ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE, COM BASE NA CASUÍSTICA DA REDE PÚBLICA EM GOIÂNIA - GOIÁS
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v18i1.20215Resumo
Os dados epidemiológícos de 2010 (30,16%) dos prontuários de pacientes Hansenianosem tratamento na Rede Pública de Goiânia, foram analisados retrospectivamente.Os prontuários foram escolhidos aleatoriamente e analisados de forma descritiva, com indicaçãode frequência e cálculos de percentual. Considerando o alto grau de endemicidadeda Hanseníase no Brasil, com um total de casos notificados que correspondem a 80% dacasuística da doença na América Latina (MOTTA, 1983), em Goiás sua endemicidade(3,0/1000) é maior do que a média no Brasil (1,7/1000), sendo que em Goiânia, Capital doEstado, foi registrado no ano de 1986 um coeficiente de detecção anual de casos duas vezesmaior ao registrado no Estado (67,87/100.000) com prevalência altíssima (6,9/1000),constituindo-se portanto, num importante problema de Saúde Pública. Dos dados levantadosressaltam-se os seguintes: a) há predominância das formas clínicas polarizadas, existindodeficiência na busca de pacientes, através do exame dos comunicantes; b) a grandemaioria dos pacientes encontra-se dentro da faixa etária produtiva, entre os casados e compredomínio do sexo masculino; c) o alto número de baciloscopia negativa, demonstra otempo prolongado de tratamento a que o paciente é submetido, fato consequente à inobservânciados critérios de alta, bem como à ineficiência dos exames laboratoriais; d) maior número de registros de contactos pertencem às formas bacilíferas e e) verificou-se, quantoà procedência, que 30 (1,49%) são dos Estados limítrofes a Goiás, 651 (32,39%) do interiordo Estado e 1.329 (66,12%) da Capital, destes 932 (78,25) residem na área semi-periféricada cidade. Os autores sugerem a reestruturação dos Serviços de Saúde e enfatizama necessidade de educação em saúde tanto para os profissionais quanto para os pacientes.Downloads
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