Feminilidades travestis e trans em risco: da vulnerabilidade habitacional à vida na rua

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v27.77517

Resumo

O objetivo do artigo é relatar as diversas situações de vulnerabilidade habitacional sofridas pela população travesti e trans da Cidade de Buenos Aires. Definimos essa vulnerabilidade como uma situação de fragilidade específica que certos grupos sociais experimentam no acesso a um abrigo digno num quadro mais amplo de vulnerabilidade social. Essa vulnerabilidade está ligada à intersecção entre a origem das famílias que as expulsam, as condições econômicas adversas, o baixo nível educacional alcançado e um estigma que produz uma marcação social da identidade de gênero trans. Essa vulnerabilidade habitacional vai desde 1) a dificuldade de acesso ao aluguel formal de imóveis por não cumprimento dos requisitos (garantias, recibos de salário e não ter efetuado a alteração cadastral) e/ou pela rejeição dos proprietários devido a sua identidade de gênero; 2) não ingresso em hotéis e pensões que costumam ter instalações precárias e, até, 3) morar na rua. O artigo explica a relação entre vulnerabilidade habitacional e identidade de gênero trans e identifica as especificidades que esse tipo de vulnerabilidade assume na população travesti e trans. A chegada à rua é concebida como a expressão máxima da vulnerabilidade habitacional.

 

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Biografia do Autor

Verónica Paiva, Universidad de Buenos Aires (UBA), Buenos Aires, Argentina, vtpaiva@gmail.com

Doctora en Ciencias Sociales, Docente de la Universidad de Buenos Aires e Investigadora del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET).

Martín Boy, Universidad de Buenos Aires (UBA), Buenos Aires, Argentina, martinboy.boy@gmail.com

Docente y Doctor en Ciencia Sociales de la Universidad de Buenos Aires. Investigador Adjunto del CONICET, UNPAZ y UBA. 

Publicado

2024-09-13

Como Citar

PAIVA, V.; BOY, M. Feminilidades travestis e trans em risco: da vulnerabilidade habitacional à vida na rua. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 27, 2024. DOI: 10.5216/sec.v27.77517. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/77517. Acesso em: 26 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres