Estado, pandemia e reprodução de desigualdades interseccionais no Brasil: uma reflexão a partir da tensão colonialidade/decolonialidade
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v24.66307Resumo
Desde 2015, o Brasil vem adotando com mais intensidade a retórica neoliberal do ajuste econômico e, consequentemente, alargando suas múltiplas formas de desigualdade social agravadas com a chegada da pandemia. O objetivo do artigo é, portanto, refletir como o pensamento decolonial pode contribuir na leitura sobre a esfera estatal brasileira na condução do enfrentamento da pandemia diante da reprodução do entrecruzamento de desigualdades – de classes, raciais e de gênero. A partir de uma revisão bibliográfica crítica, adota-se como chave analítica para o entendimento dessa realidade social a tensão colonialidade/decolonialidade. O tensionamento permite identificar que, se por um lado há uma racionalidade neoliberal que coloniza o Estado e a sociedade, por outro, resistem e existem – (r)existem – as Epistemologias do Sul e, mais especificamente, o pensamento decolonial, que tratam de visibilizar as experiências e as práticas de (r)existência das lutas sociais. A maior presença da esfera estatal brasileira é então requerida como forma de confrontar a intersecção de desigualdades, mesmo em um governo de forte cunho neoliberal. Nesse sentido, é preciso avançar na construção de uma agenda de reflexão e discussão acerca dos processos de reprodução das desigualdades interseccionais.
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