A INFECÇÃO DO VETOR DO TRYPANOSOMA CRUZI É SUBESTIMADA EM ALGUMAS LOCALIDADES DA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v45i1.39979Palavras-chave:
Chagas’ disease, kDNA-PCR, Trypanosoma cruzi, triatomines, Brazil.Resumo
A Bahia foi o último estado brasileiro a ser declarado livre da transmissão da doença de
Chagas pelo Triatoma infestans em 2006. O programa designado para controle vetorial da transmissão da doença de Chagas está atualmente ativo, e os potenciais triatomíneos coletados por funcionários do Departamento da Saúde do Estado da Bahia são praticamente todos diagnosticados como negativos para Trypanosoma cruzi quando analisados pelo método parasitológico convencional direto. O objetivo deste estudo foi investigar se os triatomíneos da Bahia, de fato, não estão infectados por T. cruzi, utilizando-se, para isso, uma metodologia de diagnóstico mais sensível, como a reação em cadeia da polimerase do DNA do cinetoplasto (kDNA-PCR). Com a ajuda dos funcionários da área da saúde, foram analisados 51 triatomíneos provenientes de áreas do peridomicílio da região centro-norte do estado da Bahia.
Dos insetos analisados, a maioria (60,8%) era Triatoma brasiliensis, 29,4% eram Triatoma pseudomaculata e 9,8% eram ninfas que não foram identificadas. Apenas um inseto, analisado pelo método parasitológico convencional direto, mostrou-se potencialmente positivo para T. cruzi e 31,4% foram positivos para T. cruzi pela kDNA-PCR. Quase a metade dos insetos infectados (41,9%) era constituída por T. brasiliensis, uma espécie com alto potencial para a transmissão de T. cruzi. Estes resultados demonstram que o número de triatomíneos infectados com elevado potencial de transmissão de T. cruzi pode ser maior do que o esperado em quatro localidades do estado da Bahia.
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