A AVENTURA E O LAZER COMO COADJUVANTES DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ALEXANDER KLEIN TAHARA *
VIVIANE KAWANO DIAS **
GISELE MARIA SCHWARTZ ***

RESUMO

A natureza vem sendo constantemente foco de interesse de muitas pessoas que a procu-ram, devido à necessidade de interação, por inúmeras razões. Nesse sentido, busca-se ampliar a compreensão do universo relativo aos fatores relacionados ao consumo do meio natural e à conscientização acerca da implementação de uma educação para com o ambiente. Esse tipo de educação se faz premente, tendo em vista a demanda crescente pelo turismo de aventura e as práticas físicas na natureza, no âmbito do lazer. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os estudos existentes, com o propósito de apontar possíveis contribuições para a compreensão dessa temática e instigar interven-ções significativas nas áreas envolvidas.

PALAVRAS-CHAVE: natureza – educação – lazer

INTRODUÇÃO

O meio ambiente natural, ao longo da história da humanidade, tem vital importância à vida de todo e qualquer ser humano. Esse meio do qual tanto o homem depende para sua plena existência, muitas vezes tem sido negligenciado e renegado a plano secundário, por valorização de outros elementos, tais como o aumento desenfreado de áreas urbanas, a aquisição exacerbada de bens de consumo, o crescimento da indústria do turismo, entre tantos outros.

Felizmente, esse quadro parece estar se revertendo, pois a natureza vem sendo mais procurada ultimamente, quando se percebe o aumento do interesse em buscar condições favoráveis à possibilidade de imprimir mais qualidade na vida.

Nessa perspectiva de maximizar as condições da existência humana, o lazer torna-se um fenômeno social de relevada importância, em termos de interesses popular e acadêmico. Com isso, a prática de atividades físicas, inerentes ao conteúdo cultural físico-esportivo do lazer, torna-se uma das vertentes em franca expansão. Entre as inúmeras atividades físicas existentes, as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) têm merecido destaque nas reflexões pertinentes à área, tendo em vista a possibilidade de um novo redimensionamento da relação homem-natureza.

As relações entre os seres humanos e o meio ambiente, há algum tempo, segundo Inácio (1997), já vêm sendo discutidas e despertando interesse crescente em várias áreas de conhecimento humano e, atualmente, têm sido foco de estudo na área da motricidade humana, ainda que de maneira sutil.

Conforme evidencia Silva (1997, p. 119), “do ponto de vista da área da Educação Física, algumas questões têm se mostrado de forma mais contundente [...] o lazer no contato com o meio natural, através dos denominados esportes radicais”, demonstrando que as discussões sobre a natureza, no âmbito de tal área, têm se dado com maior ênfase relacionadas ao lazer, às ações humanas e à (re)descoberta do meio natural.

Desta forma, é inegável não reconhecer a importância da interação homem-natureza, embora seja conveniente entender como se processa tal interação. No que tange à ética ambiental é necessário conscientizar as pessoas a respeito da valorização e preservação do meio ambiente natural, do qual tanto dependem os adeptos das diversas práticas de AFAN, sob pena de que este espaço possa tornar-se um recurso findável.

Esse aspecto é, justamente, o que instiga esta reflexão, numa tentativa de contribuir para favorecer o entendimento da temática referente aos elementos relacionados ao consumo da natureza e à conscientização acerca de uma educação para o ambiente. Isto se faz necessário perante a crescente aderência às práticas físicas em contato com o meio natural, no âmbito do lazer. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica, com o propósito de auxiliar a compreensão desse universo de estudo tão discutido nos dias atuais.

IDA À NATUREZA PARA USUFRUIR A AVENTURA

A vida urbana contemporânea caracteriza-se pelo crescente interesse da sociedade em vivenciar, sobremaneira, seus momentos de lazer, objetivando novas possibilidades que possam ser relevantes aos seus enredos físicos e psicológicos.

Entre as inúmeras formas de vivenciar o lazer, um novo campo de estudos e investigações vem merecendo o olhar de diversos pesquisadores da atualidade, entre os quais Marinho (1999) e Bétran (2003). Esse novo campo diz respeito à relação existente entre lazer e participação humana nos espaços representados pela natureza.

Conforme evidencia Marinho (1999), as pessoas sentem-se atraídas pelo entretenimento, por emoções, pela aventura. Elas buscam práticas alternativas e criativas de manifestação no lazer, tais como as atividades de aventura, que requerem o meio natural como cenário principal para sua realização.

Alguns locais do Brasil favorecem a prática de AFAN, por possuírem características naturais em seu relevo. Essas características induzem os adeptos de aventura a olhares aguçados sobre tais localidades, como é o caso da cidade de Bonito (MS), com opções de mergulho em águas transparentes; a Chapada dos Veadeiros (GO), com seus famosos canyons; o Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira (Petar) e seu grande número de cavernas; a cidade de Socorro (SP), com suas cachoeiras e correntezas, entre muitos outros lugares com condições propícias e facilitadoras da referida prática.

Conforme elucida Bétran (2003, p. 159): “O turismo, o ócio, a natureza, o esporte, a aventura, os relacionamentos, unindo esses conceitos encontramos um mix atrativo”, referindo-se às possíveis características que reforçam a admiração pela prática das atividades de aventura na natureza.

A esse respeito, Tahara e Schwartz (2003) salientam que, atualmente, denota-se crescente conscientização da necessidade de vivências mais espontâneas e significativas, sugerindo uma vontade de fuga da rotina estressante e do caos urbano. Assim, a aderência às atividades físicas na natureza estimula uma integração entre necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos das vivências em meio natural.

Capuano (2000) explicita que a busca pelas AFAN pode ser traduzida pela existência de alguns elementos promotores do contato inicial com tais atividades, entre os quais destacam-se a procura por emoções fortes, a possibilidade de descansar e aliviar as tensões da rotina urbana, a oportunidade de vivenciar momentos que favoreçam a integração com outras pessoas e com as belezas inerentes à natureza.

Torna-se necessário que a população adquira consciência e compromisso de mudanças de atitudes e de valores, sendo capaz de gerar oportunidades de vivenciar experiências significativas e prazerosas, além da possibilidade de poder experimentar novas percepções e sensações atreladas ao meio natural, experiências estas que podem interferir nos níveis qualitativos da vida.

O CONSUMO DO MEIO AMBIENTE NATURAL

A demanda centrada nessas atividades realizadas em meio natural fez surgir uma indústria de entretenimentos e um consumo de elementos naturais, trazendo à tona nova perspectiva de fins mercadológicos.

Há muito pouco tempo, Brotas não passava de uma pacata cidade do interior de São Paulo. Um dia, resolveu apostar na natureza, reuniu mais de dez atividades diferentes num mesmo lugar e juntou tudo isso com o conforto de boas pousadas e um delicioso tempero de fazenda. Resultado: se transformou num dos destinos de turismo ecológico mais procurados do país (CAPUANO, 2000, p. 25).

Esse trecho de reportagem ilustra parte de um discurso de promoção do turismo e, como tal, registra elementos da natureza como algo de extremo significado turístico, ao mesmo tempo rotula o ambiente natural como mercadoria, a qual pode ser vendida para os turistas, com fins de experimentação.

O envolvimento cada vez maior nessas atividades não desperta somente o interesse de praticantes, mas também a atenção de empresários, que vêem nelas uma excelente oportunidade de negócios. Marinho (1999) salienta que, tanto os donos de loja de artigos esportivos quanto os donos de empresas de aventuras, descobriram um amplo campo de exploração: vendem roupas e calçados coloridos, equipamentos dos mais simples aos mais sofisticados, mapas, guias, livros, vendem até a emoção, o risco e a possibilidade da vivência do prazer, tudo em um “pacote” único de aventura.

Conforme Serrano (2000), o turismo de aventura apresenta características diferenciadas do turismo em si: planejamento, organização e venda de aventuras (trilhas, cachoeiras, passeios em botes, em cavernas, etc.) em detrimento do conforto e da segurança outrora desejados.

A atuação midiática tem representado fator incisivo nesse consumismo de aventura sem precedentes. A mídia faz uso desse modo revolucionário de comunicar informações e imagens, atingindo grandes distâncias em tempos efetivamente reduzidos, veiculada aos mais diferentes âmbitos da sociedade e reforça cada vez mais a tendência ao consumo.

A mídia tem na publicidade, conforme evidenciam Marinho (1999) e Teruya (2000), uma grande aliada para alcançar seus fins mercadológicos. Atualmente, são inúmeros os anúncios e reportagens a respeito dos esportes de aventura. Assim, crescem os elementos de persuasão e sedução referentes à aproximação com a natureza e novos adeptos são estimulados a aderirem a tais atividades.

No caso específico das AFAN, as roupas, os calçados e os demais apetrechos para a participação nas atividades parecem, cada vez mais, solidificarem-se como parte integrante na vida das pessoas adeptas e mesmo de algumas outras que nem são praticantes, mas que se produzem com tais acessórios por causarem certo fascínio e admiração àqueles que as vêem.

É bastante perceptível a visualização do crescimento, em nível nacional, do número de agências especializadas em oferecer um misto de aventura e natureza. Conforme elucida Mascarenhas (2003), a busca por essas atividades na natureza vem crescendo de uma forma rápida e pode ser justificada analisando-se a quantidade de agências promotoras desses tipos de eventos.

Entretanto, faz-se necessário que, mesmo com o consumo da natureza, haja maximização dos níveis de consciência da população ao relacionar-se com o meio ambiente natural, a fim de gerar reverberações positivas incutidas em tal interação.

RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Antes de iniciar a discussão propriamente dita acerca do subtítulo acima, não se pode deixar de pensar que o lazer é uma das dimensões da vida humana que permite ao homem uma reflexão profunda sobre si mesmo, bem como sua relação com o meio em que habita. Assim, o ser humano consegue perceber o ambiente a sua volta de outra perspectiva e abrem-se novas possibilidades de reflexão sobre seu próprio viver.

As políticas ambientais e educacionais demonstram a necessidade de uma educação ambiental voltada para uma conscientização integrada, de todos os aspectos da vida humana. Isso implica num dos maiores desafios que a educação tem enfrentado, um trabalho interdisciplinar.

Tratando-se da temática proposta neste artigo, há necessidade de interligar as três áreas (Ecologia, Turismo e Motricidade), no sentido de minimizar os impactos negativos resultantes do constante acesso público e maximizar as tendências de preservação nessa interação homem-natureza.

Inácio (1997) e Ribeiro (1998) apontam para a necessidade premente de um diálogo transdisciplinar, com o propósito de se fomentar a tão desejada educação ambiental, numa tentativa de valorização crescente do meio ambiente natural.

No âmbito da Motricidade, Bruhns (1997) evidencia a importância de reflexão sobre esta interação humana com o meio ambiente, apontando o compromisso com mudanças de atitudes e valores, os quais possam interferir positivamente nessa relação.

Na área de Ecologia, esta é uma preocupação que também vem sendo bastante enfocada por diversos autores, no que tange ao ecoturismo e tendências conservacionistas, como demonstrado por Carlos (1991) e Gattari (1997), os quais focalizam a temática da relação homem-natureza, elucidando a importância de maximizar as condições de preservação do meio ambiente natural.

De acordo com a Embratur, o turismo sustentável é chamado ecoturismo e um de seus principais objetivos está relacionado à preocupação com a preservação do patrimônio natural e cultural, diferenciando-se, assim, do turismo predatório, que pouco declina atenção para os efeitos de destruir uma área natural. Atualmente, o ecoturismo é uma tendência mundial em crescimento e responde a várias demandas, desde a prática de AFAN ao estudo científico dos ecossistemas (BRASIL, 1994).

Nesse sentido, espera-se que o turismo ecológico (ou ecoturismo) possa contribuir, com relevância, para a preservação ambiental, desde que sejam considerados os princípios de construção coletiva de valores e competências voltados para a conservação, além da valorização das paisagens naturais e da vida.

Uma das possibilidades para a efetiva conscientização da população em relação ao meio ambiente, conforme salienta Requião (1991), está relacionada à promoção de atividades ligadas à natureza com orientação adequada. Este contato com o ambiente tende a proporcionar aos adeptos bem-estar físico e psicológico recorrente, além da chance de ensinar o respeito aos seus próprios limites corporais.

