Prevalência dos agravos triados no programa de proteção à gestante do estado de Mato Grosso do Sul de 2004 a 2007
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v37i4.5666Palavras-chave:
Gestante, Pré-natal, Sangue Seco em Papel filtro, Prevenção, Morbimortalidade.Resumo
A redução da morbimortalidade materno-infantil deve ser tratada pelos serviços de saúde pública como meta primordial, por essa razão o estado de Mato Grosso do Sul implantou um serviço diferenciado de diagnóstico e acompanhamento de alguns agravos. Este estudo transversal analisa a prevalência destes agravos em 153.857 gestantes acompanhadas pelo Programa Estadual de Proteção à Gestante de Mato Grosso do Sul no período de 2004 a 2007, destacando o valor preditivo das provas utilizadas e as diferenças de prevalência entre as faixas etárias. Os resultados indicaram as seguintes prevalências (por mil gestantes): toxoplasmose - 12,99; rubéola - 1,75;
citomegalovírus - 1,03; herpes Simplex - 0,51; sífilis - 26,91; HIV 1 e 2 - 2,28; doença de Chagas - 3,33; hepatite B (HBsAg) - 3,05; hepatite C - 1,59; Fenilcetonuria Materna - 0,02; HTLV I e II (Human T-Iymphotropic virus) - 2,03; clamídia - 73,97; hipotiroidismo - 0,77. Observou-se diferença nas prevalências entre as faixas etárias e as infecções por rubéola, citomegalovírus, doença de Chagas e herpes vírus. Os resultados observados aproximam-se dos referentes ao Brasil, já descritos na literatura. O valor preditivo positivo do teste utilizado em relação à confirmação se mostrou elevado, destacando-se a metodologia de triagem pelo método do sangue seco em papel filtro. Pode-se concluir que a triagem no pré-natal e o acompanhamento da criança após o nascimento são estratégias que podem contribuir para a diminuição da prevalência desses agravos e suas complicações e, ao longo do tempo, para a redução da morbimortalidade materno-infantil.
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