Revista Música Hodie, Goiânia - V.14, 238p., n.1, 2014
QUILES, O. L.; GARRIDO, Á. L. P.; JÚNIOR, J. F. S. Q. Estudo sobre Preferências de Estilo Musical em Estudantes Espanhóis de Ensino Superior...
Revista Música Hodie, Goiânia, V.14 - n.1, 2014, p. 211-222
Oswaldo Lorenzo Quiles (Facultad de Educación y Humanidades de Melilla, Espanha)
Ángel Luis Pérez Garrido (Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia” de Granada, Espanha)
angelluisperezgarrido@hotmail.com
João Fortunato Soares de Quadros Júnior (Universidade Federal do Maranhão UFMA)
Resumo: Este estudo objetivou conhecer as preferências musicais de estudantes do Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia”, em Granada (Espanha). Contemplando uma amostra de 140 alunos, com idades en- tre 16 e 31 anos, esta pesquisa adotou uma versão adaptada ao contexto local do Questionário sobre preferência de estilos musicais (Lorenzo; Herrera; Cremades, 2008). Os resultados mostraram que 1) as preferências dos par- ticipantes foram similares a de jovens comuns (não estudantes de música), utilizando-a também como fonte de pesquisa; 2) tais preferências sofrem grande influência dos meios de comunicação de massa; 3) os conhecimentos musicais obtidos durante os estudos pré-universitários não foram relevantes para a eleição da música que se de- seja consumir.
informais.
Study about the preferences of musical style of Spanish students of higher education at the Conservatory of Music
Abstract: This study aimed to know the music preferences of students of the Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia”, in Granada (Spain). With a sample of 140 students, between 16 and 31 years old, this research used an adapted version of the Questionnaire about musical styles preference (LORENZO; HERRERA; CREMADES, 2008). The results showed that 1) preferences of the participants were similar to young (not music student), also using it as a source of research; 2) such preferences were influenced by the mass media; 3) the mu- sical knowledge obtained during the pre-university studies were not relevant to the choice of music they want to consume.
Diversos trabalhos sobre preferência e hábitos de consumo cultural-musical estão sendo realizados na atualidade, tendo como foco principal estudantes de educação básica e/ou amplos grupos sociais, cujo público participante é formado em sua maioria por ado- lescentes (BROWN, 2012; CREMADES, 2008; CREMADES; LORENZO; HERRERA, 2010; HARGREAVES; NORTH, 1999; QUADROS JR.; 2013; QUADROS JR.; LORENZO, 2010;
2013; SLATER; HENRY, 2013). Por outro lado, poucos são os estudos sobre esta mesma temática que têm como objeto de pesquisa os conservatórios de música, centros estes os quais apresentam um perfil pessoal e musical de alunado distinto daqueles que perten- cem à educação básica, podendo dar uma visão diferente aos resultados convergentes en- contrados até o momento com estudantes que têm aulas de música durante sua formação
escolar.
Assim sendo, buscou-se nesse trabalho uma aproximação à realidade das pre- ferências de estilos musicais de estudantes de conservatórios de música, que por suas idades vivem imersos na mesma esfera social que outros alunos, mas que musicalmente pertencem a um âmbito formativo muito mais centrado na aquisição de competências prá-
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Recebido em: 01/10/2013 - Aprovado em: 15/03/2014
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ticas e interpretativas instrumentais e de conhecimentos musicais disciplinares encon- trados em estilos mais conservadores (principalmente aqueles derivados das músicas an- tiga, barroca, clássica, romântica, impressionista e contemporânea), estilos estes distintos e distantes das músicas urbanas de consumo popular massivo, como, por exemplo, o pop, o rock e o rap.
Como expõe Martí (2000), no âmbito musical estabelecido pela sociedade con- temporânea se deve distinguir entre três grandes blocos estilístico-musicais: a música erudita, a popular e a tradicional. A música erudita, também chamada culta ou séria, é aquela que conta com maior presença no ensino regular na Espanha e se remonta há sé- culos atrás (CREMADES, 2008); a tradicional é aquela que pesquisadores como Schindler (1941) e Pedrell (1958) dotam de valor folclórico por sua transmissão oral, sem necessi- dade de estar respaldada por um suporte escrito – partitura –, ainda que, uma vez com- pilada, se possa transcrever para deixar testemunho da mesma; e a popular não tradicio- nal (urbana, etc.), que é formada por todas as músicas não referenciadas como culta ou tradicional.
Esse trabalho situa a música erudita no âmbito da música clássica; a música tradi- cional ou de transmissão oral no âmbito das músicas próprias e autóctones de cada região ou lugar do mundo; e a música popular no resto das músicas. Um exemplo de música erudi- ta seria a Sinfonia n. 25, em Sol menor (K183), de Mozart; de música tradicional seria A sol- teriña, de Sampedro; e de música popular qualquer canção (tema) atual de música rock ou pop dos muitos grupos destes estilos musicais presentes na Espanha ou em outro país de cultura anglo-saxônica, a mais prolífica neste tipo de estilos.
O termo estilo, seu uso e interpretação, abarca distintas áreas de conhecimento ge- ral e de arte e seu significado dependerá de cada uma das épocas históricas nas quais se pretenda explicar. Gombrich (1992), a partir de uma perspectiva das artes plásticas, opina que o estilo configura o nascimento de diferentes artistas que vêm influenciando outros ar- tistas e a sociedade na qual viviam com a exibição de sua arte e certas características indi- viduais peculiares.
Desde a análise da obra literária, se começou a entender o estilo como um pro- cesso criador de um autor, levando em consideração o momento de eleição do tema até sua forma de escrever (ALEJO, 2009). Valdés (1995), por outro lado, indica que a forma na qual o artista sente, interpreta e expressa os diferentes valores na arte em relação à sua escola e ao espírito da sua época constitui o estilo, que não só é diferente em cada artis- ta como também depende da sociedade na qual aquele se desenvolve. Schönberg (1911), quase um século antes da reflexão de Valdés, já definia o conceito de estilo como a carac- terística de um artista e a manifestação deste lutando com seus contemporâneos, ficando latente que, independentemente da arte que represente, cada artista procura deixar como legado um estilo pessoal para que possíveis sucessores possam segui-lo e consolidá-lo na
história da arte.
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O conceito de estilo musical é abordado na literatura de uma forma muito ampla e, em diversas ocasiões, confusa, já que se costuma utilizá-lo como sinônimo de forma musi- cal, gênero ou estrutura. É comum que os conceitos de estilo musical e forma musical apare- çam juntos, quando na realidade deveriam ser diferenciados de forma clara. Laborda (1996) tenta distinguir esses dois conceitos limitando seus conteúdos para uma melhor compre- ensão: a forma representaria tanto a estrutura interna nas obras musicais como o esquema preciso em que estas se configuram; têm a ver com os procedimentos, meios e técnicas de composição musical. Os gêneros, por sua vez, são as diversas pautas da criação musical. Por fim, o estilo se refere ao conjunto de meios através dos quais se realiza a obra.
Zamacois (1987) une o conceito de forma e de estrutura, apontando que uma com- posição musical está configurada por um conjunto organizado de ideias musicais, orga- nização esta que constitui sua própria forma. Esse autor considera forma, estrutura ou ar- quitetura musical como sinônimas, entendendo que esses conceitos são facilmente de uso privativo do compositor, o qual pode criar uma forma imaginária ou simplesmente adotar uma já consolidada.
Outra aproximação interessante é a que manifesta que a forma nas artes (e es- pecialmente na música) busca, em primeiro lugar, a compreensibilidade. Nenhuma arte é possível sem forma, isto é, sem uma exteriorização estruturada da ideia criadora (SCHÖNBERG, 1963).
Riemann (1943) defende que a forma musical é a coordenação dos diferentes ele- mentos da obra em um todo homogêneo, sendo a estrutura e o estilo definido os que devem fundamentar a utilização dos contrastes, dissidências e oposições. A evolução no pensa- mento musical do século XX permite ver como se desagrega o conceito de estilo, forma, es- trutura e morfologia na história.
Por outro lado, gênero é definido por Fabbri (1981) como um grupo de aconteci- mentos musicais (reais ou possíveis) cuja direção é governada por um conjunto de regras socialmente aceitas. Para Aucouturier e Pachet (2003), esse termo pode ser utilizado como um conceito intencional ou não-intencional. No primeiro caso, é considerado uma catego- ria linguística, onde existe um conceito ou uma classificação musical que são produzidos e possivelmente compartilhados por um grupo de pessoas. Por outro lado, como conceito não-intencional, o gênero é uma dimensão de um título musical, tal como timbre, ritmo ou idioma das letras, estando estritamente relacionado com a análise musical.
Por último, estilo musical é definido por Meyer (1956) como um sistema mais ou menos complexo de relações sonoras utilizadas em comum por um grupo de indivíduos, através dos quais se realiza a obra musical. Zorzal (2007) acredita que existam duas ten- dências acerca do conceito de estilo musical. A primeira compreende esse termo como uma forma de expressão individualizada, a maneira que cada compositor organiza seu discurso. A segunda vertente vê o processo composicional concebido dentro das regras e estratégias onde o compositor toma decisões em função de algum conjunto de limites disponíveis.
Para Tranchefort (1989), estilo é a organização e a personalidade própria de cada obra musical, destacando que diversas obras de um mesmo autor são diferentes entre si gra- ças a uma evolução da personalidade ou por alterações ocasionadas por diferentes agentes externos na vida cotidiana do artista. Meyer (1989, p. 10) defende que “o conhecimento do estilo é usualmente ‘tácito’: isto é, uma questão de hábitos adquiridos (internalizados) ade- quadamente e apropriadamente postos em prática”.
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Com base no exposto até o momento, foram estabelecidos os seguintes objetivos para essa pesquisa:
• Investigar sobre as preferências musicais que apresentam estudantes de ensino superior em música de Conservatórios;
• Avaliar se o estudo técnico e teórico dos instrumentos musicais de cada aluno constitui em um referente sólido para conformar critérios de consumo musical diferentes a outros jovens da mesma idade, mas não estudantes de conservatório;
• Explorar o grau de influência por parte de agentes como escola, amigos, família e meios de comunicação de massa na eleição de um estilo musical nos estudantes participantes.
Esse estudo foi realizado no Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia”, localizado na cidade espanhola de Granada. Esse Centro é o que possui maior de- manda de alunado em toda a Comunidade Autônoma da Andaluzia, possuindo um exame específico para o ingresso de estudantes, o que permite afirmar que este Conservatório se nutre só daqueles alunos que obtiveram pontuações relevantes nas provas para as distintas especialidades, sendo, portanto, alunos com alta competência e qualidade musical, superio- res a alunos que seguem seus estudos em outros Centros Andaluzes.
Participaram desse trabalho 140 alunos da disciplina-comum Orquestra Sinfônica, lecionada no Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia”, de Granada, das se- guintes especialidades instrumentais: corda, madeira, metal e percussão. As idades dos par- ticipantes estão compreendidas entre 16 e 31 anos, predominando as idades de 16 e 23 anos.
Para a coleta de informação se utilizou uma adaptação ao tipo de estudante e Centro no qual se aplicou o Questionário sobre Preferências de Estilos Musicais (LORENZO; HERRERA; CREMADES, 2008). Esse questionário era composto de uma escala Likert de 1 a 5, variando entre as categorias “Nunca escuto” (1) e “Escuto sempre” (5). O questionário consta de confiabilidade calculada através da prova Alfa de Cronbach (com um valor de 931) e prova de confiabilidade teste-reteste, através da análise de correlação de Pearson entre a primeira e a segunda aplicação do questionário. Também consta de validez de conteúdo me- diante juízo de experts e validez de constructo mediante análise fatorial.
A aplicação dos questionários foi realizada em diferentes classes com o conhe- cimento e consentimento da Equipe Diretiva do Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia”.
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A análise das respostas dadas ao questionário de Preferências de Estilo Musical se realizou com o pacote estatístico SPSS v.17, desenvolvendo análises estatísticas de distintas naturezas, tratando de verificar si se encontram ou não diferenças estatisticamente signi- ficativas entre os distintos níveis que conformam as variáveis de identificação do questio- nário (idade, gênero, disciplina e curso). Calculou-se, além disso, algumas técnicas de con- traste de hipóteses de tipo paramétrico (análise de variância) e não-paramétrico (c²). Esta segunda técnica se aplicou com variáveis de tipo nominal.
Em primeiro lugar, se apresentam os resultados globais obtidos pelos 49 estilos mu- sicais presentes no instrumento empregado, avaliados em função de sua frequência de es- cuta. Para isso, se mostram as médias e desvios padrão obtidos por cada um dos estilos que aparecem no estudo empírico.
Tabela 1: Medias e desvios padrão obtidos em cada estilo musical.
ESTILO MUSICAL | N | Média | Desvio Padrão |
Música do Romantismo | 140 | 4 | 0.929 |
Música Clássica | 139 | 3.63 | 1.023 |
Trilhas Sonoras Originais | 140 | 3.5 | 1.249 |
Música do Barroco | 140 | 3.29 | 1.116 |
Música Nacionalista | 140 | 3.2 | 1.207 |
Música Impressionista | 140 | 3.16 | 1.077 |
Música Rock & Roll | 140 | 3.05 | 1.266 |
Música Contemporânea | 140 | 3.04 | 1.300 |
Música Jazz | 140 | 2.97 | 1.303 |
Música Pop | 140 | 2.94 | 1.242 |
Música Blues | 140 | 2.86 | 1.230 |
Música R&B | 140 | 2.66 | 1.345 |
Música Salsa | 140 | 2.51 | 1.244 |
Flamenco | 139 | 2.47 | 1.236 |
Música de Vanguarda | 139 | 2.47 | 1.175 |
Música Folclórica | 140 | 2.29 | 1.095 |
Música do Renascimento | 139 | 2.24 | .899 |
Música Funk | 139 | 2.22 | 1.214 |
Música Étnica | 140 | 2.21 | 1.137 |
Música Soul | 140 | 2.16 | 1.070 |
Música Swing | 140 | 2.13 | 1.143 |
Música Heavy Metal | 140 | 2.12 | 1.333 |
Música New Age | 140 | 2.09 | 1.109 |
Canção Espanhola | 140 | 2.07 | 1.015 |
Música Folk | 140 | 2.03 | .996 |
Como se pode observar na Tabela 1, os participantes afirmam escutar estilos mu- sicais com diferente intensidade e frequência. A partir das médias obtidas, é possível es- tabelecer três grandes grupos de estilos de música, de maior a menor intensidade de escu- ta. Em primeiro lugar, o grupo de maior frequência de escuta integrado por aqueles estilos musicais com médias acima de 3 e com altas porcentagens nas categorias de resposta quase sempre e sempre. Neste grupo se destacam os estilos Música do Romantismo (média de 4); Música Clássica (média de 3.63); e as Trilhas Sonoras Originais (média de 3.5). São também importantes a frequência de escuta da música do Barroco, Nacionalista, Impressionista,
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Rock & Roll e Contemporânea. Em segundo lugar, se situa um grupo de estilos com médias
< 3 e > 2 e com porcentagens amplas nas categorias de resposta quase nunca, às vezes e quase sempre. Deste grupo se destacam o Jazz (média de 2.97); o Pop (média de 2.94); e o Blues (média de 2.86). O grupo, não obstante, está integrado por muito mais estilos musi- cais, que vão desde o R&B até o Reggae. Finalmente, um terceiro grupo, o de menor inten- sidade de escuta, com médias < 2 e altas porcentagens de resposta nas categorias nunca e quase nunca. Este grupo estaria encabeçado pela Rumba (média de 1.99) e pelo Hip-Hop (média de 1.87), até a Música Grindcore (média de 1.32).
Com relação aos resultados obtidos pelos desvios padrão calculados, cabe ressaltar as obtidas pelo R&B (DP = 1.345) e pela Música Grindcore (DP = .651). O primeiro dado de- nota que aquele estilo musical foi o que criou uma maior divergência entre as respostas ob- tidas, enquanto que o segundo, por sua maior proximidade a 0, foi o que apresentou maior consenso nas respostas de valoração feitas pelo alunado participante da pesquisa.
Outra tarefa do presente trabalho de investigação foi determinar como os alunos valoram a frequência de escuta dos distintos estilos musicais contemplados, mas atenden- do às variáveis de identificação pelas que se caracteriza tal alunado, ou seja, sua idade, seu gênero e sua especialidade instrumental. Além disso, optou-se também por avaliar se a va- loração de escuta dos estilos musicais reportavam ou não diferenças estatisticamente signi- ficativas entre as variáveis de estudo.
Foram aplicadas distintas análises de variância (ANOVA), até um total de 49, para comprovar em que estilos musicais se reportavam ou não diferenças estatisticamente signi- ficativas (p ≤. 05) segundo as idade contempladas1.
Somente em 5 estilos dos 49 valorados a variável idade apresentou diferenças es- tatisticamente significativas (p ≤ .05). Tais estilos foram: Música Medieval, Música Dance, Breakdance, Speed Metal e Trash Metal. Isso significa que a frequência de escuta foi bem distinta nos referidos estilos musicais segundo as distintas faixas etárias comparadas. Dessa forma, pode-se dizer que os alunos compreendidos entre os 28 e 31 anos de idade foram os que declararam escutar com maior frequência Música Medieval (média de 3), frente ao res- to de grupo de idades contemplados, provavelmente porque seus gostos musicais estão mais perfilados em função de possuírem idades mais avançadas ou porque se trate de um tipo de alunado que estudou alguma carreira universitária direcionada à Musicologia, História, Filosofia, etc. Contudo, nos outros quatro estilos restantes (Dance, Breakdance, Speed e Trash) foi, pelo contrário, o alunado mais jovem (entre 16 e 19 anos) o qual obteve médias superiores ao resto das idades, isto também propiciado por serem alunos que ainda estavam convivendo com outro tipo de companheiros em seus estudos de Bacharelado: a influência nessa faixa etária por parte das amizades é alta. Este dado se altera quando se terminam os estudos de Bacharelado e o alunado se direciona completamente aos estudos musicais, os quais, junto com novas amizades em classe, condicionam suas preferências para outros es-
tilos musicais.
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Tabela 2: Médias e desvios padrão dos diferentes estilos musicais por gênero.
Música anterior à Idade Média 1.61 .740 1.65 .622 Música Break teh Beats 1.64 .966 1.68 .859
Música Gregoriana 1.76 .809 1.80 .687 Música Breacdance 1.59 1.02 1.58 .813
Música Medieval 1.82 .837 1.93 .764 Música Heavy Metal 2.17 1.32 1.98 1.16
Música do Renascimento 2.19 .911 2.38 .815 Música Nu Metal 1.74 1.10 1.68 1.22
Música do Barroco 3.22 1.13 3.48 1.06 Música Death Metal 1.61 .988 1.55 1.08
Música Clássica 3.61 1.06 3.70 .939 Música Black Metal 1.63 1 1.60 1.08
Música do Romanticismo 4.06 .935 3.83 .903 Música Speed Metal 1.53 .94 1.40 .709
Música Impressionista 3.15 1.14 3.20 .911 Música Grindcore 1.32 .65 1.35 .662
Música Nacionalista 3.26 1.20 3.10 1.17 Música Trash 1.43 .87 1.50 .877
Música Contemporânea 3.09 1.34 2.95 1.17 Música Jazz 3.05 1.32 2.83 1.23
Música de Vanguarda 2.46 1.22 2.53 1.06 Música Blues 2.94 1.24 2.73 1.17
Flamenco 2.51 1.25 2.43 1.19 Música Folk 2.01 1 2.10 .982
Música Étnica 2.18 1.10 2.30 1.24 Música Country 1.59 .86 1.60 .810
Música Folclórica 2.27 1.10 2.33 1.09 Música Salsa 2.52 1.190 2.50 1.39
Canção Espanhola 2.05 1.05 2.13 .939 Música Soul 2.16 1.09 2.20 1.01
Música Pop 2.82 1.24 3.23 1.23 Música Rumba 2.01 .931 1.95 1.03
Música Rock & Roll 2.95 1.24 3.30 1.32 Música Reggae 1.97 1.01 2.08 1.14
Música R&B 2.62 1.36 2.78 1.31 Música Hip-Hop 1.78 .985 2.10 1.17
Música New Age 2.09 1.10 2.08 1.14 Música Ska 1.82 1.02 1.63 .838
Música Funk 2.29 1.21 2.05 1.21 Música Rap 1.64 .909 1.95 1.17
Música Punk 1.82 1.08 1.85 .975 Música Swing 2.18 1.173 2.03 1.07
Música Tecno 1.84 .992 1.78 1.07 Música Sonoras Originais 3.62 1.23 3.18 1.23
Música Dance 1.99 1.13 2.08 1.30 Música Raï 1.45 .801 1.45 .639
Música Bacalao 1.56 .92 1.35 .533 Música Reguetón 1.57 .981 1.50 .847
Música Drums&Bass 1.73 1.02 1.78 .733
Nenhuma análise de variância (ANOVA) resultou estatisticamente significativa para esta variável, razão pela qual não se pode afirmar que o gênero (homem x mulher) re- sulte relevante no momento de valorar a frequência de escuta dos distintos estilos musicais avaliados.
Seis dos 49 estilos analisados (preferência de escuta por disciplina) resultaram es- tatisticamente significativos: Música Barroca, Clássica, Romântica, Étnica, Funk e Trilhas Sonoras Originais. Isso significa que cursar uma ou outra disciplina influi decisivamente na frequência (maior x menor) de escuta dos estilos musicais citados. De fato, nos comen- tários a seguir se enfatizarão aquelas médias que nos contrastes post-hoc implementados (teste de Tukey) resultaram estatisticamente significativos (p ≤ .05) ao serem comparados por binômios.
Aprecia-se como a frequência de escuta de Música Barroca foi muito maior entre o alunado que cursa as disciplinas Viola (média de 3.55), Violino (média de 3.86) e, sobretu- do, Oboé (média de 2.5), frente àqueles que cursam Tuba (média de 1.5), Clarinete (média de
2.5) e Percussão (média de 2.5). O resto das disciplinas se mantiveram com médias ligeira- mente acima de 3. Estes dados são esperados, já que o alunado que estuda Viola, Violino e Oboé tem entre seu repertório estipulado oficialmente o estudo teórico-prático dos estilos antigos da música, e, organologicamente, na Idade Média e no Barroco ainda não se havia introduzido nas orquestras a Tuba, o Clarinete e a Percussão.
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Com relação à frequência de escuta de Música Clássica, esta foi muito maior entre os alunos que cursam Oboé (média de 3.8), Cello (média de 3.87), Violino (média de 3.91) e, sobretudo, Clarinete (média de 4) e Viola (média de 4.29), dados muito concordantes com os referidos anteriormente, uma vez que o Clarinete surgiu como tal no Classicismo (o auge da orquestra) que, junto com a Forma Sonata, fez crescer de modo veloz a orquestra e é por isso que o naipe de cordas cresce e se reforça. Academicamente, é normal que os alunos mencionados escutem ou consumam música daquela etapa da História da Música, já que é a partir dessas audições que eles conseguem captar importantes elementos técni- cos, como o ataque ou emissão de som, fraseado, golpes de arco, etc. No extremo oposto se situam aqueles estudantes que cursam Percussão (média de 2.64) e, sobretudo, Tuba (mé- dia de 1.75).
Os alunos de Percussão apresentaram maior escuta para estilos musicais com sur- gimento posterior ao Classicismo, já que neste período o único instrumento percussivo de uso comum era o tambor, o qual servia como reforço nos “tutti” para confirmar os pontos de suporte na Tônica (I) e na Dominante (V). Os resultados sugerem que esses estudantes prestam maior atenção aos tambores em épocas e estilos posteriores, junto com a pequena percussão, lâminas ou instrumentos com conotações plenamente descritivas dentro de seu repertório de formação acadêmico-instrumental.
Com relação à frequência de escuta de Música do Romantismo, esta foi também sensivelmente maior entre o alunado que cursava Trombone (média de 4.55), Trompa (mé- dia de 4.45), Viola (média de 4.5) e Fagote (média de 4.25), frente, fundamentalmente, àque- les que cursavam Oboé (média de 3.6), Tuba (média de 3.25) e, sobretudo, os de Percussão (média de 3). Estes dados não deixam de ser também significativos, já que no Romantismo o trombone começa a ter uma presença forte dentro das orquestras românticas. Algo mui- to parecido ocorre com a tuba. Por esse motivo, não foi possível obter explicações precisas para os resultados obtidos.
Com respeito à Música Étnica, os alunos de Trompete (média de 3.25) e Percussão (média de 3.33) foram aqueles que afirmaram escutar com maior assiduidade tal estilo mu- sical. Dado significativo, mas não surpreendente, uma vez que a Música Étnica junto com a “fusão” traz consigo o uso de instrumentos típicos de distintas regiões ou países e também a incorporação de instrumentos como o trompete para dar distintas colorações instrumen- tais à citada música. A percussão também está muito presente, já que a maioria dos instru- mentos étnicos são instrumentos de percussão e esta peculiaridade cria de forma crescente o consumo desta música por parte dos alunos de percussão para ver junto com as novas fu- sões qual é o papel que assume seu instrumento dentro dessas supostas formações orques- trais. Frente a isso se situavam os alunos de Trombone (média de 1.82), Cello e Clarinete (média de 1.8) e, sobretudo, os de Tuba (média de 1.5), com médias baixas e com menor fre- quência de escuta.
Com relação à Música Funk, foram também os alunos de Trompete (média de 3.11), Percussão (média de 3.25) e de Contrabaixo (média de 3.5) os que afirmaram escutar com maior frequência esse estilo musical. Esse foi um resultado já previsto, pois a Música Funk possui uma importante presença de percussão, baixo ou contrabaixo (dependendo se é acústico ou elétrico), e, nos últimos anos, a incorporação de metais, o que justificaria o seu elevado consumo junto a alunos dessas três especialidades. Por outro lado, os estudantes de Oboé (média de 1.8), Cello (média de 1.53) e Trompa (média de 1.45) apresentaram uma fre- quência de escuta significativamente menor para esse estilo musical.
Finalmente, com relação às Trilhas Sonoras Originais, os alunos de Trombone (mé- dia de 4.18), Fagote (média de 4.25) e Contrabaixo (média de 4.5) foram os que afirmaram
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escutar com maior frequência o citado estilo musical. Por outro lado, com menor frequên- cia de escuta estavam os de Trompa (média de 2.55), Cello (média de 2.4) e Tuba (média de
2.25). Nesse estilo musical é onde se encontra uma maior pluralidade de consumo, já que as trilhas sonoras originais costumam incorporar, além de elementos orquestrais, uma gran- de variedade de outras músicas. Definitivamente, ela se converte em um estilo de consumo plenamente plural e aberto entre os estudantes.
Analisam-se neste ponto os resultados globais obtidos pelos aspectos que mais in- fluenciaram a amostra de estudantes participantes neste estudo na hora de escutar, com- prar ou gravar a música que eles mais gostavam. Para isso, serão apresentadas as frequên- cias e porcentagens das alternativas de resposta, assim como as médias e desvios padrão obtidos por cada um dos aspectos valorados.
Tabela 3: Médias e desvios padrão obtidos por cada um dos aspectos influentes.
Aspectos | N | Média | Desvio Padrão |
O que aprendeu na Graduação em Música | 135 | 3.53 | 1.145 |
Os amigos | 139 | 3.45 | 1.309 |
O que aprendeu em Conservatórios prévios à Graduação | 134 | 3.2 | 1.155 |
Música que baixa na Internet | 129 | 2.96 | 1.497 |
O que aprendeu em Escola de Música | 62 | 2.94 | 1.503 |
Família | 139 | 2.76 | 1.393 |
Rádio | 135 | 2.59 | 1.343 |
Imprensa escrita | 137 | 2.52 | 1.231 |
Lugares Públicos | 135 | 2.48 | 1.119 |
TV | 135 | 2.21 | 1.198 |
O que aprendeu em geral na educação básica | 137 | 2.1 | 1.031 |
O que aprendeu na aula de música na educação básica | 139 | 1.81 | 1.006 |
N Válido (segundo a lista) | 59 |
Gráfico 1: Médias obtidas por cada um dos aspectos influentes.
Os resultados descritivos obtidos permitem observar três grandes grupos de as- pectos influentes na escuta, compra ou gravação da música que os estudantes participan- tes nesta pesquisa mais gostavam. O grupo principal estaria integrado por aqueles aspectos com médias superiores a 3 e com altas porcentagens nas categorias quase sempre e sempre: “o que aprendeu na Graduação em Música”, os Amigos e “o que aprendeu no Conservatório prévio à Graduação”. Na sequência estariam aqueles aspectos com médias entre 2.20 e 3, com altas porcentagens de eleição das categorias de resposta às vezes e quase sempre. Este grupo está integrado pelos Lugares Públicos, Imprensa Escrita, Rádio, TV, Família, “o que aprendeu na Escola de Música”, assim como “a música que baixa na Internet”. Tal grupo de aspectos poderia ser considerado como de moderada influência. Finalmente, estariam os aspectos de menor influência, grupo formado por aqueles com médias até 2.10 e com altas porcentagens nas categorias de resposta quase nunca e às vezes, fazendo parte desse grupo os itens relacionados à educação básica.
