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PENA, Fabíola Braz; SANTO, Fátima
Helena do Espirito. O MOVIMENTO DAS EMOÇÕES NA VIDA
DOS IDOSOS: UM ESTUDO COM UM GRUPO DA TERCEIRA IDADE. Revista Eletrônica de Enfermagem,
v. 08, n. 01, p. 17 – 24, 2006. Disponível em
http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen |
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O
MOVIMENTO DAS EMOÇÕES NA VIDA DOS IDOSOS: UM ESTUDO
COM UM GRUPO DA TERCEIRA IDADE
THE MOVING OF EMOTION ON ELDERLY' S LIFE:
A STUDY WITH A THIRD AGE GROUP
EL
MOVIMIENTO DE LAS EMOCIONES EN LA VIDA DE LOS ANCIANOS: UN ESTUDIO
CON UN GRUPO DE LA TERCERA EDAD
Fabíola Braz Penna1
Fátima Helena do Espírito Santo2
RESUMO: Estudo qualitativo cujos objetivos
foram descrever as emoções na vida do idoso e discutir a relação
entre emoções e saúde do idoso. O estudo foi desenvolvido em
um grupo da terceira idade no município de São Gonçalo/RJ através
de observação participante e entrevistas semiestruturadas com
dez idosos. Após análise das informações identificamos a categoria
O Pêndulo das Emoções com dois temas complementares: movimento
ascendente e movimento descendente das emoções no viver. Os
idosos evidenciaram que suas emoções representam um movimento
contínuo que repercute diretamente na sensação de estar ou não
com saúde e viver bem a terceira idade, é ter autonomia nas
atividades diárias e liberdade para participar de atividades
físicas e de lazer. Assim, o ser humano precisa valorizar todas
as etapas de sua vida, pois o processo de envelhecimento começa
a partir do momento em que nascemos e a qualidade de vida é
uma conquista diária nessa caminhada.
PALAVRAS-CHAVE: Envelhecimento; Saúde Mental;
Qualidade de vida.
ABSTRACT: Qualitative study which aims was
to describe the emotions in elderly life and to debate the relation
between emotions and elderly health. The study was developed
in a third age group at Sao Gonçalo city – RJ by participant
observation and semi-structured interviews with ten elderly
people. After the information analysis it was possible to identify
the category "The Pendulum of Emotions" and two complementary
subjects: rising and descending movement of emotions on living.
The elderly evidenced that their emotions represents a continuous
movement which reflects straightly to the feeling of being or
not healthy and living well the third age is having autonomy
of daily activities and freedom to participate of leisure and
physical activities. Thus, the human being needs to valorize
all the stages of his life, because the process of becoming
old starts from the moment we were born and the quality of life
is a daily conquest in this way.
KEY WORDS: Aging; Mental Health; Quality of
Life.
RESUMEN: Estudio cualitativo cuyos objetivos
fueron describir las emociones en la vida del anciano y debatir
la relación entre las emociones y la salud del anciano. El estudio
fue desarrollado en un grupo de la tercera edad en la ciudad
de São Gonçalo, RJ, por medio de observación participante y
entrevistas semi estructuradas con diez ancianos. En la análisis
de las informaciones fue posible identificar la categoría: “el
péndulo de las emociones" con dos temas complementarios: movimiento
ascendiente y movimiento descendiente de las emociones en el
vivir. Los ancianos evidenciaron que sus emociones representan
un movimiento continuo que hace repercusión directamente en
la sensación de estar o no con salud, y vivir bien en la tercera
edad es tener autonomía en las actividades cotidianas y libertad
para participar de actividades físicas y ocio. Así, el ser humano
necesita valorar todas las etapas de su vida, pues el proceso
de envejecimiento empieza a partir del momento en que nacemos
y la cualidad de vida es una conquista de todos los días en
esta caminada.
PALABRAS CLAVE: Envejecimiento; Salud Mental;
Calidad de vida. |
INTRODUÇÃO O
presente artigo foi elaborado a partir do trabalho de conclusão
de curso o qual seguiu os parâmetros da instituição acadêmica
para obtenção do titulo de enfermeiro e licenciado em enfermagem
(PENNA, 2004).
Nos últimos
anos observa-se um aumento significativo de estudos abordando
o processo de envelhecimento e suas repercussões na saúde do
idoso, comprovando a relevância e o movimento crescente de conscientização
acerca da necessidade de um maior conhecimento das especificidades
do idoso, nos aspectos biológico, social, cultural e econômico
para rompermos com os estereótipos e preconceitos que ainda
isolam e excluem estes indivíduos na sociedade. Este aumento
da expectativa de vida, principalmente nos países desenvolvidos,
tem íntima relação com fatores tais como: alimentação, habitação,
saneamento básico, educação, mudanças nos padrões reprodutivos,
desenvolvimento tecnológico e avanços no controle e tratamento
de doenças. Logo, a mudança da pirâmide populacional, nas últimas
décadas, está associada à redução da mortalidade de adultos
e idosos e a diminuição da taxa de fertilidade (PAPALEO NETTO,
1994) .
A partir dessa
transformação no âmbito da saúde, os profissionais começam a
investir mais nesta clientela, principalmente no setor de atenção
primária. O atendimento geriátrico e gerontológico, pode ser
definido como um processo interdisciplinar que atende as pessoas
idosas, visando os serviços médicos, psicológicos, social e
funcional a fim de manter o idoso com plena capacidade e autonomia
pelo maior período possível. Mas, nesse contexto, é preciso
considerar que a saúde é algo a ser conquistado e não dado,
o que envolve esforço e investimento para mantê-la (PAPALEO
NETTO, 1994).
Nesse sentido,
TEIXEIRA (1988, P. 91) argumenta que: |
“ao mesmo
tempo em que o cuidado depende do indivíduo, ele também tem
uma dimensão que escapa à boa vontade consciente, pois passa
pelo econômico, pelo inconsciente, pelas produções capitalistas
de subjetividade com o corpo. O cuidado é também resultante
dos equipamentos coletivos que produzem subjetividade, e o
sujeito, quando fala do cuidado, fala também do seu salário,
de sua família, dos seus sentimentos e dos seus desejos”.
|
Entretanto,
quando a pessoa envelhece existem alguns fatores psicossociais
que interferem na qualidade de vida como a perda da posição
social comum após a aposentadoria, a pobreza que dificulta as
condições mínimas de sobrevivência e, conseqüentemente, limita
a participação dos idosos em eventos sociais, a solidão, pois
muitas vezes os idosos têm pouco contato com outras pessoas
devido à dificuldade de transporte adequado, problemas financeiros,
incapacidade física e falta de companhia associada ao medo e
a perda de amigos, parentes, cônjuges. Tudo isso pode levar
o idoso à depressão e a uma maior dependência, física e/ou psicossocial.
Além dos fatores
psicossociais que interferem no processo de envelhecimento,
existe ainda a relação do indivíduo com a sociedade. Sendo assim,
os idosos, muitas vezes, sentem-se inferiorizados pela sociedade,
principalmente após a aposentadoria, quando tendem a ser considerados
inúteis e improdutivos, pois, além de conviver com uma série
de mudanças orgânicas, sentem-se como um peso para seus familiares
e amigos o que acaba gerando seu isolamento do convívio social
como forma de preservação.
Assim, a velhice
pode ser caracterizada pela maneira como a sociedade determina
e encara o envelhecer, sendo mais forte do que a percepção do
idoso a respeito do envelhecimento o que nem sempre corresponde
ao seu estado de velhice. Por isso, a forma como uma sociedade
superprotege, venera ou marginaliza o idoso determinará como
ele vai se adaptar e assumir a velhice (WALDOW, 1998). Portanto,
envelhecer de forma saudável implica, não apenas na possibilidade
dos idosos disporem de cuidados em relação aos problemas de
saúde mais comuns nesta etapa da vida, mas, também, no reconhecimento
das suas possibilidades e necessidades específicas. Significa
que, além de bom estado de saúde física eles necessitam de respeito,
segurança e, principalmente, precisam sentir-se ativos em sua
comunidade com oportunidade de expressarem livremente seus sentimentos,
emoções, interesses, opiniões e experiências.
Algumas pesquisas
demonstram que a principal tarefa evolutiva da velhice é a integração
social e a autonomia pessoal; "a segurança propiciada por um
ambiente acolhedor, assim como a autonomia permitida por um
ambiente estimulador são ambas, necessárias ao bem-estar do
idoso" (TEIXEIRA , 2002, p.105). É bem verdade que o idoso convive
com limitações da própria idade, as quais podem prejudicar sua
independência e autonomia para desenvolver determinadas atividades.
Mas, é preciso que ele seja estimulado a, inicialmente, organizar
seu tempo fazendo projetos de vida com criatividade, energia
e iniciativa isto é, dando significados a vida para que esta
não caia no vazio (LIMA , 2000).
Nesse sentido,
podemos considerar que às atividades de lazer e a convivência
em grupo contribuem tanto para a manutenção do equilíbrio biopsicossocial
do idoso, quanto para atenuar possíveis conflitos ambientais
e pessoais. Por isso, é importante para o ser humano a atividade
física, intelectual e de lazer, pois, em todas as etapas da
vida devemos nos preocupar com as perspectivas de um envelhecimento
saudável. E nesse sentido, para se qualificar a vida é necessário
comparar o passado e o presente, as coisas boas e ruins, a infância,
a juventude, a maturidade e a velhice em um contexto social
e histórico (LÓPEZ & CIANCIARULLO, 1999).
Assim, a compreensão
de qualidade de vida na velhice está atrelada ao significado
de velhice dada pelos idosos onde devem ser consideradas as
referências às mudanças do corpo e as imagens desse corpo, os
contrastes sociais e culturais que caracterizam o curso de vida,
se o passado foi marcado pela busca de sobrevivência, pelo trabalho
com poucas garantias ou não, e se hoje na velhice, sobrevivem
com a ajuda de familiares ou são independentes. O envelhecimento
bem-sucedido não é um privilégio ou sorte, mas um objetivo a
ser alcançado por quem planeja e trabalha para isso, sabendo
lidar com as mudanças que efetivamente acompanham o envelhecer.
Além da maneira
como o idoso lida com as mudanças ocorridas nessa fase da vida,
a qualidade de vida envolve também seus hábitos de vida e isso
inclui as atividades de lazer. Além disso, falar de qualidade
de vida é considerar também as emoções e suas repercussões para
a saúde.
Há alguns
anos, afirmar que existia uma vinculação direta entre o estado
emocional e a boa saúde era quase um contra-senso para a ciência,
mas isso se devia em parte ao conceito que se dava à saúde e
que em determinadas sociedades ainda é cultuado, a visão biologizada,
que se entende como sendo ausência de doença quando o organismo
encontra-se em bom estado geral, sem alterações patológicas.
A saúde foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
em 1948, como um estado de completo bem-estar físico, mental
e social e não apenas a ausência da afecção ou doença.
Nesse bem
estar destacamos a emoção que refere-se ao sentimento e seus
pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos. As
emoções são essencialmente impulsos para agir e lidar com as
situações da vida e sofrem influência das experiências vivenciadas
e da cultura (GOLEMAN, 2001). Existem centenas de emoções, juntamente
com suas combinações, variações, mutações e matizes tais como:
ira, tristeza, medo, prazer, amor, surpresa, nojo e vergonha.
O momento da emoção é o momento em que tocamos a nossa força
vital, reencontramos a nossa origem, os ancestrais, a nossa
história coletiva e pessoal (GAUTHIER, 1999).
A evolução
da medicina sobre a existência de substâncias químicas atuando
no metabolismo cerebral capazes de alterar o estado emocional
e, conseqüentemente, a saúde resultou nos conhecimentos atuais
sobre os neurotransmissores e neuroreceptores relacionados à
atividade cerebral dos quais, destaca-se a serotonina e sua
relação com a sensação de bem-estar das pessoas (BALLONE, 2002).
Nesse sentido, algumas pesquisas que procuraram embasar a teoria
de que a depressão seria conseqüente a baixos níveis da serotonina
e quando se fala em idoso, a depressão é algo que vem sendo
estudada e discutida nos últimos anos.
A depressão
no idoso apresenta-se de forma mais habitual com os quadros
pouco sintomáticos e de evolução lenta, que se associam com
alterações hormonais, consumo de medicamentos por iniciativa
própria, como anti-hipertensivos, ansiolíticos e hipnóticos,
e com situações de solidão e perda, como a morte do parceiro,
a falta de apoio social ou familiar, uma mudança ou uma internação
em uma instituição (RUIPÉREZ & LLORENT, 1996).
A depressão
possui fator de hereditariedade e hormonal, mas pode ter causas
psicossociais também. diz que a perda da auto-estima no processo
de envelhecimento está associada ao quadro depressivo do idoso
decorrente do forte sentimento de dependência e perda crescente
da autonomia (RUIPÉREZ & LLORENT, 1996; OLIVEIRA, 2003)
.Nesse contexto, ao perceber que não pode mais agir como antes
sobre o mundo, a pessoa idosa ao que parece, não vê outra escolha
senão retirar-se do mundo, mergulhando pouco a pouco em um profundo
estado de depressão (RUSCHEL, 2001).
Porém, elementos
tais como amor, humor, surpresa, curiosidade, paixão, perdão,
alegria, esperança, entusiasmo, dar e partilhar atuam no sistema
imunológico ajudando nosso corpo a combater infecções e estimulando
células naturais que combatem o câncer e afetam a forma com
que cuidamos de nós mesmos e dos outros. Por outro lado, quando
raiva, ressentimento, ambivalência, culpa, tédio, solidão e
medo são reprimidos durante muito tempo, podem suprimir nosso
sistema natural de proteção e nos fazer sentir mal. (ADAMS,
1998). Isso quer dizer que as emoções desencadeiam reações físicas
e atualmente, a medicina em geral, e particularmente a psiquiatria,
enfatizam a importância do bom humor, dos bons sentimentos e
da afetividade sadia na qualidade de vida e na saúde global
da pessoa, pois os efeitos do bom humor sobre a saúde física
são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ter a importância
de uma sessão de ginástica (BALLONE, 2002).
O bem-estar
proporcionado pela participação do idoso em atividades em grupo
contribui não só para a sua conscientização sobre a importância
do autocuidado mas também oportuniza a vivencia e troca de experiências
que repletas de emoções que movimentam suas vidas, gerando uma
sensação de bem estar. Essas sensações de bem-estar podem ser
discutidas à luz de uma abordagem holística, que integra funções
físicas, emocionais e espirituais. Assim, como essas funções
estão inter-relacionados, qualquer mudança em uma delas pode
causar repercussões nas outras. Estas são mudanças positivas
que demonstram que o todo é maior do que a soma de suas partes
(VICINI, 2002). Nesse sentido, o aumento da expectativa e a
qualidade de vida das pessoas idosas podem estar associados
não somente a evolução da tecnologia e medicina, mas, também,
à vivência dos idosos em grupos a qual transcende as atividades
físicas e de lazer. Nesses grupos os idosos compartilham e expressam
emoções, apesar de muitos serem portadores de doenças comuns
nessa faixa etária, tais como hipertensão arterial e diabetes
mellitus, dentre outras.
À luz dessas
considerações, esse estudo teve como objetivos descrever as
emoções na vida do idoso e discutir a relação das mesmas com
a saúde desse idoso.
METODOLOGIA O
estudo de natureza qualitativa foi realizado junto ao grupo
da terceira idade do Projeto Multidisciplinar de Valorização
do Idoso organizado pelo Pró-Saúde, Serviço Social do Comércio
(SESC) situado no município de São Gonçalo, no Estado do Rio
de Janeiro e os sujeitos foram 10 (dez) idosos com idade superior
a 60 anos que mostraram interesse e disponibilidade para participar
do estudo.
Após autorização
da instituição para realização do estudo, como preconizado na
Resolução CEP 196//96, a coleta de informações foi desenvolvida
em duas etapas, no período de abril a agosto de 2003. Na primeira
etapa, foi desenvolvida a observação participante, com registros
em diário de campo, visando à aproximação do pesquisador com
o cenário e os sujeitos do estudo. Na segunda etapa da coleta
de informações, após esclarecimento dos objetivos do estudo
e assinatura do termo de consentimento livre esclarecido, foram
realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas em fitas magnéticas
para preservar o conteúdo integral dos discursos.
De posse das
informações, as entrevistas foram transcritas na íntegra, digitadas
e identificadas com nomes fictícios. Após diversas leituras
das informações identificamos os temas comuns que foram agrupados
na categoria O Pêndulo das Emoções com dois temas complementares:
movimento ascendente e movimento descendente das emoções
no viver. Consideramos aqui as emoções, como algo que está sempre
se movimentando e que, dependendo dos acontecimentos da vida
sofrem movimentos que fazem bem, que levam o sujeito a se expressar,
viver, buscar (movimento ascendente) e que fazem mal, que levam
o sujeito a se interiorizar, isolar-se (movimento descendente).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao iniciar
o estudo meu propósito era conhecer de perto um grupo da terceira
idade, a fim de saber como os idosos desenvolviam suas atividades
no grupo, viviam e interpretavam suas experiências e, mais que
isso, pretendia compreender como eles compartilhavam e expressavam
suas emoções.
O grupo possuía cerca de 30 participantes, dos quais a maioria
tinha entre 60 e 64 anos. A maioria dos participantes era do
sexo feminino, casadas e não trabalhavam. Em relação à religião
23 eram católicos. 17 idosos possuíam ensino fundamental completo
e todos eram moradores de São Gonçalo, já que este era um requisito
para a participação no Projeto. Dos idosos, 12 residiam com
os cônjuges e apenas 4 moravam sozinhos. Eles relataram que
o principal motivo que os levaram a procurar o grupo foi indicação
médica e que suas atividades de lazer preferidas eram: viajar,
participar de encontros familiares e ir à igreja. Dos 30 idosos,
28 faziam uso de medicamentos. A doença predominante nos participantes
do grupo era a Hipertensão Arterial. O Pêndulo das Emoções
Para os idosos
do grupo alguns informaram possuir “qualidade de vida
boa” mas, alguns complementaram dizendo que qualidade
de vida é ter saúde através de “uma boa alimentação, atividade
física, prazer em viver, atividades de lazer, convívio com a
família unida, seguir uma religião e ter caráter, sendo honesto”.
Segundo NÉRI (2000, p. 12-13), a qualidade de vida para os idosos
pode ser entendida como envelhecer de forma satisfatória e isso
“depende do delicado equilíbrio entre as limitações e
as potencialidades do indivíduo, o qual lhe possibilitará lidar,
em diferentes graus de eficácia, com as perdas inevitáveis do
envelhecimento”.
Várias foram
as formas pelas quais os sujeitos desse estudo disseram ou expressaram
o que eram e como eram as emoções em suas vidas. Um dos pontos
mais presentes nos discursos foi a relação entre saúde e doença.
A saúde foi associada com a ter independência, autonomia para
desenvolver atividades diversas; comportamento de busca e de
viver plenamente. Em contrapartida, a doença foi associada à
dependência física ou emocional, às incapacidades e restrições
que podem levar a um quadro de depressão, como ilustra a fala
da Sra. Imagem: |
“Eu
era cheia de reumatismo. Eu agora tenho uma atividade danada,
minha pressão controlou mais, graças a Deus, to me sentindo
outra”. Sentindo-se isolado e triste, o Sr. Tempo desabafou
seu desejo de receber mais atenção da família: “Eu fico assim,
se eu tivesse uma família maior, talvez eu tivesse mais apoio,
talvez tivesse mais atenção, né?”
|
Mas,
reforçando uma relação entre saúde e bem estar, a Sra. Asa disse
que quando estava bem emocionalmente, sentia-se mais disposta: |
“Fico melhor, fico mais disposta, tenho mais ânimo pras
coisas. Enfim, dá mais vontade de fazer isto ou aquilo.”
|
Enfim,
sejam boas ou ruins, as emoções estavam sempre em contínuo movimento,
ascendendo ou descendendo. O movimento ascendente foi associado
pelos idosos como aquilo que causa bem estar, que impulsiona,
que expande, que exterioriza, que expressa, que faz buscar o
que a vida tem de melhor.
Movimento Ascendente Estudos
sobre desenvolvimento na meia-idade e na velhice, demonstram
que a motivação, ou seja, aquilo que movimenta a pessoa em direção
a algo é o que dá significado a vida e vai adquirindo significações
diversas ao longo do desenvolvimento humano. Assim, para os
idosos, a força motriz da busca de contatos está muito mais
ligada a conteúdos emocionais e afetivos, do que a busca de
informações, preponderantemente mais fortes nos jovens (VICINI,
2002) .
Para Sra. Fogo o sentimento de satisfação diz respeito à família
da qual faz parte: |
“Muito
boa, porque é uma família unida, né? Eu, meu marido, meus
2 filhos, casal de filhos, tenho meu genro que é espetacular,
tenho minha nora que é excelente, tenho meus 4 netos que é
uma maravilha”
|
O
prazer também foi referido pelo Sr. Vento, como a forma ideal
do bem viver em família: |
“Para mim, as coisas básicas da vida são: viver com carinho
com o outro, respeitando o outro; eu respeito ela e ela me
respeita, viver com amor com ela, com os filhos, entendeu?
É uma vida muito boa, muito gostosa”.
|
Ser
avó, vendo “os frutos dos seus frutos” nascerem
e crescerem foi apontado como uma fonte de prazer pela Sra.
Linha: |
“Vivo
com meu marido. Tenho 2 filhos, um solteiro e outro casado.
Esse casado me deu o prazer de ser avó. Tenho uma netinha
linda!”.
|
A proximidade da família,
de uma maneira geral, proporciona conforto e companhia ao idoso
e, à medida que a idade avança, esta tende a tornar-se o centro
das suas relações, proporcionando tanto ajuda e cuidados como
companhia o que alivia a sensação de abandono e isolamento, causa
importante de depressão na terceira idade (RUIPÉREZ & LLORENT,
1996).
Viver uma boa velhice,
significa viver um processo continuo de adaptação e aprendizagem
com os ganhos e perdas em busca da integridade e do bem estar
(NÉRI, 2000) e, para os idosos desse estudo, a participação
no grupo representa uma possibilidade de viver melhor esse processo.
Segundo o Sr. Vento,
dentre as atividades desenvolvidas no grupo de idosos, a ginástica
é a que mais tem influenciado na melhoria da saúde dele e da
sua esposa:
|
“Para
mim foi bom, mas pra ela foi melhor ainda, porque ela tinha
problema de artrose e melhorou muito”.
|
Estudos
demonstram que as atividades físicas melhoram o condicionamento
físico, aumentando a capacidade funcional cardiovascular e diminuindo
as necessidades miocárdicas de oxigênio. Além disso, está comprovada
a relação entre exercício e o aumento da sensação de autoconfiança
e auto-estima, o que repercute em respostas cardiovasculares
e humorais ao estresse mental (PORTELLA, 2004; BARBOSA, 1999).
Os benefícios
apontados pelos idosos realmente não foram apenas físicos, mas,
principalmente, psicológicos. Isso foi associado ao ambiente
e a vivencia em grupo, como ilustra o relato da Sra. Luz: |
“Ah
traz muito benefício. Eu adoro minha ginástica, eu saio daqui
revigorada. E benefício mental também. Os momentos que a gente
passa aqui, a gente se distrai, a gente brinca, a gente, né?
Espairece, né? Não é só física não, a mente também melhora”.
|
Quanto
ao ambiente da ginástica a Sra. Linha não mediu elogios, dizendo: |
“E a
ginástica? Tem coisa melhor? Eu adoro vir pra cá. A gente
brinca, conta piada, o professor parece até um palhaço, faz
a gente rir o tempo todo. É uma terapia, muito boa!”.
|
A
saúde do idoso está diretamente relacionada à sua capacidade
de locomoção e sua saúde, o que preserva sua capacidade funcional,
impedindo que ele se torne sedentário e dependente. Na convivência
com o grupo, ficou evidenciado o quanto eles tinham orgulho
de si mesmos por constantemente estarem sendo elogiados pelos
familiares e médicos em face de prática de exercícios físicos.
Além disso, eles sentiam-se valorizados no grupo, porque estavam
se auto cuidando, buscando o convívio social fonte de prazer
e saúde.
O autocuidado
pode ser entendido como “o conjunto de medidas que tomam
as pessoas para melhorar sua própria saúde e bem –estar
no seio das suas atividades cotidianas”. E, na perspectiva
da saúde publica é entendido como “um comportamento social
ativo que inclui o sentido de adição à competência e habilidade
do ser humano” (KICKBUSCH, 1996, p. 240).
O fato deles
se sentirem úteis, valorizados ficou evidenciado como fator
que favorece a saúde deles como ilustra o depoimento do Sr.
Tempo que referiu satisfação pela oportunidade de poder ajudar
ao seu conterrâneo: |
“Eu
gosto de atender mais aquelas pessoas mais necessitadas, então
eu tenho um conterrâneo e ele vive mais é de cadeira de rodas,
porque encolheu o nervo, uma perna ficou mais curta que a
outra, agora ta com efeito do Diabetes, né? E eu dou muita
assistência a ele. Aí, todo mês eu ajudo a fazer as compras
e eu me sinto bem com aquilo.”.
|
A
relação que os idosos têm com as emoções e a saúde passa pela
maneira com que eles vivenciavam suas emoções. Alguns inclusive
deixaram bem claro em suas falas que agiam de uma forma bastante
transparente tanto para emoções boas quanto ruins. A Sra. Luz
revelou como expressava as emoções de forma transparente: |
“Eu expresso as minhas emoções, porque eu sou assim muito
aberta, né? Em tudo que eu faço, sou muito transparente.”.
|
Mas,
não são as emoções em si que causam problemas. Os problemas
são causados quando reprimimos as emoções durante horas, dias
ou até mesmo anos (VICINI, 2002). O ser humano é um ser que
tem sentimentos e é a sua capacidade de envolver-se, de afetar
e de ser afetado pelo outro, que o torna humano. É esse sentimento,
que se chama cuidado e se situa na lógica do afeto. O cuidado
pressupõe uma relação, e essa relação não deve ser de domínio
sobre o outro, mas de con-vivência. O cuidado se dá na "inter-ação
e comunhão" É a partir do cuidado com o outro, que o ser humano
desenvolve a dimensão de alteridade, de respeito, valores fundamentais
da experiência humana. Assim, o cuidado se dá numa relação afetiva,
e engloba o modo de ser do ser humano, em seus laços afetivos
(BOFF, 1999). Movimento Descendente
Ao termo descendente
foi associado tudo aquilo que para o idoso interioriza, deprime,
e faz adoecer. Se fotografássemos a natureza, iríamos perceber
que nem todas as fotografias seriam repletas de flores coloridas,
com dias ensolarados ou com crianças sorrindo cheias de esperança
na vida que está apenas começando. Assim é a realidade da vida
e das emoções na vida. Têm dias em que a chuva, os raios e trovoadas
insistem em permanecer e não conseguimos acreditar que o sol
irá reaparecer. Da mesma forma é a vida. Quando ocorrem momentos
e épocas que são como as tempestades que destroem casas, estradas
que pareciam tão sólidas e inabaláveis. Algumas vezes, os acontecimentos
que a vida nos guarda causam o mesmo efeito. Para uns o dia
seguinte é logo dia de reconstruir e superar mas, para outros
não. Esses abalos foram associados primeiramente à aposentadoria.
Isso foi constatado
no depoimento do Sr. Tempo que diante da aposentadoria começou
a apresentar alteração da pressão arterial: |
“Aí,
quando eu me aposentei, eu me aposentei por idade, por tempo
de serviço, né?(...) aí depois que me surgiu, porque eu nunca
tinha tido problema de pressão, aí que me surgiu meu problema
emocional.”.
|
Hoje
em dia, pela própria demanda socioeconômica e com a longevidade,
a aposentadoria deixou de ter espaço de premiação para adquirir
um aspecto de punição. São raras as pessoas estarem preparadas
para enfrentá-la, quer porque tendam a supervalorizar seus efeitos
positivos, quer os negativos. Os que valorizam o lado positivo
idealizam as vantagens do tempo livre que ela proporciona. Já
para os que têm uma visão negativa, o mais comum é que percebam
o afastamento do trabalho como a fronteira com a velhice, com
toda a carga de preconceito a ela associada (SCHIFFERLE, 2003).
Outro elemento
que causa efeito devastador na vida do idoso é a família embora
pareça contraditório, mas ocorre quando a família ao invés de
acolher, proteger e/ou integrar o idoso como membro participante
e valorizado desta, age de maneira inversa, ou seja, isolando
ou distanciando.
O Sr. Tempo
em sua fala deixou bem claro como a distância de um familiar,
de um filho gera um sentimento de isolamento: |
“A parte
que eu senti mais isolado, foi quando meu filho passou esses
nove meses no exterior, né? (...) porque ele me dá muito apoio,
apesar de ser o mais moço. Aí eu fiquei assim, com uma espécie
de depressão. O esposo é formado pela Marinha, então ela (filha)
vai pro cartório, aqui o fórum, eu praticamente fico só, né?
Aí eu vou somente pra casa dela nas horas das refeições, mas
fico mais na minha casa. Porque ela tem o compromisso dela
com a família e eu não”.
|
O
distanciamento da filha é uma situação que para a Sra. Fogo
é fonte de tristeza: |
“Só que minha filha mora longe, né? Mora em Vila Velha” (olhos
cheio de lágrimas).
|
Quando
os filhos estão passando por algum problema, naturalmente, os
pais sentem e alguns dos sujeitos deixaram bem claro que esses
problemas afetam também a sua saúde e seu equilíbrio emocional.
A Sra. Imagem comentou sobre a separação conjugal da sua filha: |
“Quando
os filhos estão passando por algum problema, naturalmente,
os pais sentem e alguns dos sujeitos deixaram bem claro que
esses problemas afetam também a sua saúde e seu equilíbrio
emocional. A Sra. Imagem comentou sobre a separação conjugal
da sua filha:
|
O melhor lugar para o idoso
é a sua própria casa junto com sua família, mas, muitas vezes,
esse ambiente não proporciona tudo que ele necessita Assim, ele
sente-se isolado, como se fosse uma despesa extra que causa desconforto
aos demais membros e passa a maior parte do tempo sozinho, como
se possuísse um mundo próprio onde ninguém o vê e acolhe. Ele
muitas vezes, presencia situações problemáticas dentro do lar,
com os filhos, netos, mas sente-se impotente para resolver os
problemas que observa e vivencia de perto. Porém, como pai, mãe,
avó ou avô ele sofre, e esse sofrimento transborda em mal estar,
tristeza e alterações do seu estado de equilíbrio, fazendo o pêndulo
movimentar-se em sentido descendente.
Ao chegar
na terceira idade muitos sucessos e fracassos já foram vivenciados
e vão constituir o chamado cuidado, no sentido de se preservar
o que foi conquistado, e o sentimento de integridade. Isto pode
ser expresso na capacidade do indivíduo em rever a sua trajetória
de vida e apreciá-la, com algum grau de satisfação pois a integridade
é a marca individual daqueles que conseguem aceitar e conviver
com a sua própria trajetória de vida e defender o seu estilo
peculiar, que representa o seu patrimônio maior, frente às ameaças
e adversidades que a vida possa lhes reservar. Trata-se daquelas
pessoas que conseguem vislumbrar a sua posição histórica e cultural,
inserida num contexto e numa ordem maior Mais que isso, envelhecer
bem como bem diz NERI (2000, p.13-14): “depende do delicado
equilíbrio entre as limitações e as potencialidades do indivíduo,
o qual lhe possibilitará lidar, em diferentes graus de eficácia,
com as perdas inevitáveis do envelhecimento" .
CONCLUSÕES
Desde o inicio
do estudo foi possível perceber o quanto é vasto e atraente
o universo dos idosos que têm tanto a nos ensinar e contar e
como retribuição, oferecemos ainda tão pouco. Resolvi então
oferecer minha audição, minha visão e, principalmente, meu coração
a um grupo da terceira idade que, rapidamente, sem pensar muito,
não hesitou em me acolher com carinho e alegria.
As observações,
a cada semana possibilitaram uma aproximação maior com os idosos
e, mais tarde, durante as entrevistas, pude conhecê-los melhor.
Nesses momentos eu me sentia emocionada ao ouvir as falas de
cada um. Histórias sofridas, alegres, difíceis, melancólicas
ou tímidas eram contadas sem poupar emoção, sem colocar restrições.
Eram momentos de encontro, de se emocionar e compartilhar emoções
e energias que proporcionavam uma sensação de bem-estar, de
acolhimento e afeto.
Pouco a pouco,
eles foram demonstrando como as emoções estavam presentes em
suas vidas e como elas influenciavam o estado de equilíbrio,
a saúde deles. Pude perceber quem era mais emoção, quem era
mais razão e quem conseguia equilibrar melhor esses dois lados.
Mas também tinham aqueles que buscavam um equilíbrio, algo difícil,
pois emoção é algo que emerge, transborda e se lança como arco-íris,
pleno de cores diversas, após a chuva de verão.
Chegar na
terceira idade é viver em movimento contínuo, é caminhar pela
vida, ultrapassar etapas, plantar, colher os frutos e saber
que alguns desses frutos caíram da árvore antes da hora e não
renderam o fruto esperado. É a espera do que vem pela frente,
como quem espera ver e acredita em um futuro que está por vir,
é plano e expectativa do que está por vir.
Assim, ao
final desse estudo fica uma mensagem para a equipe multidisciplinar
que tem como finalidade o cuidado ao idoso: que essa equipe
seja plenamente “multi”, reconhecendo as reais necessidades
do idoso, proporcionando um cuidar mais humano. Aos enfermeiros
e equipe de enfermagem, em especial, que (re)aprenda ou recupere
o respeito às individualidades, incentivando as capacidades
de cada idoso que esteja sob seu cuidado seja em hospitais,
em lares especializados, em grupos de convivência ou em outros
espaços de convivência. Finalmente, que os profissionais de
saúde possam absorver de cada experiência com os idosos, as
lições que eles ensinam para que assim, ao envelhecer eles saibam
enfrentar melhor as mudanças, valorizando cada ruga no rosto
e fio branco de cabelo como marcas de uma vida única. E assim,
no pêndulo das emoções que constituem o processo dinâmico de
viver, vivendo, saibam lidar com as suas emoções para (re) aprender
a importância de que é cuidando de si que se compreende melhor
a importância da sua presença e envolvimento no cuidado com
o outro.
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Texto
recebido em 12/04/2006
Publicação aprovada em 30/04/2006
1Enfermeira. Especialista em Enfermagem do
Trabalho pela Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da
Universidade Federal Fluminense (EEAAC/UFF). Enfermeira Residente
em Saúde Pública pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da
Universidade do Rio de Janeiro, RJ (EEAP/UNIRIO). E-mail: biabrazpenna@gigalink.com.br.
2Enfermeira. Professora Adjunta do Departamento
de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEAAC/UFF. Doutora em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal
do Rio de Janeiro - /UFRJ. E-mail: professorafh@bol.com.br |
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