CONTAGEM E IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS NA SALIVA DE PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICÊNCIA HUMANA ANTES E APÓS HIGIENIZAÇÃO E BOCHECHO COM ANTI-SÉPTICOS

Autores

  • Cristyane Gonçalves Benicio Bastos Rocha
  • Cleomenes Reis
  • Fabiana Cristina Pimenta

DOI:

https://doi.org/10.5216/rpt.v35i2.1901

Resumo

Infecções da mucosa bucal estão provavelmente relacionadas com a soropositividade para o HIV,

bem como alterações no número e nas espécies microbianas. O presente estudo buscou identifi car e

quantifi car os microrganismos na saliva de 56 adultos portadores do HIV, antes e após higienização e

bochecho com os anti-sépticos Periogard ® e Cepacol ®, e determinar a concentração inibitória mínima

(CIM) desses anti-sépticos. Foram coletadas duas amostras de saliva não estimulada de cada paciente.

A primeira coleta foi realizada antes de qualquer intervenção; a segunda, após instruções e práticas de

higiene bucal e bochecho com Periogard ® ou Cepacol ®. A determinação da CIM foi realizada pelométodo de diluição em ágar. Foram isolados 54 leveduras, leveduras 43 bastonetes Gram negativos (BGN), 42

estafi lococos e 29 estreptococos do grupo mutans (EGM). As contagens microbianas, após higienização

e bochecho, sofreram uma redução signifi cante para ambos os anti-sépticos. Considerando o Periogard ® ,

a redução foi de 5 logs para EGM, de 4 logs para estafi lococos e BGN e de 2 logs para as leveduras. O

Cepacol® promoveu uma redução de 5 logs para EGM, de 4 logs para os estafi lococos, de 3 logs para

BGN e de 1 log para as leveduras. A CIM para os EGM variou de 0,06 a 0,48µg/mL para o Periogard

® e 0,05 a 0,2µg/mL para o Cepacol®; estafi lococos de 0,0002344 a 0,0009375µg/mL para o Periogard

® e 0,003125 a 0,1µg/mL para o Cepacol®; bastonetes Gram negativos de 0,001875 a 0,12µg/mL para o

Periogard ® e 0,0125 a 0,2µg/mL para o Cepacol ® e leveduras de 0,0075 a 0,06µg/mL para o Periogard

® e 0,003125 a 0,025µg/mL para o Cepacol®. Os indivíduos portadores do HIV apresentaram elevadaprevalência de C. albicans na saliva. É preocupante a presença de estafi lococos e enterobactérias na

saliva destes pacientes imunodeprimidos, uma vez que são patógenos virulentos com capacidade

de disseminação. O uso de anti-sépticos associados a uma higienização supervisionada reduz

signifi cativamente a carga microbiana destes indivíduos, o que torna a associação recomendada.

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Publicado

2007-10-18

Como Citar

ROCHA, C. G. B. B.; REIS, C.; PIMENTA, F. C. CONTAGEM E IDENTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS NA SALIVA DE PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICÊNCIA HUMANA ANTES E APÓS HIGIENIZAÇÃO E BOCHECHO COM ANTI-SÉPTICOS. Revista de Patologia Tropical / Journal of Tropical Pathology, Goiânia, v. 35, n. 2, p. 125–134, 2007. DOI: 10.5216/rpt.v35i2.1901. Disponível em: https://revistas.ufg.br/iptsp/article/view/1901. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES