ATIVIDADE AMEBICIDA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE PRÓPOLIS VERDE CONTRA TROFOZOÍTOS E CISTOS DE ACANTHAMOEBA CASTELLANII

Autores

  • Carla de Magalhães Karusky Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DEMIP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Amanda Carvalho Ribeiro Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DEMIP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Thais Esther Teixeira Nunes Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DEMIP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Gilsane Lino Von Pose Departamento de Produção de Matéria-Prima, Faculdade de Farmácia, UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Marilise Brittes Rott Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (DEMIP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v44i3.38020

Palavras-chave:

Acanthamoeba castellanii, própolis, atividade amebicida

Resumo

O gênero Acanthamoeba pertencente ao grupo das amebas de vida livre e é amplamente distribuído no ambiente. Estes protistas são conhecidos por causarem doenças graves, como a Encefalite Amebiana Granulomatosa em pacientes imunocomprometidos e ceratite amebiana, especialmente em usuários de lentes de contato imunocompetentes. Própolis verde é uma substância resinosa e balsâmica, conhecida na medicina alternativa por exibir várias atividades biológicas. Neste estudo avaliou-se a atividade amebicida de um extrato aquoso de própolis verde contra trofozoítos e cistos de A. castellanii. Nas concentrações de 10 e 20 mg/mL, o extrato foi capaz de inativar 100% de trofozoítos no prazo de 24 horas e 48 horas, enquanto a uma concentração de 5 mg/mL 100% dos trofozoítos foram inativados em 72 horas. Os cistos foram inativados após 24 horas de exposição ao extrato à concentração de 40 mg/mL. O efeito do extrato foi avaliado sobre células HCE (epiteliais de córnea humana), empregando-se ensaio de viabilidade baseado na redução do sal de tetrazólio MTT. O extrato não apresentou efeito citotóxico significativo sobre as células HCE, nas concentrações de 0,312, 0,625, 1,25 e 2,5 mg/mL. O teste de adesão realizado mostrou que a fixação de Acanthamoeba a células HCE apresenta comportamento dose- dependente em relação ao extrato de própolis. Assim, este estudo demonstrou a eficácia da própolis verde contra trofozoítos e cistos de Acanthamoeba e provou ser uma substância promissora especialmente para a formulação de soluções para desinfecção de superfícies. No entanto, mais estudos são necessários para entender seu mecanismo de ação.

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Como Citar

KARUSKY, C. de M.; RIBEIRO, A. C.; NUNES, T. E. T.; VON POSE, G. L.; ROTT, M. B. ATIVIDADE AMEBICIDA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE PRÓPOLIS VERDE CONTRA TROFOZOÍTOS E CISTOS DE ACANTHAMOEBA CASTELLANII. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 44, n. 3, p. 283–294, 2015. DOI: 10.5216/rpt.v44i3.38020. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/38020. Acesso em: 26 mar. 2025.

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES