O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO EGRESSO DA TERAPIA INTENSIVA: REFLEXOS NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL DE ENFERMAGEM PEDIÁTRICA NA DÉCADA DE 90.
Flavio Dias da Silva, Ivone Evangelista Cabral *
SILVA, F. D.; CABRAL, I. E. - O cuidado de Enfermagem ao egresso da terapia intensiva: Reflexos na produção científica nacional de enfermagem pediátrica na década de 90. Revista Eletrônica de Enfermagem (online), Goiânia, v.3, n.2, jul-dez. 2001. Disponível: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen
Resumo: A incidência da produção científica nacional
de enfermagem sobre o cuidado à criança egressa da terapia intensiva nos anos
90, é o objeto sob investigação . Levantar a incidência desta produção é o objetivo
desse estudo quanti-qualitativo, desenvolvido segundo o método descritivo de
análise documental. A produção científica nacional reflete a preocupação dos
enfermeiros com o cuidar de crianças, seja na internação, ambulatório ou domicílio.
Entretanto, revela a invisibilidade da atuação do enfermeiro na atenção à criança
no domicílio direcionada para a melhoria das habilidades e competências das
famílias em realizar um cuidado tecnológico associado ao habitual.
Palavras- Chave: Enfermagem. Terapia Intensiva. Saúde da Criança
Abstract: The
incidence on nursing national scientific production concerning child care after
pediatric intensive care in the nineties, is the object being investigated on
this research. Raising the incidence of scientific production implicit in the
object under investigation is the aim of this research that claims either quantity
and quality aspects, developed according documental analysis method. National
scientific production shows the nurses’ worries on how to deal with these
children, whether being hospitalized, coming to medical appointments or at home.
Besides that, it reveals nurses’ invisibility when it comes to home care
for these children, and also the improvement of families’ abilities and
duties in dealing with technological care associated to usual care
Key words: Nursing. Intensive care. Child Health
1. Introdução
A elevação da sobrevida de crianças com agravos de saúde e patologias de elevado nível de complexidade, em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica, tornou-se possível em decorrência do grande avanço tecnológico ,sobretudo na década de 90. As Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal (UTPIN) dispõem de uma equipe de técnicos formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais , com elevado nível técnico- científico, que os qualifica para atuar nas situações de risco vigentes em uma UTIPN e posteriormente nas situações advindas da reinserção das crianças egressas da UTIPN em seu contexto sócio- familiar.
Depois da alta hospitalar essas crianças reinserem-se no contexto sócio- familiar, muitas vezes com algum tipo de dependência tecnológica, como afirmam Fleming (1994) e Cunha (1997), compondo um novo grupo no contexto social brasileiro, denominado por Cabral (1997) de herdeiros da tecnologia.
Entendemos que a literatura científica nacional de enfermagem (publicações de resumos, notas prévias, relatos de experiência, artigos de revisão e relatórios de pesquisas) reflete uma parte das transformações do cuidado de enfermagem a esse grupo social, bem como revela as preocupações dos enfermeiros com o status científico da especialidade da enfermagem pediátrica. Todavia, estas preocupações num primeiro momento, estão centradas no cuidado institucional a criança crítica, não parecendo privilegiar o cuidado de enfermagem domiciliar, como apontam os resultados deste estudo. A transição do olhar institucional para o domiciliar no cuidado às crianças emergentes de terapia intensiva pediátrica ainda é muito incipiente, uma vez que a produção científica de enfermagem pediátrica, segundo Kakehashi (1998) tem os descritores (palavras-chaves) desarticulados, seus autores são em grande maioria docentes em autoria única e os produtos caracterizam-se por abrangerem mais as temáticas da área assistencial.
2. Justificativas e relevância do Estudo
O impacto do assistir e cuidar de uma criança na Unidade de Terapia Intensiva não resume-se à sobrevivência da mesma. Entendendo que uma investigação que explicite o estado da arte acerca do assunto, reflete a posição do foco da atenção de enfermagem à criança que requer atenção intensiva em uma unidade tão especial, que tantas marcas imprimem em seu processo de crescimento. Seguramente a Terapia Intensiva trouxe expressiva contribuição na redução das taxas de mortalidade infantil. Entretanto desconhecemos a existência de indicadores que avaliem a qualidade de sobrevida deste grupo no seu contexto sócio- familiar. Foi nosso interesse localizar materiais científicos, no campo da Enfermagem Pediátrica, que abordassem esta temática.
De acordo com Cunha,(1997, p. 5)
“ nos anos oitenta surgem as primeiras UTIPs no Brasil, principalmente na Região Sudeste, passando a exigir padrões mínimos de funcionamento e pessoal qualificado”.
Atualmente, podemos perceber que a problemática reside no surgimento de um grupo social decorrente do advento tecnológico e no atendimento extra - institucional, ou domiciliar, das demandas de cuidado do referido grupo.
O avanço tecnológico teve uma importância primordial na visão de Cabral (1997, p.14)
“ O surgimento da incubadora, dos ventiladores mecânico, da unidade de terapia intensiva neonatal, que fizeram com que aumentassem a taxa de sobrevida desse grupo de crianças. Se por um lado isso trouxe incontáveis benefícios à sociedade, pois aumentou as chances de sobrevida desse grupo de crianças; pôr outro, essas crianças passaram a exigir um acompanhamento (follow-up) a longo prazo dos profissionais e cuidados especiais para inseri-los no contexto social. Eles formam um grupo emergente no contexto social, cuja atenção e cuidados demandam formas de saberes até então desconhecidas para o senso comum.”
Diante de tais fatos constatamos a necessidade de avançar as linhas temporais rumo ao futuro, e a produção científica se apresenta, sob nosso ponto de vista, um espelho na direção do foco de atenção da enfermagem na reinserção social da criança egressa da terapia intensiva.
3. Objeto de estudo, questões norteadoras e objetivos
O foco da investigação repousa sobre a incidência na produção científica de enfermagem pediátrica acerca do cuidado a criança egressa da terapia intensiva , a partir da década de noventa .
As questões norteadoras do estudo foram: a) Qual a incidência na produção científica de Enfermagem Pediátrica do cuidado de Enfermagem ao egresso da UTI? b) Qual o olhar característico lançado sobre o cuidado de enfermagem ao egresso da terapia intensiva pela produção científica da especialidade? c) Qual o modo de atuação dos enfermeiros junto as famílias das crianças egressas da terapia intensiva, refletido pela produção científica da especialidade?
Os objetivos delineados foram: a) Identificar a incidência do cuidado de Enfermagem ao egresso da UTI na produção Cientifica de Enfermagem Pediátrica a partir da década de 90; b) Caracterizar as tendências do cuidar ao egresso da terapia intensiva, refletido pela produção científica da especialidade; c) Analisar o modo de atuação dos enfermeiros pediatra junto a família das crianças egressas da terapia intensiva, refletido pela produção científica da especialidade.
4. Abordagem metodológica
Realizamos um estudo de natureza quanti-qualitativa, o qual foi desenvolvido segundo o método descritivo da análise documental.
Segundo Cervo e Bervian (1996, p.49) “ a pesquisa descritiva procura descobrir, com a precisão possível a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão, com os outros, sua natureza e características, correlacionando fatos ou fenômenos sem manipulá-los.”
Bardin(1979) In Kakehashi (1998, p.44) consideram que:
“A análise documental é um conjunto de operações que através do tratamento das informações contidas aos documentos acumulados objetiva a representação condensada e de forma conveniente da informação. Com o uso de procedimentos de transformação busca o armazenamento de informações de modo variável e facilita o acesso as mesmas, para que obtenha o máximo de dados (aspecto quantitativo) e com o máximo de pertinência (aspecto qualitativo).”
Neste estudo realizamos análise de produção científica (a primeira fase de desenvolvimento deste sub-projeto de pesquisa , de 1998 a 1999, levantamos a incidência do objeto sob investigação em 13 coleções de periódicos científicos de abrangência nacional em enfermagem) de Enfermagem Pediátrica na década de 90 (resumos de tese/dissertação em Enfermagem Pediátrica) , publicados no catálogo de teses do CEPEn (Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem) editado pela ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem).
Para apresentação dos resultados levantados, utilizamos técnicas de procedimento estatístico, uma vez que esta forma “permite uma concentração maior e simplificação das informações, aproximando-as, facilitando as comparações, análise ou interpretação”, Cervo & Bervian (1996., p.14) .
As variáveis selecionadas para o estudo( que compõem a ficha de análise documental utilizada como instrumento de coleta de dados em anexo) e que permitiram o alcance dos objetivos indicados são:
1. Identificação da incidência da produção científica acerca do cuidado ao egresso da Terapia Intensiva:
Número de resumos Unidade de Terapia Intensiva, número de resumos sobre o cuidado ao egresso da Terapia Intensiva, volume da fonte primária, ano de publicação da fonte.
2. Caracterização das tendências no cuidar ao egresso da Terapia Intensiva:
Sujeito do estudo, cenário do estudo, resumo da obra, título da obra, qualificação da obra, instituição de origem da obra.
3. Análise do modo de atuação da Enfermagem Pediátrica junto à família de crianças egressas da Terapia Intensiva.
Cenário do estudo, título da obra, resumo da obra
O levantamento dos resumos de tese/dissertação nos catálogos científicos da Associação Brasileira de Enfermagem foi realizado junto a biblioteca setorial da Escola de Enfermagem Anna Nery, no Pavilhão de Aulas da instituição na cidade do Rio de Janeiro., no primeiro trimestre do ano de 2000. Inicialmente foram levantados 1337 resumos de tese/dissertação de natureza geral em Enfermagem, o que corresponde a totalidade de resumos de teses/dissertações publicados pelo CEPEn/ABEn em seus 08 volumes que retratam a década de 90. Deste montante, foi levantada incidência ou freqüência de publicações que abordavam temas em Enfermagem Pediátrica, obtendo-se um total de 147 resumos de tese/dissertação . Em um segundo levantamento , introduzimos resumos referentes a saúde do adolescente, fato justificado na faixa etária pediátrica de atendimento populacional (0 a 18 anos). Totalizamos 192 resumos de tese/dissertação, que compõem a amostra total desta investigação.
Procedemos a análise do conteúdo das informações nos apropriando dos recursos da análise temática, orientados pelas palavras-chaves que indicaram a natureza do estudo (Cuidado Domiciliar, Cuidado Hospitalar, Educação, etc.) bem como pelo resumo da obra, de onde resgatamos os sujeitos do estudo e cenário do mesmo. Pelo confrontamento destas três informações, pudemos adscrever o tema e por conseguinte a área temática a qual este estudo engloba. Este processo de análise documental, permitiu que mesmo um estudo que contemple uma investigação em cenário hospitalar, seja englobado na área temática "Saúde da Família", visto que seu foco de atenção pode estar direcionado para assistência a família da criança em período de internação, por exemplo. Lançamos mão deste artifício, intuindo facilitar a apresentação e análise do quantitativo de dados.
5. Revisão de literatura
Se o adoecer já representa uma ruptura da criança com o seu mundo sócio- familiar, adentrar para um hospital é encarado pela criança como mais um problema, e quando isto ocorre a enfermagem se depara com quatro grandes desafios quais sejam : a própria doença; o afastamento da criança do convívio com a família, o significado do adoecer para elas, e suas conseqüências para as relações sociais. Associado as limitações físicas impostas pela doença, está o afastamento do lar e a entrada no mundo hospitalar desconhecido.
Segundo Souza (1997, p. 32 ) “a experiência do adoecer traz consigo uma série de sentimentos, reações e limitações, que são mobilizadoras de estresse, ansiedade e medo, não só para aquele que adoece, mas também para sua família.” A autora alerta que repentinamente, a criança se percebe impedida de locomover-se, comunicar-se, sendo seu comportamento habitual totalmente alterado Crianças a partir dos sete anos comumente associam a doença à punição, diminuindo sua auto-estima. A autora Op.cit. finaliza afirmando que estas crianças também apresentam reações fantasiosas sobre a doença, sentimentos de raiva, depressão e rejeição.
Ao entrar no universo hospitalar, parte das crianças, terão que superar os desafios impostos pela UTI e sua dinâmica própria. Lentamente estas experiências (negativas e positivas) somar-se-ão à criança. Figura- se como importante, destacar que este ritual de passagem, traz associado aos traumas, dores e seqüelas, a aprendizagem que entrará na zona de latência do saber como apresentado por Cabral (1997, p.14).
A UTI objetiva recuperar a criança grave e em iminente risco de vida, o que para tanto exigirá da equipe que ali atua conhecimentos técnico- cientificos, visando o pronto atendimento das necessidades da clientela. Pudemos constatar um crescente número de crianças advindas de UTI, que requerem cuidados especiais pós- alta, para reinserir -se em seu contexto sócio-familiar.
Crianças com necessidades especiais de cuidados de saúde é um termo comumente usado por muitos profissionais que prestam assistência as crianças emergentes de Unidade de Terapia Intensiva, como, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogo entre outros. Gray & Gruski (1997) descrevem estas crianças,
“como um grupo que requer cuidados contínuos dos médicos para manter o seu estado de saúde, devido terem o seu estado de saúde crônico, onde muitas vezes, essa condição faz com que necessitem de tecnologia e tenham limitações, no seu estilo de vida, de suas funções normais apropriadas para sua idade.”
Santos (1996, p. 7) define criança especial como :
Criança excepcional, deficiente mental e/ou portadora de necessidades educacionais especiais, por considerar que esta criança é especial em todos os sentidos, isto é, tem necessidades especiais e consequentemente exige profissionais especializados e tratamento especial, mas também pelo fato de ter sido idealizada, esperada, sonhada e, por razões alheias à sua vontade e a seus pais, não corresponde ao idealizado.
Os denominados cuidados especiais, são direcionados à crianças portadoras de morbidades como fibrose cística, com insuficiência renal ou em uso de recursos tecnológicos de ponta, como: antibioticoterapia, ventiladores mecânicos, entre outros.. Cunha (1997, p. 4) afirma que:
Crianças dependentes de tecnologia demandam uma série de novos cuidados, que são do domínio dos profissionais de saúde, para assegurar as condições mínimas de qualidade de vida. Entretanto, desconheço a existência de programas institucionais, ou outras iniciativas, para o acompanhamento e suporte às famílias, que passam a enfrentar dificuldades de natureza variada, para corresponder à altura das responsabilidades que lhe cabem, quando do retorno da criança ao domiciliar.
A autora Op. cit considera que a família, ao entrar no serviço de Terapia Intensiva Pediátrica, depara-se com um arsenal tecnológico, monitores, fios, ruídos, destreza e a pressa dos profissionais em manipular sondas e soros e principalmente a prepotência de um discurso hegemônico e tecnicista, tornando a mesma fragilizada e limitada.
A falta de atenção a família no ambiente intra- institucional, tem reflexos diretos na visualização deste núcleo em seu ambiente social comum. A invisibilidade desta forma de atenção ( domiciliar) é patente. Segundo Kakehashi (1998, p. 234)
“Discurso relacionado à assistência à criança na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é a proposta de orientação e participação da mãe no cuidado do seu filho em condições de risco, como um recurso auxiliar na assistência e continuidade de assistência no lar. Esse discurso contrapõem-se à inexistência dessa modalidade de atendimento às mães na Unidade de Terapia Intensiva. Acresce-se a isso que tradicionalmente, pela sua especificidade, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, não permitiam visitas; os familiares tinham que se satisfazer com a visualização da criança através do visor e informações médicas nos horários pré-estabelecidos.”
Segundo Carvalho & Leite (1994, p. 104)
“a função dos pais, deve ser a extensão dos papéis desempenhadas em casa: dar conforto, carinho e tranqüilidade; devem ser estimulados a tocar, pegar no colo, banhar, alimentar, trocar fraldas, conversar, ler histórias, nas UTIP.”
Entendemos que qualquer programa de atenção domiciliar para crianças com necessidades especiais que emergem da terapia intensiva , necessita da aderência da família ainda na unidade de internação. Alan (1991, p. 315) demonstra que
Aproximadamente 70 % das crianças ventiladas cronicamente podem expressar uma sobrevida prolongada. Em 1987, O U.S.Office of Technology Assesssment estimaram que mais de 2000 dessas crianças residem nos Estados unidos. O Home Care, mostrou - se como uma cuidado alternativo hospitalar, porém no domicílio, reduz os custos em 50 - 95 % oferecem às crianças um estímulo psicológico e fisiológico apropriado, melhor integração na família e reduzida exposição à infecção.
6. Apresentação dos dados e discussão dos Resultados
Para Boykin & Schoeenhofer (1993) o estudo do processo e fenômeno de cuidar na cultura brasileira e suas particularidades e a realidade da prática profissional no Brasil merecem ser exploradas para o avanço da profissão, de forma independente e original.
Pedreira (1998, p.3) considera que
O conhecimento científico, respalda a ação prática e as bases sobre as quais este conhecimento se sustenta, são importantes indicadores do desenvolvimento científico de uma profissão, além de constituírem marco importante no desenvolvimento da prática profissional.
As categorizações delineadas para a apresentação e discussão dos resultados, emergiram das variantes independentes traçadas para a investigação, bem como da aderência das mesmas aos objetivos a serem alcançados pelo estudo, que serviram de parâmetro definidor da procedência ou não das análises atinentes.
Tabela 01 - Demonstrativo do quantitativo de resumos de tese/dissertação publicados no CEPEn/ABEn de 1991 a 1999 quanto a especialidade em Enfermagem: Outras Especialidades e Enfermagem Pediátrica |
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Edição do CEPEN |
Resumos de temas Gerais em Enfermagem ( Outras Especialidades) |
Resumos de temas em Enfermagem Pediátrica |
N ( total) |
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n |
% |
n |
% |
||
Vol. IX (1991) Vol. X (1992) Vol. XI (1993) Vol. XII (1994) Vol. XIII (1995) Vol. XIV (1996) Vol. XV (1997) Vol. XVI (1998) Vol. XVII (1999) |
190 58 117 57 114 130 127 174 178 |
14,2 4,4 8,8 4,3 8,5 9,7 9,5 13,0 13,3 |
25 09 19 12 22 16 16 30 43 |
1,9 0,7 1,4 0,9 1,6 1,2 1,2 2,3 3.2 |
215 67 136 68 136 146 144 204 221 |
1144 |
85,7 |
192 |
14,4 |
1337 |
A tabela I apresenta um panorama da produção científica de enfermagem pediátrica na década de 90, onde esta especialidade corresponde a 14.4% da produção científica total englobada pelos 08 volumes do CEPEn/ ABEn que abrangem a década de 90. Vimos que é um número significativo, entretanto não podemos estabelecer comparações entre esta especialidade e as demais visto que não abrimos tal precedente nos objetivos desta investigação.
Percebemos a ocorrência de uma grande alternância no quantitativo de publicações, até a metade da década de 90 (1990-1995), onde a cada ano a produção apresentada pelas fontes primárias não demonstrava uma precisão no volume de publicações, que permitisse estabelecer um parâmetro de análise para esta variante . No entanto, a variabilidade numérica não é indicativo de redução no interesse pela produção científica na área. A produção científica em Enfermagem entre 1970 e 1990 estava gradualmente se lançando, contando com a propulsão dos cursos de mestrado em Enfermagem brasileira, que ao final da década de 70 já totalizavam nove , distribuídos em várias regiões do país. Com este aumento significativo, verificou-se o aumento da demanda de procura destes cursos por parte dos Enfermeiros, o que foi visto por Kakehashi (1998,p .21) como “premente necessidade que os profissionais sentem para busca de um corpo de saber em enfermagem, adquirir competência como pesquisadores e também alcançar a progressão na carreira docente.”
A partir da década de 90, contando com a expansão dos cursos de doutorado em enfermagem tem-se um novo propulsor na produção científica da área. Esta produção científica advinda dos cursos de pós-graduação (stricto sensu e lato sensu) esta gradualmente se lançando no universo de publicações científicas em Enfermagem brasileira. Observamos que este lançamento paulatino, toma maior velocidade a partir de 1995 (1995-1999), onde os dados demonstram uma produção científica em franca expansão. Para Pedreira (1998, p.2) “a enfermagem, como uma profissão em desenvolvimento, necessita identificar e caracterizar seus conhecimentos e técnicas científicas próprias.”
As dificuldades na divulgação dos resultados de trabalhos científicos também são indicativos importantes a serem levados em consideração quando se pretende estabelecer uma tendência em termos de volume(quantidade) de publicação de uma especialidade ou área de conhecimento. Para Kakehashi (1998, p.8) “mesmo com o aumento e diversificação dos meios de divulgação dos resultados, os obstáculos ainda são muitos.”
Tabela 02 - Demonstrativo do quantitativo de resumos de tese/dissertação publicados no CEPEn/ABEn de 1991 a 1999 em Enfermagem Pediátrica quanto a temática: Temas Gerais e Pós- Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. |
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Edição do CEPEn |
Resumos em Enf. Pediátrica (Temas Gerais) |
Resumos em Enf. Pediátrica (Pós - TIPN) |
n |
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n |
% |
n |
% |
||
Vol. IX (1991) Vol. X (1992) Vol. XI (1993) Vol. XII (1994) Vol. XIII (1995) Vol. XIV (1996) Vol. XV (1997) Vol. XVI (1998) Vol. XVII (1999) |
25 09 19 12 22 16 16 27 42 |
13,0 4,7 10,0 6,3 11,5 8,4 8,4 14,1 21,8 |
_ _ _ _ _ _ _ 3 1 |
_ _ _ _ _ _ _ 1,6 0,5 |
25 09 19 12 22 16 16 30 43 |
Total |
188 |
97,9 |
4 |
2,1 |
192 |
A tabela 02 demonstra que a distribuição dos resumos de tese/ dissertação sobre o cuidado de enfermagem domiciliar a criança egressa da terapia intensiva é rarefeita, apesar de ter ocorrido um aumento gradual da produção cientifica ao longo da década de 90, como constatamos na tabela anterior. A totalidade de resumos que versam sobre esta temática, são provenientes de instituições de ensino superior em enfermagem da região sudeste do Brasil, em especial a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto /USP e Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ
A enfermagem pediátrica, no Brasil, constituiu parte do currículo da Escola Ana Neri em seus primórdios (primeira instituição de ensino superior em enfermagem do país), tendo como diretriz o modelo de enfermagem americana, que enfocava a assistência à criança voltada aos serviços de saúde pública, nas escolas, nos domicílios e nos hospitais, como discutido por Kakehashi (1998). A autora opcit (1998, p.38) afirma que
A prática de Enfermagem Pediátrica acompanha as mudanças político- sociais da sociedade, observando-se a participação do enfermeiro nos serviços de saúde, onde se desenvolvem atividades nos programas de cobertura populacional, tais como: terapia de reidratação oral, aleitamento materno, avaliação nutricional, controle de crescimento e desenvolvimento, imunização”.
