O fio da memória: práticas teológicas e político-religiosas do catolicismo libertacionista na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.5216/sec.v23i.60018Resumo
Este artigo analisa os usos das teologias na configuração do catolicismo libertacionista na Argentina, da pós-ditadura até a segunda década do século XXI, identificando dois momentos típicos. O artigo começa analisando os Seminários de Formação Teológica, núcleo do espaço católico libertacionista dos anos 1990. Partindo da reivindicação da figura dos mártires e de uma reelaboração teológica com ênfase horizontal e participativa, tentaremos mostrar como esse espaço atualiza o legado da Teologia da Libertação no marco da resistência ao neoliberalismo. Apresentaremos os pontos de contato e as diferenças entre a Teologia da Libertação, entendida como corrente intelectual continental, e a Teologia do Povo, variante que provém das efervescências político-religiosas da Argentina. Num segundo momento, a partir do papado de Francisco, surgem novas militâncias político-religiosas que enfatizam a interseção entre religiosidade popular e organização política dos setores populares. O exercício da memória aparece como o lócus comum que liga diversas etapas de setores católicos dissidentes. Em termos metodológicos, as descobertas deste texto baseiam-se em pesquisa sobre as militâncias político-religiosas contemporâneas realizada durante quatro anos, a partir de entrevistas em profundidade, observação de eventos e análise de fontes secundárias.
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