Com referência aos desvios padrão obtidos, a maior divergência foi gerada na va-
loração do “o que aprendeu na Escola de Música” (DP = 1.50). Por outro lado, os aspectos
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“O que aprendeu em geral na educação básica” e “O que aprendeu na aula de música na educação básica” foram as respostas que obtiveram maior consenso, com desvios padrão em torno de 1.
As conclusões deste trabalho atendem ao exposto nos três objetivos do estudo. A partir destes, se realiza uma valoração global dos resultados obtidos sobre preferência de estilos musicais nos estudantes de música participantes.
Primeiro Objetivo
O primeiro objetivo desta pesquisa não apresentou surpresas nos resultados de va- loração que se buscava. Os alunos participantes eram jovens que, por sua idade, situação social e proximidade aos meios de comunicação de massa, consumiam música diariamen- te e de características muito diversas. A música mais escutada por estes responde a gostos muito similares a do resto da juventude de sua mesma idade, ainda que parecesse que os es- tudos adquiridos e seguidos no Conservatório fizessem que o consumo musical fosse mais racional e técnico, ou seja, utilizassem estas músicas não apenas para o prazer, como tam- bém para pesquisar de que forma o seu instrumento principal participava em composições de algum estilo musical especificamente.
Segundo Objetivo
Relacionados com os resultados do objetivo anterior, se observou que os alunos com idades mais tenras (16-19 anos) e que cursavam o primeiro ano da Graduação em Música, em qualquer especialidade, eram alunos que provinham do Bacharelado e tinham um cír- culo recente de amizades que consumiam habitualmente os produtos musicais mais pre- sentes nos meios de comunicação. Deste modo, se tratava de alunos que consumiam priori- tariamente música relacionada com o Dance, o Breakdance, o Speed Metal e o Trash Metal, o que estava condicionado pelas tendências ou modas com influência juvenil e socialmen- te aceitas e com hábitos de vida ou de consumo com os quais a juventude se sente bastante identificada.
Terceiro Objetivo
Finalmente, resultou foi surpreendente comprovar que os alunos participantes nes- te trabalho não reconheceram o aprendizado obtido nas aulas de música durante a Educação Básica e Bacharelado como influentes na eleição da música que se desejava consumir. Isto situa em uma posição pedagogicamente difícil para o cenário educativo da música no en- sino geral pré-universitário na Espanha, o que seria um interessante motivo de estudo em outros trabalhos de pesquisa.
1 Só serão explicitados aqueles estilos que apresentaram um p≤.05, por óbvias razões de espaço.
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Este trabalho de pesquisa foi financiado pelo II Contrato-Programa de Investigación firmado entre o Vicerrectorado de Política Científica y Investigación da Universidad de Granada e a Facultad de Educación y Humanidades de Melilla (UGR).
Oswaldo Lorenzo Quiles - Professor do Departamento de Didáctica de la Expresión Musical, Plástica y Corporal da Facultad de Educación y Humanidades de Melilla (Espanha), coordenando também o Programa de Doutorado Educación Musical: una Perspectiva Multidisciplinar Doutorado pela Universidad de Granada (Espanha). É doutor em Filosofía e Ciências da Educação pela Universidad Nacional de Educación a Distancia – UNED (Espanha). Publicou diversos artigos em revistas científicas indexadas por Arts & Humanities Citation Index e Social Science Citation Index.
Ángel Luis Pérez Garrido - Professor Catedrático do Real Conservatório Superior de Música “Victoria Eugenia” de Granada (Espanha). Dirigiu Orquestras na Europa, América e Asia e atualmente é aluno do Programa de Doutorado Educación Musical: una Perspectiva Multidisciplinar Doutorado pela Universidad de Granada (Espanha).
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