Quando consideramos o cuidado domiciliar de enfermagem ao egresso da terapia intensiva (Pediátrica e Neonatal), sob a égide do pensamento da autora supracitada, observamos uma lacuna na prática de Enfermagem Pediátrica frente a essa mudança político-social, no concernente ao surgimento de um novo grupo infantil com necessidades especiais de alta demanda, resultantes do suporte terapêutico.
Monteiro & Ferriani (2000, p 104) consideram que
“A visão fragmentada do mundo e da cultura atual, a abordagem reducionista da ciência e o exercício da medicina orientado para o uso maciço de tecnologia levam a criar desejos e necessidades. Como resultado, o povo torna-se dependente de uma atenção à saúde curativa, ou seja cada vez mais consumista desse tipo de serviços. Nesse contexto a enfermagem continua a atuar, no modelo clínico individual, sem priorizar o trabalho de saúde-coletiva- visitas domiciliares, trabalhos educativos, atividades externas com grupos populacionais, vigilância sanitária e epidemiológica.”
Kakehashi (1998, p. 38) Apud Elsen (1989) afirmando que “nas duas últimas décadas, o cuidado a criança e o ensino de Enfermagem Pediátrica, podem ser enfocados, conforme três abordagens : centrada na patologia, na criança e na criança e família”. Em uma análise mais focal, observamos que as inquietações dos pesquisadores de enfermagem em saúde da criança, tem maior prevalência na segunda e terceira grande área enunciada pela autora supracitada. É premente a preocupação das enfermeiras com um cuidar menos técnico e mais humano, privilegiando o abarcamento da família na construção de uma nova concepção assistencialista. Este fato é confirmado pelo volume de produção significativo na grande área temática de Saúde da Família, enunciada por esta investigação. No tocante a produção de Enfermagem Pediátrica referente a Unidade de Terapia Intensiva e Pós –Terapia Intensiva( que pelos critérios de classificação adotados na investigação se encontram distribuídos pelas áreas temáticas Criança Hospitalizada, Saúde da Família, Saúde da Criança), observamos o mesmo ocorrido, enunciado anteriormente.
Prove-los de atenção especializada, auxiliando na resolutividade de situações conflito advindas do núcleo comunitário (familiar) também é apontado como uma forma de reduzir a reincidência destas crianças no contexto hospitalar, ou seja, reduz-se a reinternação das mesmas. Segundo Alan (1991) o serviço de home-care é uma boa alternativa para os cuidados hospitalares, reduz os custos em 50 a 95% além de oferecer para criança estimulação fisiológica e física apropriada, que favorece uma melhor integração a família, e exposição reduzida a infecção. O quadro 01 apresenta os títulos de resumos com temas referenciando Unidade de Terapia Intensiva, demonstrando a transição no foco de atenção do pesquisador de enfermagem em saúde da criança ao decorrer da década de 90.
Quadro 01 - Demonstrativo do quantitativo de resumos de tese/dissertação publicados pelo CEPEN/ABEN de 1991 a 1999 quanto a abordagem da assistência de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: Volume/Ano de Publicação, Freqüência, Título do Resumo. |
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Edição do CEPEn |
Título dos Resumos |
|
Ano |
n |
|
Vol. XI (1993) |
1 |
Aplicabilidade de um instrumento que avalia o impacto da internação da criança em UTI pediátrica sobre a família. |
1 |
Assistência à mãe de recém-nascido internado na UTI neonatal. |
|
1 |
A organização do trabalho e a prática de enfermagem em unidades neonatais de diferentes níveis de complexidade |
|
1 |
Opiniões de Enfermeiras que trabalham em unidade de internação neonatológica de Hospital Escola de Porto Alegre sobre sua satisfação no trabalho e clima organizacional |
|
Vol. XII (1994) |
1 |
Ter o filho internado na unidade de Terapia Intensiva Neonatal: o significado para os pais |
1 |
Assistência de Enfermagem em unidade de internação neonatal: medidas para prevenção de infecções hospitalares |
|
Vol. XIII (1995) |
1 |
Estudo das variações da umidade relativa no microclima de uma incubadora infantil funcionando com e sem água em seu reservatório |
Vol. XVI (1998) |
1 |
Cuidar para Enfermeiras de UTI neonatal: descrição de categorias significantes |
1 |
Assistência da criança em UTI: proposta de técnica de banho de imersão |
|
1 |
