PREVALÊNCIA E PRODUÇÃO DE ENZIMAS POR ISOLADOS DE Candida PROVENIENTES DE AMOSTRAS DE SECREÇÃO VAGINAL
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v42i2.25530Palavras-chave:
Candida spp., Vulvovaginite, Fatores de virulência.Resumo
A candidíase vulvovaginal (VVC) ocupa o segundo lugar entre as vaginites, sendo Candida albicans responsável pela maioria dos episódios sintomáticos de VVC. Entretanto, um fato a ser considerado é o aumento de infecções por espécies de C. não albicans, o que contribui para as elevadas taxas de recidiva e resistência. Os objetivos deste estudo foram isolar Candida spp. de amostras de secreção vaginal, determinar a prevalência das espécies e verificar a produção de enzimas hidrolíticas (proteases, fosfolipases, hemolisinas, catalases e gelatinases) nos isolados clínicos.Foram analisadas 144 amostras de pacientes atendidas em um hospital público em São Luís-MA. A produção de enzimas hidrolíticas foi conduzida em triplicata usando-se métodos específicos. A análise estatística foi realizada por meio dos testes c2, Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuh. Apresentaram cultura positiva para Candida spp. 90 pacientes. A principal espécie isolada (43,3%) foi Candida parapsilosis e 43 pacientes (47,8%) apresentaram manifestações clínicas sugestivas de VVC. A correlação entre a presença de espécies de Candida e a presença ou ausência de sintomas não foi estatisticamente significante (x = 3,22 , p = 0,073). Verificou-se a expressão de enzimas pelos isolados de Candida spp. nas seguintes porcentagens: hemolisinas (80%), fosfolipases (8,9%), proteinases (17,8%), catalases (64,4%) e gelatinases (10,0%). Diferenças estatisticamente significativas foram observadas entre os isolados em relação à expressão de fosfolipases (p = 0,0005), sendo C. albicans a espécie mais produtora, e de catalases (p = 0,0045), em que C. parapsilosis e C. albicans foram as espécies com expressão mais elevada. Este estudo mostrou uma predominância de espécies não albicans em amostras vulvovaginais e a maioria dos isolados revelou-se produtora de hemolisinas e catalases, o que pode contribuir para a virulência das linhagens de Candida e para o desenvolvimento de infecção vaginal quando em condições apropriadas.
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