Racismo à brasileira ou racismo sem racistas: colonialidade do poder e a negação do racismo no espaço universitário

Autores

  • ÂNGELA FIGUEIREDO Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • RAMÓN GROSFOGUEL Universidade da Califórnia

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v12i2.9096

Palavras-chave:

desigualdades raciais, hierarquias raciais, colonialidade do poder, geopolítica do conhecimento e modernidade

Resumo

A adoção do sistema de cotas nas universidades públicas brasileiras tem suscitado intenso e caloroso debate entre os intelectuais brasileiros antirracistas, que almejam a construção de uma sociedade mais justa, mas que se colocam em posições contrárias quando o tema é a implementação de cotas. A reação negativa desses interlocutores brancos e mestiços claros, de esquerda e de direita, com relação às políticas de cotas, deriva da preocupação com a possibilidade de criarmos um Brasil racializado, destruindo, assim, o nosso tão caro discurso da mestiçagem. Abordamos neste texto o tema da perspectiva da colonialidade do poder articulada por Aníbal Quijano. Dessa perspectiva, nos parece importante entender a importância da geopolítica do conhecimento, já que é determinante compreendermos a localização epistêmica e as posições tomadas pelos diferentes atores sociais.

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Biografia do Autor

ÂNGELA FIGUEIREDO, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutora em Sociologia (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro)Professora da Universidade Federal do Recôncavo da BahiaCachoeira, BA, Brasil

RAMÓN GROSFOGUEL, Universidade da Califórnia

Doutor em Sociologia (Temple University)Professor da Universidade da Califórnia

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Publicado

2010-03-18

Como Citar

FIGUEIREDO, ÂNGELA; GROSFOGUEL, R. Racismo à brasileira ou racismo sem racistas: colonialidade do poder e a negação do racismo no espaço universitário. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 12, n. 2, p. 223–234, 2010. DOI: 10.5216/sec.v12i2.9096. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/9096. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê