ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE POLIOMIELITE PARALÍTICA EM GOIÁS, NO PERÍODO DE 1969 a 1976. PESQUISA DE SEQUELAS EM ESCOLARES DE 6 A 11 ANOS. 2º SEMESTRE DE 1980.
DOI:
https://doi.org/10.5216/rpt.v19i1.20190Resumo
Para avaliar o impacto da vacinação em massa contra a poliomielite, iniciada em1980, era imprescirdível conhecer a sua ocorrência nos anos anteriores Contudo, os dadosoficiais referentes aos anos 1970/75 publicados pela FIBGE e os admitidos pelaI;SESP eram conflitantes. Para esclarecer a divergência fez-se uma pesquisa das sequelasde poliomielite, em escolares entre 6 e 11 anos agrupados em 3 faixas etárias: dos nascidosentre 1973/74, 1971/72 e 1969/70- Em Goiás, o levantamento dos escolares foi realizadopor enfermeiras, abrangendo 85% da população e 70% da área total do Estado Foramexaminados 202.110 escolares: 131.832 de 6 a 11 anos, com 246 portadores de sequelas(29 de 6 a 7, 74 de 7 a 8 e 143 de 10 a 11 anos) e 70.278 acima de 11 anos. com 106 portadoresde sequelas. Expandindo-se os valores observados entre 6 e 11 anos, estimou-se aocorrência de 1.542 casos, a média das prevaléncias de 7,2/100.000, uma prevalência desequelas de 1,82/1000 e uma incidência de 2,85/1000. No mesmo período, de 1969 a1976, foram notificados, oficialmente, 1.390 casos, da área de estudo com uma prevalênciamédia de 6,49/100.000. Constatou-se que 1.213 casos notificados (87.27%) estiveraminternados no Hospital Osvaldo Cruz de Goiânia. Os valores encontrados sugerem umaconsistência dos dados oficiais, contudo, confrontando-se, nominalmente, os escolarescom sequelas com a lista de internações hospitalar, verificou-se que somente 56 (22,76%)dos escolares observados estiveram internados no Hospital Osvaldo Cruz. A explicaçãopara tal divergência seria a de que houve uma subnotificação de quase 4 vezes, isto é, aoinvés de 1.390 seriam 5.330 casos e a mediadas prevaJências 24,9/100.000.Downloads
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