Buscando uma chance para o filho vir a ser: uma experiência do pai na Unidade de Terapia Intensiva |
|
1 |
Enfermeira e família da criança dependente de tecnologia: a intermediação dos saberes |
|
1 |
Aliança de saberes no cuidado e estimulação da criança-bebê: concepções de estudantes e mães no espaço acadêmico de enfermagem |
|
1 |
Cotidiano de escolares nascidos prematuros: percepção de crianças e familiares |
|
Vol. XVII (1999) |
1 |
Prática da Enfermeira em relação à estimulação do recém- nascido pré- termo na unidade de terapia intensiva neonatal: estudo de caso comparado. ( Rio de Janeiro/Brasil e Cáli/Colômbia(A) |
1 |
Repercussões familiares da hospitalização do recém- nascido na UTI neonatal. |
|
1 |
Alimentação de prematuros de muito baixo peso: efeitos da sucção a mamadeira e ao seio materno |
|
1 |
Cuidando aprendendo, enfermagem com amor: uma experiência dialógica com mães/recém-nascidos |
|
1 |
Cuidado de Enfermagem no segmento de crianças prematuras e de baixo peso |
|
Total |
18 |
Abaixo, no Quadro 02 relacionamos os títulos dos 04 resumos que referenciaram a temática focal desta investigação, o cuidado ao egresso da terapia intensiva.
Quadro 02 - Demonstrativo do quantitativo de resumos de tese/dissertação publicados pelo CEPEN/ABEN de 1991 a 1999 quanto a abordagem da assistência de Enfermagem no Pós- Terapia Intensiva: Volume/Ano de Publicação, Freqüência, Título do Resumo |
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CEPEN |
Título dos Resumos |
|
Volume |
n |
|
XVI(1998) |
1 |
q Enfermeira e a família da criança dependente de tecnologia: a intermediação dos saberes |
1
|
Cotidiano de escolares nascidos prematuros: percepção de crianças e familiares Aliança de saberes no cuidado e estimulação da criança-bebê: concepções de estudantes e mães no espaço acadêmico de enfermagem |
|
XVII(1999) |
1 |
q Cuidado de Enfermagem no segmento de crianças prematuras e de baixo peso |
4 |
Tabela 03 - Demonstrativo do quantitativo de resumos de tese/dissertação publicados pelo CEPEn/ABEn de 1991 a 1999 quanto a distribuição das áreas temáticas em Enfermagem Pediátrica pelas áreas de procedência geográfica dos resumos : (Região Sudeste, Região Sul e Região Nordeste). |
|||||||
CEPEn- ABEn 1991-1999 |
Área de Procedência Geográfica |
||||||
Região Sudeste |
Região Sul |
Região Nordeste |
N (total) |
||||
Áreas Temáticas |
n |
% |
n |
% |
n |
% |
|
Administração em Enfermagem |
|
|
|
|
|
|
|
Criança Hospitalizada |
1 |
|
|
|
|
|
|
Criança e Adolescente em situação de rua |
|
|
|
|
|
|
|
Ensino em Enfermagem Pediátrica |
|
|
|
|
|
|
|
Saúde do Adolescente |
22 |
11,4 |
03 |
1,6 |
04 |
2,1 |
29 |
Saúde da Criança Lactente e Pré-Escolar |
|
|
|
|
|
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Saúde da Criança Escolar |
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Saúde da Família |
16 |
8,3 |
13 |
6,8 |
03 |
1,6 |
32 |
Saúde da Mulher Gestante e Nutriz |
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Levantamento de Produção Científica |
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Total |
133 |
69,9 |
29 |
15,0 |
30 |
15,5 |
192 |
Na tabela 03 observamos que a produção científica nacional em Enfermagem Pediátrica mostra-se significativamente disseminada pelo país. Levantamos resumos procedentes de três regiões (Sudeste, Nordeste e Sul). As regiões Norte e Centro-Oeste não foram contempladas no estudo, uma vez que não identificamos produção científica da especialidade, proveniente destas regiões no catálogo de teses/ dissertações editado pela ABEn .
Observamos que as regiões contempladas pelo estudo apresentam produção científica significativa em quase todas as grandes áreas temáticas enunciadas por esta investigação.
É patente um maior desenvolvimento da produção científica em Enfermagem Pediátrica sobretudo na região Sudeste, onde suas Instituições de Ensino Superior em Enfermagem respondem por cerca de 69,9% da produção científica da especialidade, o que reforça o caráter de maior desenvolvimento técnico - científico desta região. A manutenção da saúde dos egressos da terapia intensiva é uma realidade nacional, e não circunscrita a uma região. O que ocorre neste caso, é um reflexo da visão adotada pelo sistema de saúde nacional, que ainda privilegia a atenção curativa, visto que mesmo na região sudeste a atenção dispensada a este grupo infantil, ainda é muito incipiente.
7. Considerações Finais
Os movimentos profissionais de cuidado que se caracterizavam em pleno atendimento das necessidades técnicas da criança, ainda em ambiente hospitalar, já apontam uma modificação na prioridade de ação, incluindo-se a família na proposta de intervenção terapêutica, tornando-a em sua totalidade sujeito das ações.
A Enfermagem ainda reflete o atual modelo assistencial adotado no país, o modelo de ação curativa. Ainda não tornou-se evidente , que a ação educativa associada a ação curativa, são fatores contribuintes para a redução nas taxas de ocupação hospitalar, tanto por crianças quanto por adultos dependentes ou não de cuidados especiais, refletindo sobretudo uma melhoria na assistência em âmbito hospitalar, bem como a abertura de um novo campo de atuação no cuidado domiciliar.
A mudança na concepção da atenção a saúde coletiva, transpondo-se o modelo curativo, conjugando-o a uma atenção preventiva é primordial na determinação de uma maior visibilidade do grupo de emergentes da terapia intensiva ao grupo social maior. Esta mudança de concepção já é apontada nos trabalhos em Enfermagem Pediátrica visto que esta área temática (Saúde da Família) corresponde a 16,6% do volume de produção da fonte primária. Ainda assim, reforça-se a necessidade de revisão nos modelos de atenção.
Como metas, o estudo pretendeu contribuir no sentido de alertar as Enfermeiras Pediatras para a necessidade de avaliação da qualidade de sobrevida do grupo de emergentes de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal, despertando a atenção para a expansão dos campos de atuação da Enfermagem Pediátrica para além dos muros hospitalares. A meta maior residiu na formação de um Banco de Texto, constituindo-se como um acervo referencial para o desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimento acerca da temática . O Banco de texto estará a disposição dos pesquisadores em saúde da criança através do web site da do Núcleo de Pesquisa de Enfermagem em Saúde da Criança da Escola de Enfermagem Anna Nery /Departamento de Enfermagem Materno Infantil no endereço eletrônico: www.eean.ufrj.br/nupesc.
Como apontado por Monteiro e Ferriani (2000) apesar de saber-se que a política neoliberal do governo, desprestigia a saúde na área preventiva e educacional, é preciso que a enfermagem e os demais membros da equipe multiprofissional repense sua prática cotidiana, para redirecionar suas ações, no sentido holístico, em que a criança é vista no seio familiar. A aderência de programas de saúde pública como o PSF do Ministério da Saúde é uma das primeiras iniciativas positivas. A enfermeira, enquanto profissional capacitado na promoção a saúde deve articular e representar o elo entre os profissionais e a comunidade.
8 . Referência Bibliográfica
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Ficha de Análise Documental
Informações Técnicas
Obra: CEPEn/ ABEn
Vol.:
No. de resumos de natureza geral:
No. de resumos em Enfermagem Pediátrica:
No. de resumos sobre UTIPN:
No. de resumos sobre Pós- Terapia Intensiva:
Levantamento Bibliográfico
Sujeito do Estudo |
Cenário do Estudo |
Área |
Ref. |
Autor |
Título |
Tese / Dissertação |
Local de Origem |
Instituição de Origem |
Ano de Defesa |
Flavio Dias da Silva - Enfermeiro. Enfermeiro - Residente do Curso de Pós-Graduação em nível de Especialização em Enfermagem e Saúde Pública para treinamento de Enfermeiros na modalidade Residência da Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO). Bolsista IC/CNPq no período de 01/2000 a 01/2001. Estrada Aníbal da Mota, 297, Pq. São José – Belford Roxo – Rio de Janeiro. CEP: 26190-060 e-mail: penhasilva@uol.com.br / flaviodiassilva@bol.com.br
Dra. Ivone Evangelista Cabral - Orientadora. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Enfermagem em Saúde da Criança (NUPESC/EEAN). Rua José Rangel, 40/101. Jardim Guanabara. Ilha do Governador. Rio de Janeiro- RJ. CEP: 21931-320. Brasil e-mail: mailto:icabral@domain.com.br
NOTA: O presente artigo é um subprojeto do Projeto Integrado de Pesquisa “ A enfermeira- educadora na constituição dos saberes e práticas das famílias de crianças com necessidades especiais” coordenado pela Dra. Ivone Cabral, apoiado pelo CNPq. Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado a Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ em 01/12/2000.