desconhecido | Direção musical: Tim Rescala | |
1981 | Cabaret S.A. | Autoria: Oswald de Andrade e Mauro Rasi | Direção musical: Caique Botkay |
Aí vem o Dilúvio*** | Versão: Raul Solnado | Produção de Billy Bond / Obra de Garinei e Giovannini e texto de Iaia Fiastri | |
1982 | The Rocky Horror Show*** (2ª montagem) | Versionista: desconhecido | |
Amadeus | Versão: Flávio Rangel | ||
Peer Gynt | Autoria: Henrik Ibsen | Direção Musical: Tim Rescala | |
1983 | Evita*** (1ª montagem) | Versão: Victor Berbara | Direção Musical: Maestro Edson Frederico |
Piaf | Autoria: Pam Gens | Direção: Flavio Rangel; protagonista: Bibi Ferreira | |
A Chorus Line*** (Uma Linha De Coro) | Versão: Millôr Fernandes | Direção Musical: Murilo Alvarenga / Produção: Walter Clark | |
O Grande Circo Místico (1ª montagem) | Roteiro: Naum Alves de Souza | Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo | |
Os meninos da Rua Paulo | Versão: Claudio Botelho | ||
1984 | O Califa da Rua do Sabão | Autoria: Artur Azevedo | |
1985 | Theatro Musical Brazileiro – Parte I | Autoria: Luís A. M. Corrêa e Marshall Netherland | Direção musical: Marshall Netherland |
O Corsário do Rei | Autoria: Augusto Boal | Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
1986 | Mahagonny | Autoria: Bertolt Brecht Kurt Weill | Direção musical: Tim Rescala |
El Grande de Coca-Cola | Autoria: Naum Alves de Souza | Direção: Naum Alves de Souza | |
A Divina Chanchada | Autoria: Vicente Pereira | ||
1987 | Theatro Musical Brazileiro – Parte II | Autoria: Luís A. M. Corrêa e Marshall Netherland | Direção musical: Marshall Netherland |
Brasileiro, Profissão: Esperança | Autoria: Paulo Fontes | Com Bibi Ferreira | |
A Estrela Dalva | Autoria: Renato Borghi e João Elísio Fonseca | Direção Musical: Cesar Camargo Mariano | |
As Noviças Rebeldes*** (1ª montagem) | Versão: Desconhecido | Elenco apenas feminino | |
Gardel, uma Lembrança | Autoria: Manuel Puig | ||
1988 | Rosa, um Musical Brasileiro | Autoria: Joaquim Assis | |
Splish Splash | Autoria: Flávio Marinho | ||
1989 | A pequena Loja dos Horrores*** | Versionista: desconhecido | Direção: Wolf Maia |
Lamartine para inglês ver | Autoria: Antonio De Bonis | Direção musical: Jacques Morelenbaum. | |
Suburbano Coração | Autoria: Naum Alves de Souza | Músicas de Chico Buarque | |
Elas por Ela | Autoria: Marília Pêra | ||
Cabaret*** (1ª versão) | Versionista: desconhecido | Direção: Jorge Takla | |
Nos Tempos da Opereta | Autoria: Anamaria Nunes | ||
1990 | Casamento Branco | Versão: Claudio Botelho | |
1991 | Não Fuja da Raia | Autoria: Silvio de Abreu | |
Hello, Gershwin*** | Autoria: Claudio Botelho | ||
1992 | Um violinista no telhado*** | Versão: Claudio Botelho | |
1993 | De Rosto Colado | Versionista: desconhecido | Direção: Marco Nanini |
Lamartine II – O resgate | Autoria: Antonio De Bonis | ||
Charity, Meu Amor*** | Versão: Flávio Marinho | ||
Detalhes Tão Pequenos de Nós Dois | Autoria: Felipe Pinheiro | ||
1994 | The Rocky Horror Show*** | Versão: Jorge Fernando | |
1995 | Fred e Judy | Autoria: Claudio Botelho e Claudia Netto | |
O Samba Valente de Assis | Autoria: Zé Trindade Neto | ||
Pixinguinha | Autoria: Fátima Valença | ||
É no toco da goiaba | Autoria: Antonio De Bonis | ||
1996 | Quatro Carreirinhas | Autoria: Flávio Marinho | |
Metralha | Autoria: Stella Miranda | Sobre a vida de Nelson Gonçalves Versão Musical: Tim Rescala | |
Roque Santeiro | Autoria: Dias Gomes | Direção: Bibi Ferreira | |
Os Fantástikos | Versão: Claudio Botelho | ||
1997 | Cabaret Brazil | Autoria: Wolf Maya e Cininha de Paula | |
As Malvadas | Autoria: Charles Möeller, Direção Musical: Claudio Botelho | 1° musical da dupla Möeller e Botelho | |
Na Bagunça do Teu Coração | Autoria: João Máximo e Luiz F. Vianna | Direção: Bibi Ferreira | |
Sondheim Tonight | Versão: Claudio Botelho | ||
As Noviças Rebeldes*** (2ª versão) | Versão: Flávio Marinho | Elenco apenas masculino | |
Tuhu, o menino Villa-Lobos | Autoria: Karen Acioly | ||
1998 | Ô Abre Alas | Versão: Claudio Botelho | Canções de Chiquinha Gonzaga |
Chico Viola | Autoria: Luiz Arthur Nunes | Sobre a vida de Francisco Alves | |
Memórias Póstumas de Brás Cubas | Versão: Galdino | Direção Musical: Pedro Paulo Bogossian | |
Somos Irmãs (Linda e Dircinha Batista) | Autoria: Sandra Louzada | Direção: Ney Matogrosso e Cininha de Paula | |
Viva o Zé Pereira | Autoria: Karen Acioly | ||
1999 | Aí vem o Dilúvio*** (volta) | Versão: Raul Solnado | Produção de Billy Bond / Obra de Garinei e Giovannini e texto de Iaia Fiastri |
Rent*** | Versionista: desconhecido | Direção: Billy Bond / Direção Musical: Oswaldo Sperandio | |
Itinerário de Pasárgada | Versão: Galdino | ||
Dolores – Um Musical | Autoria: Douglas Dwight e Fátima Valença | Sobre a vida de Dolores Duran |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
2000 | Cole Porter – Ele Nunca Disse que Me Amava | Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho | |
Crioula | Autoria: Stella Miranda | Sobre a vida de Elza Soares | |
Estrela Tropical | Autoria: desconhecida | Protagonista: Marília Pêra | |
Aí vem o Dilúvio | Versão: Raul Solnado | ||
Ai Ai Brasil | Autoria: Clovis Levi | ||
A Ópera do Malandro (volta) | Autoria: Chico Buarque | Adaptação: Gabriel Vilela | |
Filhos do Brasil | Autoria: Andréa Bassitt e Regina Galdino | Direção Musical: Pedro Paulo Bogossian | |
Cazas de Cazuza | Autoria: Rodrigo Pitta | ||
Company | Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Candide | Versão: Claudio Botelho | ||
2001 | Bibi Vive Amália | Autoria: Tiago da Silva | |
Victor ou Victoria*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Company*** | Versão: Claudio Botelho | ||
South American Way*** | Versão: Miguel Falabella | ||
O Beijo da Mulher Aranha | Versão: Claudio Botelho | ||
Cambaio | Autoria: João e Adriana Falcão | Músicas de Edu Lobo e Letras de Chico Buarque | |
Um Dia de Sol em Shangrilá | Autoria: Charles Möeller | Direção musical: Claudio Botelho | |
Na Cama com Tarantino | Autoria: Marcos Ferraz | ||
Les Misérables*** | Versão: Claudio Botelho | Regência: Marconi Araújo | |
2002 | Godspell *** (volta) | Versão: Miguel Falabella | Direção Musical:Josimar Carneiro |
O Fantasma do Teatro | Versão: Claudio Botelho | ||
Aprendiz de Maestro | Autoria: Andréa Bassitt | ||
Suburbano Coração | Autoria: Naum Alves de Souza | Direção de Charles Möeller e Claudio Botelho | |
A Bela e a Fera*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Elis – Estrela do Brasil | Autoria: Fátima Valença e Douglas Dwight | ||
Constellation – O Musical | Autoria: Cláudio Magnavita | ||
2003 | A Ópera do Malandro (volta) | Autoria: Chico Buarque | Direção de Charles Möeller e Claudio Botelho |
Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio | Versão: Stella Miranda | ||
Quem Tem Medo de Kurt Weill? | Autoria: João Máximo | ||
IneZperado Musical | Autoria: Inez Viana e Antonio De Bonis | ||
Magdalena | Versão: Claudio Botelho | ||
A Flor e o Samba | Autoria: Gustavo Gasparani | ||
Comunità – o Musical | Autoria: Cláudio Magnavita | ||
Grease – O musical*** | Versão: Cristina Trevisan | ||
O mágico de Oz*** | Versão: Lilio Alonso | ||
2004 | Chicago*** | Versão: Claudio Botelho | |
Tudo é Jazz*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Orlando Silva, o Cantor das Multidões | Autoria: Fátima Valença e Antonio De Bonis | ||
A Turma do Pererê | Autoria: Tim Rescala | ||
Cristal Bacharach | Autoria: Charles Möeller | ||
Lupicínio e Outros Amores | Autoria: Claudio Botelho | ||
2005 | Marilia Pêra Canta Carmen Miranda | Autoria: Maurício Sherman | |
Lado a Lado com Sondheim | Versão: Claudio Botelho | ||
O Fantasma da Ópera*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Sinatra – Olhos Azuis | Autoria: Cláudio Figueira | ||
Cleópatra – O Musical | Autoria: Regiana Antonini | ||
Otelo da Mangueira | Autoria: Gustavo Gasparani | ||
As Robertas – Loucas pelo Rei | Autoria: Rodrigo Figueiredo | Direção Musical: Simone Saback | |
Rádio Nacional – As ondas que conquistaram o Brasil | Autoria: Fátima Valença |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
2006 | Império | Autoria: Miguel Falabella | |
Ópera do Malandro em Concerto | Versão: Claudio Botelho | Música e letras: Chico Buarque | |
Sweet Charity*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Cauby! Cauby! | Autoria: Flavio Marinho | Diogo Vilela com Cauby Peixoto | |
Pinocchio*** | Versão: Billy Blond e Lilio Alonso | ||
Aracy Cortes – A Rainha da Praça Tiradentes | Versão: Alexandre Guimarães | ||
2007 | A flauta mágica | Versão: Vladimir Capella | |
My Fair Lady*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Miss Saigon *** | Versão: Claudio Botelho | ||
Os Produtores*** | Versão: Miguel Falabella | ||
Garota Glamour | Autoria: Wolf Maya | ||
7 – O Musical | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | Direção Musical: Ed Motta | |
Gota D´Água | Autoria: Chico Buarque e Paulo Fontes | ||
Tieta do Agreste | Versão: Christina Trevisan | ||
Peter Pan - Todos podemos voar | Versão: Claudio Botelho | ||
Valente | Autoria: Anamaria Nunes | Músicas de Assis Valente | |
Um Boêmio no Céu | Autoria: Catullo da Paixão Cearense | ||
Renato Russo | Autoria: Daniela Pereira de Carvalho | ||
Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha | Autoria: Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral | Direção Cênica: Claudio Botelho | |
Senhora dos Afogados | Versão: José Henrique de Paula | ||
2008 | Beatles num céu de diamantes | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | |
Divina Elizabeth | Autoria: desconhecido | Direção Musical: Josimar Carneiro | |
Aida | Versionista: desconhecido | ||
West Side Story*** (A noviça Rebelde) | Versão: Claudio Botelho | ||
Gloriosa – A Vida de Florence Foster | Versão: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Calabar (2ª montagem) | Autoria: Heron Coelho | ||
Cauby! Cauby! (2ª montagem) | Autoria: Paulo Afonso de Lima | ||
As travessuras do Barbeiro | Versão: Isabel Nogueira Batista | Baseado na obra “O Barbeiro de Sevilha” | |
2009 | A Noviça Rebelde*** | Versão: Claudio Botelho | |
O Despertar da Primavera*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Esta é a Nossa Canção*** | Versão: Flávio Marinho | ||
Avenida Q*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Gardel - O Musical de Tangos | Autoria: Paulo Afonso de Lima | ||
O sítio do Pica Pau Amarelo | Canções e Direção Musical de André Abujamra e Ronnie Kneblewski | Baseado na obra de Monteiro Lobato | |
2010 | Hairspray*** | Versão: Miguel Falabella | |
Mamma Mia*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Hair*** (volta) | Versão: Claudio Botelho | ||
É com esse que eu vou | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Gypsy*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Versão Brasileira | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
A Gaiola das Loucas*** | Versão: Miguel Falabella | ||
O Rei e Eu | Versão: Claudio Botelho | Direção: Jorge Takla / Direção Musical: Jamil Maluf | |
Jekyll & Hyde – O médico e o monstro*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Meu Amigo Charlie Brown*** | Versão: Mariana Elisabetsky | Direção Musical: Marconi Araújo | |
Era uma vez (Into the Woods)*** | Versão: Armando Bravi | ||
Cats*** | Versão: Toquinho | ||
Zorro – O musical*** | Autoria: Isabel Allende | Direção: Roberto Lage | |
A Garota do Biquini Vermelho | Autoria: Artur Xexéo | ||
2011 | Tim Maia – Vale Tudo, o musical | Autoria: Nelson Motta | |
Hedwig*** | Versão: Evandro Mesquita | ||
Baby | Versão: Flavio Marinho e Tadeu Aguiar | ||
As Bruxas de Eastwick*** | Versão: Claudio Botelho | Produção:T4F em parceria com a Cameron Mackintosh LTDA. |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
2011 | Judy Garland – O Fim do Arco-Íris | Versão: Claudio Botelho | |
Cabaret*** (2ª montagem) | Versão: Miguel Falabella | Direção Vocal: Marconi Araújo | |
New York, New York*** | Não há versão; músicas em inglês, legendas em português projetadas simultaneamente | Direção e Encenação: José Possi Neto | |
Emilinha e Marlene – As Rainhas do Rádio | Autoria: Thereza Falcão e Julio Fischer | ||
Gloriosa | Tradução: Marisa Murray / Adaptação: Claudio Botelho | Protagonista: Marília Pêra | |
Peixonauta | Autoria: Celia Catunda e Kiko Mistrorigo | ||
Evita | Versão: Claudio Botelho | ||
2012 | Um Violinista no Telhado*** | Versão: Claudio Botelho | José Mayer como protagonista |
Alô Dolly*** | Versão: Miguel Falabella | ||
A Família Addams*** | Versão: Claudio Botelho | Empresa: Time for Fun | |
Priscilla, Rainha do Deserto*** | Versão: Flávio Marinho | ||
Milton Nascimento – Nada Será como Antes - O Musical | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
O Mágico de Oz*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Xanadu*** | Versão: Artur Xexéo | Direção: Miguel Falabela | |
Fame, o Musical*** | Versão: Victor Mühlethaler | ||
Era uma vez... Grimm – O musical | Autoria: José Mauro Brant e Tim Rescala | ||
Nós sempre teremos Paris | Autoria: Artur Xexéo | ||
“Enlace – A Loja do Ourives” – O Musical | Versão: Maria de Lourdes de Mello | Baseado no livro do Papa João Paulo II | |
A Borboleta Sem Asas - O Musical | Autoria: Cesar Cavelagna | ||
Cambaio (a seco) remake | Versão: João e Adriana Falcão | Músicas de Edu Lobo e Letras de Chico Buarque | |
A cor púrpura*** | Versão: Mariana Elisabetsky | Produção: Ricardo Antonissi | |
Godspell *** (volta) | Versão: Gilvan Gomes | ||
2013 | Rei Leão*** | Versão: Gilberto Gil | |
Ponto de Bala | Texto: Daniel Salve | Realização: Marcenaria de Cultura | |
Quase Normal*** | Versão: Tadeu Aguiar | ||
Shrek, o Musical*** | Versão: Claudio Botelho | ||
Crazy for you*** | Versão: Miguel Falabella | ||
Elis – A Musical | Autoria: Nelson Motta e Patrícia Andrade | ||
Lampião e Lancelote | Versão: Braulio Tavares | Composições originais de Zeca Baleiro | |
Gonzagão – A Lenda | Autoria: João Falcão | ||
Como Vencer na Vida Sem Fazer Força | Versão: Claudio Botelho | ||
A madrinha embriagada*** | Versão: Miguel Falabella | Ingressos gratuitos: SESI-SP. | |
Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Na Bagunça do Teu Coração | Autoria: João Máximo e Luiz Fernando Vianna | Inspirado em canções de Chico Buarque | |
As Mulheres de Grey Gardens*** | Versão: Jonas Klabin | ||
Dzi Croquettes | Autoria: Ciro Barcelos | ||
Tudo por um Popstar | Autoria: Thalita Rebouças | ||
Rapsódia | Autoria: Maurício Alves | ||
Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, o musical | Autoria: Aloísio de Abreu | ||
Chacrinha, o Musical | Autoria: Pedro Bial e Rodrigo Nogueira | ||
Rock in Rio - O musical | Autoria: Rodrigo Nogueira | ||
Jesus Cristo Superstar*** | Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey | ||
Rita Lee Mora ao Lado | Autoria: Henrique Bartsch | ||
Vingança – O Musical | Autoria: Anna Toledo | Canções de Lupicínio Rodrigues | |
Se Eu Fosse Você – O Musical | Autoria: Flávio Marinho | Músicas de Rita Lee / direção musical de Guto Graça Mello | |
Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
2013 | O Homem de la Mancha*** (2ª montagem) | Versão: Miguel Falabella | |
Miranda por Miranda (1ª montagem) | Autoria: Miguel Falabella | Direção musical: Tim Rescala | |
Luz Negra | Autoria: Paulo Faria | ||
2014 | Nas Alturas (In The Heights)*** | Versão: Victor Mühlethaler | |
As damas de paus | Autoria: Mara Carvalho | ||
A Ópera do Malandro (volta) | Autoria: Chico Buarque | Direção e Adaptação: João Falcão | |
Cássia Eller - O Musical | Autoria: Patricia Andrade | ||
Constellation - Uma viagem musical pelos anos 50 | Autoria: Cláudio Magnavita | ||
Eu Vou Tirar Você Deste Lugar | Autoria: Sérgio Maggio | Canções de Odair José | |
O Grande Circo Místico (volta) | Autoria: Newton Moreno e Alessandro Toller | Músicas de Chico Buarque e Edu Lobo | |
Ponto de Bala! – Um Teatrinho Político e Apocalíptico | Autoria: Daniel Salve | ||
O Menino Maluquinho | Autoria: Ziraldo | ||
2015 | Mudança de Hábito*** | Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey | produtora Time For Fun (T4F) |
S’imbora – O Musical “A história de Wilson Simonal” | Autoria: Nelson Motta e Patrícia Andrade | ||
As Noviças Rebeldes – O Musical*** | Versão: Flávio Marinho | Elenco misto (homens e mulheres) | |
Chaplin, o Musical*** | Versão: Miguel Falabella | Direção Musical: Marconi Araújo | |
Memórias de um Gigolô | Autoria: Miguel Falabella | baseado no romance de Marcos Rey | |
Andança – O Musical | Autoria: Rômulo Rodrigues | ||
Nuvem de lágrimas | Autoria: Anna Toledo | Canções de Chitãozinho e Xororó | |
Raia 30 - o Musical | Versão: Miguel Falabella | Direção musical: Marconi Araújo | |
Antes tarde do que nunca | Versão: Miguel Falabella | ||
Dias de Luta, Dias de Glória – Charlie Brown Jr, O Musical | Autoria: Well Rianc | ||
Nine – um musical Felliniano | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Urinal – O musical*** | Versão: Zé Henrique Paula e Fernanda Maia | ||
Miranda por Miranda (2ª montagem) | Autoria: Miguel Falabella | Direção musical: Tim Rescala | |
Minha Adorável Verde Vida | Autoria: Mauricio Alves | ||
Beatles num céu de diamantes (2ª montagem) | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos (volta) | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Lisbela e o Prisioneiro – Um Musical circense | Versão: Francisca Braga | ||
Barbaridade, o musical | Autoria: Rodrigo Nogueira | ||
Sim! Eu aceito! *** | Versão: Flávio Marinho | ||
Godspell *** (volta) | Versão: João Fonseca | ||
Mulheres à beira de um ataque de Nervos – O Musical*** | Versão: Miguel Falabella | ||
Kiss me Kate – O beijo da megera*** | Versão: Claudio Botelho | José Mayer como protagonista | |
Bilac vê estrelas | Autoria: Heloisa Seixas e Julia Romeu | ||
O primeiro musical a gente nunca esquece | Autoria: Rodrigo Nogueira | ||
Ou tudo ou nada*** | Versão: Artur Xexéo | ||
2016 | Wicked *** | Versão: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler | |
Rent*** (volta) | Versão: Mariana Elisabetsky | ||
Uma luz cor de luar – O musical | Autoria: Rafael de Castro | ||
We will rock you – O Musical do Queen *** | Versão: Bianca Tadini e Luciano Andrey | ||
Mamonas – O musical | Autoria: Walter Daguerre | ||
Meu amigo Charlie Brown*** (volta) | Versão: Mariana Elisabetsky | Produção: Leandro Luna | |
Cinderella – O musical *** | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Gilberto Gil, Aquele Abraço – O Musical | Autoria: Gustavo Gasparani | Canções de Gilberto Gil | |
Elton John Tribute & Rocket Band | Autoria: Rogério Martins |
Ano | Título | Autoria / Versão | Notas |
2016 | Urinal – O musical*** (volta) | Versão: Zé Henrique Paula e Fernanda Maia | |
Nuvem de lágrimas (volta) | Autoria: Anna Toledo | Canções de Chitãozinho e Xororó | |
Godspell – O musical *** | Versão: Kaíke Azarias e Guilherme Leal | ||
Anastasia – O musical | Adaptação: Diego Ramos e Nicolle Guenther | ||
Milton Nascimento – Nada Será como Antes - O Musical (volta) | Autoria: Charles Möeller e Claudio Botelho | ||
Rita Lee Mora ao Lado (volta) | Autoria: Henrique Bartsch | ||
4 Faces do Amor – O musical | Autoria: Eduardo Bakr | Canções do Ivan Lins | |
SamBRA – O musical | Autoria: Gustavo Gasparini | ||
Os Dez Mandamentos – O Musical | Adaptação: Emilio Boechat | Chaim Produções | |
Gota D’Água (A seco) | Autoria: Chico Buarque e Paulo Pontes | Uma adaptação de “Gota D’agua” | |
Gabriela – O musical | Autoria: João Falcão | Inspirado no Romance Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado | |
My fair lady *** (volta) | Versão: Claudio Botelho | Direção: Jorge Takla |
1 Pela Lei dos Direitos Autorais (Lei Nº 5.988/73), o autor é considerado “pessoa física criadora”, que, no caso espe- cífico da música, pode ser o autor ou o compositor. Eles podem autorizar que seja feita uma versão da sua obra, nascendo aí a figura do autor-versionista. A versão caracteriza-se por ser uma nova obra, derivada da original já existente.
2 A Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, conhecida como Lei Rouanet, surge em um contexto de escassez de recursos estatais para a Cultura, no Brasil e no mundo. A Lei Rouanet foi criada para estabelecer uma parceria público-privada, e fomentar a criação de um mercado de produção de bens culturais no país (BELEM & DONA- DONE, 2013).
A BROADWAY É AQUI. Disponível em: <http://abroadwayeaqui.com.br/>. Acesso em: 01 abr 2015.
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DI DIO, Marili; CAMHAJI, Michelle. Cena Musical. Disponível em: <http://www.cenamusical. com.br/>. Acesso em: 01 de abr 2015.
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Adriana Barea Cardoso - Mestranda em Música pela Unicamp - Instituto de Artes, bacharel em música (IA/Uni- camp) com habilitação em Canto Popular e com pós-graduação lato senso em Gestão Cultural pelo Senac - São Paulo.
Angelo José Fernandes - Doutor em Música pela Unicamp e docente do Departamento de Música desta universi- dade. Tem se dedicado à pedagogia vocal e ao estudo da técnica vocal aplicada aos diferentes períodos históricos e estilos musicais.
Cassio Cardoso Filho - Docente da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e colaborou com a análise estatís- tica e revisão deste artigo.