O que é crítico no pensamento de Wolfgang Streeck? O eurocentrismo patriarcal como fundamento e horizonte normativo da teoria do Estado Consolidação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v27.78160

Resumo

O artigo se propõe a identificar um fundamento e um horizonte normativos na produção teórica de Wolfgang Streeck. A pesquisa teórica empreendida inicia-se por uma apresentação reconstrutiva da trajetória intelectual do autor, com ênfase em seu diálogo crítico com as teorias da crise frankfurtianas. Esta contextualização é seguida pela identificação de aparentes antinomias ou tensões no diagnóstico streeckiano de crise dos direitos sociais e das democracias no mundo atual. Com base nessa constatação, passa-se a um esforço crítico que identifica, nas frestas de uma obra que se afirma como não normativa e alheia à proposição de soluções positivas, tanto uma base político-filosófica como um direcionamento programático associados a uma visão de sociedade em que os sujeitos das políticas públicas, do direito e da democracia se limitam aos homens, brancos e europeus. Revela-se, assim, a normatividade do pensamento de Streeck e lançam-se luzes sobre os seus atributos de incompatibilidade com o pensamento crítico, em cuja esteira o autor usualmente afirma erigir o seu trabalho. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Mata Machado Tavares, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, franciscotavares@ufg.br

Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor da Universidade Federal de Goiás.

Kariny Cruz Nogueira Marra, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil, karinymarra@gmail.com

Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Goiás.

Downloads

Publicado

2024-10-25

Como Citar

TAVARES, F. M. M.; MARRA, K. C. N. O que é crítico no pensamento de Wolfgang Streeck? O eurocentrismo patriarcal como fundamento e horizonte normativo da teoria do Estado Consolidação. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 27, 2024. DOI: 10.5216/sec.v27.78160. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/78160. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres