Necropolítica, poder e significados da pandemia do coronavírus: uma abordagem antropológica
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v24.66274Resumo
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do coronavírus. O Brasil, país particularmente atingido pela doença, figura como péssimo exemplo na cena mundial graças ao número elevado de contaminados e mortos em consequência do negacionismo e da falta de programas e políticas direcionadas à prevenção e ao combate da doença. Este artigo,
por meio de análise da literatura, reportagens de mídia e postagens de redes sociais, pretende refletir, em uma perspectiva antropológica, sobre o contexto brasileiro diante da pandemia sob dois registros: o impacto das respostas governamentais relacionadas com questões ideológicas pautadas por uma necropolítica; o fato de que o isolamento e a quarentena têm gerado grande impacto na sociedade dada a mudança de rotinas. Assim, busca-se analisar os significados simbólicos que a doença produz em relação às mudanças de hábitos e comportamentos, sobretudo no que se refere ao uso de máscaras e às práticas de desinfecção dos ambientes e objetos.
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