ATIVIDADE AMEBICIDA E CITOTÓXICA DO EXTRATO AQUOSO DE PRÓPOLIS VERDE CONTRA TROFOZOÍTOS E CISTOS DE ACANTHAMOEBA CASTELLANII
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v44i3.38020Palavras-chave:
Acanthamoeba castellanii, própolis, atividade amebicidaResumo
O gênero Acanthamoeba pertencente ao grupo das amebas de vida livre e é amplamente distribuído no ambiente. Estes protistas são conhecidos por causarem doenças graves, como a Encefalite Amebiana Granulomatosa em pacientes imunocomprometidos e ceratite amebiana, especialmente em usuários de lentes de contato imunocompetentes. Própolis verde é uma substância resinosa e balsâmica, conhecida na medicina alternativa por exibir várias atividades biológicas. Neste estudo avaliou-se a atividade amebicida de um extrato aquoso de própolis verde contra trofozoítos e cistos de A. castellanii. Nas concentrações de 10 e 20 mg/mL, o extrato foi capaz de inativar 100% de trofozoítos no prazo de 24 horas e 48 horas, enquanto a uma concentração de 5 mg/mL 100% dos trofozoítos foram inativados em 72 horas. Os cistos foram inativados após 24 horas de exposição ao extrato à concentração de 40 mg/mL. O efeito do extrato foi avaliado sobre células HCE (epiteliais de córnea humana), empregando-se ensaio de viabilidade baseado na redução do sal de tetrazólio MTT. O extrato não apresentou efeito citotóxico significativo sobre as células HCE, nas concentrações de 0,312, 0,625, 1,25 e 2,5 mg/mL. O teste de adesão realizado mostrou que a fixação de Acanthamoeba a células HCE apresenta comportamento dose- dependente em relação ao extrato de própolis. Assim, este estudo demonstrou a eficácia da própolis verde contra trofozoítos e cistos de Acanthamoeba e provou ser uma substância promissora especialmente para a formulação de soluções para desinfecção de superfícies. No entanto, mais estudos são necessários para entender seu mecanismo de ação.Downloads
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