PERCUSSÃO: UMA ABORDAGEM INTEGRADORA DOS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Rodrigo Gudin Paiva

rodpaiva@floripa.com.br

Resumo: Esta pesquisa consiste em um estudo a respeito dos processos de ensino-aprendizagem da percussão, tendo como objetivo principal refletir sobre a prática pedagógica relacionada ao ensino desses instrumentos. Descreve a elaboração e a implementação de uma proposta para metodologia de ensino que pretende ser contextualizada e privilegiar uma abordagem integradora, tratando de aspectos relacionados não só com a mecânica e a técnica instrumental, mas também com performance, apreciação e criação musical. O estudo foi desenvolvido em uma escola livre de música que atende alunos de classe média-alta, e em um projeto social que atende crianças e adolescentes de baixa renda.

Palavras-chave: Percussão; Pedagógica da performance; Técnica.

Percussion: An interacting approach to Teaching and Learning Processes

Abstract: This study approaches teaching and learning processes related to percussion and aims to discuss such activities. It presents a methodology based on social context that integrates intrumental technique and music creation and criticism. The study was developed in a school attended by students of the middle and upper class, which has a program designed for children and teenagers from the lower classes

Keywords: Percussion; Performance pedagogy; Technique.

Considerações iniciais

Em uma análise para materiais didáticos, conhecidos como métodos de bateria e percussão, pude constatar que a maioria dos métodos analisados traz uma série de ritmos e exercícios para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à mecânica instrumental, principalmente técnica, coordenação e independência, ou ainda relacionadas à teoria e notação musicais.1

Não encontrei a preocupação quanto à integração dessas atividades às questões musicais de caráter mais amplo, como as capacidades de performance em grupo, improvisação, criação, apreciação e crítica musicais. Além disso, a reflexão e a discussão sobre as diferenças individuais entre os alunos não estão presentes na concepção da maioria desses métodos, fazendo com que suas propostas e aplicações muitas vezes se tornem pouco flexíveis.

Embora os métodos analisados mostrem-se eficientes e coerentes com relação às suas propostas, de maneira geral, eles revelam uma visão educacional relacionada com valores tradicionais do ensino de música. Não há pretensão em afirmar que esta visão esteja errada, apenas coloca-se como um problema, a falta de propostas embasadas em outras concepções de ensino.

A prática em conjunto foi um outro motivo que me levou a desenvolver esta pesquisa, pois uma das principais lacunas com relação aos métodos de percussão analisados é justamente a falta da abordagem da prática em conjunto. Sem a prática em conjunto, a aplicação dos conceitos estudados em situações coletivas de prática musical deixa de ser proporcionada, não havendo a troca de experiências e a interação com outros alunos.

“A prática musical usualmente requer algum tipo de interação, seja entre músicos, entre o músico e uma platéia ou entre o músico e aparatos tecnológicos. O sujeito que não possui as habilidades interpessoais necessárias terá dificuldades em estabelecer e conviver com essas interações.” (Gohn, 2003, p. 47)

Por outro lado, a formação musical de todo percussionista está ligada geralmente à prática em conjunto. Isto ocorre tanto no âmbito da música popular, quanto no da erudita. Grupos de tradição folclórica, étnica e religiosa, ou ainda, bandas, orquestras e grupos de percussão são exemplos de diferentes campos de atuação e de formação para o percussionista.

Além dos problemas levantados com relação aos métodos de ensino, observa-se também a carência de produção acadêmica no Brasil a respeito da prática e da sistematização de propostas para o ensino na área da percussão. Existe, portanto, a necessidade da realização de estudos mais aprofundados a respeito da elaboração de propostas e da utilização de métodos de ensino voltados para esses instrumentos.

Nesta pesquisa, concentrei-me em três objetivos principais: 1) refletir sobre a prática pedagógica relacionada ao ensino dos instrumentos de percussão; 2) refletir sobre uma proposta para a metodologia de ensino e seus resultados em diferentes contextos, através de sua implementação em situações reais de ensino-aprendizagem; 3) auxiliar no desenvolvimento musical de indivíduos e de grupos de alunos, em termos de performance, apreciação, criação, prática em conjunto, conhecimento de ritmos e técnica instrumental.

A opção metodológica caracterizou-se por um processo de reflexão dinâmica sobre a prática de ensino, aproximando-se da investigação-ação que tem seus interesses nos problemas práticos do cotidiano dos professores. Ela pode ser descrita principalmente como uma ação diagnóstica, servindo como instrumento para reflexão e análise direta do contexto em que está acontecendo a prática educacional (Elliot, 1978). É uma modalidade prática de pesquisa, sem uma estrutura rigorosa, aonde o relacionamento entre pesquisador e população e entre teoria e prática, vai definindo o seu modo de fazer-se (Crema, apud Lima, 2002).

Portanto, trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter analítico descritivo com base nos dados coletados em pesquisa de campo, através de observação pessoal direta, relatórios escritos de aulas, gravações em áudio e vídeo, além de entrevistas semi-estruturadas buscando obter o feedback dos alunos com relação à proposta em questão.

Dessa forma, buscou-se obter subsídios para a formação de uma base teórica, tendo como eixo principal o “conhecimento prático-reflexivo do professor” (Schön, 2000; Beineke, 2000), procurando validar os procedimentos através do diálogo com os participantes (Elliot, 1978).

Primeiramente foi elaborada uma proposta para metodologia de ensino da percussão. Esta proposta foi aplicada em duas realidades distintas: em uma escola particular de música especializada em bateria e percussão com alunos de classe média-alta e, em um projeto social denominado Música & Cidadania, destinado a crianças e adolescentes de baixa renda através de uma organização não-governamental. Por fim, os resultados foram analisados com base nos pressupostos centrais da proposta, que serão apresentados logo a seguir.

Os resultados foram avaliados através dos parâmetros de performance, apreciação, criação, prática em conjunto, conhecimento de ritmos e técnica instrumental. Levando-se em conta também aspectos como motivação, interação com o grupo, assimilação de conteúdos e compreensão musical.

1. Proposta para metodologia de ensino

No decorrer dos últimos 15 anos de atividades profissionais no ensino de percussão pude sentir a falta de flexibilidade e as dificuldades em adaptar propostas e métodos de ensino a diferentes realidades educacionais.2 Esta capacidade de adaptação sempre foi objeto de preocupação para mim, visando interagir melhor com determinada realidade, no que diz respeito aos objetivos, características e necessidades dos alunos.

Este trabalho refere-se a método como um material didático que apresenta uma seqüência de atividades e exercícios organizados para o estudo de instrumentos musicais.

Para a proposta aqui referida, optou-se em utilizar a seguinte nomenclatura: PROPOSTA PARA METODOLOGIA DE ENSINO, justamente para evitar o sentido limitante que a palavra método traz consigo, no sentido de rigidez, linearidade, seqüência de passos. Concordamos nesse sentido com Dantas (2001) quando afirma que a ordenação de conteúdos com sentido linear-seqüencial diminui a potência escolar, aumentando a defasagem entre a manifestação musical e a escola.

Portanto, ao invés de propor mais um método para percussão, este trabalho apresenta a reflexão sobre a prática de ensino, os registros e os resultados obtidos a partir desta reflexão, concordando com Gainza (1964) quando sintetiza: “O professor é o verdadeiro artífice do ensino. O método apenas constitui um elemento auxiliar de seu trabalho” (p. 42). Acrescentaríamos ainda a esta afirmação que: o aluno é a sua verdadeira razão de ser.

Como anexo da pesquisa, foi elaborado um CD-ROM reunindo textos, partituras, arquivos de áudio, vídeos e fotos representando a compilação de um material didático que teve como pressuposto central as experiências vividas e registradas nos diferentes contextos educacionais.

A proposta para metodologia de ensino da percussão, apresentada a seguir, está embasada em quatro pressupostos centrais, de acordo com uma abordagem que foi chamada de abordagem integradora. Esta estruturação também está de acordo com o pensamento de Swanwick (1999) para quem o estabelecimento de princípios para a educação musical possibilita uma maior flexibilidade quando comparado ao que ocorre na formulação de extensos currículos.

O primeiro pressuposto trata da integração entre aulas individuais e aulas em grupo. Através do coletivo, os estudantes trocam suas experiências e vivências musicais, adquirindo e construindo o conhecimento tanto em nível individual quanto em grupo. Já nas aulas individuais busca-se trabalhar questões pendentes, dúvidas e dificuldades ocorridas durante as atividades em grupo.

“Participo dos dois tipos de aula. Para mim, cada aula tem um enfoque. A individual segue mais meu ritmo e é moldada de acordo com minhas preferências e dificuldades, além de ficar o tempo inteiro na bateria. Já na aula em grupo há um espaço maior para explorar outros instrumentos de percussão e tocar em grupo, além de trocar experiências com outros alunos.” (depoimento do aluno R.G., março de 2004)

O segundo pressuposto refere-se à integração entre o discurso musical dos alunos e do professor. A proposta busca estar adequada e adaptada ao contexto sócio-cultural e educacional em questão, respeitando as referências musicais trazidas pelos alunos, conectando-as às referências pessoais do professor. Uma proposta contextualizada torna-se interessante e ao mesmo tempo viável, enquanto sua aplicação mantém-se coerente com a realidade dos alunos.

“Sempre escolho meus CDs pra tocar na aula. A maioria é de rock, mas eu e o professor às vezes procuramos tocar outros estilos. Quando escuto as músicas tento escutar a bateria e boto em prática. Como não tenho muitos CDs variados, toco na aula algumas coisas que o professor tem, como músicas brasileiras e outros.” (depoimento do aluno B.T., fevereiro de 2004)

O terceiro pressuposto trata da integração entre diversos instrumentos de percussão. As tradições da música popular e erudita com sua gama enorme de instrumentos oferecem uma interessante ferramenta que possibilita aliar a diversidade instrumental com os interesses didático-pedagógicos. Por isso, a intenção não é se concentrar em um instrumento ou em uma linguagem musical específica. Considera-se a diversidade como um pressuposto para que os alunos possam compreender as características dos mais variados ritmos e manifestações musicais que constituem o universo da percussão, assim como as características de cada instrumento. Dessa forma, abre-se a possibilidade de o aluno ‘transitar em diferentes universos’, podendo estudar bateria, percussão popular e percussão erudita, sem nenhum tipo de barreira ou restrição.

“Os instrumentos de percussão contemporânea englobam tudo aquilo que pode produzir som. Uma folha de zinco ou qualquer produtor de som pode ser interpretado como instrumento potencial. Isto explica porque a percussão erudita está tão próxima da popular em termos instrumentais.” (Boudler, 1996, p. 17)

O quarto e último pressuposto trata da integração entre diversas atividades musicais. Nesta proposta metodológica busca-se o desenvolvimento musical em seus aspectos quantitativos e qualitativos, com ênfase na prática e na vivência musicais. As atividades de performance, apreciação, criação, prática de ritmos e de repertório possibilitam a vivência e o fazer musicais de uma maneira prática, auxiliando no desenvolvimento de uma atitude ou postura musical mais autônoma, crítica e reflexiva (aspectos qualitativos). As atividades de técnica, independência, leitura e escrita musicais privilegiam aspectos quantitativos e são propostas sempre no sentido de apoiar a realização musical.

“Com o estudo, foi aparecendo as progressões, comecei a escutar música de uma maneira diferente. Procurei identificar o ritmo. Tentava tocar junto. Também melhorou muito minha técnica, leitura, independência, passei a estudar improviso, área que eu tinha um certo bloqueio. Enfim acho que cada dia mais estou evoluindo em todos os itens perguntados e também acho que todos esses itens estão relacionados entre si.” (depoimento da aluna F.K., março de 2004)

Então, os pressupostos centrais desta proposta – representados pela abordagem integradora entre diversas atividades musicais, entre diversos instrumentos de percussão, entre o discurso musical dos alunos e do professor e entre aulas individuais e aulas em grupo –, nortearam sua implementação em ambos os contextos pesquisados:

Estúdio de Bateria e Percussão - trata-se de uma escola particular de música que oferece cursos de diferentes instrumentos de percussão. A maioria dos alunos é de classe média-alta com uma faixa etária bastante variada, sendo a maior parte formada por jovens e adolescentes. Durante a pesquisa de campo, além das aulas individuais e das oficinas periódicas, a escola manteve um grupo de percussão com 7 integrantes. O grupo trabalhou sob a minha orientação, mas com liberdade na criação, na escolha de temas e nas decisões em geral.

Projeto Música & Cidadania - caracteriza-se como um projeto em educação musical destinado a atender crianças e adolescentes das comunidades de Chico Mendes, Monte Cristo e Procasa, na periferia de Florianópolis. O trabalho foi desenvolvido através das oficinas de percussão e de dança e ritmos brasileiros no período de 2002 a 2003, com 20 alunos.

2. Análise dos resultados

Conforme a opção metodológica de investigação-ação, reforço que tais resultados estão apresentados sob o ponto de vista do pesquisador com base no diálogo prático-reflexivo (Schön, 2000), na pesquisa de campo e no diálogo com os alunos participantes do processo (Elliot, 1978; Lima 2002).

O primeiro ponto a ser destacado refere-se à viabilidade e flexibilidade de adaptação da proposta. Mesmo em contextos educacionais bem diferentes, a proposta pôde ser implementada, assumindo características próprias de acordo com cada ambiente pesquisado, dentro dos pressupostos apresentados. Tais pressupostos foram encontrados claramente em ambos os contextos, demonstrando a viabilidade da proposta e a sua flexibilidade de adaptação frente a uma determinada realidade de ensino.

Com relação ao primeiro pressuposto, integração entre aulas individuais e aulas em grupo, as limitações decorrentes das dificuldades em se disponibilizar horários e espaço físico adequados fizeram com que não se pudesse viabilizar para todos os alunos, principalmente no projeto Música & Cidadania, onde as atividades em grupo prevaleceram. Apesar disso, através do trabalho desenvolvido e do diálogo com os participantes, alguns aspectos puderam ser destacados, conforme a análise. Entre eles: a influência positiva que o grupo exerce no desenvolvimento musical de cada indivíduo, a contribuição da prática em conjunto em termos de motivação para a aprendizagem, e o desenvolvimento musical satisfatório observado nos alunos do Estúdio de Bateria e Percussão que participaram efetivamente das aulas individuais e em grupo de maneira integrada. Fatores como tempo e dedicação aos estudos individuais e aos trabalhos em grupo também influenciaram diretamente na performance instrumental e na ampliação de conhecimentos musicais como um todo.

Quanto ao segundo pressuposto, a integração entre o discurso musical dos alunos e do professor proporcionou o estabelecimento de metas e objetivos em conjunto com os alunos e, a utilização das referências trazidas por eles oportunizou também o acesso à diversidade de estilos e gêneros musicais trazidos pelo professor. O desenvolvimento musical relacionado a esse pressuposto tornou-se evidente através da ampliação dos conhecimentos em termos de diversidade de estilos e gêneros musicais, valorização cultural e de suas referências, respeito e interesse por outros tipos de manifestações musicais.

Com relação ao terceiro pressuposto, a integração entre diversos instrumentos de percussão propocionou o contato com diversos instrumentos (bateria, percussão popular e erudita). Através da diversidade instrumental, abriu-se a possibilidade de trabalhar com diferentes ritmos aplicados em arranjos e composições, fazendo com que os alunos vivenciassem diferentes situações musicais. Dessa forma, a diversidade instrumental da percussão demonstrou contribuir efetivamente para o desenvolvimento musical em termos de variedade de técnicas e de estilos, nos trabalhos desenvolvidos em grupo, nas questões referentes à percepção rítmica individual e na ampliação dos horizontes e da consciência musicais dos alunos.

Quanto ao quarto pressuposto, a integração entre diversas atividades musicais demonstrou influenciar positivamente nos processos de percepção, reflexão crítica, criatividade e motivação. A criação de arranjos e peças originais tornou a prática musical mais prazerosa e significativa, possibilitando a apropriação de conteúdos e a compreensão musical como um todo. Juntamente com a oralidade e a imitação associadas ao movimento, a apreciação contribuiu efetivamente para o desenvolvimento dos alunos, conectando as noções de sonoridade, estilos e gêneros musicais aos conceitos técnicos e teóricos, ampliando as capacidades de escuta e de interação em grupo. A performance e a prática em conjunto através dos ensaios, das apresentações públicas e de gravações proporcionaram um grande envolvimento em termos de motivação e dedicação aos estudos que também aumentaram consideravelmente devido à escolha e a construção do repertório. As atividades de técnica, independência, leitura e escrita musicais oferecidas sempre no sentido de apoiar a realização musical, favoreceram a compreensão da importância e da finalidade específica de determinados exercícios. Pequenos traços de desenvolvimento de um estilo próprio ou pessoal de tocar também foram levantados como sendo resultado dessa integração, afastando-se da idéia de padronização musical.

Considerações finais

Esta pesquisa preencheu algumas das lacunas levantadas no início deste artigo. Com relação à carência de produção acadêmica no Brasil voltada à prática de ensino na área da percussão, trouxe a sua contribuição no que diz respeito à elaboração de uma proposta de ensino voltada para esses instrumentos, sendo desenvolvida através de um processo investigativo e de reflexão dinâmica sobre a prática pedagógica, assim como defenderam diversos autores, entre eles Elliot (1978), Lima (2002), Beineke (2000) e Schön (2000).

Buscou-se na proposta aqui apresentada, o desenvolvimento musical de maneira global e de forma integrada, compartilhando ainda com as idéias referentes à ampliação do alcance da educação musical, através de seus objetivos artísticos e sociais. Ao invés de privilegiar apenas os valores tradicionais do ensino de música, relacionados principalmente com técnica instrumental e notação musical, esta proposta trouxe na abordagem integradora a preocupação com questões musicais referentes às capacidades de performance em grupo, improvisação, criação, apreciação e crítica musicais, compartilhando com as idéias de autores como Swanwick (1979, 1988, 1994, 1999), Gainza, (1964, 1977, 1983), Hentschke (1991), Cavalieri França (2000), Dantas (2001) e Gohn (2003).

A falta de flexibilidade e as dificuldades em adaptar propostas e métodos de ensino a diferentes realidades educacionais puderam ser minimizadas através do diagnóstico das características dos alunos e do contexto educacional. Dessa forma, a proposta demonstrou flexibilidade e capacidade de adaptação frente a diferentes realidades de ensino, à medida que se observou e se respeitou a diferença entre os alunos. Os pressupostos centrais apresentados apontaram para uma maior liberdade de atuação do professor, evitando a rigidez, a linearidade e a fragmentação com relação aos conteúdos, diferentemente do que ocorre em muitos métodos e currículos em música.

Ao contrário de uma aprendizagem descontextualizada, esta proposta trouxe, na prática em conjunto, na utilização do referencial dos alunos e no respeito ao contexto onde se dá a aprendizagem, uma alternativa para a metodologia do ensino da percussão.

Notas

1 Em uma pesquisa anterior (Paiva, 2001) foram analisados diversos métodos para bateria e percussão, dentre eles, livros publicados por editoras norte-americanas: Appice (1972), Chapin (1970), Fonseca e Weiner (1991), Stone (1935), Uribe (1996).

2 Aulas particulares e aulas em grupo ministradas em conservatórios e escolas livres de música, disciplinas e projetos de extensão ministrados em universidades, cursos de capacitação para professores e oficinas em projetos sociais demonstraram a necessidade de adaptação que o professor deve ter frente a diferentes situações e contextos educacionais.

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Rodrigo Gudin Paiva – Graduado em música pela Universidade do Estado de Santa Catarina e Mestre em música pela Universidade Estadual de Campinas, é professor no curso de música da Universidade do Planalto Catarinense, e em aulas particulares, oficinas, workshops e cursos de formação continuada para professores da rede pública municipal de Florianópolis. É percussionista da Camerata Florianópolis, do grupo Cravo-da-Terra, e baterista dos grupos de música brasileira instrumental: Matita Perê, Cambucá e Metal Brasil.