Neutralidade ou impregnação teórica na observação: implicações metodológicas nas ciências sociais

Autores

  • JORDÃO HORTA NUNES

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v8i1.993

Resumo

Há uma dicotomia metateórica essencial na filosofia da ciência e nas ciências da cognição que apresenta importantes implicações metodológicas nas ciências sociais: a distinção entre enunciados puramente observacionais e enunciados “carregados” teoricamente. A defesa de cada alternativa repercutiu na definição dos fundamentos e métodos da ciência empírica, com especial ênfase no questionamento da objetividade. Embora a tese de que a observação seja, pelo menos, lingüística e socialmente condicionada prevaleça no campo das ciências sociais, a procura de uma “base empírica” reaparece, principalmente na crítica de um relativismo radical que decorreria da aceitação da tese da “impregnação” teórica. O problema torna-se mais relevante em tendências como a etnometodologia ou o construcionismo social, que praticamente negam a possibilidade de uma descrição “objetiva” da experiência ou do mundo. Palavras-chave: teoria; observação; objetividade científica; relativismo; metodologia das ciências sociais.

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Publicado

2007-12-05

Como Citar

NUNES, J. H. Neutralidade ou impregnação teórica na observação: implicações metodológicas nas ciências sociais. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 8, n. 1, 2007. DOI: 10.5216/sec.v8i1.993. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/993. Acesso em: 15 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres