@article{Pinho_Barbosa_2017, place={Goiânia, Goiás, Brasil}, title={Vida e morte no cotidiano: reflexões com o profissional da saúde}, volume={11}, url={https://revistas.ufg.br/fen/article/view/46921}, DOI={10.5216/ree.v11.46921}, abstractNote={<p><em>Vida e morte no cotidiano: reflexões com o profissional da saúde</em> foi escrito com a finalidade de contribuir com o projeto da Política Estadual de Humanização da Atenção e da Gestão em Saúde do Estado do Ceará, que define em suas diretrizes “proporcionar a preparação adequada à vivência de perdas, de sofrimento, do morrer e da morte.”</p><p>A obra está organizada em temáticas sobre os sentidos da morte e do morrer no ocidente. Apresenta quatro capítulos que versam sobre a vida e a morte numa valiosa contribuição sobre a compreensão da morte como parte imprescindível da vida e sua inclusão nos cuidados prestados pelos profissionais da saúde. Os autores provocam de forma competente e sensível o repensar sobre as questões da morte e do morrer, a partir da realidade vivida pelos profissionais, colocando em evidência um tema imprescindível para cuidá-lo humanizado nas práticas de saúde e não se da referência aos pacientes e seus familiares, que de alguma forma compartilham com os profissionais do processo de cuidar.</p><p>O primeiro capítulo: <em>a morte e o morrer na vida e os seus sentidos</em>, contém ensinamentos retirados dos poetas que por meio de suas músicas e poemas retratam a morte das mais diferentes formas, mas a reconhece como parte da vida em sua plenitude. Estes apresentam uma breve revisão sobre a história da morte, as transformações ocorridas ao longo do tempo e seus diversos significados. Finalizando o capítulo os autores lembram o fato de que o homem é o único animal que sabe que vai morrer e essa consciência provoca sentimentos de medo e solidão. Retratam também questões importantes como o envelhecimento, as perdas e suas implicações, que vão ocorrendo ao longo da vida, e por último abordam o poder da ciência, que a todo custo tenta adiar a morte considerando que neste momento a maior parte do processo de morrer é responsabilidade do profissional da saúde.</p><p>O segundo capítulo: <em>o profissional da saúde diante da morte</em> trata do despreparo dos profissionais, apresentando alguns conceitos básicos como eutanásia, distanásia para discutir a questões da emoção, do sentido de vida e morte para cada pessoa, da necessidade de momentos para que os profissionais possam refletir sobre a própria morte. Pensar a própria morte significa refletir sobre a vida não como um conjunto de sinais vitais que se deve monitorar. A leitura nos convida a ponderar a morte não como inimiga, mas como um complemento da vida, em que vida e morte formam a totalidade do Ser.</p><p>No terceiro capítulo: <em>apelo à re-humanização da morte,</em> os autores refletem sobre o avanço tecnológico da Medicina que a todo custo tentam o prolongamento da vida e que nem sempre essas ações são acompanhadas de ajuda para uma boa morte. Ressaltam, nesse contexto, a solidão, a impessoalidade e a desumanização do Ser que está morrendo. No referido capítulo é discutida ainda a relevância dos cuidados paliativos e os doze princípios para uma boa morte publicados na Inglaterra.</p><p>No quarto capítulo, <em>aplicação prática: assim na vida como na morte, </em>os autores propõem uma série de atividades práticas para serem desenvolvidas em grupos, com o objetivo de sensibilizar os profissionais a compartilhar, em rodas de conversas nos serviços de saúde sobre a vida e a morte. A organização de tais atividades é no formato de oficinas mediadas pela apreciação de poemas, músicas e textos de apoio.</p><p>Nas considerações finais o destaque é dado para o fato de que o mais importante parece ser uma atitude solidária junto ao Ser que está morrendo. Além disso, os autores consideram importantes também, o fortalecimento das Políticas Públicas e a consolidação dos Cuidados Paliativos.</p><p>Trata-se de uma obra com estilo claro, objetivo, fácil leitura, que nos mantém na expectativa de chegarmos ao fim. Recomendamos a leitura deste livro aos docentes dos cursos da saúde, profissionais de saúde, estudantes, assim como para pessoas que se interessam em ampliar conhecimentos sobre as questões da morte e do morrer.</p>}, number={1}, journal={Revista Eletrônica de Enfermagem}, author={Pinho, Lícia Maria Oliveira and Barbosa, Maria Alves}, year={2017}, month={jun.} }