ESTUDO DOS PARASITOS OPORTUNISTAS EM áGUAS FLUVIAIS DE

Autores

  • Sônia de Fátima Oliveira Santos

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v37i4.5672

Resumo

Introdução

 

: A água é uma substância de importância vital para os seres vivos, porém, em virtude da ação antrópica, inúmeros microrganismos são disseminados por meio dela. Dentre esses microrganismos, os parasitos merecem atenção especial. Estes chegam aos ambientes aquáticos por intermédio das fezes do homem e de outros animais e podem desencadear diversos agravos à saúde, sobretudo em indivíduos imunodeprimidos e imunossuprimidos. Em rotina de monitoramento ambiental, normalmente se utilizam as bactérias do grupo dos coliformes como parâmetro microbiológico, o que não evidencia a real contaminação por outros patógenos, comprometendo a avaliação da qualidade microbiológica da água. Neste contexto, técnicas mais sensíveis devem ser desenvolvidas e agregadas às normalmente utilizadas como rotina de monitoramento ambiental. Objetivos: Padronizar a utilização de técnicas parasitológicas e moleculares na avaliação da qualidade da água de uso humano do município de Goiânia-Goiás, em relação à presença de helmintos e protozoários oportunistas, com ênfase na pesquisa dos Coccídeos e dos Microsporídios intestinais. Metodologia: Amostras de água foram coletadas mensalmente, de fevereiro/06 a janeiro/07, em seis pontos: em dois rios que abastecem o município de Goiânia – Rio Meia Ponte (dois pontos) e Ribeirão João Leite (dois pontos) – e nos lagos do Bosque dos Buritis e do Parque Vaca Brava. A análise laboratorial foi realizada pelo Núcleo de Pesquisa em Agentes Emergentes e Reemergentes (NUPEREME), Laboratório de Genética Molecular e Citogenética (LGMC ) e Laboratório de Diagnóstico Genético e Molecular (LDGM) da Universidade Federal de Goiás. O procedimento para a detecção de protozoários em água se baseou no método da membrana filtrante preconizado pelo Standard Methods for the Examination of water and wastewaster. Os agentes parasitários oportunistas foram identificados por meio de técnicas de concentração e coloração específicas para Coccídeos e Microsporídios, Imunofluorescência pelo kit MeryFluor® e técnicas moleculares, utilizando-se Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e Nested-PCR. Os helmintos foram identificados pelo método de hoffman Pons e Janer (1934). Resultados: De 72 amostras coletadas, duas foram positivas para Cryptosporidium sp pela técnica de Ziehl-Nelseen e do Kit MeryFluor®. Utilizando-se a técnica da Nested-PCR, foi confirmada a espécie Cryptosporidium parvum para a amostra coletada no Rio Meia Ponte, 2 km à jusante da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)/Goiânia, o que não ocorreu com a outra amostra identificada no lago Vaca Brava. Utilizando-se a técnica de hoffman Pons e Janer (1934), com confirmação pela técnica de Imunofulorescência do Kit MeryFluor®, foram encontrados cistos de Giardia sp no Ribeirão João Leite, em um ponto antes da captação da empresa Saneamento de Goiás (SANEAGO), 2,8% (2/72), e outro no município de Goianápolis, 1,4% (1/72), que recebe grande parte do esgoto gerado pela cidade de Anápolis. As técnicas de Kynioun e hot-Chromotrope não apresentaram positividade para nenhum dos protozoários oportunistas pesquisados neste trabalho. Quanto aos helmintos, 23,6% (17/72) das amostras foram positivas para larvas de vida livre e 2,8% (2/72), para ovos, detectando-se Ascaris lumbricoides e Hymenolepis diminuta. Quanto à temperatura e umidade, não foi obtido resultado estatisticamente significativo, portanto esses dois aspectosnão influenciaram na ocorrência dos protozoários e helmintos. Conclusão: As metodologias parasitológicas aplicadas mostraram ser de baixo custo, relativamente rápidas, porém não específicas. Para a identificação específica, foi necessária a utilização de métodos moleculares. Os helmintos apresentaram maior positividade, talvez pela praticidade do método que demonstrou rapidez e baixo custo para o diagnóstico

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Publicado

2009-03-05

Como Citar

SANTOS, S. de F. O. ESTUDO DOS PARASITOS OPORTUNISTAS EM áGUAS FLUVIAIS DE. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 37, n. 4, p. 368–370, 2009. DOI: 10.5216/rpt.v37i4.5672. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/5672. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

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RESUMO / ABSTRACTS