CARACTERÍSTICAS IN VITRO DE ISOLADOS DO COMPLEXO CRYPTOCOCCUS LAURENTII EM DIFERENTES MEIOS DE CULTURA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v43i3.32199Palavras-chave:
Cryptococcus laurentii, fenotipagem, enzimotipagemResumo
Cryptococcus laurentii é um fungo distribuído em diversos ambientes, e eventualmente causa infecção no homem. Por ser uma espécie considerada emergente, requer, para sua identificação laboratorial, um conhecimento técnico mais especializado, provas ou testes laboratoriais específicos, que nem sempre estão disponíveis. O objetivo deste trabalho foi descrever características fenotípicas in vitro de isolados do complexo C. laurentii, em meios de cultura utilizados na rotina de laboratório de microbiologia. Foram estudados isolados do complexo C. laurentii em diferentes meios de cultura e condições. A avaliação in vitro foi feita através de crescimento nos meios: ágar cromogênico Candida, ágar chocolate, ágar sangue, ágar EMB, ágar MacConkey, ágar SS e ágar Mycosel; produção de melanina em ágar Níger, crescimento a 37ºC, avaliação da atmosfera de crescimento, análise da micromorfologia celular, catalase, urease, beta-glicosidase, gelatinase, fosfolipase, proteinase, DNase, amilase, atividade hemolítica e teste de sensibilidade aos antifúngicos. O crescimento dos isolados de C. laurentii em caldo tioglicolato ocorreu somente na superfície do meio; apresentaram crescimento em ágar MacConkey e não cresceram em Mycosel®; apresentaram crescimento variável em temperatura de 37ºC, não produziram melanina em ágar níger, foram catalase, esculina e amilase positivas; atividades de fosfolipase e proteinase foram negativas e atividade hemolítica variável. Os halos ao redor dos discos de antifúngicos variaram de 14 a 35 mm para anfotericina B, de 31 a 40 mm para voriconazol, de 13 a 28 mm para fluconazol. Conclui-se que C. laurentii cresce em diferentes meios de cultura, com características morfocoloniais, aspectos, bordas e colorações diversas, como outras espécies de leveduras, de modo que provas clássicas para identificação são necessárias. Testes de tipagem, incluindo exoenzimas e sensibilidade in vitro aos antifúngicos podem ser úteis na diferenciação dos isolados.
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