Feminilidades travestis e trans em risco: da vulnerabilidade habitacional à vida na rua
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v27.77517Resumo
O objetivo do artigo é relatar as diversas situações de vulnerabilidade habitacional sofridas pela população travesti e trans da Cidade de Buenos Aires. Definimos essa vulnerabilidade como uma situação de fragilidade específica que certos grupos sociais experimentam no acesso a um abrigo digno num quadro mais amplo de vulnerabilidade social. Essa vulnerabilidade está ligada à intersecção entre a origem das famílias que as expulsam, as condições econômicas adversas, o baixo nível educacional alcançado e um estigma que produz uma marcação social da identidade de gênero trans. Essa vulnerabilidade habitacional vai desde 1) a dificuldade de acesso ao aluguel formal de imóveis por não cumprimento dos requisitos (garantias, recibos de salário e não ter efetuado a alteração cadastral) e/ou pela rejeição dos proprietários devido a sua identidade de gênero; 2) não ingresso em hotéis e pensões que costumam ter instalações precárias e, até, 3) morar na rua. O artigo explica a relação entre vulnerabilidade habitacional e identidade de gênero trans e identifica as especificidades que esse tipo de vulnerabilidade assume na população travesti e trans. A chegada à rua é concebida como a expressão máxima da vulnerabilidade habitacional.
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