O autor complementa que neste contato com o meio natural, de maneira orientada e equilibrada, o ser humano deve entender a necessidade de preservar outras formas de vida, as quais contribuem para o equilíbrio da natureza. A educação ambiental, como uma das possibilidades de entender a natureza e preservá-la, deve ser adotada e incorporada, uma vez que não se acredita na preservação do ambiente sem a colaboração humana de forma orientada e consciente. Através desse contato, compreende-se a necessidade de valorizar o próprio ser humano.

Serrano (2000) mostra a necessidade do entendimento e reflexão sobre as atividades relacionadas ao ecoturismo (uma das possibilidades do lazer na natureza, de forma equilibrada com o meio) e à educação ambiental, devido à valorização crescente que vêm recebendo, seja em termos pedagógicos ou pelo que representam para uma revisão das relações sociedade-natureza.

A educação ambiental incide sobre a necessidade de se valorizar o meio natural, adquirindo consciência plena dos cuidados a serem tomados ao se interagir com as áreas naturais, seja com o propósito de praticar alguma modalidade de AFAN ou mesmo um simples ato de contemplar o meio.

Infelizmente, algumas atitudes negligentes e inconseqüentes, têm acarretado uma crescente degradação ambiental e esgotamento dos recursos, interferindo diretamente na qualidade de vida da população mundial, que se tornou bastante suscetível, frente às atrocidades cometidas contra o meio ambiente.

Barros e Dines (2000) expõem que a fauna local também sofre certos níveis de impacto, como a redução de sua taxa de reprodução, a mudança de hábitos alimentares, o aumento das migrações, entre outros. Além disso, as alterações na estrutura das populações, na sua distribuição espacial, na densidade e comportamento irão afetar ainda mais o solo, a vegetação e a água.

Costa (1997) salienta em seu estudo que, apesar de haver um discurso “ecológico” que legitime a presença de esportes em montanhas, rios, grutas, utilizando-se um jargão de “integração com a natureza”, o mesmo demonstra um caráter não muito otimista na realização de atividades no meio natural, pois estas aumentam os riscos de ofensas ecológicas e o consumo sem precedentes.

A esse respeito, Marinho (1999) comenta sobre um referencial meio atônito, onde a natureza deixa de ser ameaçadora para ser ameaçada pelo homem, relação esta que, às vezes, parece não estar em sintonia, necessitando de uma reflexão sobre as interações que se têm estabelecido com o meio natural. A autora enfoca, ainda, que a busca pelos elementos naturais durante o lazer, seja com o objetivo de aventurar-se pelas matas ou simplesmente contemplá-la, implica no conhecimento de uma ética ambiental, permeada por comportamentos de compreensão e respeito para com o meio natural. Somente assim a natureza deixaria de ser cenário para vir a ser parceira.

De acordo com Brandão (1994, p. 76), trata-se de “um agir sobre a natureza a um trocar gestos recíprocos com a natureza”, elucidando uma relação gratificante e solidária, não pautada por critérios de produção e consumo, mas pela descoberta de um novo modelo corporal em que surge um vínculo ético e afetivo para com o meio ambiente natural.

Capra (1997) propõe a construção de comunidades sustentáveis, nas quais devemos satisfazer nossos desejos e necessidades sem diminuir as possibilidades destas realizações para as gerações futuras. E para realizar esta tarefa devemos conhecer os princípios de organização das comunidades ecológicas e usar esses princípios para nos transformarmos em comunidades humanas sustentáveis.

Nesse sentido, torna-se importante salientar novamente a enorme responsabilidade dos seres humanos sobre as condutas intervenientes na interação com a natureza, no que diz respeito à necessidade de manter um equilíbrio harmônico e saudável com o meio natural, em todos os aspectos em que esta relação se concretize.

De acordo com Bruhns (2001, p. 94), uma ética muito estrita relacionada ao meio ambiente foi desenvolvida por adeptos das vivências naturais de aventura, dentre os quais tornou-se comum o slogan: “da natureza nada se tira a não ser fotos, nada se leva senão lembranças, nada se deixa senão pegadas, nada se mata senão o tempo”.

De qualquer forma, é inegável a perspectiva educacional e de conscientização para a educação ambiental promovida pelas diversas modalidades de AFAN, tornando-se um novo desafio para estudiosos em todas as áreas do conhecimento, inclusive no que concerne à motricidade humana e ao lazer, evidenciando-se a possibilidade de incorporação de estilos ativos, porém conscientes e compromissados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito desta reflexão foi discorrer sobre os fatores intervenientes na conscientização e respeito por parte da população ao relacionar-se com a natureza, numa tentativa de auxiliar os estudos já encaminhados na área em questão.

Torna-se importante mencionar que a crescente demanda às AFAN pode, por um lado, propiciar algo positivo para as pessoas adeptas; por outro lado, esse aumento no número de praticantes pode acarretar conseqüências desagradáveis ao meio ambiente natural, no sentido de uma exploração cada vez mais intensa. Entretanto, se houver um resgate do papel da consciência ecológica e preservação ambiental, além dos estímulos dados pelos profissionais atuantes na área às pessoas praticantes dessas atividades, é possível que se obtenha sucesso no intuito de estimular o compromisso com as idéias preservacionistas, fato este que aflige e atinge a humanidade.

Espera-se que o potencial educativo e transformador da relação Lazer-AFAN seja utilizado para a sensibilização dos problemas ambientais e os adeptos tenham uma visão crítica de todo o mercado capitalista contemporâneo e, assim, não permitam que as vivências em meio natural possam concorrer para o desequilíbrio da natureza.

Por fim, vale comentar a importância do papel da educação ambiental, a qual pode ser entendida como um processo pedagógico-educacional que deve incentivar a sensibilização e conscientização da população em relação ao meio natural, além da possibilidade de favorecer a interação ser humano e natureza.

Em relação às análises e discussões apontadas, torna-se bastante instigante aprofundar as reflexões, no sentido de ampliação do conhecimento acerca dos elementos educacionais e preservacionistas relacionados às práticas de AFAN, temática central proposta nesta pesquisa.

 

Adventure and leisure as supporting factors in the process of environmental education

ABSTRACT

Nature has constantly become the focus of interest to many people who go to it due to their need of interaction, for various reasons. In this sense, one tries to broaden the understanding of the universe related to factors which are linked to the consumption of nature and to the awereness of the need for implementation of an environmental education program. This type of education is necessary, as one considers the growing demand for adventure tourism and outdoor physical practices in the scope of leisure. To achieve this understanding, we have undertaken a bibliographic research on the existing studies on the matter, with the aim of pointing to possible contributions to the understanding of this research theme and to stimulate significant interventions in the related fields.

KEYWORDS: nature – education – leisure

 

La aventura y el ocio como coadyuvantes del proceso de educación ambiental

RESUMEN

La naturaleza viene siendo constantemente foco de interés de muchas personas que la buscan debido a la necesidad de interacción, por innúmeras razones. En ese sentido, se busca ampliar la comprensión del universo relativo a los factores relacionados al consumo del medio natural y a la concientización acerca de la implementación de una educación para con el ambiente. Ese tipo de educación se hace premente, teniendo en vista la demanda creciente por el turismo de aventura y las prácticas físicas en la naturaleza, en el ámbito del ocio. Para ello, fue realizada una revisión bibliográfica sobre los estudios existentes, con el propósito de señalar posibles contribuciones para la comprensión de esa temática e instigar intervenciones significativas en las áreas envueltas.

PALABRAS-CLAVE: naturaleza – educación – ocio

NOTAS

* Mestre em ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
** Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
*** Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo.

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Recebido: 10 de outubro de 2005
Aprovado: 10 de dezembro de 2005

Endereço para correspondência:
Universidade Estadual Paulista
Laboratório de Estudos do Lazer
Departamento de Educação Física
Av. 24-A, n. 1515, Bairro Bela Vista
Rio Claro – São Paulo
CEP 13506-000

E-mail: alexipatinga@yahoo.com
schwartz@rc.unesp.br

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