Risco e biopolítica: requiem por uma pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5216/sec.v24.66579

Palavras-chave:

Biopolítica. Percepção do Risco. Securitização. Necroliberalismo. COVID-19.

Resumo

A percepção social do risco associado ao contágio, a construção do outro como ameaça e a experiência social do espaço público durante a pandemia de doença por coronavírus 2019 (COVID-19) são consequências de elementos epidemiológicos específicos, inclusive o alto contraste entre a relativamente baixa mortalidade da infecção e a explosiva transmissibilidade do vírus. Recorrendo a alguns elementos da psicologia social do risco, argumenta-se que a vida midiática desses fatores nos coloca em coordenadas biopolíticas semelhantes àquelas do cenário pós-11 de Setembro, favorecendo a proliferação de
sobreposições, híbridos e alternâncias entre o laissez faire neoliberal e as respostas punitivas e hipersecuritárias à pandemia. Como alternativa, defende-se a necessidade de avaliar criticamente as políticas de resposta em um quadro transnacional e radicalmente interpandêmico. 

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Biografia do Autor

Pablo Pérez Navarro, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal

Doutor em Filosofia pela Universidade de La Laguna (Espanha). Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professor visitante de Estudos Queer e LGBTI - Gênero e Sexualidades na Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

Publicado

2021-09-08

Como Citar

NAVARRO, P. P. . Risco e biopolítica: requiem por uma pandemia. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 24, 2021. DOI: 10.5216/sec.v24.66579. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fcs/article/view/66579. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Ciências Sociais e Covid-19