MENINGOENCEFALITE - Dados clínicos, bacteriológicos e terapêuticos em 351 casos
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v2i2.22736Resumo
Os autores apresentam sua experiência em 351 casos de meningoencefalite, objetivando mostrar as etioíogiasmais frequentes e os resultados terapêuticos alcançados com a associação Penicilina G Sulfadiazina — Cloranfenicol e com as penicilinas semi-sintélicas de amplo espectro.
Apresentam uma classificação sindrômica do quadro neurológico em correlação com o tempo de doença até a internação e a evolução clínica. As meningoencefalites contribuíram com
21,26% da casuística do hospital sendo que as bacterianas agudas ocorreram em 48,14% do total, asséptica (virai e indeterminada) em 46,72% e tuberculosa em 5,09%. No grupo
bacteriano agudo, o meningoco foi responsável por 56,1% dos casos, o estafilococo por 14,47%, o pneumococo por 11,34% e o bacilo de Pfeiffer por 5,46%. Proteus, Pseudomonas, Klebsiellas e Estreptococos ocorreram em menos de 8% do grupo bacteriano. Sindrome meningeia pura foi observada com maior frequência nos pacientes com menos de dois dias
de doença que evoluíram muito mais favoravelmente que aqueles com sinais de comprometimento encefálico ou medular. A mortalidade hospitalar nos pacientes tratados com a associação penicilina G — sulfa — cloranfenicol, em 79 casos, foi de 25,32%, com a epicilina em 36 casos, foi de 16,66% e com a ampicilina em 54 casos, 14,82%' Concluem que o meningococo é o agente etiológico mais importante de meningoencefalite em Goiás, que a terapia inicial única com
penicilina de amplo espectro é superior àquela com a associação penicilina G — sulfadíazina — cloranfenicol,
e que uma classificação sindrômica do quadro neurológico traz subsídios importantes para avaliação prognostica.
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